Síndromes Neoplásicas Flashcards

(370 cards)

1
Q

Qual é o câncer que mais mata no mundo?

A

Pulmão

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2
Q

Considerando a incidência das neoplasias malignas, com exceção do câncer de pele não melanoma, cite os 4 primeiros colocados em ordem decrescente.

A
  1. Próstata / Mama
  2. Colorretal
  3. Pulmão
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3
Q

Quando usamos o termo câncer de pulmão, referimo-nos a qual neoplasia pulmonar?

A

Carcinoma broncogênico (derivados do epitélio respiratório)

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4
Q

Quais são os 2 grandes grupos de carcinoma broncogênico?

A
  1. Pequenas células (oat-cell) - 15-20%

2. Não pequenas células (80-85%)

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Q

Quais são os 3 subtipos de carcinoma broncogênico do grupo Não pequenas células?

A
  1. Adenocarcinoma (40-45%)
  2. Carcinoma epidermoide (30%)
  3. Carcinoma de grandes células (10-15%)
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6
Q

Qual é o subtipo mais agressivo de carcinoma broncogênico?

A

Pequenas células

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7
Q

Qual é o subtipo de carcinoma broncogênico que acomete não fumantes, jovens (< 45 anos) e mulheres?

Dica: carcinoma do paciente atípico …

A

Adenocarcinoma

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8
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos que geralmente são mais centrais?

A

Epidermoide e Oat-cell

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9
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos mais periféricos?

A

Adenocarcinoma e Grandes células

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10
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos que mais cavitam?

A

Epidermoide e Grandes células

Cuidado com DDx de TB

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11
Q

Qual é a variante do adenocarcinoma pulmonar bem diferenciada que cresce ao longo do alvéolo sem invadi-lo?

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar

Pode se manifestar como um infiltrado difuso multinodular ou até mesmo vidro-fosco na TC

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12
Q

Qual é o câncer de pulmão com propriedades neuroendócrinoas?

A

Pequenas células

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13
Q

Qual é o principal fator de risco para Ca de pulmão?

A

Tabagismo (mesmo passivo)

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14
Q

Podemos dizer que algumas características relacionadas ao tabagismo aumentam o risco de desenvolver Ca de pulmão? Cite as 3…

A
  1. Carga tabágica
  2. Grau de inalação (“tragada”)
  3. Ausência de filtro
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15
Q

Quantos anos de abstinência tabágica são necessários para uma redução considerável do risco de Ca de pulmão?

A

15-20 anos (lembrando que nunca retorna aos níveis anteriores)

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16
Q

Mulheres fumantes possuem maior risco de desenvolver Ca de pulmão quando comparadas com homens fumantes. V ou F?

A

Verdadeiro

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17
Q

Quais são os principais oncogenes relacionados ao Ca de pulmão?

A
  • K-ras
  • Myc
  • HER-2/neu
  • Bcl-2
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18
Q

O adenocarcinoma de pulmão é o tipo mais comum em não fumantes. Entretanto, sua variante bronquíolo-alveolar é mais relacionada ao tabagismo. V ou F?

A

Falso!

Variante bronquíolo-alveolar é ainda MENOS relacionada ao tabagismo

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19
Q

Quais são as manifestações clínicas mais específicas de Ca de pulmão mais central?

A

Tosse
Hemoptise
Sibilos

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20
Q

Quais são as manifestações clínicas mais específicas de Ca de pulmão mais periférico?

A

Tosse
Dor torácica

Pode fazer derrame pleural

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21
Q

Qual é o sintoma mais comum do Ca de pulmão?

A

Tosse

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22
Q

Paciente pode desenvolver disfagia, rouquidão, soluços, derrame pleural, arritmias, tamponamento cardíaco como manifestações clínicas de Ca de pulmão?

A

Sim…

Ocorre em virtude de disseminação regional para esôfago, nervo laríngeo recorrente, nervo frênico, coração …

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23
Q

Dor torácica (destruição do gradil costal) + atrofia da mão e dor no ombro com irradiação ulnar (invasão do plexo braquial) + síndrome de Claude Bernard-Horner (ptose palpebral + miose + anidrose + enoftalmia por compressão da cadeia simpática cervicotorácica). Qual síndrome?

A

Síndrome de Pancoast

Ocorre mais no carcinoma epidermoide de sulco superior

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24
Q

Edema facial e de MS + pletora facial + TJP + varizes de tórax. Qual síndrome?

