Síndromes Gastrointestinais Flashcards

(93 cards)

1
Q

• Volume fecal > 10 ml/kg/dia em lactentes.
• Três ou mais evacuações líquidas em um
período de 24 horas (em lactentes jovens,
considerar a mudança na consistência
habitual das fezes).

A

Diarreia

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2
Q

Diarreia com duração de até 14 dias (etiologia

infecciosa é a principal).

A

AGUDA

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3
Q

Diarreia com duração de 14 dias ou mais.

A

Persistente:

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4
Q

Diarreia com duração superior a 30 dias.

A

Crônica:

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5
Q

Tipo de diarreia que cursa com gap osmolar fecal alto, diarreia menos volumosa, melhora com o jejum.

A

Diarreia osmótica

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6
Q

Tipo de diarreia que cursa com gap osmolar fecal baixo, diarreia volumosa, persiste mesmo durante o jejum.

A

Diarreia secretora

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7
Q

O que é o gap osmolar fecal?

A

Nada mais é do que uma forma de estimarmos
a contribuição de eletrólitos e não eletrólitos
para a retenção de água no lúmen intestinal.
Deve ser feita a dosagem de Na+ e K+ nas
fezes e o cálculo é feito pela seguinte fórmula:
290 – 2 x (Na+ + K+)

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8
Q

Qual é o significado gap osmolar fecal?

A

Na diarreia osmótica, os solutos da dieta são
os responsáveis pela força osmótica que mantém
a água dentro do lúmen intestinal. Logo,
os eletrólitos estão diluídos e o gap osmolar
fecal é alto (tipicamente > 125 mOsm/kg).
Já na diarreia secretória, ocorre a secreção
de eletrólitos para o lúmen intestinal. Isto faz
com que as fezes tenham alta concentração
de eletrólitos, com um gap osmolar fecal baixo
(< 50 mOsm/kg).

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9
Q

Mãe traz seu filho com uma semana de vida
para consulta, em aleitamento materno exclusivo.
A queixa é a de que “toda vez que mama,
evacua’’. Sua conduta é:
a) Suspender o aleitamento, dar soro oral e
agendar retorno em 24 horas.
b) Suspender o aleitamento materno e prescrever
uma fórmula isenta de lactose.
c) Trocar o aleitamento materno para o leite
de vaca diluído acrescido de creme de arroz.
d) Manter o aleitamento materno e prescrever
soro oral no intervalo das mamadas.
e) Manter o aleitamento materno e tranquilizar
a mãe.

A

E

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10
Q

Etiologia: é a principal causa de doença diarreica grave

em menores de dois anos; mecanismo osmótico e secretor.

A

ROTAVÍRUS

O mecanismo osmótico decorre da destruição
dos enterócitos apicais das microvilosidades
do intestino delgado, com prejuízo na
absorção de lactose e também diminuição
na absorção de sódio e água. O mecanismo
secretor envolve a proteína viral NSP4, que
atua como uma enterotoxina

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11
Q

Etiologia: diarreia dos viajantes; principal causa de diarreia bacteriana em países em desenvolvimento.

A

E. coli Enterotoxigênica

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12
Q

Etiologia: pode causar diarreia

persistente em menores de dois anos.

A

E. coli Enteropatogênica

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13
Q

Etiologia: pode causar disenteria

A

E. coli Enteroinvasiva

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14
Q

Etiologia: pode causar disenteria sem febre; associa-se com síndrome hemolítico-urêmica (é a principal causa desta síndrome).

A

E. coli Êntero-hemorrágica

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15
Q

Etiologia: causa diarreia aguda aquosa ou disenteria; pode causar doença disseminada em grupos de risco (< três meses, imunodeprimidos, portadores de anemia
falciforme).

A

Salmonella

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16
Q

Etiologia: causa disenteria; pode causar síndrome hemolítico-urêmica. Causa diversas
manifestações neurológicas.

A

Shigella

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17
Q

Etiologia: associação com síndrome de Guillain-Barré.

A

Campylobacter

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18
Q

Avaliação do estado de hidratação e tratamento:
• OMS: avaliar condição, olhos, sede e sinal da prega.
Sem desidratação:

A

PLANO A: tratamento domiciliar com aumento na ingestão de líquidos; uso de zinco; dieta habitual; orientação sobre sinais de gravidade.

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19
Q

Avaliação do estado de hidratação e tratamento:
• OMS: avaliar condição, olhos, sede e sinal da prega.
Tem desidratação

A

PLANO B: terapia de reidratação oral na Unidade de Saúde; 75 ml/kg de Solução de Reidratação Oral em
4 horas; não oferecer alimentos durante a reidratação (apenas o leite materno é permitido). Alta quando hidratado com plano A.

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20
Q

Avaliação do estado de hidratação e tratamento:
• OMS: avaliar condição, olhos, sede e sinal da prega.
Tem desidratação grave

A

PLANO C: hidratação venosa; ringer lactato (ou SF 0,9%), 100 ml/kg em 3 horas (maiores de um ano) ou 6 horas (menores de um ano).

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21
Q

Quando suspeitar de diarreia por etiologia Viral?

A

De um modo geral, a apresentação clínica dos
agentes virais é marcada pela presença de
náuseas, vômitos e, eventualmente, febre.
As fezes são líquidas e não contêm sangue
ou pus. Podem ocorrer de forma epidêmica e
são processos autolimitados.

