Revisão AP2 Flashcards

1
Q

. Descreva a fisiopatologia da micção (enchimento vesical,
esvaziamento vesical, controle neural).

A

A bexiga é um reservatório que permite acomodar a urina à baixa pressão, com
adequada sensibilidade. Com o esfíncter fechado (no repouso e durante elevações da
pressão intra-abdominal), ocorre o enchimento vesical, com a bexiga se expandindo e
aumentando sua capacidade. Há ausência de atividade sincrônica do detrusor.
Quando ela está cheia, ocorre contração coordenada do detrusor (com amplitude
e duração adequadas) e redução concomitante da resistência ao nível do colo vesical e
esfíncter estriado.
A partir de determinado volume, o enchimento da bexiga estimula os receptores
de estiramento na parede da bexiga enviarem estímulos aferentes para a medula
espinal, em seguida para o centro pontino da micção (mesencéfalo) e depois para o
centro suprapontino (córtex, cerebelo, gg da base, tálamo e hipotálamo). Nesses
centros superiores, a necessidade de urinar é percebida, então manda uma mensagem
de volta para ponte, a qual coordenada a micção, enviando uma mensagem para os
nervos eferentes para o esfíncter relaxar.
Qualquer interrupção da mensagem ao longo desse percurso, vai ocorrer
problema na micção.

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2
Q

Quais as indicações da sondagem uretral?

A
  • Antes de procedimentos cirúrgicos → ex: anestesia geral, procedimentos
    demorados;
  • Retenção urinária aguda → ex: obstrução;
  • Monitorização do débito urinário → ex: pacientes acamados, na UTI;
  • Bexiga neurogênica → ex: paciente que sofre trauma raquimedular, não
    consegue mais transmitir a mensagem.
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3
Q

Quais os tipos de cateterismo vesical? Diferencie-os

A

❖ Cateterismo de alívio (intermitente): Você passa, esvazia a bexiga e
posteriormente descarta o cateter.
o Pacientes com lesão medular, na grande maioria das vezes.
o Sonda uretral: 10 a 14 Fr.
o Volume máximo: 500 ml.
o Assistido x autocateterismo → o ideal é ensinar o próprio paciente a
passar o cateter sozinho.
o Estéril x Limpo.
o Utiliza-se xilocaína.
o A troca constante (4 a 6x ao dia), com adequada higiene, evita
retenção de urina na bexiga, consequentemente diminuindo
infecções urinárias e problemas derivados.
❖ Cateterismo de demora: Permanece no paciente até o tempo que for
necessário. Mais que 1 mês, deve trocá-lo.
o Não tem resíduo porque a sonda está sempre lá. Porém, se a deixar
por muito tempo, terá complicações muito piores do que a do
cateterismo intermitente → Existe risco de lesão uretral, com
isquemia e erosão. Além disso, infecção urinária e câncer de bexiga
também estão associados.

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4
Q

Quais os tipos de Sonda?

A

❖ Sondas de Foley 02 vias:
o Situações temporárias.
o Normalmente usa 14 mulher, 16 homem.
o Uma via para o balão (aquela vermelha) e outra pra passar a urina.
o Fixa-se o coletor na coxa.
❖ Sondas de Foley 03 vias:
o Utiliza-se mais quando o paciente está com hematúria e no pósoperatório.
o A terceira via serve para soro (lavar a bexiga, evitando a formação
de coágulos).

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5
Q
  1. Diferencie sondagem vesical em homens e mulheres.
A

Geralmente, não há muitas dificuldades em passar sonda na mulher, pois a uretra
é pequena. Passa-se xilocaína e introduz a sonda. Porém, pode haver situações que
promovam dificuldades: colapso dos órgãos genitais → dificuldade de achar o óstio,
mudança da posição da uretra.
No homem, a uretra masculina (14 cm) é bem maior que a feminina. A primeira
dificuldade costuma ser localizar o óstio (pode ter fimose ou outras questões). Qualquer
obstrução ou estreitamento ao longo do percurso dificulta a passagem da sonda.
Na mulher, não precisa passar a sonda toda, mas no homem normalmente é
necessário passar toda.