A

Síndrome da VCS

Ocorre mais no carcinoma pulmonar de pequenas células à direita

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25
Quais são os sítios mais comuns de metástase à distância do Ca de pulmão? Dica: FOCA...
- Fígado - Osso (vértebra, costela, pelve) - Adrenal - Cérebro e medula óssea
26
Em relação às síndromes paraneoplásicas do Ca de pulmão, quais são as neurológicas? Qual Ca associado?
1. Síndrome miastênica de Eaton-Lambert 2. Encefalopatia límbica e neuropatia periférica (anti-Hu) 3. Degeneração cerebelar subaguda (anti-Yo) 4. Neurite óptica Ocorrem mais no Oat-cell
27
Em relação às síndromes paraneoplásicas do Ca de pulmão, quais são as endócrinas? Qual Ca associado?
1. Hipercalcemia (epidermoide) 2. SIAD (pequenas células) 3. Cushing (pequenas células)
28
Há uma síndrome paraneoplásica hematológica do Ca de pulmão que cursa com tromboflebite migratória. Cite o epônimo.
Síndrome de Trousseau
29
A síndrome miastênica de Eaton-Lambert, apesar de possuir um QC semelhante a miastenia gravis, possui uma fisiopatologia e uma diferença importante na ENMG. Cite-as.
Fisiopatologia: - SMEL: anticorpos contra canais de cálcio de neurônios pré-sinápticos (anti-VGCC) - MG: anticorpos contra receptores de Ach pós-sinápticos ENMG: - SMEL: potencial tipo incremental - MG: potencial tipo decremental (contratilidade diminui com estipulação repetitiva do músculo)
30
A U.S. Preventive Services Task Force recomenda rastreio para Ca de pulmão anualmente com TC de baixa dose para qual população?
55-80 anos + tabagismo com 30 maços/ano ou mais (mesmo que tenha cessado dentro de 15 anos)
31
Ao abordar um paciente com diagnóstico de Ca de pulmão, quais exames de imagem deverão ser solicitados?
- TC de tórax e abdome superior - PET (preferencial: PET-TC) * PET não realizado + suspeita de Mx óssea: cintilo óssea - TC/RNM de crânio (especialmente no oat-cell)
32
Qual exame deveremos adicionar na abordagem de um paciente com Ca de pulmão pequenas células + alteração no hemograma (leucoeritroblastose)?
Aspirado + Bx de medula óssea
33
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T1.
T1: até 3 cm (acomete no máximo brônquio lobal) - T1a: até 1 cm - T1b: 1-2 cm - T1c: 2-3 cm
34
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T2.
T2: 3-5 cm OU brônquio fonte sem carina OU atelectasia/pneumonite pós-obstrução OU pleura visceral - T2a: 3-4 cm - T2b: 4-5 cm
35
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T3.
T3: 5-7 cm OU pleura parietal, parede torácica, nervo frênico, pericárdio parietal, nódulo satélite no mesmo LOBO
36
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T4.
T4: > 7 cm OU diafragma, mediastino, coração, grandes vasos, nervo laríngeo recorrente, esôfago, vértebra, carina, nódulo satélite no mesmo PULMÃO
37
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N1.
Linfonodos hilares/peribrônquicos ipsilaterais
38
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N2.
Linfonodos mediastinais ipsilaterais ou subcarinais
39
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N3.
Contralateral ou supraclavicular/escaleno qualquer lado
40
Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o M1.
M1: metástase à distância - M1a: DPleural, Dpericárdico neoplásicos, nódulo satélite no pulmão contralateral - M1b: único órgãos (FOCA) - M1c: mais de 1 órgão
41
Quais são os 4 tipos de cirurgia no Ca de pulmão?
Pneumectomia Lobectomia Ressecção em cunha Segmentectomia A escolha depende do tamanho da lesão e da capacidade funcional do paciente
42
Qual tratamento padrão para um Ca de pulmão estágios I e II (doença localizada)?
Cirurgia + QT adjuvante
43
O que significa estágio IV na classificação do Ca de pulmão não pequenas células?
Doença metastática (QT paliativa)
44
Qual VEF1 mínimo para pneumectomia e lobectomia, respectivamente.
Pneumectomia: > 2 L (> 80%) Lobectomia: > 1,5 L
45
As cirurgias padrões para Ca de pulmão envolve pneumectomia ou lobectomia. Quando fazer ressecção em cunha ou segmentectomia?
Baixa reserva funcional e pequenas lesões periféricas (⬆️ recidiva)
46
Qual tratamento para Ca de pulmão não pequenas células T1N0M0 (NPS)?
Ressecção cirúrgica apenas
47
Quais são os efeitos adversos clássicos da QT com cisplatina?
- nefrotoxicidade (não usar se ClCr < 30) - ototoxicidade - neuropatia periférica
48
Qual é o evento adverso mais comum da RT no Ca de pulmão?
Esofagite
49
O que significa estágio III no estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células?
Doença localmente avançada Engloba todos os T3/T4 e/ou N2/N3
50
Pacientes com câncer de pulmão no estágio IIIa (T alto e N baixo) podem ter tumores ressecáveis. Qual tratamento nesses casos?
Cirugia + QT adjuvante Obs: é o caso do T4 que possui lesão satélite no mesmo pulmão, por exemplo
51
Como tratar paciente no estágio III de Ca de pulmão não pequenas células com N alto?
QT + RT (ainda assim pode ser curativo)
52
Quando indicar QT paliativa no estágio IV de Ca de pulmão não pequenas células?
Bom performance status (0 ou 1) 0: assintomático 1: sintomático em ambulatório 2: sintomático e até 50% do tempo acamado 3: sintomático e > 50% do tempo acamado 4: acamado tempo todo
53
Quais são os critérios de irressecabilidade no Ca de pulmão não pequenas células?
- T4 (traqueia, coração, grandes vasos, nervo laríngeo recorrente, tronco da artéria pulmonar) - cuidado com lesão satélite no mesmo pulmão - N3 (linfonodos contralaterais ou supraclavicular/escaleno) - M1 (DPleural, DPericárdico, ambos os pulmões, órgãos à distância) - Outros: paralisia do n. frênico, síndrome da VCS, reserva pulmonar inadequada
54
Tumor de Pancoast (parece ser muito invasivo) pode ser operado?
Sim ... após QT + RT
55
Cite 3 exames pré-op, no contexto de Ca de pulmão não pequenas células, para avaliar a capacidade pulmonar do paciente.
1. Espirometria 2. Gasometria arterial (pCO2 > 45, em repouso, contraindica cirurgia) 3. Capacidade de difusão do CO
56
Como classificar e estadiar um Ca de pulmão do tipo pequenas células?
Doença limitada: apenas 1 hemitórax Doença extensa: ambos os hemitóraces
57