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22
Q

Período de incubação do rotavirus

A

< 48 horas (varia de um a sete dias).

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23
Q

Clínica: vômitos e febre, seguidos de diarreia líquida. Pode haver intolerância transitória à lactose. Os vômitos e a febre costumam desaparecer no segundo dia de doença, mas a diarreia pode continuar por cinco a sete dias.
Diarreia cuja etiologia é

A

ROTAVÍRUS

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24
Q

Etiologia viral: são responsáveis pela principal causa de surtos de gastroenterite associados à contaminação alimentar.

A

Calicivírus

Os norovírus e os sapovírus fazem parte da
família Caliciviridae.

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25
Etiologia viral: Associam-se com surtos de diarreia em ambiente hospitalar e comunidades fechadas (como creches e quarteis).
Astrovírus
26
Em plena madrugada, o telefone toca no apartamento de um pediatra e a vizinha implora ajuda, pois seu garoto menor chegou da escola com febre e acordara há pouco com cólicas, vômitos e diarreia. Com paciência, ele se dispôs a examiná-lo e, pensando em gastroenterite viral, medicou-o e pediu um imunoensaio nas fezes. Como havia um DNA-vírus entérico no material enviado, dentre os abaixo, ele só poderia ser um: a) Rotavírus. c) Sapovírus. b) Norovírus. d) Adenovírus.
D
27
• Causa diarreia endêmica nos menores de dois anos. • Apenas os sorotipos 40 e 41 são causa de gastroenterite aguda (embora existam relatos de outros sorotipos identificados em alguns casos). • São formados por DNA de dupla hélice.
Adenovírus entérico
28
São bactérias Gram-negativas, que podem ser transmitidas tanto pela ingestão de alimentos contaminados quanto pelo contato interpessoal. Basta um pequeno inóculo para que a infecção ocorra. Clínica: febre alta, dor abdominal intensa, náusea, vômito, disenteria, tenesmo e urgência para defecar.
Shigella
29
São bacilos Gram-negativos móveis. que podem ser causa de diarreia aguda. A transmissão ocorre pela ingestão de alimentos contaminados (ovos, frango, leite não pasteurizado e outros). Clínica: a manifestação clínica mais comum é a enterite aguda. Há início abrupto de náuseas, vômitos e dor abdominal, inicialmente localizada em região periumbilical e depois localizada em quadrante inferior direito. A diarreia é inicialmente aquosa, também podendo ser mucossanguinolenta (disenteria).
Salmonella
30
Criança com 2 anos de idade, com diarreia, evacuações líquidas com muco, sangue e tenesmo associados. Apresenta crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Hemograma com leucopenia e desvio à esquerda, eletrólitos normais, liquor normal. O agente etiológico provavelmente responsável pelo quadro acima é: a) Rotavírus. b) Giardia lamblia. c) Toxocara canis. d) Shigella flexneri. e) Entamoeba coli.
D
31
Um lactente de seis meses apresenta disenteria há três dias e é trazido ao pronto-socorro por crise convulsiva tônico-clônica generalizada. O paciente estava afebril e a investigação laboratorial não mostrou distúrbios eletrolíticos. O quadro foi causado provavelmente por uma neurotoxina do seguinte agente: a) Yersinia. c) Campylobacter. b) Shigella. d) Salmonella.
B
32
Associa-se com grandes epidemias de diarreia, que podem ocasionar centenas de mortes em curto espaço de tempo. A transmissão ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados (principalmente peixe e frutos do mar). • Mecanismo: secreção de uma potente enterotoxina que estimula o AMPc e aumenta a secreção intestinal. • Clínica: causa diarreia aquosa muito volumosa, que pode levar à morte por desidratação em algumas horas. As fezes contém grande quantidade de água, sendo chamadas de fezes em “água de arroz”.
Vibrio cholerae
33
Mecanismo: tem capacidade invasora, principalmente nas células da placa de Peyer, proliferando nos folículos linfoides e penetrando na lâmina própria. • Clínica: diarreia, febre, dor abdominal e leucocitose. As fezes costumam ser aquosas ou conter leucócitos; raramente, há presença evidente de sangue e muco. Pode levar à adenite mesentérica, simulando um quadro de apendicite.
Yersinia
34
• Epidemiologia: é uma das principais causas de diarreia aguda em todo o mundo. • Clínica: há pródromos com febre, cefaleia e mialgia, seguidos pelo surgimento de diarreia aquosa que, eventualmente, pode conter sangue (disenteria). • Complicações: associa-se à síndrome de Guillain-Barré, artrite reativa, eritema nodoso, anemia hemolítica e nefropatia por IgA.
Campylobacter jejuni
35
• Faixa etária: a incidência aumenta com a idade. • Clínica: 90% dos casos assintomáticos. Pode levar a disenteria, abscesso hepático, megacólon tóxico, peritonite e perfuração intestinal.
Entamoeba histolytica
36
• Faixa etária: crianças entre um e cinco anos. • Clínica: diarreia aguda autolimitada em imunocompetentes. Diarreia volumosa, aquosa e com cólicas intensas em imunodebilitados.
Cryptosporidium
37
Glomerulonefrite, nefropatia por lgA, síndrome de Guillain-Barré, eritema nodoso e anemia hemolítica são complicações extraintestinais, relacionadas ao seguinte patógeno: a) Clostridium difficile. c) Shigella. b) Salmonella. d) Campylobacter.
D
38
