Saúde Da Criança Flashcards
(45 cards)
O que é puericultura e qual a quantidade de consultas?
É o acompanhamento do desenvolvimento de crianças e adolescentes
No primeiro ano de vida deve ter 7 consultas = 1⁰ semana de vida, 1, 2, 4, 6, 9 e 12 meses
No segundo ano de vida deve ter 2 consultas = 18 e 24 meses
Depois 1 consulta por ano
Como é feito a consulta de puericultura?
Anamnese: queixas atuais, Antecedentes pessoais e familiares, ambiente, hábitos, alimentação, amamentação LA ou LM e vacinação
Exame Físico: peso, comprimento (até 2 anos), altura (após 2 anos), perímetro cefálico (até 2 anos), circunferência abdominal, PA (após 3 anos- anual), reflexos primitivos e desenvolvimento neuropsicomotor
Diagnóstico de normalidade: CEVADA
- crescimento
- estado nutricional
- vacinação
- alimentação
- desenvolvimento
- ambiente
Qual é o tempo recomendando de exercícios físicos e tempo de tela para crianças?
Exercicios físicos:
Menor que 2 anos= 180 minutos por dia
3 a 5 anos = 180 minutos por dia - estruturado
6 a 19 anos = 60 minutos dia- vigorosa 3x na semana
Tempo de tela:
Menor que 2 anos= zero
3 a 5 anos= 1h dia
6 a 10 anos = 1 a 2h dia
11 a 18 anos= 2 a 3h dia
Qual é o ganho ponderal adequado de peso e estatura ?
1 a 3 meses = 30 g/dia —– 3 cm/mês
3 a 6 meses = 20 g/dia —– 2 cm/mês
6 a 9 meses = 15 g/dia —– 1,5 cm/mês
9 a 12 meses = 12 g/dia —– 1,2 cm/mês
1 a 3 anos = 240 g/mês —– 1 cm/mês
Qual é o ganho ponderal adequado de perímetro cefálico?
1 a 3 meses = 2 cm/mês
3 a 6 meses = 1cm/mês
6 a 12 meses = 0,5 cm/mês
1 a 3 anos = 0,25 cm/mês
No primeiro ano cresce 12cm
Explique sobre as curvas de crescimento e estado nutricional:
Utiliza o escore Z ou percentil, sendo que o adequado é entre Z+2 e Z-2 ou P95-97 e P15
CURVA DE CRESCIMENTO
- muito baixa estatura: menor que -3 ou p0,1
- baixa estatura: entre -2 e -3 ou entre p3-5 e p0,1
- estatura adequada: entre -2 e +2 ou entre p97 e p15
CURVA DE ESTADO NUTRICIONAL
- muito baixo peso: menor que -3 ou p0,1
- baixo peso: entre -2 e -3 ou entre p3-5 e p0,1
- peso adequado: entre -2 e +2 ou entre p97 e p15
- peso elevado: acima de +2 ou p99,9
Quais são os reflexos primitivos?