Como tratar um carcinoma pulmonar de pequenas células limitado?
QT + RT
58
Como tratar um carcinoma pulmonar de pequenas células extenso?
QT
59
70% dos pacientes que diagnosticam Ca de pulmão pequenas células já possuem, ao diagnóstico, doença extensa. V ou F?
Verdadeiro (sobrevida média: 7-11 meses)
60
Pacientes com Ca de pulmão do tipo pequenas células com doença limitada e resposta completa à terapia inicial devem ser submetidos a um procedimento profilático. Cite-o.
Irradiação craniana profilática (alto risco de recidiva tumoral no SNC)
61
Até qual tamanho de lesão pulmonar solitária será definida como um nódulo?
3 cm (algumas referências, como o Harrison, passaram a adotar 6 cm como ponto de corte entre nódulo e massa)
62
Quais pontos na história clínica é radiológica sugerem malignidade em um caso de nódulo pulmonar solitário?
1. Tabagista 2. > 35 anos 3. Nódulo > 2 cm (0,8 para algumas referências) 4. Ausência de calcificação (ou calcificação excêntrica ou salpicada e assimétrica) 5. Borda irregular, espiculado 6. Adenopatia, pneumonite ou atelectasia 7. Crescimento nos últimos 2 anos 8. PET-scan +
63
Qual a conduta em NPS que apresenta sinais de malignidade?
Biópsia ou ressecção
64
Qual a conduta em NPS que apresenta sinais de benignidade?
Imagem a cada 3-6 meses por 2 anos
65
Quais são os 2 sinais mais confiáveis que sugerem benignidade no NPS?
Tamanho estável em 2 anos Padrão de calcificação benigna
66
35% dos NPS em adultos > 35 anos são malignos. V ou F?
Verdadeiro
67
NPS em paciente assintomático, descoberto de maneira incidental, apresenta calcificação em pipoca. Diagnóstico mais provável?
Hamartoma
68
Qual é o principal fator de risco para carcinoma de células renais?
Tabagismo (presente em 20-30%)
69
Cite 2 síndromes genéticas associadas ao carcinoma de células renais.
1. Síndrome de von Hippel-Lindau | 2. Esclerose tuberosa
70
Cite os 4 subtipos de carcinomas de células renais.
1. Carcinoma de células claras (+ comum; prognóstico ruim) 2. Papilífero 3. Cromofóbico (melhor prognóstico) 4. Ducto coletor (muito raro e muito agressivo)
71
Apesar de encontrada em apenas 10% dos pacientes, visto que a maioria é assintomática, cite a tríade do carcinoma de células renais.
Hematúria + Massa palpável + Dor no flanco
72
Como é conhecido, historicamente, o carcinoma de células renais?
Hipernefroma
73
Como se apresenta a síndrome genética denominada síndrome de von Hippel-Lindau ou angiomatose cerebelorretiniana familiar?
Hemangioblastomas (retina, cerebelo e espinhais) + Hipernefroma (associação genética + comum) + Feocromocitoma + Cistos em vários órgãos (rins, fígado...)
74
Cite a tríade da esclerose tuberosa.
``` Lesões cutâneas (adenomas sebáceos, máculas hiperpigmentadas...) + Convulsões + Retardo mental ``` Há aumento de neoplasias como carcinoma de células renais, astrocitomas etc.
75
Tríade da síndrome de Birt-Hogg-Dubé?
Lesões cutâneas (fibrofoliculomas em cabeça e pescoço) + Pneumotórax espontâneo (cistos pulmonares) + Tumores renais
76
Síndrome de Reed?
Leiomiomas (cutâneos, uterinos...) + Carcinoma de células renais (agressivo)
77
Carcinoma de células renais podem cursar com uma síndrome paraneoplásica que faz disfunção hepática sem metástase. Cite o epônimo desta síndrome.
Síndrome de Stauffer
78
Quais as duas principais manifestações paraneoplásicas do carcinoma de células renais?
Hipercalcemia e anemia.
79
Quais são os sítios de metástase do carcinoma de células renais?
Pulmão (principal) Osso Fígado SNC (associadas a sangramento)
80
Qual exame é útil para avaliar a extensão do carcinoma de células renais para veia renal ou veia cava inferior?
RNM
81
A invasão de grandes vasos no carcinoma de células renais (T3) torna-o irressecável. V ou F?
Falso ... | Mesmo invasão de grandes vasos é ressecável
82
O que determina, no carcinoma de células renais, se a doença é localizada ou avançada?
Localizada: não ultrapassa fáscia de Gerota | Avançada: ultrapassa fáscia de Gerota (ou acomete adrenal)
83
Em relação ao estadiamento pelo TNM do carcinoma de células renais. Especifique o N.
N0: sem linfonodo N1: qualquer linfonodo
84
Como tratar um carcinoma de células renais classificado como doença localizada?
Nefrectomia radical Considerar parcial: tumores < 4 cm, nefropatas, rim único
85
Como tratar um carcinoma de células renais classificado como doença avançada?
Nefrectomia citorredutora + imunoterapia (IL2, IFN-a, Sorafenibe, Sunitinibe) Observe que mesmo paciente com doença metastática será operado
86
Carcinoma de células renais são naturalmente resistentes à QT convencional e à RT. V ou F?
Verdadeiro
87
2 manifestações merecem destaque na doença renal policística autossômica dominante. Cite-as e observe que, apesar de merecerem destaque, não são as mais comuns.
Aneurismas saculares intracranianos (predispõe HSA) Doenças orovalvares (PVM e IA)
88
A doença renal policística autossômica pode ser dominante ou recessiva. Compare-as epidemiologicamente.
Dominante: aparece a partir da 4a década de vida Recessiva: aparece já na infância
89
Qual a causa mais comum de massa abdominal em RN e lactentes?
Rim multicístico displásico Cuidado: é diferente da doença renal policística autossômica recessiva
90
Qual é o principal fator de risco para câncer de bexiga?
Tabagismo
91
Qual é o principal tipo histológico do câncer de bexiga?
Carcinoma de células transicionais
92
Cite outros fatores de risco para Ca de bexiga, com exceção do tabagismo que já foi citado.
1. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (queima de combustíveis) 2. > 40 anos, homem 3. Corantes de anilina ou arilaminas
93
Na prática, quando pensar em Ca de bexiga?
> 40 anos + hematúria
94
Qual é a manifestação mais comum do Ca de bexiga?
Hematúria
95
Como investigar Ca de bexiga?
Citologia + Cistoscopia com biópsia
96
Por que pedir citologia para investigar Ca de bexiga, se iremos solicitar Cistoscopia?
Carcinoma urotelial também acomete pelve renal e ureter, apesar de raro, ou até mesmo Ca urotelial de bexiga in situ que não tem lesão visível na Cistoscopia
97
No Ca de bexiga, qual é o “divisor de águas” para determinar uma doença invasiva?