No tocante à diarreia aguda em crianças, assinale, abaixo, o grupo de patógenos relacionados com disenteria: a) Salmonella, Shigella, Campylobacter e Yersinia. b) Shigella, Campylobacter, E. coli enteropatogênica clássica e Entamoeba histolytica. c) Salmonella, E. coli enteropatogênica clássica, Entamoeba histolytica e Campylobacter. d) Shigella, Salmonella, Campylobacter e Giardia lamblia. e) Clostridium difficili, Shigella, Calicivírus e Salmonella.
A
39
Criança com 3 anos apresentou febre, vômitos e diarreia com raias de sangue. Evoluiu com recusa alimentar, irritabilidade, cansaço e palidez cutânea. Após 2 dias sem urinar, foi conduzida ao pronto atendimento. Na admissão hospitalar, estava desidratada em segundo grau, com edema periférico, petéquias na face, no tórax anterior e no abdome, com lesões maculares e hemorrágicas nas pernas e hepatoesplenomegalia. Os seus exames complementares mostraram leucócitos: 13.000, hemoglobina: 5 g/dl, plaquetas: 155.000, reticulócitos aumentados e eritrócitos fragmentados; teste de Coombs negativo, exame de urina com hematúria e proteinúria, creatinina: 1,5, sódio: 145, potássio: 4,5, TP e ATTP normais. O mais provável diagnóstico para esse caso é: a) Sepse. b) Síndrome nefrótica. c) Lúpus eritematoso sistêmico. d) Síndrome hemolítico-urêmica. e) Doença de Wilson.
D
40
Em relação à diarreia aguda por rotavírus, assinale o correto . a) A doença é mais frequente nos lactentes menores de 2 anos e é sempre leve e autolimitada nessa faixa etária. b) A infecção no neonato, na maioria das vezes, é assintomática. c) Diarreia aquosa, febre baixa e a completa ausência de vômitos são características da infecção por rotavírus. d) Medicamentos sintomáticos como antiespasmódicos e antissecretores, assim como os antivirais são importantes para o tratamento. e) A vacina para rotavírus é contraindicada em lactentes menores de seis meses.
B
41
Criança de 2 anos com diarreia líquida há 3 dias, associada a vômitos e febre, apresenta olhos fundos e, ao sinal da prega, esta volta ao estado anterior lentamente. Classifique o estado de hidratação desta criança, segundo a estratégia da atenção integrada às doenças prevalentes na infância: a) Desidratação grave. b) Desidratação. c) Não é desidratação. d) Desidratação moderada.
B Não temos a descrição de todos os pontos que devem ser avaliados para a classificação do estado de hidratação. Vamos nos basear no que temos: olhos fundos e sinal da prega que desaparece lentamente. Isso é compatível com a presença de desidratação. Não é uma desidratação grave, pois nesta situação teríamos olhos muito fundos e sinal da prega que desaparece muito lentamente.
42
Em uma criança desnutrida grave, que vem apresentando diarreia e vômitos, qual o parâmetro mais importante para avaliar o seu estado de hidratação? a) Sinal da prega lentificado. b) Tempo de enchimento capilar acima de três segundos. c) Olhos encovados. d) Diurese bastante diminuída e com densidade urinária elevada.
B Essa questão é bem interessante e complementa o que vimos até agora. A avaliação da hidratação em crianças desnutridas graves é um desafio na prática clínica. Diversos parâmetros utilizados na avaliação de crianças eutróficas não podem ser empregados. A desnutrição pode, por si só, conferir à criança o aspecto de olhos encovados e a lentificação do sinal da prega, por alteração da gordura subcutânea. Devemos nos basear em dados como o tempo de enchimento capilar e a diurese. A densidade urinária não é um bom parâmetro, pois desnutridos crônicos graves podem não ser capazes de concentrar adequadamente a urina.
43
As crianças com diarreia que não apresentam desidratação devem receber uma maior quantidade de líquidos que contenham sal em sua composição. Um dos líquidos tradicionalmente utilizados é o:
soro caseiro OBS: o soro caseiro não pode ser usado para reidratar uma criança que se encontre desidratada. A sua função é apenas prevenir a desidratação, não tratá-la.
44
Consistem em uma mistura de glicose, sódio e outras substâncias. Essa mistura é dissolvida em água e tem uma composição padronizada pela OMS.O uso da solução de maior osmolaridade pode levar a um aumento no volume das evacuações após o início da terapia de reidratação oral;
Sais de Reidratação Oral
45
As principais vantagens dos Sais de Reidratação Oral associadas com o uso da solução de osmolaridade reduzida em comparação à solução antiga ou padrão são:
* Menor taxa de perda fecal; * Menor frequência de vômitos; * Menor duração da diarreia; * Menor necessidade de terapia de hidratação venosa após início da terapia de reidratação oral.
46
Dr. Roberto é pediatra e foi realizar atendimento domiciliar, pelo Programa de Saúde da Família, a uma criança de 3 anos de idade, com vômitos e diarreia há cerca de 2 dias. Ao examiná-la, evidenciou desidratação de 1° grau. Como o pediatra não dispunha, no momento, de envelopes de Soro Oral, mas apenas do medidor padrão do Ministério da Saúde para colocar sal e açúcar, ele mesmo preparou um soro, da seguinte maneira: a) 1 copo cheio (500 ml) de água fervida ou filtrada + 1 medida (a menor) rasa de sal + 2 medidas (a maior) rasas de açúcar b) 1 copo cheio (200 ml) de água fervida ou filtrada + 1 medida (a menor) rasa de sal + 2 medidas (a maior) rasas de açúcar c) 1 copo cheio (200 ml) de água fervida ou filtrada + 2 medidas (a menor) rasas de sal + 1 medida (a maior) rasa de açúcar d) 1 copo cheio (500 ml) de água fervida ou filtrada + 2 medidas (a menor) rasas de sal + 1 medida (a maior) rasa de açúcar