0-2 meses: reflexo de busca, apoio plantar, archa, placing (subir escada) - devem sumir após 2 meses
0-4 meses: preensão palmar, magnus Klein (vira a cabeça para um lado e o braço para outro), galant (encurva o tronco) - devem sumir após 4 meses
0-6 meses: Sucção e moro (leve queda e susto- abdução MMSS e MMII) - devem sumir após 6 meses
0-12 meses: preensão plantar e cutâneo plantar - devem sumir após 12 meses para a criança conseguir andar
Obs: reflexo de paraquedas deve estar presente a partir de 9 meses
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
comunicação e linguagem:
1 mês: sorriso social
4 meses: vocalização
7 meses: inibe com o NÃO
10 meses: atende ao nome e aponta objetos
12 meses: fala palavras
2 anos: fala frases e obedece ordens
3 anos: responde a perguntas
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Habilidade social:
1 mês: olha para os outros
4 meses: ri alto
7 meses: prefere a mão
10 meses: medo de estranhos
12 meses: chora quando os pais se afastam
15 meses: desejo e abraça
2 anos: ajuda a se despir e copia os outros
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Motora:
RN: tonus flexor e preensão palmar
3 meses: sustenta pescoço
4 meses: leva as mãos em linha média
6 meses: senta com apoio e rola; transfere objetos de uma mão para outra
7 meses: pega de 3 dedos
9 meses: engatinha e pega em pinça
10 meses: em pé com apoio
12 meses: anda
15 meses: constrói torre de 3 cubos
CRIANÇA HOSPITALIZADA
Fatores estressores:
Separação, perda de controle, lesão corporal e dor
CRIANÇA HOSPITALIZADA
Ansiedade de separação:
Também conhecido como depressão analítica
Muito comum se 6 meses a 3 anos (pré-escolar)
- Fase de protesto: grita pelos pais, recusa atenção de outra pessoa, inconsolável
- Fase de desespero: menos ativa, desinteressado para comer ou brincar, triste
- Fase de desapego: maior interesse pelo ambiente, interage, se desliga dos pais para não sentir dor - não significa que a criança está feliz só se acostumou com a ausência dos pais - deve evitar chegar nessa fase
CRIANÇA HOSPITALIZADA
Perda de controle:
Aumento da percepção de ameaça
A hospitalização limita o senso de expectativa e previsibilidade, pois foge da rotina que a criança tem em casa.
Criança vê a hospitalização como punição e sente vergonha, culpa e medo
CRIANÇA HOSPITALIZADA
Cuidados deenfermagem:
Preparar para internação
Incluir a criança no processo de cuidado
Prevenir ou minimizar a separação
Minimizar a perda do controle
Promover liberdade de movimento
Tentar manter a rotina da criança
Estimular a independência
Promover a compreensão da hospitalização e explicar que não é punição
Prevenir o minimizar o medo de lesão corporal
Proporcionar atividades para desenvolvimento como brincadeiras
Promover a relação entre pais e filhos e socialização
Oferecer informações a família
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Depleção de água:
As principais causas são:
- Falha na absorção ou reabsorção de água: pode ser pela redução da injesta hídrica ou por perda pelo trato gastrointestinaintestinal como vômito, diarréia, aspiração gástrica e fístula
- Secreção inadequada de adh
- Expressão renal excessiva
- Perda através da pele e pulmão: transpiração excessiva, seja por estado febril, hiperventilação, aumento da temperatura do ambiente, aumento de atividade física e consequentemente o aumento da taxa metabólica
- iatrogenia: uso excessivo de diuréticos ou reposição inadequada de líquidos durante a internação
Manifestações clínicas: sede, variação da temperatura, pele e mucosa ressecada, diminuição do tugor da pele, perfusão inadequada, perda de peso, fadiga, diminuição do débito urinário, irritabilidade, letargia, taquicardia, taquipneia, alteração de nível de consciência, desorientação, olhos fundos, choro sem lágrimas, fontanela afundada, pele acinzentada, pulso fraco oi ausente e sinal de prega +
Achados laboratoriais: aumento da densidade de urina, de hematócrito, de ureia nitrogenada sérica e da osmolaridade sérica, variação de eletrólitos e do volume de urina
Cuidados de enfermagem:
- fornecer reposição das perdas de líquido e fluido de manutenção e eletrólitos — SRO (1 sal pra 4 açúcar em 1L de água) ou soro ou ranger 100ml/kg em 5 hrs, sendo 30ml/kg na primeira hora e 70ml/kg nas outras 4 horas
- determinar e corrigir a causas
- medir ganhos e perdas de líquidos
- monitorar sinais vitais, densidade urinária, peso corporal diariamente e eletrólitos sérios, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto, bicarbonato, fosfato e sulfato
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Excesso de água:
Principais causas:
- Ingesta de água maior que a excreção: ingesta oral excessiva, sobrecarga e enemas de água
- Falha na absorção de água: doença renal, insuficiência cardíaca congestiva, desnutrição
Manifestações clínicas: edema generalizado, pulmonar ou intracutâneo, pressão venosa central elevada, hepatomegalia, pulso lento e irregular, ganho de peso, letargia, aumento da pressão do líquido espinal, convulsão e coma.