Invasão da camada muscular (T2)
98
Como tratar um Ca de bexiga superficial (não invade muscular) estágios 0 e 1?
Ressecção endoscópica + BCG intravesical (recorrência ou elevado risco) + Acompanhamento rigoroso com Cistoscopia e Citologia 3/3 meses no 1o ano
99
Como tratar um Ca de bexiga invasivo (T2)?
``` QT neo + Cistectomia radical + linfadenectomia pélvica (próstata, útero, trompas e ovários também são retirados) + QT adjuvante ```
100
Como tratar um Ca de bexiga com metástase à distância?
QT +/- cirurgia para doença residual (quando ressecção do sítio metastático for possível)
101
O córion na anatomia da bexiga representa qual estrutura?
Submucosa
102
Qual é a neoplasia maligna mais comum no Brasil, excluindo câncer de pele não melanoma?
Câncer de próstata
103
Quais são os fatores de risco para Ca de próstata?
1. Idade avançada 2. Hfam+ 3. Negros 4. Outros: genético, fatores dietéticos como gorduras e carne vermelha defumada
104
Vasectomia e HPB são fatores de risco para Ca de próstata?
Não ... | Não parecem elevar risco
105
Existe alguma maneira de prevenir Ca de próstata? Cuidado, pois não estamos falando em prevenção secundária ...
Finasterida e Dudasterida reduziram discretamente desenvolvimento do Ca de próstata Outros fatores protetores potenciais: vitamina E, selênio, retinoides, estatinas, isoflavonoides...
106
Qual é o principal tipo histológico do Ca de próstata e onde este se desenvolve?
95% é adenocarcinoma e desenvolve-se na periferia
107
Como avaliar a agressividade do Ca de próstata?
Escore de GLEASON
108
Como calcular o escore de GLEASON?
Identificar as 2 formas histológicas predominantes (1-5 a depender do grau de diferenciação) e somá-las 2-6: baixo risco 7: risco intermediário 8-10: alto risco
109
Um GLEASON 7 sempre será igual?
Não ... | 3 + 4 é diferente de 4 + 3, sendo este de maior risco, pois predomina 4
110
Ca de próstata cursa com sintomas obstrutivos e irritativos?
Sim, mas em fase avançada
111
Principal sítio metastático do Ca de próstata?
Osso | Cuidado: lesões são blásticas
112
Qual é a polêmica que circundag o rastreio do Ca de próstata?v
Apesar de detectar precocemente, trata-se de uma neoplasia indolente e o tratamento pode trazer mais prejuízo do que benefício yby
113
O MS e o INCA recomendam rastreio para Ca de próstata?
Não
114
Caso queira rastrear Ca de próstata, como deveria ser feito? Não brigue com a questão ...
TR + PSA
115
TR ou PSA alterados no rastreio de Ca de próstata. Conduta?
Biópsia transretal guiada por USG/RNM (12-14 amostras)
116
Qual valor de PSA é considerado alterado? | Isso é controverso ...
``` Indiscutivelmente: > 10 ➡️ biópsia 4 - 10: refinamento ou biópsia (tendência é biópsia) 2,5 - 4: - < 60 anos: biópsia - > 60 anos: refinamento ```
117
O que seria o refinamento na análise do PSA?
Velocidade de crescimento > 0,75/ano: biópsia Densidade > 0,15: biópsia Fração livre < 25%: biópsia
118
Pacientes portadores de HPB em uso de finasterida devem ter seu PSA reduzidos em 6-12 meses de tratamento. Caso não haja redução, investigar para Ca de próstata. V ou F?
Verdadeiro | Nesse caso, multiplicar o PSA por 2 para corrigir o efeito anti-PSA da droga (avaliar valor real)
119
Qual é o melhor exame para avaliar o T do estadiamento do Ca de próstata?
RNM
120
Descreva o estadiamento T do Ca de próstata?
T1: não palpável T2: confinado à próstata T3: extensão extracapsular (pode acometer vesícula seminal) T4: estruturas adjacentes além da vesícula seminal
121
Qual a conduta frente a um Ca de próstata com baixo risco de metástase? Baixo risco: PSA < 10 e GLEASON < ou = 6
``` Prostatectomia radical (principal) ou Radioterapia ou Vigilância ativa ```
122
Qual a conduta frente a um Ca de próstata com risco intermediário de metástase? Risco intermediário: PSA entre 10-20 OU GLEASON 7
Prostatectomia radical ou Radioterapia
123
Qual a conduta frente a um paciente com Ca de próstata com elevado risco de metástase? Risco elevado: PSA > 20 ou GLEASON > ou = 8
RT + privação androgênica ou Prostatectomia radical (resultados não são bons)
124
Após primeira tentativa terapêutica do Ca de próstata, paciente recidivou (PSA voltou a subir) por uma persistência local de doença e não metástase. Como proceder?
Se operou: RT | Se fez RT: operar
125
Como tratar um Ca de próstata classificado como doença avançada?
Privação androgênica (castração) - Cirúrgica: orquiectomia bilateral - Química: análogos de GnRH
126
O que seria o efeito flare no tratamento de Ca de próstata com análogo de GnRH?
Piora transitória dos sintomas na 1a semana (aumenta testosterona inicialmente) Cd: associar antiandrogenicos periféricos (ciproterona) 2 semanas antes
127
Como definimos que um Ca de próstata se tornou resistente à privação androgênica medicamentosa?
Aumento do PSA a despeito do bloqueio da testosterona (< 50) Cd: docetaxel com prednisona (alternativa: cetoconazol que inibe esteroidogênese adrenal)
128
Paciente portador de Ca de próstata com PSA baixo e doença metastática extensa, predominantemente visceral. Hipótese?
Tumor neuroendrócrino do tipo pequenas células da próstata (respondem bem à QT)
129
Qual a diferença na localização da HPB comparada ao adenocarcinoma de próstata que é responsável pela sintomatologia urinária?
Hipertrofia das zonas periuretral e de transição (principal)
130
Cite os sintomas obstrutivos e irritativos da HPB.
Obstrutivos: retenção urinária, esforço miccional, jato urinária fraco e intermitente, tenesmo vesical ... (respondem bem à cirurgia) Irritativos: urgência urinária, nictúria, polaciúria, dor suprapúbica ... (não respondem bem à cirurgia)
131
PSA pode estar elevado na HPB?
Sim ... | Mas geralmente abaixo de 4
132
Como tratar farmacologicamente os sintomas obstrutivos da HPB?
Antiandrogênicos (finasterida)
133
Como tratar farmacologicamente os sintomas irritativos da HPB?
Alfabloqueadores (prazosin, tamsulosin...)
134
Quando indicar cirurgia na HPB?
1. Muito sintomático e refratária ao Tto conservador 2. Retenção urinária aguda 3. ITU recorrente 4. Hematúria persistente 5. Cálculos ou divertículos vesicais 6. Hidronefrose
135
Método cirúrgico de escolha para tratar HPB?