B
47
Em relação à abordagem terapêutica de lactente eutrófico, com diarreia aguda e com desidratação moderada, é CORRETO afirmar: a) Após hidratação oral, continuar alimentação regular da criança, utilizando dietas lácteas com baixo conteúdo de lactose. b) As soluções de reidratação oral com menor concentração de sódio (60 e 75 rnEq/L) estão associadas a menor frequência de vômitos e redução da duração da diarreia, quando comparadas com a solução padrão (90 mEq/L). c) Recomenda-se a administração de vitamina A como coadjuvante no tratamento. d) Recomenda-se a utilização rotineira de antiemético nos casos de crianças com vômitos.
B
48
Lactente chega à emergência com diarreia aguda e desidratação leve. Após o início da Terapia de Reidratação Oral (TRO), observase aumento da frequência e volume das fezes. Qual a sua conduta: a) Iniciar hidratação venosa. b) Fazer gastróclise. c) Manter a TRO. d) Iniciar antimicrobiano. e) Iniciar antidiarreico.
C
49
A recomendação atual da OMS (2002) para a composição (em mmol/L) da solução de reidratação oral (SRO) consiste em: a) Sódio 90, potássio 20; cloro 80; glicose 111 b) Sódio 90, potássio 20; cloro 80; glicose 90. c) Sódio 60, potássio 20; cloro 65; glicose 75. d) Sódio 75, potássio 20; cloro 65; glicose 111. e) Sódio 75, potássio 20; cloro 65; glicose 75.
E
50
SOBRE O TRATAMENTO DA DIARREIA NA CRIANÇA: | Plano que consiste em terapia domiciliar para prevenir a desidratação e a desnutrição.
PLANO A - Criança < 2 anos: 50-100 ml de líquido; - Criança 2-10 anos: 100-200 ml de líquido; - > 10 anos e adulto: o quanto de líquido aceitar.
51
SOBRE O TRATAMENTO DA DIARREIA NA CRIANÇA: | Plano que compreende a Terapia de Reidratação Oral, que deve ser realizada na Unidade de Saúde.
PLANO B Não há um volume exato de SRO que deva ser administrado. Uma estimativa inicial consiste em 75 ml/kg. A SRO deve ser administrada com colher, copo ou até mesmo com seringas para os lactentes menores. As mamadeiras não devem ser usadas. É comum a presença de vômitos nas primeiras duas horas de tratamento, mas isso não impede que a TRO seja eficaz. Caso a criança vomite, aguarde entre cinco e dez minutos e reinicie a administração de SRO, mais lentamente. O aleitamento materno pode ser mantido, caso a criança ainda seja amamentada. Outros alimentos não são oferecidos neste período.
52
Em caso de falha do PLANO B:
- SRO pode ser administrada por sonda nasogástrica ou pode ser necessária a hidratação venosa. - A TRO está contraindicada em caso de distensão abdominal com íleo paralítico ou quando há indícios de má absorção da glicose
53
Gastróclise quer dizer:
alimentação por sonda nasogástrica
54
As quatro principais indicações para GASTRÓCLISE | seriam as seguintes:
- Perda de peso após as duas primeiras horas de TRO; - Vômitos persistentes (quatro ou mais vezes em um período de uma hora após o início da TRO); - Distensão abdominal com ruídos hidroaéreos presentes; - Dificuldade de ingestão da SRO.
55
SOBRE O TRATAMENTO DA DIARREIA NA CRIANÇA: Plano que consiste em hidratação venosa e destina-se ao tratamento das crianças com desidratação grave ou em casos de falha do plano B.
PLANO C < 1 ano: 30ml/kg em 1hora + 70 ml/kg em 5 horas > 1 ano: 30ml/kg em 30 minutos + 70 ml/kg em 2,5 horas - As crianças com desidratação grave deverão receber 100 ml/kg de ringer lactato, preferencialmente. Se o ringer lactato não estiver disponível, pode-se usar a solução salina 0,9%; - O tempo de administração da solução varia conforme a idade da criança. - Reavalie a criança a cada 15-30 minutos, até que o pulso radial esteja forte e presente. Quando isso ocorre, passam a ser reavaliadas a cada hora;
56
Lactente, 6 meses, pesando 7 kg, está com diarreia líquida há dois dias, sem muco, pus ou sangue, com vômitos e febre (38°C em média) há um dia. Após avaliação pelo pediatra é classificado como plano B e iniciada hidratação com: a) 280 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e aleitamento materno quando hidratada. b) 700 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e aleitamento materno quando hidratada. c) 280 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e aleitamento materno logo que possível. d) 700 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e aleitamento materno logo que possível.
D
57
Lactente de 10 meses é levado à unidade de saúde devido a quadro de diarreia, com fezes líquidas, amareladas, várias vezes por dia, anorexia, vômitos e febre não aferida, há três dias. Exame físico: irritado, inquieto, olhos fundos e sinal da prega com desaparecimento lento, bebendo avidamente a água oferecida. Considerando as informações acima e as recomendações do Ministério da Saúde, o diagnóstico e a conduta corretos neste caso são, respectivamente: a) Desidratação grave - iniciar hidratação venosa e, se após 4-6 horas ainda estiver desidratado, indicar hospitalização. b) Desidratação - liberar com prescrição de sais de reidratação oral, alimentação habitual e oferta de líquidos abundante. c) Desidratação - iniciar hidratação com sais de reidratação oral na unidade de emergência. d) Desidratação - internar e iniciar hidratação com sais de reidratação oral. e) Desidratação grave - internar e iniciar hidratação venosa.
C
58