É importante encher o balão só depois que observar que está saindo urina!

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6
Q
  1. Diferencie sondagem vesical em homens e mulheres.
A

Geralmente, não há muitas dificuldades em passar sonda na mulher, pois a uretra
é pequena. Passa-se xilocaína e introduz a sonda. Porém, pode haver situações que
promovam dificuldades: colapso dos órgãos genitais → dificuldade de achar o óstio,
mudança da posição da uretra.
No homem, a uretra masculina (14 cm) é bem maior que a feminina. A primeira
dificuldade costuma ser localizar o óstio (pode ter fimose ou outras questões). Qualquer
obstrução ou estreitamento ao longo do percurso dificulta a passagem da sonda.
Na mulher, não precisa passar a sonda toda, mas no homem normalmente é
necessário passar toda.

É importante encher o balão só depois que observar que está saindo urina!

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7
Q

O que é cistotomia? Quais os tipos?

A

É a drenagem direta da bexiga. Pode ser por:
Punção: Em emergências, faz anestesia local na pele e introduz direto. Palpa-se a
parte superior da sínfise púbica e punciona 3 dedos acima, em ângulo reto. Pode-se fazer
guiada por ultrassom.
Cirúrgica: Em situações eletivas.

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8
Q

O que é o Cateter Duplo J?

A

Utilizado quando há obstrução no ureter, para garantir o fluxo entre os rins e a bexiga. É chamado assim porque as pontas fazem uma curva, impedindo que o cateter caia.

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9
Q

Caracterize nefrostomia

A

Quando a obstrução é acima de bexiga (cálculo ureteral, pionefrose, tumor
comprimindo o ureter, tumor invadindo a bexiga), é necessário drenar o rim
diretamente. Punciona-se o rim, normalmente guiado por ultrassom. É um
procedimento que tem que ser feito por urologista.

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10
Q

Paciente, sexo feminino, 30 anos, realizará cirurgia de apendicectomia e o cirurgião solicita à equipe de enfermagem que realize a sondagem
vesical de demora na paciente. Dentre os cuidados para a prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao cateter vesical de demora, está correto:

A

a) Manter sempre a bolsa coletora acima do nível da bexiga.
b) Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor
individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente
coletor.
c) Higienizar o meato ureteral com solução antisséptica, no mínimo,
duas vezes por dia.
d) Fechar previamente o cateter antes de sua remoção.

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11
Q

Com relação aos mecanismos de enchimento e esvaziamento vesical,
assinale a alternativa correta:

A

No enchimento, a acomodação da urina ocorre à baixas pressões, mecanismo esfincteriano fechado e com ausência de atividade
sincrônica do detrusor.

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12
Q

Sobre o ato da sondagem vesical, marque o mais correto:

A

Ao passar a sonda, o ideal é que o coletor urinário já esteja
conectado a sonda (sistema fechado), para reduzir o risco de
infecção.

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13
Q

Quais são os fatores que influenciam a escolha de uma incisão de
acesso à cavidade abdominal?

A

✓ Afecção intra-abdominal a ser tratada;
✓ Procedimento cirúrgico planejado;
✓ Condição clínica do doente → Rapidez na abertura da cavidade;
✓ Tipo físico do doente;
✓ Cirurgias abdominais prévias;
✓ Necessidades de estomas;
✓ Preferência do cirurgião.

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14
Q

Quais as características de uma boa incisão?

A

Exposição adequada, extensibilidade e segurança.

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15
Q

Quais as funções da parede abdominal?

A

Mover o tronco, movimentar as costelas, comprimir o abdome e suportar e
proteger os órgãos abdominais.
Por isso, no pós-operatório, muitas vezes é recomendado o paciente usar uma
cinta.

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16
Q

. Liste as camadas da parede abdominal.

