sepse neonatal Flashcards
(15 cards)
Definição
caracterizada no RN pela evidência clínica de processo infeccioso e presença dos seguintes achados: instabilidade térmica, disfunção respiratória e cardíaca e anormalidades na perfusão.
Sepse neonatal precoce
< 48 horas de vida provocada por patógenos do trato genital materno, como Streptococcus agalactiae,
E. coli e L. monocytogenes;
Sepse neonatal tardia
> 48 horas de vida: provocada por patógenos do ambiente hospitalar, tais como: Gram-negativos, S. aureus,estafilococos coagulase negativo e fungos.
Epidemiologia
a incidência de sepse permanece elevada, de 1 a 8 casos/1.000 nascidos vivos, com mortalidade de 10 a 50%.
Formas de Transmissão
-Transplacentária intrauterina: são exemplos:
sífilis, CMV, toxoplasmose
-Durante a passagem pelo canal de parto: herpes-simples, HIV, vírus da hepatite B e C; germes do trato gastrointestinal e geniturinário maternos
-Via ascendente (o site não traz essa classificação mas é um motivo): Mãe com corioamnionite – a bolsa se rompe, a criança perde a proteção e as bactérias da microbiota vaginal ascendem e contaminam as membranas
-Pós-natal: tuberculose, estafilococos, bactérias entéricas, candida, vírus, germes nosocomiais
Etiopatogenia
Imaturidade do sistema imunológico.
.Alterações no meio intrauterino (corioamnionite).
Alterações no canal de parto (colonização por germes patogênicos).
Ambiente hospitalar.
Clínica de sepse 11
- Instabilidade térmica, principalmente prematuros.
- Desconforto respiratório
- Hipotonia e convulsões
- Hipoatividade/letargia ou irritabilidade patológica
- Acidose metabólica
- Sucção débil
- Manifestações do TGI: distensão abdominal, dieta por sonda que reflui
- Hiperglicemia
- Palidez – já é sinal de choque.
- CIVD – coagulação intravascular disseminada,
- Avaliação diária é importante para comparar a evolução do quadro (respostas ao exame físico, reações)
Fatores de risco para sepse
-Maternos - 6 Febre materna (> 37,5ºC). Infecção urinária. Colonização por S. agalactiae. Ruptura prolongada de membranas (> 18horas). Infecção do trato genital: corioamnionite, líquido fétido, leucorreia e herpes. -Neonato - 5 Taquicardia fetal 160-180 bpm. Prematuridade. Apgar no 5º minuto < 7 (asfixia) Sexo masculino: a deficiência de receptores para interleucina-1. Primeiro gemelar.
EXAMES COMPLEMENTARES - Se a mãe do RN tem fatores de risco para infecção
Hemograma – após 12 horas de vida
o PCR – após 12 horas de vida
EXAMES COMPLEMENTARES - Se o RN é sintomático
Hemograma
PCR
Hemocultura
* Necessária para se fazer antibioticoterapia
Raio X de tórax
* Principalmente na Sepse Precoce, pois pode cursar com pneumonia
Fazer Punção de LCR (Líquido Cefalorraquidiano) se PCR, Hemograma ou Hemocultura retornarem alterados
Diagnóstico
Segundo o Ministério da Saúde, a presença de três ou mais sinais clínicos no RN, ou no mínimo dois sinais associados a fatores de risco maternos, autoriza o diagnóstico de sepse clínica ou síndrome séptica, justificando-se, nesse caso, o início da antibioticoterapia sem o auxílio de exames laboratoriais.
Tratamento da sepse precoce
Penicilina cristalina ou ampicilina
Aminoglicosídeos Gentamicina
Tratamento da Sepse tardia
Primeiro esquema Oxacilina (estafilo) e cefalosporina (IV geração)
Segundo esquema:Vancomicina e Carbapenêmico
Se a infecção for fúngica: anfotericina (No caso de suspeita de infecção fúngica, permanece com a cobertura tripla (2 antibióticos + antifúngico) até o resultado da Hemocultura retornar)
Profilaxia antibiótica intra
parto
- Penicilina G Cristalina: 5 milhões IV dose
ataque, seguido de 2,5 a 3 milhões IV a cada
quatro horas até o parto OU - Ampicilina: 2 g IV dose ataque, seguido
de 1 g IV a cada quatro horas.
CONDUTAS
Olhar exemplos na transcrição