Criança de cinco anos com quadro de diarreia aquosa há dois dias, com recusa alimentar e relato de ontem ter tido quatro episódios de vômitos. Mãe refere estar dando muita água, mas que mesmo assim a criança está com sede. Ao exame, criança acordada, atenta ao meio, colaborando com exame físico apesar de um pouco irritada, elasticidade da pele diminuída, olhos fundos e saliva um pouco espessa. A conduta inicial deve ser: a) Iniciar terapia de reposição oral na dose de 50-100 ml/kg durante cerca de quatro horas. b) Fazer soro de reidratação oral por gastróclise a 30 ml/kg/h nos primeiros trinta minutos e, se bem tolerada, aumentar até 60 ml/kg/h. c) Fazer expansão com soro glicosado 5% e soro fisiológico 0,9% na proporção 1:1, 100 ml/kg em duas horas, EV. d) Fazer expansão com soro fisiológico 0,9%, 100 ml/kg em duas horas, EV.
A
59
Segundo a OMS, NÃO se refere ao manejo da doença diarreica aguda: a) Soro caseiro no plano B. b) Manutenção da dieta no plano A. c) Suplementação de zinco. d) Reidratação em Unidade Básica de Saúde. e) Uso preferencial da via oral para hidratação.
A
60
No plantão em uma unidade de urgência pediátrica, o médico recebe uma criança de 10 meses, pesando 10 kg, previamente hígida, com história de diarreia e vômitos incoercíveis; não há relato de febre. O pediatra observa que a criança está incapaz de ingerir a água que a sua mãe oferece, tem os olhos encovados, apresenta o sinal da prega cutânea com retorno muito lento (“menor que” 2 segundos) e está letárgica. A conduta imediata mais apropriada, nesse caso, será: a) Iniciar soro oral: 1.000 ml em quatro horas, pois não há ainda evidência de desidratação grave. b) Soro fisiológico: 300 ml em 30 minutos e 700 ml restantes em 2 horas e 30 min. c) Soro fisiológico: 300 ml na primeira hora: e 700 ml nas próximas cinco horas. d) Soro fisiológico: 1.000 ml na primeira hora: e 500 ml nas próximas 2 horas e 30min.
C
61
A doença diarreica aguda na infância pode levar a quadros de desidratação grave. Uma das opções terapêuticas se pauta no uso da gastróclise, o que é indicado em casos de: a) íleo paralítico. b) Choque hemodinâmico. c) Neuropatas graves. d) Vômitos persistentes (“maior que” 4 em 1 hora após início da TRO). e) Crise convulsiva.
D
62
Existe alguma controvérsia, de acordo com a referência usada, no que diz respeito ao uso de antimicrobianos nos casos de gastroenterite aguda. Segundo a OMS, as principais recomendações para o uso de antimicrobianos são as seguintes:
* Casos de disenteria: ciprofloxacina. * Casos suspeitos de cólera com desidratação grave: DOXICICLINA. Em crianças pode ser usada a eritromicina, azitromicina, ciprofloxacina ou doxiciclina. * Giardíase sintomática com confirmação laboratorial: o tratamento é feito com metronidazol, para crianças: 15 mg/kg/dia, 3x ao dia, por cinco dias.
63
O tratamento dos quadros de salmonelose está recomendado em crianças com fatores de risco para doença sistêmica: menores de três meses, doença gastrointestinal crônica, hemoglobinopatias, e imunossupressão. As opções incluem
ciprofloxacina, ampicilina e ceftriaxona.
64
``` O tratamento para amebíase não deve ser habitualmente realizado. A OMS recomenda o tratamento dos casos de disenteria com a identificação dos trofozoítos em amostra de fezes ou quando não há melhora após o tratamento para shigelose. A droga usada é ```
metronidazol; para crianças usa-se 30 | mg/kg/dia, 3x ao dia, por 5 dias.
65
Conforme as recomendações do Ministério da Saúde para o manejo da criança com diarreia aguda, qual o esquema antibiótico deve ser utilizado nos casos de disenteria (diarreia com sangue) com comprometimento do estado geral? a) Ciprofloxacina ou Ceftriaxone. b) Ampicilina. c) Clindamicina. d) Ampicilina ou Gentamicina. e) Cefaclor
A
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Os prebióticos são definidos como carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento e/ou a atividade de um grupo de bactérias no cólon, podendo trazer benefícios à saúde do indivíduo. São comumente acrescentados às
fórmulas infantis
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Considere uma criança de 1 ano e 10 meses com diarreia aguda, com 4 dias de evolução, sem sangue ou muco nas fezes, com aceitação regular de alimentação via oral. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cuja conduta é considerada inadequada pela literatura atual: a) Estimular a alimentação habitual da criança. b) Estimular a ingestão de água, suco de frutas e soro de reidratação oral. c) Estimular a ingestão de probióticos. d) Estimular o uso de fórmulas sem lactose. e) Estimular a alimentação precoce nos casos de desidratação que receberam terapia de reidratação.
D
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Pré-escolar, 3 anos, com relato de 3 dias de fezes mucossanguinolentas, cólicas abdominais e tenesmo. Apresenta também febre intermitente com picos de variação de 37,8 a 38ºC. Assinale a melhor alternativa para hipótese diagnóstica etiológica e para terapêutica respectivamente: a) Entamoeba hystolitica e metronidazol. b) Entamoeba díspar e metronidazol. c) Giárdia lamblia e albendazol. d) Entamoeba coli e secnidazol. e) Hymenolepis nana e praziquantel.
A
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Os agentes etiológicos mais comumente encontrados nas crianças com diarreia persistente em países em desenvolvimento são
E.coli enteropatogênica, enteroagregativa, Salmonella, Shigella e Cryptosporidium.