Achados laboratoriais: diminuição da densidade urinária e de hematócrito, eletrólitos reduzidos e volume de urina variável
Cuidados de enfermagem:
- limitar ingesta de líquidos
- administrar diuréticos
- monitorar sinais vitais e sistema neurológico
- determinar e tratar a causa
- analisar com frequência os níveis séricos de eletrólitos
- implementar medidas de prevenção de convulsão
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Hiponatremia (diminuição de sódio):
As principais causas são:
- Dieta prolongada com baixo teor de sódio
- Diminuição da ingesta de sódio
- Febre
- Sudorese excessiva
- Aumento da ingesta de água sem eletrólicos
- Taquipneia em lactentes
- Fibrose cística, queimadura, ferida, vômito, diarréia, aspiração gástrica, fístulak insuficiência adrenal, doença renal, cetoacidose diabética e desnutrição
Manifestações clínicas: desidratação, sede, fraqueza, tontura, náusea, cólica, nervosismo, apatia, letargia, diminuição da PA, diminuição do débito urinário, pele e mucosa ressecada
Achados laboratoriais: concentração de sódio menor que 130
Cuidados de enfermagem:
- determinar e tratar a causa
- administrar fluidos EV com concentração de salina apropriada
- monitorar a ingesta e excreção de líquidos
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Hipernatremia (aumento de sódio):
As principais causas são:
Grande injesta de sal, doença renal, febre, injesta insuficiente de leite materno em neonato, desidratação, aumento da temperatura e umidade, hiperventilação, diabetes insípido e hiperglicemia
Manifestações clínicas: sede intensa, mucosa seca e espessa, pele avermelhada, aumento da temperatura, roquidão, oligúria, náusea, vômito, desorientação, convulsão, espasmo muscular, rigidez de nuca, letargia em repouso e hiperirritabilidade
Achados laboratoriais: concentração de sódio maior ou igual 150, alto volume de plasma e alcalose (PH maior que 7,45)
Cuidados de enfermagem:
- determinar e tratar causa
- administrar fluidos EV conforme prescrição
- medir ganhos e perdas de líquido
- monitorar resultados laboratoriais
- monitorar estado neurológico
- garantir ingesta adequada de leite materno e fornecer assistência na lactação
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Hipotassemia (diminuição de potássio):
As principais causas são:
- Inanição (deficiência de nutrição grave e prolongada) injesta insuficiente de nutrientes, problema de absorção, infusão EV sem adição de potássio, diarréia, vômito, fístula, aspiração gástrica, administração de diurético, corticoide, síndrome nefrótica, queimadura, nefrite, diurese hiperglicêmica, alcalose, paralisia periódica familiar, administração IV de insulina em cetoacidose diabética
Manifestações clínicas: fraqueza muscular, cãibra, rigidez, paralisia, hipotensão, arritmia cardíaca, ritmo galopante, taquicardia ou bradicardia, ílio paralítico, apatia, sonolência, irritabilidade e fadiga.