RTU-p (80-100g) Demais casos: adenectomia prostática suprapúbica
136
Qual peso estimado normal da próstata?
25-30 gramas
137
Qual é o cerne fisiopatológico dos sintomas irritativos da HPB?
Hipertrofia do músculo detrusor (por isso, não responde bem ao tratamento cirúrgico)
138
Os sintomas da HPB são diretamente proporcionais ao volume prostático?
Não ... | Além da obstrução mecânica, existe um componente funcional
139
Qual é o único fator que se correlaciona diretamente com os sintomas da HPB?
Idade
140
Como avaliar os sintomas de HPB?
IPSS (escore internacional de sintomas prostáticos) 0-7: leves 8-19: moderados 20-35: graves
141
Principais efeitos adversos da finasterida?
Impotência sexual Ginecomastia
142
Cite uma complicação da RTU-p.
Síndrome da ressecção transuretral (hiponatremia sintomática) Causa: irrigação vesical contínua com solução hipotônica QC: confusão mental, sonolência, convulsões
143
Nódulos tireoidianos são extremamente comuns. Destes, apenas 5-15% são malignos. V ou F?
Verdadeiro
144
Qual é o grande exame na abordagem do nódulo tireoidiano?
PAAF
145
Qual é o nódulo tireoidiano benigno mais comum?
Coloide
146
Cite as 3 neoplasias malignas tireoidianas que podem ser diagnosticadas através da PAAF.
1. Carcinoma papilífero 2. Carcinoma medular de tireoide 3. Carcinoma anaplásico
147
Por que a PAAF não é diagnóstica no carcinoma folicular de tireoide?
Presença de células foliculares não diferencia carcinoma folicular de adenoma folicular
148
Primeiro exame a ser solicitado na abordagem do nódulo de tireoide?
TSH - Suprimido: Cintilografia - Normal/alto: USG
149
Na abordagem do nódulo tireoidiano com TSH suprimido, a cintilografia pode revelar um nódulo hiperfuncionante (quente) ou não funcionante (frio). Cite a conduta para ambos.
Quente: avaliar e tratar (adenoma tóxico? Cirurgia, radioiodo...) Frio: USG
150
Na abordagem do tireoidiano com TSH normal/alto ou TSH suprimido com cintilo fria, solicitamos USG. Após avaliação da USG, realizaremos a PAAF, a depender de suas indicações. Cite-as.
``` > 1 cm < 30 ou > 60 anos Exposição à radiação prévia Hfam+ Rouquidão Crescimento recente ou rápido Chammas IV ou V ```
151
Após a realização da PAAF, classificaremos a amostra segundo a classificação de Bethesda. Descreva-a.
1. Insatisfatório (repetir PAAF) 2. Benigno (seguimento) 3. Atipia indeterminada (repetir PAAF) 4. Folicular (cirurgia) 5. Suspeito (cirurgia) 6. Maligno (cirurgia)
152
Quando realizamos USG para nódulo de tireoide, avaliamos a vascularização desse e os classificamos de acordo com a classificação de Chammas. Descreva-a.
1. Sem vascularização 2. Vascularização periférica 3. Vascularização periférica > central 4. Vascularização central > periférica (PAAF) 5. Vascularização central (PAAF)
153
Nódulo de tireoide em que a USG evidenciou lesão cística. Conduta?
Aspirar conteúdo + acompanhar com USG - Ressecção cirúrgica: 2 recidivas, > 3 cm, células malignas na citologia
154
Qual é o Ca de tireoide mais comum?
Carcinoma papilífero
155
Quais são os carcinomas de tireoide bem diferenciados?
Papilífero e Folicular
156
Quais são os carcinomas de tireoide mais indiferenciados?
Medular e Anaplásico
157
Qual é o carcinoma de tireoide mais agressivo?
Anaplásico
158
Qual é a neoplasia rara da tireoide que possui como fator de risco a Tireoidite crônica de Hashimoto?
Linfoma
159
Ativação de oncogenes da família Ras está relacionada a qual carcinoma de tireoide?
Papilífero em indivíduos expostos à radiação
160
A ativação do proto-oncogene RET está relacionada a qual carcinoma de tireoide?
Medular
161
O carcinoma medular de tireoide pode estar associado a uma neoplasia endócrina múltipla. Quais são os componentes da NEM-2a?
CMT + FEO + Hiperpara
162
Qual a mutação compõe a oncogênese do carcinoma anaplásico de tireoide?
Mutação no gene supressor tumoral p53
163
Hfam+ para CMT + pesquisa de proto-oncogene RET positiva. Conduta?
Tireoidectomia total profilática
164
Quem é o paciente típico do carcinoma papilífero de tireoide?
Mulher 20-40 anos Exposição prévia à radiação
165
Qual a via de disseminação do carcinoma papilífero de tireoide?
Linfática - linfonodo regional acometido é comum - metástase a distância é incomum
166
Qual a via de disseminação do carcinoma folicular de tireoide?
Hematogênica | - pode surgir metástases à distância
167
Qual é a característica histopatológica do carcinoma papilífero de tireoide?
Corpos psamomatosos
168
Quem é o paciente típico do carcinoma folicular de tireoide?
Mulher 40-60 anos Deficiência de iodo
169
Apesar do carcinoma papilífero de tireoide possuir um excelente prognóstico, existem subtipos deste os quais são mais agressivos. Cite 3 exemplos.
1. Insular 2. Células altas (tall cells) 3. Colunar
170
A invasão de linfonodo regional no carcinoma papilífero de tireoide indica um pior prognóstico?
Não ...
171
Quais são os 2 tipos de carcinoma folicular de tireoide?
1. Minimamente invasivo, de baixo grau, encapsulado | 2. Angioinvasivo, de alto grau, atravessa a cápsula
172
Paciente com nódulo tireoidiano submetida a PAAF a qual revelou inclusões citoplasmáticas do tipo “olhos da órfã Annie”. Dx?
Carcinoma papilífero (cromatina fina que confere ao núcleo uma característica transparente como os olhos todo branco de uma personagem americana de tirinhas de jornal)
173
Qual é o maior preditor de mortalidade em carcinoma bem diferenciado de tireoide?
Idade Sistema AMES/AGES: > 40 anos TNM: > 55 anos
174
Qual é o maior preditor de recorrência em carcinoma bem diferenciado de tireoide?
Doença extratireoidiana
175
No que consiste a tireoidectomia parcial?
Lobectomia + Istmectomia
176
Quais são as principais complicações da tireoidectomia?
Hipocalcemia e Rouquidão (n. laríngeo recorrente)
177
Durante cirurgia de tireoide, pode haver lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior. Cite a clínica dessa lesão.
Dificuldade em elevar o tom da voz (perda do timbre da voz)
178
Cite a abordagem cirúrgica do carcinoma papilífero de tireoide.
Tireoidectomia total: > 1 cm, < 15 anos ou irradiação cervical prévia - linfonodo palpável: dissecção cervical radical modificada Tireoidectomia parcial: < 1 cm