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Lactente de oito meses de idade, previamente saudável, iniciou, há 17 dias, diarreia, vômitos e febre. Os dois últimos sintomas cederam nos três primeiros dias, porém a diarreia persiste com fezes volumosas, de eliminação explosiva e sem sangue. A alimentação é com fórmula láctea, frutas e comida de sal. Atualmente está aceitando praticamente só a fórmula láctea. Ao exame físico houve redução de 500 gramas de peso neste período. Está hidratado e apresenta distensão abdominal moderada com dermatite perineal importante. Nos demais aparelhos não foi detectado nada significativo. O exame parasitológico de fezes mostra cistos de Giardia Iamblia. Considerando a causa mais provável para se explicar o prolongamento da diarreia, a conduta CORRETA deve ser: a) Suspender lactose da dieta. b) Suspender proteína do leite de vaca da dieta. c) Prescrever metronidazol oral por sete dias. d) Prescrever probiótico por cinco dias.
A
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Lactente, 6 meses de idade, é levado ao Pronto- -Socorro por apresentar fezes líquidas, 4 a 5 vezes por dia, com assadura perineal importante, após episódio diarreico agudo ocorrido há 20 dias. Neste período perdeu cerca de um quilo de peso. Está em uso de leite de vaca diluído a 2/3, acrescido de açúcar e papas salgadas. O diagnóstico e a conduta são: a) Diarreia aguda infecciosa, orientar soro hidratante oral e manter alimentação. b) Diarreia crônica por intolerância à lactose, orientar fórmula extensamente hidrolisada. c) Diarreia persistente, orientar fórmula infantil sem lactose. d) Diarreia crônica por alergia à proteína do leite da vaca, orientar fórmula infantil à base da proteína isolada de soja.
C
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A Síndrome do Intestino Irritável (SII) e a diarreia crônica inespecífica ou Diarreia Funcional (DF) fazem parte dos distúrbios gastrointestinais funcionais, que nada mais são do que um grupo de condições que apresentam sintomas gastrointestinais recorrentes ou crônicos que não são explicados por alterações físicas ou estruturais. A SII e a DF representam condições que têm em sua base uma alteração na motilidade intestinal. O diagnóstico de DF é estabelecido _____________, enquanto o diagnóstico de SII pode ser estabelecido _________________.
1. abaixo dos três anos | 2. a partir dos 3 anos
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O diagnóstico dessas duas condições é eminentemente clínico. A imagem que você deve ter da criança com DF é de uma
“criança bem que evacua mal”.
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Consideram-se com síndrome do intestino irritável crianças com desconforto ou dor abdominal e ausência de anormalidades estruturais e metabólicas. Na orientação desta situação estaria incorreto : a) Evitar excesso de líquidos na dieta. b) Estimular o aumento de fibras na alimentação. c) Diminuir a quantidade de gorduras na dieta. d) Não indicar habitualmente a utilização de medicamentos. e) Tranquilizar os pais, mostrando a benignidade da síndrome.
C ``` Não se esqueça! A conduta terapêutica perante a síndrome do intestino irritável fundamenta-se nas recomendações relacionadas aos “4 F”: Fat (gorduras em inglês), Fibras, Fluidos e Frutas. ``` Viu-se que o aumento na ingestão de gorduras (entre 35-40% do total de calorias ingeridas, no início do tratamento) curiosamente ameniza as manifestações clínicas da síndrome (opção C errada). Vale lembrar que os fármacos (que seriam um “quinto F”) só devem ser usados em casos excepcionais, em que os sintomas são graves e o paciente não responde às demais medidas. Deve-se tranquilizar os pais, pois a SII é uma entidade comprovadamente benigna, não associada a nenhuma doença orgânica.
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É uma doença imunomediada deflagrada pela ingestão de glúten em indivíduos com predisposição genética. Caracteriza-se por uma inflamação crônica no intestino delgado. A doença já foi extensamente estudada na apostila de Síndrome Diarreica. Vamos apenas resgatar alguns pontos principais.
Doença celíaca
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Como fazer o diagnóstico de Doença celíaca?
O teste de triagem feito em indivíduos com suspeita clínica é a dosagem de anticorpos, especialmente antitransglutaminase IgA e antiendomísio IgA, ambos com elevada sensibilidade e especificidade. Outros anticorpos, como antigliadina IgA e IgG, não são rotineiramente recomendados devido à falta de especificidade.
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Os achados histológicos típicos da Doença celíaca consistem em:
atrofia vilositária e hiperplasia de criptas.
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Lactente de 18 meses é trazida ao pediatra pois a mãe acha que a criança parou de crescer. Na anamnese dirigida, refere que a criança apresenta episódios de distensão abdominal e diarreia frequentes e intermitentes, sem a presença de sangue. Segundo a mãe, o quadro de diarreia se iniciou por volta dos nove meses após a introdução completa da dieta complementar. Ao exame, nota-se a criança hipocorada, com abdome distendido, porém sem sinal de irritação peritoneal, com restante do exame físico sem alterações. À avaliação nutricional, apresenta-se abaixo do escore z -3 em estatura para a idade e entre os escores z -2 e -3 peso para a estatura e IMC para a idade. Tem hemograma recente que mostra anemia ferropriva. A principal hipótese diagnóstica e a classificação nutricional para esse caso, respectivamente, são: a) Giardíase / baixa estatura para a idade e eutrófica. b) Intolerância à lactose / baixa estatura para a idade e eutrófica. c) Doença celíaca / muito baixa estatura para a idade e magreza. d) Síndrome do intestino irritável / muito baixa estatura para a idade e magreza.