Achados laboratoriais:
- concentração de potássio menor ou igual a 3,5
- ECG anormal com onda T achatada, diminuição do segmento ST e contração ventricular prematura
Cuidados de enfermagem
- determinar e tratar causas
- monitorar sinais vitais e ECG
- avaliar o equilíbrio ácido básico
- oferecer alimentos com alto teor de potássio
- para a reposição intravenosa deve ser feita em boulos de maneira lenta
- suplementação de sódio tem que avaliar primeiro débito urinário
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Hiperpotassemia (aumento de potássio):
As principais causas são:
- Doença renal, insuficiência renal e adrenal, acidose metabólica, administração rápida de cloreto de potássio EV, desidratação grave, lesão por esmagamento, queimadura, hemólise, diuréticos poupadores de potássio e aumento da ingestão de potássio
Manifestações clínicas: fraqueza muscular, paralisia flácida, espasmo, hiperrefflexão, bradicardia, fibrilação ventricular, parada cardíaca, oligúria e apneia
Achados laboratoriais:
- alta concentração de potássio maior ou igual a 5,5
- volume de urina variável
- ECG com onda P plana, onda T apiculada, prolongamento do complexo QRS e aumento do intervalo PR
Cuidados de enfermagem:
- determinar e tratar a causa
- monitorar sinais vitais e ECG
- administrar resina de troca iônica
- administrar fluidos EV
- administrar insulina EV
- monitorar níveis de potássio
- evitar comidas com alto teor de potássio
- monitorar equilíbrio ácido básico
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Hipocalcemia (diminuição de cálcio):
As principais causas são:
- Dieta pobre em cálcio, deficiência de vitamina D, trânsito intestinal muito rápido, insuficiência renal, uso de diurético, hipoparatireoidismo, alcalose, cálcio retido, aumento da albumina e uso de leite de vaca em RN
Manifestações clínicas: irritabilidade neuromuscular, formigamento no nariz, orelha, ponta dos dedos, tetania, laringoespasmo, convulsão generalizada, distúrbio de coagulação, hipotensão, parada cardíaca, sinal positivo de Chvostek e Trousseau.
Achados laboratoriais:
- concentração de cálcio menor ou igual a 8,5
- aumento de proteína sérica
- ECG: prolongamento do intervalo QT
Cuidados de enfermagem
- determinar e tratar a causa
- administrar suplementos orais ou EV
- monitorar local da infusão
- monitorar níveis de cálcio, vitamina D, hormônio da paratireoide e proteína serica
- evitar leite de vaca em lactentes menor que 12 meses
PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
Qual a diferença de cardiopatia congênita e cardiopatia adquirida?
Cardiopatia congênita: anomalias anatômicas presentes no nascimento, podendo gerar uma insuficiência cardíaca e hipóxia
Cardiopatia adquirida: anomalias que ocorre despois do nascimento
PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
O que avaliar durante a consulta?
ANAMNESE:
Avaliar a saúde da mãe, histórico de gravidez, parto, uso de álcool ou drogas durante a gestação, exposição a infecção por rubéola na gestação, uso de medicamentos (fenitoína), restrição de crescimento uterino, peso elevado ao nascimento, históricos de risco na família.
EXAME FÍSICO:
- Avaliar estado nutricional: déficit de crescimento ou inadequado ganho de peso
- Cor: cianose (comum em cardiopatia congênita) e palidez
- Deformidade torácica: cardiomegalia - distorce o formato do tórax
- Pulsações incomuns: pulsação dos vasos do pescoço
- Excursão respiratória: facilidade ou dificuldade de respiração
- Hipocratismo digital: forma arredondada do leito unguinal
- Ausculta, palpação e percursão
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
- ECG de 12 derivações, ecocardograma, ressonãncia magnética e cateterismo
PROBLEMAS CARDIOVASCULARES
O que é cateterismo, quais são os tipos , complicações e cuidados pré e pós procedimento?
Cateterismo é a inserção de uma agulha em um vaso periférico guiado até o coração, sendo que a ponta do cateter fica dentro de uma câmara do coração para medir a pressão e saturação. Existe 3 tipos:
- cateterismo diagnóstico: diagnosticar malformação congênita
- cateterismo intervencionista: alterar a anatomia cardíaca
- cateterismo de eletrofisiologia: avaliar arritmias
COMPLICAÇÕES: hemorragia, perda da pulsação, arritmia transitória
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO: altura exata, peso, alergia, sinais e sintomas de infecção, avaliação do pulso do pé, saturação basal, jejum oral de 6-8hrs
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO: aferição do pulso abaixo do local do cateterismo, tempo e cor das extremidades (esfriamento ou branqueamento indica obstrução arterial), SSVV a cada 15 minutos, (ênfase na FC e PA), curativo, ingesta de líquidos, níveis de glicose, sinais de sangramento e hipotensão.
- Em casos de sangramento fazer pressão 2,5cm acima do local de punção
- Manter a extremidade afetada reta por 4-6hrs (venoso) e 6-8hrs (arterial) pois facilita a cicatrização do vaso