179
Cite a abordagem cirúrgica do carcinoma folicular de tireoide.
Tireoidectomia total: > 2 cm - linfonodo palpável: dissecção cervical radical modificada Tireoidectomia parcial: < 2 cm + análise histopatológica - Adenoma: ok! - Carcinoma: totalizar!
180
Após a tireoidectomia total para tratamento de carcinoma bem diferenciado, devemos adotar algumas medidas para acompanhamento e controle da doença. Cite-as.
Paciente de baixo risco: USG 6/6 meses + supressão de TSH com levotiroxina + cintilo e tireoglobulina - Cintilo + ou TG > 1-2: radioablação - Cintilo -: terapia supressora ad eternum Paciente de alto risco: radioablação com Iodo131
181
Existe uma variedade do carcinoma folicular que é mais agressiva, acomete uma faixa etária mais avançada e frequentemente metastatiza para linfonodos regionais. Cite seu epônimo e conduta.
Carcinoma de células de Hurthle Cd: tireoidectomia total + dissecção cervical central ipsilateral
182
Qual é o carcinoma de tireoide que se origina nas células parafoliculares ou células C, produtoras de calcitonina?
Carcinoma Medular de Tireoide (CMT)
183
O CMT pode ser esporádico (80%) ou hereditário (20%) o qual é encontrado, geralmente, nas síndromes endócrinas múltiplas. V ou F?
Verdadeiro
184
Como explicar a presença de diarreia em 30% dos pacientes portadores de CMT?
Calcitonina induz secreção jejunal de água e eletrólitos
185
A neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 envolve a presença de CMT e outras doenças, além de ser dividida em 2a e 2b. Cite as patologias de cada uma delas.
NEM-2A: CMT + FEO + Hiperpara NEM-2B: CMT + FEO + outros (neuromas de mucosa, hábito marfanoide...)
186
No diagnóstico de CMT, devemos pesquisar outras endocrinopatias associadas. Como iniciar?
Catecolaminas na urina de 24h + cálcio sérico
187
Caso realizado diagnóstico de FEO em paciente com CMT, qual devemos operar primeiro?
Feocromocitoma
188
Como tratar um CMT?
Tireoidectomia total + linfadenectomia da cadeia central | - linfonodo palpável: esvaziamento cervical radical modificado
189
Como acompanhar um pós-op de tireoidectomia por CMT?
Calcitonina - > 100: doença residual? Metástase? ➡️ USG - > 1000: metástase a distância?
190
Qual é o sítio metastático a distância mais acometido pelo CMT?
Fígado
191
Apesar de presente nas NEM-2 A e B, em uma delas o CMT é mais agressivo. Qual?
NEM-2B
192
Existe relação do líquen plano amiloide com CMT familiar?
Sim...
193
Algumas alterações séricas sugerem CMT, na abordagem de nódulo tireoidiano. Além da elevação de calcitonina, qual marcador podemos avaliar?
CEA
194
Quem é o paciente típico da carcinoma anaplásico de tireoide?
Idoso (> 60 anos) Mulher Deficiência de iodo História de nódulo tireoidiano por algum período
195
Há 2 tipos histológicos de carcinoma anaplásico de tireoide. Cite-os.
1. Células pequenas | 2. Células grandes
196
Como tratar um carcinoma anaplásico de tireoide, visto que resultados bons são difíceis?
TQT profilática + QT e RT
197
O câncer de esôfago predomina no sexo masculino (3:1). V ou F?
Verdadeiro.
198
O carcinoma de células escamosas do esôfago é mais prevalente em negros, ao passo que o adenocarcinoma é mais frequente em brancos. V ou F?
Verdadeiro.
199
O carcinoma escamoso do esôfago é derivado de que epitélio?
Estratificado não queratinizado.
200
Qual o tipo histológico mais comum do câncer esofágico no Brasil e no mundo?
Carcinoma escamoso ou epidermoide.
201
Dois principais fatores de risco para carcinoma epidermoide de esôfago:
Tabagismo e etilismo. OBS: Ingestão de bebidas muito quentes também é.
202
Principal doença hereditária que predispõe ao Ca escamoso de esôfago:
Tilose palmar e plantar.
203
Além do esôfago de Barret secundário à DRGE, outro fator de risco para adenocarcinoma de esôfago é a acalasia. V ou F?
Verdadeiro.
204
Dois sintomas típicos do câncer esofágico:
Disfagia + perda de peso.
205
A EDA com biópsia é o exame mais indicado para o diagnóstico de câncer esofágico. No entanto, o Sabinston recomenda como primeiro exame para qualquer paciente com disfagia...
Esofagografia baritada.
206
Por qual razão o câncer de esôfago se dissemina com muita facilidade?
Não há serosa, apenas uma fina adventícia.
207
Os tumores dos terços superior e médio do esôfago se disseminam para...
Árvore traqueobrônquica, aorta e nervo laríngeo recorrente (rouquidão).
208
Os tumores do terço inferior do esôfago se disseminam para...
Diafragma, pericárdio e estômago.
209
A maior parte (75%) dos pacientes diagnosticados com câncer de esôfago possuem invasão linfática. V ou F?
Verdadeiro.
210
Quais são as metástases à distância mais importantes no câncer esofágico?
Fígado, pulmão e osso.
211
Defina câncer de esôfago precoce:
Invade até a submucosa (T1 ou estágio I).
212
Melhor exame para estadiamentos T e N do câncer esofágico:
US endoscópico.
213
Exame para avaliar irressecabilidade dos tumores esofágicos, principalmente dos dois terços superiores:
Broncoscopia.
214
Cite as camadas que compõe a parede do esôfago:
Mucosa Submucosa Muscular Adventícia
215
Estadiamento T do câncer esofágico:
``` T0: sem evidência de tumor primário TX: tumor primário não pode ser abordado TIS: carcinoma em situ. T1: invade até submucosa - T1a: não atinge submucosa - T1b: atinge submucosa T2: Invade muscular própria. T3: Atinge adventícia. T4: Invade estruturas adjacentes. - T4a: estruturas ressecáveis (pericárdio, pleura...) - T4b: estruturas irressecáveis (aorta, traqueia...) ```
216
Estadiamento N do câncer esofágico:
``` NX: linfonodo não pode ser avaliado. N0: não invade linfonodos. N1: Invade 1 a 2 linfonodos regionais. N2: Invade 3 a 6 linfonodos regionais. N3: Invade 7 ou mais linfonodos regionais. ```
217
Tratamento do câncer esofágico estágio I (T1a):
Mucosectomia endoscópica.
218
Para tumores esofágicos malignos com estadiamento de T1b em diante, a conduta deve ser:
RT/QT neoadjuvante + cirurgia. Cirurgia = esofagectomia + linfadenectomia.
219
Margem de segurança na esofagectomia no câncer esofágico:
8 cm.
220
A reconstrução ideal do trânsito após esofagectomia por câncer deve ser com o:
Estômago. OBS: A interposição com o cólon tem maior morbimortalidade e requer 3 anastomoses.
221
Principal risco da esofagectomia transtorácica:
Deiscência da anastomose intratorácica, que leva a mediastinite grave, sepse e óbito em 50% dos casos.
222
Principal desvantagem da esofagectomia trans-hiatal para o câncer esofágico:
Incapacidade de realizar a dissecção completa dos linfonodos mediastínicos.
223
Para tumores esofágicos malignos com estadiamento de T14b, a conduta deve ser:
Paliação.
224
A maior parte das neoplasias gástricas é maligna, sendo 85-90% representadas pelo adenocarcinoma. V ou F?
Verdadeiro.
225
Três neoplasias benignas do estômago:
Leiomioma Tumor carcinoide Lipoma
226
Segundo tumor que mais mata no mundo:
Câncer gástrico.
227
Tumor maligno mais comum na China e no Japão:
Câncer gástrico.
228
9 Fatores de risco para câncer gástrico:
- Baixo nível socioeconômico - Gastrite atrófica - Anemia perniciosa - História familiar - Grupo sanguíneo A - Dieta (nitritos) - Tabagismo - Gastrectomia prévia - Pólipos
229
Tipo de pólipo gástrico com maior risco de malignização:
Adenoma.
230
O câncer gástrico possui amplas vias de disseminação, a saber:
- Extensão direta para órgão adjacentes - Linfática - Hematogênica - Implante peritoneal
231
Defina câncer gástrico precoce:
Acomete mucosa e submucosa independente do envolvimento linfonodal. Ou seja, T1.
232
Classificação de Borrmann para os tumores gástricos:
I. Lesões polipoides ou fungiformes II. Lesões ulceradas de bordas elevadas III. Lesões ulceradas com infiltração da parede gástrica IV. Lesões infiltrativas difusas V. Lesões que não se encaixam nas outras categorias
233
Classificação de Lauren para os tumores gástricos:
Tipo intestinal e tipo difuso.
234
Características clinicoepidemiológicas do câncer gástrico do tipo intestinal de Lauren:
- Melhor prognóstico - Bem diferenciado - Homens velhos - Disseminação hematogênica - Fatores ambientais - Associado à gastrite atrófica
235
Características clinicoepidemiológicas do câncer gástrico do tipo difuso de Lauren:
- Pouco diferenciado - Mulher jovem - Relação com sangue tipo A - Células em anel de sinete - Disseminação linfática
236
Dois sinais/sintomas mais comuns do câncer gástrico:
Perda ponderal e hiporexia/anorexia/saciedade precoce.
237
O exame físico de um paciente com câncer gástrico localizado e potencialmente curável pela cirurgia é inespecífico. V ou F?
Verdadeiro.
238
Evidências que indicam câncer gástrico não curável pela cirurgia:
- Massa abdominal - Linfadenopatia supraclavicular - Linfadenopatia axilar - Linfonodo umbilical palpável - Acometimento ovariano (Krukenberg) - Nodularidade anterior e extraluminal no reto
239
Epônimo do sinal clínico de linfonodo acometido em fundo de saco de Douglas no câncer gástrico:
Blumer.
240
As principais síndromes paraneoplásicas do câncer gástrico:
- Acantose nigricans - Síndrome de Trousseau (tromboflebite) - Sinal de Leser-Trélat (ceratose seborreica difusa) - Neuropatia periférica - Dermatomiosite
241
Marcadores sorológicos que podem ser usados para monitorar a evolução do câncer gástrico:
CEA e CA 72.4.
242
Linfonodo axilar esquerdo palpável. Epônimo?
Irish.
243
Indicação de EDA no paciente com dispepsia:
Sinais de alarme ou idade (> 40-45 anos). Alarme: perda ponderal, anemia, disfagia, vômitos recorrentes e história familiar de Ca gástrico.
244
Exame padrão-ouro para diagnóstico de câncer gástrico:
EDA + biópsia (pelo menos 7 amostras, principalmente ao redor da úlcera).
245
Melhor exame para estadiamentos T e N do câncer gástrico:
US endoscópico.
246
Dois exames para avaliar metástases no câncer gástrico:
TC de abdome e tórax + videolaparoscopia.
247
Estadiamento T no câncer gástrico:
``` T0: sem evidência de tumor primário TX: tumor primário não pode ser abordado TIS: carcinoma em situ. T1: invade até submucosa - T1a: não atinge submucosa - T1b: atinge submucosa T2: Invade muscular própria. T3: Atinge subserosa, sem invasão de peritôneo visceral ou estruturas adjacentes. T4: Invade peritôneo visceral ou estruturas adjacentes. - T4a: peritôneo visceral. - T4b: estruturas adjacentes. ```
248
Estadiamento N do câncer gástrico:
``` NX: linfonodo não pode ser avaliado. N0: não invade linfonodos. N1: Invade 1 a 2 linfonodos regionais. N2: Invade 3 a 6 linfonodos regionais. N3: Invade 7 ou mais linfonodos regionais. - N3a: 7 a 15 linfonodos. - N3b: 16 ou mais linfonodos. ```
249
Critérios para indicar terapia endoscópica no tratamento do câncer gástrico:
``` Tumor limitado à mucosa Não ulcerado Tipo histológico diferenciado < 2cm de diâmetro Sem linfonodos acometidos ```
250
Conduta cirúrgica nos tumores gástricos proximais:
Gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux + linfadenectomia D2.
251
Conduta cirúrgica nos tumores gástricos distais:
Gastrectomia radical subtotal com reconstrução a B2 + linfadenectomia D2.
252
Idealmente, ressecar no mínimo quantos linfonodos na abordagem cirúrgica ao câncer gástrico?
15.
253
Qual o tipo de linfoma gástrico mais comum?
Linfoma não-Hodgkin de células B (difuso de grandes células).
254
A infecção pelo H. pylori aumenta a incidência de linfomas gástricos, sobretudo o do tipo...
MALT.
255
Conduta nos pacientes com linfoma gástrico refratários à erradicação do H. pylori:
QT.
256
Principal represente dos sarcomas gástricos:
GIST.
257
Origem dos sarcomas gástricos:
Mesênquima.
258
A maioria dos sarcomas gástricos são esporádicos, mas existem associações com síndromes genéticas. Cite 3:
- Tríade de Carney (+ condromas pulmonares e paragangliomas) - Neurofibromatose tipo I - Doença de von Hippel-Lindau.
259
A maior parte dos tumores GIST localizam-se no(a):
Estômago.
260
As células tumorais do GIST expressam que marcador de superfície?
CD 117. Outro: CD 34.
261
Principais manifestações dos GIST:
Dor abdominal, hemorragia intestinal e dispepsia.
262
A maioria dos tumores GIST são benignos. V ou F?
Verdadeiro.
263
Conduta nos tumores GIST:
Ressecção cirúrgica com margens livres.
264
Medicamento disponível para GIST irressecável e CD 117 positivo:
Mesilato de imatinibe.