A

▪ Pele
▪ Subcutâneo
▪ Fáscias (superficial e profunda)
▪ Músculos (reto abdominal, oblíquo
externo, oblíquo interno)
▪ Fáscia transversa
▪ Peritônio
▪ Irrigação sanguínea e inervação
—-> Abaixo da linha arqueada, não há a bainha
posterior do reto abdominal.

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17
Q

Qual a diferença entre ectomorfo, mesomorfo e endomorfo, em
relação à incisão que possibilita melhor visualização dos órgãos?

A

Ectomorfo: Longilíneos. Melhor abordados por incisão
mediana.
Mesomorfo: Fica bem tanto com mediana quanto
transversa.
Endomorfo: Brevelíneos. Melhor abordados por incisão
transversa.

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18
Q

. O que caracteriza a boa técnica de acesso à cavidade abdominal?

A
  • Reconstituir ao máximo a função da parede abdominal;
  • Seguir as linhas de tensão da pele → incisões transversas melhor estética
    (mas secciona mais músculos);
  • Fechamento sem tensão;
  • Evitar estruturas neuro-vasculares;
  • Cicatriz que satisfaça o paciente, na medida do possível;
  • Considerar referências musculares e fáscias.
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19
Q

Quais os problemas que pode ter? Cite sete.

A

1) Mal posicionamento da incisão;
2) Má técnica de fechamento;
3) Uso de material de síntese inapropriado;
4) Desnutrição;
5) Distensão abdominal/Tensão;
6) Infecção;
7) Tosse, espirro

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20
Q

Quais complicações podem acontecer? Cite cinco.

A

1) Hematomas;
2) Abscesso/Infecção;
3) Deiscência/Evisceração;
4) Hérnia incisional;
5) Defeitos da cicatriz.

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21
Q

Cite os tipos de incisões e os correlacione com suas principais
utilizações.

A

Medianas: Feitas na linha alba (não tem músculos, pouco inervada e pouco
vascularizada. LOCAL DE ACESSO MAIS RÁPIDO À CAVIDADE ABDOMINAL).
Não é estética. É a preferida do trauma, politrauma, abdome agudo.
o Supraumbilical
o Infraumbilical
o Transumbilical
* Paramedianas: Em desuso. Esteticamente horrível, lesiona muito os
nervos, enfraquece o reto abdominal, a visualização é restrita.
* Transversas/Oblíquas:
o Kocher: Colecistectomia, hipocôndrio direito, transversa.
▪ Chevron → Bicostal. Fígado, pâncreas, estômago.
▪ Mercedes-Benz → Bicostal associada à mediana. Fígado.
o McBurney: Apendicectomia, fossa ilíaca direita, oblíqua.
o Davis: Apendicectomia, fossa ilíaca direita, transversa.
Pfannenstiel: Incisão transversa supra-púbica, para cesárea,
histerectomia, outros órgãos pélvico
Extraperitoniais:
o Lombotomia → Incisão oblíqua direita ou esquerda para abordar
rins ou órgãos retroperitoneais.
o Gibson → Incisão em J no meio do abdome, pegando a fossa ilíaca
direita ou esquerda, transplante renal.
o Paravertebrais → posteriores, para abordar rins e suprarrenais.
* Toracoabdominais.

22
Q

Descreva sobre:
Laparoscopia
SILS
NOTES

A

a. Laparoscopia.
(+) Menor trauma, melhor efeito estético, boa visualização dos órgãos
abdominais. Utiliza-se o umbigo, por exemplo, e as cicatrizes ficam mínimas.
(-) Limitações: tato, aderências, distensão, estado clínico do paciente.
A videolaparoscopia não é boa para pacientes em estado grave, pois demanda um
pouco mais de tempo no início da cirurgia e não é boa para pacientes em choque, visto
que aumenta muito a pressão intra-abdominal, diminuindo o retorno venoso para o
coração.
b. Single-Port Laparoscopic Surgery (SILS).
É uma cirurgia laparoscópica feita por uma única incisão no umbigo. Por essa única
incisão, coloca-se mais de uma pinça.
c. Natural orifice transluminal endocopic surgery (NOTES).
Essa técnica se dá a partir dos orifícios naturais.
(+) Pouca dor operatória, facilidade de acesso aos órgãos, ausência de
traumatismo da parede abdominal, redução do trauma físico e emocional da cirurgia
clássica.
(-) Pode ser arriscada, pois a incisão pode ser feita pelo estômago ou reto, por
exemplo.

