Rosana Flashcards
(12 cards)
Asma
A) definição e diagnóstico
Doença crônica obstrutiva inflamatória (mais comum na infância). Doença das vias aéreas inferiores caracterizada por obstrução reversível espontaneamente ou com tratamento, inflamação com participação de mastócitos, eosinófilos e linfócitos T, aumento da responsividade brônquica a uma variedade de estímulos e hiper-reatividade brônquica (tríade: hipersecreção, edema de mucosa e broncoespasmo de musculatura lisa). O diagnóstico da asma é estritamente clínico. Um ou mais dos seguintes sintomas: dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã. Sintomas esporádicos com melhora espontânea ou com uso de medicação específica para asma.
Asma
B) Classificação ambulatorial. Explique
Podemos classificar a asma em controlada, parcialmente controlada e não controlada Devem ser considerados os sinais e sintomas nas últimas 4 semanas Asma controlada: nenhum sintoma diurno ou </= duas vezes durante a semana, nenhum despertar noturno, não há limitação das atividades diárias, uso de broncodilatador não necessário ou </= 2 vezes por semana e espirometria com 80% da área pérvia Asma parcialmente controlada: 1 ou 2 desses padrões positivos: sintomas diurnos >/= 3 vezes por semana, despertar noturno, qualquer limitação da atividade diária, uso de broncodilatador >/= 3 vezes na semana, espirometria com < 80% de área pérvia Asma não controlada: 3 ou mais parâmetros positivos da asma parcialmente controlada. Vale lembrar que qualquer episódio de exacerbação já classifica como asma não controlada, independentemente dos outros parâmetros. Exacerbação intensa é igual a dispneia
Asma
C) Tratamento para asmático que chegou com dispneia (em crise)
Dar beta-2-agonista para tirar a criança da crise (3 inalações em 1 hora), com Fenoterol/Salbutamol. Tirou a criança da crise, ela está sem dispneia, manda para casa com um corticoides oral (Prednisona ou Predinisolona), que é a pulsoterapia com corticoides sistêmico oral
Asma
D) tratamento de criança de 3 anos asmática (leve?), orientar a mãe e dar os medicamentos de manutenção
Orientar a mãe para diminuir a exposição da criança aos fatores de risco para exacerbação da asma como colocar travesseiros e colchões no sol durante algumas horas, forrá-los com material impermeável, evitar poluentes intradomiciliares, evitar contato com animais domésticos etc. O tratamento de escolha para manutenção seria corticoide inalatório (ex.: Budesonida ou Beclometasona), 2 vezes ao dia. Para a criança de 3 anos, orientar o uso de espaçador ou aero câmara (é necessário homogeneizar, fazer o jato e contar até 10 lentamente). Após o uso deve haver higienização da boca e do rosto da criança para evitar hipopigmentação da face e candidíase oral. Tomar vacina da gripe 40 dias antes do inverno. Em caso de crise, orientar a mãe a dar beta-2-agonista (Fenoterol ou Salbutamol)
Síndrome do Lactente Chiador
A) conceitue o ruído adventício sibilo, cite os mecanismos envolvidos para o seu aparecimento
Sibilo é um ruído adventício, ruído seco. Sua existência mostra que existe uma obstrução parcial da luz a nível de bronquíolo, principalmente os terminais. Ele é auscultado na inspiração e na expiração e é somente audível (não é palpável). A obstrução parcial pode ser causada por processo inflamatório da via aérea inferior que cursa com edema, por hipersecreção, por espasmo da musculatura lisa brônquica, por corpo estranho, por bronquilomalácia ou por algo extrínseco ao bronquíolo que cause compressão
Síndrome do Lactente Chiador
B) cite 3 exemplos de patologias envolvidas
C) comente sobre elas
Doença cardíaca (cardiopatias congênitas que geram hiperfluxo pulmonar), alergia alimentar (alergia a proteína do leite de vaca) e parasitoses do ciclo pulmonar (Síndrome de Loeffler)
Cardiopatia congênita com hiperfluxo: CIA, CIV e PCA; existe um shunt esquerdo-direito aumentando a pressão hidrostática na artéria pulmonar e ocorre transudação em bronquíolos, a sibilância se dá por essa transudação Alergia a proteína do leite de vaca: em bebês desmamados precocemente é obrigatório pensar nessa patologia; quando mamava no peito, não tinha nada, quando começou a tomar leite de vaca, passou a apresentar diarreia, alergia na pele (urticárias) e sibilância (processo inflamatório com repercussão pulmonar) Parasitoses de ciclo pulmonar: existem vermes que em sua fase larvária passam pelo pulmão, a Síndrome de Loeffler, que gera uma eosinofilia sistêmica por conta da parasitose; por conta disso, os bebês chiadores devem fazer exame protoparasitológico de fezes; sempre atentar aos sinais e sintomas que sugiram parasitoses como distensão abdominal, diarreia, emagrecimento, anemia etc.