C
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A doença celíaca é uma enteropatia crônica mediada por fenômenos imunológicos, que determina alterações intestinais e sistêmicas em indivíduos geneticamente susceptíveis, sendo desencadeada pela ingestão de glúten presente nos grãos, como o trigo, o centeio e a cevada. O diagnóstico é feito em vigência de dieta com glúten e o protocolo indicado é: a) Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo IgA, dosagem de imunoglobulina IgA e biópsia duodenal nos pacientes com sorologia positiva. b) Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo IgA, dosagem de imunoglobulina IgA e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia positiva. c) Triagem sorológica com anticorpo antitransglutaminase do tipo IgA, determinação de HLA DQ2 e DQ8 e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia e HLA positivos. d) Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo IgA, determinação de HLA DQ2 e DQ8 e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia e HLA positivos. e) Triagem sorológica com anticorpo antitransglutaminase do tipo IgA, dosagem de imunoglobulina IgA e biópsia duodenal nos pacientes com sorologia positiva.
E
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Um menino de 3 anos apresenta desde os 6 meses de idade quadro de distensão abdominal, anemia ferropriva refratária ao tratamento, desnutrição, diarreia e flatulência. A criança foi amamentada ao seio materno até o sexto mês de vida com interrupção abrupta nesta idade. O pai da criança apresenta Diabetes Mellitus do tipo 1. Qual o provável diagnóstico do caso descrito acima? a) Doença Celíaca. b) Talassemia minor. c) Alergia à proteína do leite de vaca. d) Alergia à lactose.
A
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Por que crianças são mais predispostas ao | desenvolvimento de alergias alimentares?
1) as barreiras funcionais são menos desenvolvidas (acidez gástrica, enzimas intestinais); 2) as barreiras imunológicas são imaturas (menos IgA secretória), o que favorece a penetração de alérgenos; 3) o tecido linfoide intestinal da mucosa – GALT – é menos tolerante aos antígenos alimentares.
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``` É um quadro de hipersensibilidade mediada por IgE que pode surgir em pacientes com história prévia de alergia ao pólen. Consiste na presença de sintomas restritos à orofaringe, que incluem o início súbito de prurido oral e sensação de queimação acometendo os lábios, língua, palato e garganta. Os sintomas surgem após a exposição a algumas frutas, sementes e vegetais crus (maçã, cenoura, batata, aipo, kiwi, nozes). ```
Síndrome de alergia oral
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Manifesta-se nos primeiros meses de vida com vômitos, diarreia crônica, síndrome disabsortiva e deficit de crescimento/desenvolvimento. Anemia, hipoalbuminemia e edema podem eventualmente ocorrer. A causa mais comum dessa condição é a hipersensibilidade à proteína do leite de vaca em lactentes. O quadro não é mediado por IgE, não estando associado ao aumento de IgE sérica e nem à eosinofilia no sangue periférico.
Enteropatia induzida por proteína alimentar
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O quadro pode ocorrer em crianças de qualquer idade. Também é decorrente de reação de hipersensibilidade do tipo mista e se caracteriza por processo inflamatório eosinofílico nas camadas mucosa, muscular e/ou serosa do estômago e intestino. Os sintomas são semelhantes aos da esofagite eosinofílica, mas o comprometimento intestinal leva à má absorção e enteropatia perdedora de proteínas, com perda ponderal marcante.
gastroenterocolite eosinofílica alérgica
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Menino, 8 anos, apresenta, há 4 meses, prurido e edema em lábios e palato que se resolvem espontaneamente em torno de 2 horas. O quadro relaciona-se à ingestão de maçãs, descascadas ou não. Esse tipo de reação alimentar é designado como: a) Esofagite eosinofílica. b) Anafilaxia. c) Síndrome alérgica oral. d) Intolerância alimentar.
C
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Em relação à alergia ao leite de vaca não IgE mediada: a) Podem estar presentes sintomas gastrintestinais, pulmonares, urticária e choque anafilático. b) Entre as manifestações gastrintestinais, em lactentes pode estar presente a constipação intestinal. c) A realização do RAST para leite de vaca é imprescindível para o diagnóstico correto. d) Os pais devem ser orientados que a exclusão de leite de vaca e derivados é definitiva.