23
Q

Nesse caso citado acima, a cirurgia aberta poderia ser substituída pelo
acesso videolaparoscópico? Justifique brevemente.

A

Não. pois demanda um pouco mais de tempo no início da cirurgia e não é boa para
pacientes em choque, visto que aumenta muito a pressão intra-abdominal, diminuindo
o retorno venoso para o coração.

24
Q

Quais são as zonas de fragilidade para o surgimento de hérnias?

A

Região infra-umbilical, região mediana,região umbilical, locais de incisão cirúrgica,
linha semilunar.

25
O que é hérnia?
São abaulamentos que se projetam de dentro da cavidade abdominal para o subcutâneo, através de falhas/rupturas/orifícios musculares, relacionado com o aumento da pressão intra-abdominal. Podem ser de origem congênitas, espontânea ou adquiridas por cirurgia.
26
. Descreva a fisiopatologia das hérnias.
Há uma falha no complexo fáscia-muscular, fazendo com que ocorra a protusão de um conteúdo que deveria estar contido dentro da parede abdominal. Esse conteúdo acaba levando o peritônio junto com ele (saco herniário), que fica alojado no subcutâneo. Pode ficar presa (hérnia encarcerada) ou entrando e saindo (redutível).
27
. Quais os tipos de hérnias conforme sua localização? Descreva brevemente sobre cada uma delas.
Epigástrica: Ventral. o Entre a cicatriz umbilical e o xifoide. o Espontâneas. o Associadas a afastamento ou diástase de retos abdominais. * Umbilical: Ventral. o Na cicatriz umbilical. o Podem ser congênitas → fechamento inadequado do conduto onfalomesentérico, que leva a cicatrização inadequada e surgimento de uma falha. o Podem ser adquiridas → Ex: pressão intra-abdominal da gestação; afastamento dos retos abdominais por excesso de álcool (bucho da cerveja). * Incisional: Ventral. o Secundárias a defeitos do fechamento de uma incisão cirúrgica. * Semilunar: Na linha semilunar. o Congênita ou adquirida. o Ex: Hérnia de Spiegel. * Inguinal: o Podem ser congênitas ou adquiridas. o Ex: a descida do testículo gera um trajeto que deve ser obliterado ao nascer, mas se permanecer, pode gerar hérnia congênita.
28
Descreva: Hérnias redutíveis Hérnias encarceradas Hérnias estranguladas
a. Hérnias redutíveis. São hérnias que voltam para a cavidade abdominal se você empurrar. Podem ser espontâneas (deita-se e volta pra dentro) ou manuais (volta se empurrar). b. Hérnias encarceradas. São hérnias que ficam presas, não conseguem voltar. Não estão em sofrimento, mas o ideal é indicar a cirurgia logo, pois não se sabe se vai virar estrangulada. c. Hérnias estranguladas. São hérnias que ficam presas e em sofrimento vascular/isquemia. É uma emergência, pois pode causar necrose. Sinais de dor e hiperemia
29
Quais complicações podem acontecer?
Estrangulamento, necrose, obstrução intestinal
30
Quais os fatores de risco para hérnias incisionais?
Tipo de incisão Problemas técnicos Infecção Obesidade Diabetes Idade Tosse Esforço
31
Qual a fisiopatologia das hérnias inguinais?
Em homens, tem a ver com a descida do testículo, que leva ao conduto peritôniovaginal, que deve ser obliterado depois do nascimento. Se não obliterar, fica patente, podendo gerar o desenvolvimento de uma hérnia. (Esse conduto patente também pode gerar hidrocele comunicante)
32
Descreva a classificação de Nyhus