Síndrome do Lactente Chiador
D) elabora para a mãe 3 perguntas importantes para o diagnóstico de cada patologia
Cardiopatia congênita com hiperfluxo pulmonar: Fez o pré-natal morfológico e sabe se ela tem alguma mal formação cardiológica? Quando mama, ela fica pálida ou roxa? Tem que parar para descansar várias vezes? Alergia a proteína do leite: Antes de iniciar o uso de leite de vaca, ela já apresentava esses sintomas? Se em aleitamento materno exclusivo, a senhora bebe muito leite ou algum alimento que tem proteína do leite? A sibilância é acompanhada de diarreia, sangue nas fezes e/ou alergia de pele? Parasitoses de ciclo pulmonar: Nos últimos tempos, a criança emagreceu? Teve diarreia ou presença de vermes nas fezes? Tem contato com cachorro ou gato ou outros animais?
Síndrome do Lactente Chiador
E) dê os métodos diagnósticos em relação a cada patologia citada
Cardiopatia congênita com hiperfluxo: teste do coraçãozinho e ecocardiograma Alergia a proteína do leite: teste de exclusão (prova terapêutica), RAST de IgE e pesquisa de sangue oculto nas fezes Parasitoses de ciclo pulmonar: exame protoparasitológico de fezes, hemograma (para ver se há eosinofilia) e pedir sorologia se houver suspeita de Toxocara canis ou catis
Estamos no ambulatório com um escolar de 07 anos que nas últimas 04 semanas apresentou tosse, sibilos mais que 03 vezes na semana e despertar noturno. Tinha como fatores desencadeantes: alérgenos respiratórios e exercícios físicos. Na última semana procuro o Pronto Socorro por dispneia e palidez. Em relação ao quadro clínico:
1. Conduza o tratamento ambulatorial.
Com base no quadro clínico exposto pôde-se concluir que essa criança apresenta um quadro de asma parcialmente controlada pois apresenta sintomas diurnos como tosse e sibilo (3x semana) e despertares noturnos. Para a condução do tratamento ambulatorial preconiza-se utilizar o protocolo GINA. O paciente deve ser inserido em uma das etapas de acordo com o seu tratamento atual o seu nível de controle e as mudanças que vão ocorrendo. O início do tratamento se da na etapa 2 ou 3 do protocolo dependendo da sintomatologia do paciente. Para o paciente em questão, que se encontra bastante sintomático, devemos proceder com a utilização de corticoide inalatório (CI) de baixa dose e uma medicação de resgate (ß-2 agonista de curta duração) nas crises quando for necessário. Avaliar a progressão do paciente e considerar aumentar a dose até atingir o controle.
Estamos no ambulatório com um escolar de 07 anos que nas últimas 04 semanas apresentou tosse, sibilos mais que 03 vezes na semana e despertar noturno. Tinha como fatores desencadeantes: alérgenos respiratórios e exercícios físicos. Na última semana procuro o Pronto Socorro por dispneia e palidez. Em relação ao quadro clínico:
2. Na receita de saída do Pronto Socorro, quais são as medicações prescritas e por quantos dias devo usá-las?
Corticoide de baixa dose inalatório (CI) até reavaliação médica que deve ser feita em aproximadamente duas semanas, pois é o tempo que o medicamento demora para fazer efeito. Medicação de resgate (ß-2 agonista de curta duração SABA) nas crises quando for necessário.
Estamos no ambulatório com um escolar de 07 anos que nas últimas 04 semanas apresentou tosse, sibilos mais que 03 vezes na semana e despertar noturno. Tinha como fatores desencadeantes: alérgenos respiratórios e exercícios físicos. Na última semana procuro o Pronto Socorro por dispneia e palidez. Em relação ao quadro clínico:
3. Quais as possibilidades envolvida sem uma má resposta ao tratamento?
Caso o paciente não apresente melhora dos sintomas, devemos manter a dose da medicação já prescrita (CI baixa dose) mais a utilização de ß-2 agonista de longa duração (LABA) e mediação de alívio nas crises (SABA). Se mesmo assim não responder aumentamos a dose de CI para média ou alta dose.
Lactente sibilante induzido por virus e bactérias. Explique.
VOU REDIGIR