B As manifestações da alergia à proteína do leite de vaca não mediadas por IgE não são imediatas e compreendem as reações citotóxicas, reações por imunocomplexos e, finalmente, aquelas envolvendo a hipersensibilidade mediada por células. A determinação da IgE específica auxilia apenas na identificação das alergias alimentares mediadas por IgE e nas reações mistas. As dietas de restrição com reintrodução gradual são necessárias para se identificar o provável antígeno nos casos não mediados (opção C errada). A exclusão do leite de vaca não é definitiva (opção D errada).
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Lactente, 4 meses de idade, apresenta diarreia há 45 dias. O quadro se acompanha de anemia, com hemoglobina 10 g/dl. Foi aleitado, exclusivamente, ao seio por 15 dias e complementado com fórmula láctea infantil, de partida, desde então. No início, apresentava vômitos concomitantes que melhoraram. Apresenta-se ativo, eutrófico, lesões cutâneas na face, flexuras dos membros superiores e inferiores compatíveis com dermatite atópica; abdome sem anormalidades no peristaltismo e sem visceromegalias. Diante do quadro, a suspeita clínica e a conduta, neste momento, devem ser: a) Alergia à proteína do leite materno / suspensão do aleitamento materno. b) Alergia ao leite de vaca (LV) / suspensão do LV da mãe e do lactente. c) Refluxo gastroesofágico / tratamento com ranitidina. d) Doença celíaca / suspensão do glúten da alimentação materna. e) Intolerância à lactose / uso de fórmula com proteína de soja.
B
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Um lactente de 3 meses é trazido à consulta de puericultura. Sua mãe refere que vem notando o aparecimento de erupção eritematosa nas bochechas, que não melhoram com o uso de loções hidratantes. Refere ainda que percebeu a presença de laivos de sangue nas fezes por duas ocasiões. O bebê foi amamentado até o segundo mês de vida e está há um mês sob uso de fórmula láctea. A pesquisa de sangue oculto nas fezes revela-se positiva. Considerando a principal hipótese diagnóstica para este caso, a melhor conduta é: a) Propor a realização de enema opaco antes de modificar a dieta. b) Substituir a fórmula láctea por fórmula a base de soja. c) Substituir a fórmula láctea por fórmula elementar com hidrolisado proteico. d) Substituir a fórmula láctea por fórmula isenta de lactose. e) Indicar suplemento nutricional com fórmula hipercalórica.
C
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Quais são as causas de intolerância à lactose?
* Deficiência congênita de lactase: | * Deficiência primária de lactase
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Lactente de oito meses de idade apresentou fezes diarreicas sem sangue ou muco há nove dias. O agente etiológico foi identificado como rotavírus. Desde então, vem apresentando evacuações líquidas, explosivas, oito vezes ao dia. No exame físico, é notada distensão abdominal e hiperemia anal. A principal hipótese diagnóstica é: a) Contaminação bacteriana secundária. b) Intolerância secundária à lactose. c) Enterocolite necrotizante. d) Persistência do agente etiológico na luz intestinal. e) Giardíase.
B
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Assinale a alternativa que preencha, corretamente e respectivamente, as lacunas do caso abaixo. Criança de 4 meses de idade, primeira filha de pais não consanguíneos, sem antecedentes mórbidos e amamentada ao seio materno exclusivamente, foi trazida à consulta por história de diarreia crônica (2-3 episódios/ semana) com início há 2 meses, caracterizada por eliminação de fezes líquidas, com muco, sem sangue, associada a cólicas, flatulência e assadura perianal. Ao exame físico, a criança encontrava-se em bom estado geral, em risco nutricional e com leve distensão abdominal. A principal suspeita é......... . Corroboram esse diagnóstico as seguintes características: .......... . Na impossibilidade de manutenção do aleitamento materno, a recomendação mais adequada é introduzir fórmula infantil de primeiro semestre à base de ........ . a) Intolerância primária à lactose - idade de inicio dos sintomas e aleitamento materno exclusivo - proteína de soja. b) Alergia à proteína do leite de vaca - idade de início dos sintomas e presença de muco nas fezes - hidrolisado proteico. c) Intolerância primária à lactose - aleitamento materno exclusivo e assadura perianal - aminoácidos. d) Alergia à proteína do leite de vaca - presença de muco nas fezes e assadura perianal - proteína de soja. e) Intolerância primária à lactose - idade de inicio dos sintomas e presença de muco nas fezes - hidrolisado proteico.
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De uns tempos para cá, um menino de cinco anos ficava com o abdome distendido, tinha cólicas e apresentava flatulência intensa sempre que tomava leite ou comia queijos. Pensou- se em intolerância à lactose, mas a aferição do pH fecal e a restrição dietética de produtos lácteos foram inconclusivos. Por ser exame de boa sensibilidade, visando a identificar deficiência de lactase, o pediatra optou pela realização de: a) Prova indireta de lactescência urinária. b) Medida do hidrogênio no ar expirado. c) Pesquisa de tripsina nas fezes. d) Dosagem de secretina sérica.
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Em relação à intolerância à lactose: a) Pode ser congênita ou secundária à infecção intestinal por Rotavírus ou desnutrição grave. b) Deve ser tratada com fórmulas extensamente hidrolisadas. c) Não ocorre na fase adulta. d) é devido a uma reação de hipersensibilidade à proteína do leite de vaca.
A