TIPO I: Hérnia indireta com anel inguinal profundo normal. ➢ Persistência do conduto peritônio-vaginal (Hérnia do bebê). TIPO II: Hérnia indireta com anel inguinal profundo alargado, porém com parede posterior preservada. ➢ Persistência do conduto peritônio-vaginal que não foi percebida na infância + esforço = alargamento do ânulo inguinal interno. TIPO III: Defeito na parede posterior. A: Hérnia direta. ➢ Esforço; no triângulo de Hasselbach. B: Hérnia indireta com alargamento importante do anel interno e destruição da parede posterior (hérnia mista). ➢ Piora da tipo II, ultrapassando os vasos epigástricos inferiores. C: Hérnia femoral. TIPO IV: Hérnia recidivada (A → direta; B → indireta; C → femoral; D → mista)
33
O que é o Triângulo de Hasselbach? Como as hérnias inguinais podem ser classificadas a partir dele, levando em consideração a classificação de Nyhus?
É uma área de fragilidade, composta apenas pela fáscia transversalis e a fáscia do oblíquo externo. É delimitada pelos vasos epigástricos inferiores, borda lateral do reto abdominal e ligamento inguinal. É onde surge as hérnias inguinais relacionadas ao esforço. * Hérnias diretas: Ocorrem no Triângulo de Hasselbach. Relacionadas ao esforço. * Hérnias indiretas: Lateral aos vasos epigástricos inferiores. Relacionadas com a persistência do conduto peritônio-vaginal. * Hérnias femorais: Abaixo do ligamento inguinal, no ânulo femoral. Relacionada com defeito do anel femoral (mais congênito).
34
Como é feito o tratamento para hérnias inguinais? Diferencie e caracterize cada abordagem
* Inguinotomia. o Técnicas clássicas → usava a própria musculatura. Recidiva! o Próteses – telas. ▪ Reforço aos tecidos danificados; ▪ Sintéticos x animal; ▪ Trançadas x não trançadas; ▪ Não absorvíveis, parcialmente absorvível e absorvível; ▪ Tela não absorvível: implante permanente (a maioria); ▪ Tela absorvível: absorção gradual, perda progressiva da força, substituição tecidual. ▪ Tendência a usar mais as de baixa gramatura (mais flexíveis, menos incômodo). o Lichtenstein Tension-Free: Respeita a musculatura que está aberta, somente preenchendo o espaço com as próteses e deixando a cicatrização acontecer nos orifícios das próteses. Usa-se uma tela que cobre todo o assoalho inguinal (não corrige a femoral). * Abordagem videolaparoscópica: Identificação, dissecação e reconstrução. Uma incisão intra-umbilical de 10 mm e duas de 5 mm. Corrige todos os 3 tipos de hérnias inguinais. o Menos tempo de recuperação pós-operatória; o Menos dor relacionada a cirurgia; o Menor taxa de dor crônica; o Menos complicações relacionadas a incisões; o Estética; o Incidência de recidiva semelhante, após curva de aprendizado. o Maior custo.
35
. Cite dois tipos de hérnias raras.
Hérnia lombar (de Petit); Hérnia Perineal.
36
Quando utilizar órteses?
São artifícios que os pacientes usam. Não é muito recomendado porque comprimem e geram fibrose. Porém, quando o paciente é idoso, não tem muita sintomatologia e não vale a pena fazer cirurgia, podem ser úteis para impedir o encarceramento
37
O que é anastomose?
Anastomose é a união cirúrgica entre duas estruturas tubulares ocas (na microcirurgia, também é possível fazer anastomoses nervosas).
38
Caracterize uma anastomose intestinal. Quala principal complicação?
A anastomose intestinal, união cirúrgica entre dois seguimentos intestinais, é um procedimento muito comum, que possui uma grande variedade de técnicas, mas pode ter complicações severas. Principal complicação: deiscência * Incidência de 4 a 18%; * Aumenta 10x a mortalidade; * Mortalidade por sepse até 30% * Ocorre quando há falha na cicatrização, provocando o vazamento do conteúdo entérico para dentro da cavidade abdominal (fístula).
39
Quais as fases da cicatrização?
Inflamação, proliferação e maturação. OBS: A cicatrização adequada depende da passagem da etapa de inflamação para a de proliferação (síntese de colágeno) → o risco para deiscência é até o 7º dia, então se até ele não ocorrer, provavelmente não ocorrerá mais.
40
Quais os três princípios de uma boa técnica cirúrgica que levam ao sucesso da anastomose?
Adequada vascularização, ausência de tensão e ausência de contaminação.
41
Descreva os princípios técnicos de uma anastomose intestinal.
* A sutura deve envolver a submucosa e a serosa (quanto tem) → é onde está o tecido conjuntivo (capacidade de cicatrização). * Pode ser plano total (pegando todas as camadas) ou parcial (deixando a mucosa de fora). * A mucosa pode ser um bloqueio mecânico que atrapalhe na cicatrização, pela forma que invaginar.
42
Quais os planos de sutura? Diferencie-os.
❖ Plano único: o Mais rápida; o Menor isquemia; o Melhor cicatrização; o Menor estenose. ❖ Dois Planos: o Técnica mais antiga; o Fechamento mais firme. Plano único apresenta superioridade entre as técnicas.
43
Que tipos de anastomose podem ser feitos?
* Término-terminal * Término-lateral → quando há desproporção entre as bocas. * Látero-lateral → quando há desproporção entre as bocas.
44
Sobre sutura mecânica, diferencie “Grampeador Linear” de “Grampeador Circular”.
❖ Grampeador Linear: Cortante. Separa e une. ❖ Grampeador Circular: Apenas une → Anastomose colorretal baixa.
45
Diferencie anastomose mecânica de anastomose manual, de acordo com seus pontos positivos e negativos.
❖ Anastomose Mecânica: o Menor isquemia; o Excelente cicatrização; o Rápida execução; o Pouca reação tissular (titânio); o Excelentes colorretal e esôfago Anastomose Manual: o Bordos invertidos mais seguros; o Menor custo; o Mais acessível. Resultados equivalentes entre as técnicas
46
O que é ostomia?
Ostomia é a confecção de orifício que conecta algum seguimento do sistema digestivo, urinário ou respiratório à superfície corpórea (pele). Ex: Colostomia, traqueostomia, nefrostomia.
47
Como as ostomias digestivas podem ser classificadas, conforme:
a. Tempo. Temporárias → condições reversíveis. Definitivas → defeito anatômico ou funcional irreversível. b. Finalidade. Alimentação → impossibilidade de alimentação oral (quanto mais proximais, melhor, como a gastrotomia). Normalmente indiretas (com tubos). Descompressão → descontinuidade anatômica do tubo digestivo, proteção temporária de anastomose digestiva, tratamento de obstrução ou fístulas (quanto mais distais, melhores). Normalmente diretas.
48
Sobre as ostomias alimentares, diferencie gastrotomia de jejunostomia
Gastrotomia: o A principal indicação é a impossibilidade de alimentação oral. o Pode ser cirúrgica ou endoscópica. ❖ Jejunostomia: o Impossibilidade de alimentação oral. o Estômago indisponível. o Alimentação específica em baixa osmolaridade. o Menor tolerância à dieta que gastrotomia.
49
Diga como as ostomias descompressivas podem ser classificadas, conforme:
a. Área utilizada. ➔ Colostomias; Ileostomias. (Quanto mais distal melhor). b. Formas de exteriorização. Terminal: mais definitivas, menos prolapso. Em alça: geralmente temporárias, de fácil fechamento.
50
7. Que complicações as ostomias digestivas podem ter?
* Precoces: o Desequilíbrio eletrolítico → perda excessiva de líquidos e eletrólitos (ileostomia); o Isquemia, necrose e retração da ostomia; o Sangramento local e cavitário; o Prolapso, abscesso, fístula e dermatites. * Tardias: o Prolapso; o Hérnia paraestomal; o Estenose; o Recidiva de tumores no local do estoma