265
Os pólipos são divididos em 3 grandes grupos, a saber:
Neoplásicos Não neoplásicos Serrilhados
266
Tipos de pólipos neoplásicos:
Benignos (adenoma) | Malignos (adenocarcinoma)
267
Tipos de pólipos não neoplásicos:
Hiperplásicos Inflamatórios Hamartomas (polipose juvenil e síndrome de Peutz-Jeghers)
268
Principais complicações dos pólipos:
Sangramento e malignização.
269
A malignização dos pólipos quase sempre acontece com que tipos?
Adenomatosos e serrilhados.
270
Qual o tipo de pólipo mais propenso a malignização?
Adenomatoso do tipo viloso, grande (> 2-2,5 cm) e com displasia de alto grau.
271
Todo pólipo colônico deve ser ressecado e submetido à análise histopatológica. V ou F?
Verdadeiro.
272
Os pólipos hiperplásicos são encontrados quase exclusivamente no reto e no sigmoide. V ou F?
Verdadeiro.
273
Os pólipos do tipo hamartoma podem estar associados à duas síndromes hereditárias. Quais?
Polipose juvenil e síndrome de Peutz-Jeghers.
274
Critérios de cura após polipectomia endoscópica de um adenocarcinoma colônico in situ:
- Margens macro e microscópicas livres - Histologia bem diferenciada - Ausência de invasão linfática e venosa
275
Para um paciente polipectomizado por pólipo colônico maligno, seguimento com nova colonoscopia em:
3 anos.
276
Histologicamente, os adenomas colônicos podem ser divididos em:
Tubulares Vilosos Tubulovilosos
277
Adenoma colônico mais frequente:
Tubular.
278
Geralmente, os adenomas tubulares são de melhor prognóstico, pequenos e pedunculados. V ou F?
Verdadeiro.
279
Os adenomas vilosos possuem pior prognóstico e costumam ser sésseis. V ou F?
Verdadeiro.
280
Qual a síndrome de polipose hereditária mais comum?
Polipose adenomatosa familiar.
281
Qual o tipo de herança e o gene relacionado à polipose adenomatosa familiar?
Herança autossômica dominante. Gene APC.
282
Um achado clássico da PAF (polipose adenomatosa familiar)
Hiperpigmentação retiniana hipertrófica.
283
Procedimento cirúrgico ideal para a PAF (polipose adenomatosa familiar):
Colectomia total + anastomose ileoanal com bolsa ileal.
284
O teste genético de rastreio para PAF em indivíduos com história familiar deve começar em que idade?
10-12 anos.
285
Há duas variantes da polipose adenomatosa familiar que, apesar de possuírem as mesmas características da síndrome de polipose, apresentam-se com manifestações extraintestinais específicas. Quais são?
Síndrome de Gardner (osteomas, tumor desmoide, dentes supranumerários) e síndrome de Turcot (tumores do SNC).
286
Droga que pode reduzir a incidência de pólipos em portadores de PAF:
Celecoxibe.
287
Cite duas síndromes de poliposes hamartomosas hereditárias:
Síndrome de Peutz-Jeghers e Polipose Juvenil Familiar.
288
Os pólipos na síndrome de Peutz-Jeghers localizam-se preferencialmente no:
Delgado (predispõe à intussuscepção).
289
Marca extraintestinal da síndrome de Peutz-Jeghers:
Manchas melanóticas em pele e mucosas.
290
Existe uma síndrome de polipose intestinal não hereditária que afeta principalmente idosos, descendentes de japoneses. Qual é?
Síndrome de Cronkite-Canada.
291
Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, qual é o terceiro câncer mais frequente nos homens brasileiros?
Colorretal.
292
Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, qual é o segundo câncer mais frequente nas mulheres brasileiras?
Colorretal.
293
A grande maioria (80%) dos tumores esporádicos colorretais derivam de defeitos no gene...
APC.
294
O câncer colorretal hereditário não polipose é conhecido com síndrome de...
Lynch.
295
Na síndrome de Lynch, há uma prevalência maior de tumores em que porção do cólon?
Direito (70%).
296
A síndrome de Lynch é definida por quais critérios?
Critérios de Amsterdã.
297
A síndrome de Lynch I está associada apenas ao câncer colorretal, ao passo que a síndrome de Lynch II também se associa a outras malignidades (endométrio, ovário, pâncreas...). V ou F?
Verdadeiro.
298
A síndrome de Lynch predispõe ao câncer colorretal e está relacionada ao gene APC. V ou F?
Falso! Não há relação. Os genes envolvidos são MSH2 e MLH1.
299
Critérios de Amsterdã para Síndrome de Lynch:
Câncer colônico (ou de endométrio, delgado, ureter e pelve renal) diagnosticado em 3 familiares ou mais, sendo que: 1. Um deles deve ser parente de primeiro grau dos outros dois. 2. Pelo menos um câncer colorretal antes dos 50 anos. 3. Envolvendo pelo menos duas gerações. 4. Ausência de síndrome de polipose hereditária.
300
O APC é um oncogene. V ou F?
Falso! É um gene supressor tumoral. O gene K-ras é um oncogene.
301
A reposição hormonal na menopausa parece proteger contra o câncer colorretal. V ou F?
Verdadeiro.
302
A partir de que idade iniciar rastreio para câncer colorretal na população em geral?
50 anos. OBS: A American Cancer Society preconiza atualmente início aos 45 anos.
303
Screening de câncer colorretal em portadores da síndrome de Lynch:
Colonoscopia a partir dos 20 anos (bienal até 35 anos; após, anual).
304
Screening de câncer colorretal em portadores de PAF:
Sigmoidoscopia flexível a partir dos 10-12 anos.
305
Screening de câncer colorretal em pacientes com história familiar (1º grau) da neoplasia antes dos 60 anos:
A partir dos 40 anos (ou 10 anos antes da menor idade em que seus parentes desenvolveram câncer).
306
Atualmente, sabe-se que a maioria dos tumores colorretais se localizam proximalmente no cólon e no ceco. V ou F?
Verdadeiro.
307
Alteração do hábito intestinal no contexto do câncer colorretal sugere qual porção acometida?
Cólon esquerdo.
308
Sangramento/anemia no contexto do câncer colorretal sugere qual porção acometida?
Cólon direito.
309
Em geral, metástases pulmonares derivam das mestástases hepáticas nos tumores colorretais. A exceção disto é o câncer retal. V ou F?
Verdadeiro.
310
O CEA não tem valor diagnóstico, mas sim prognóstico nos tumores colorretais. V ou F?
Verdadeiro.
311
Estadiamento T no câncer colorretal:
``` T0: sem evidência de tumor primário TX: tumor primário não pode ser abordado TIS: carcinoma em situ. T1: invade até submucosa T2: Invade muscular própria. T3: Atinge subserosa e gordura pericólica ou perirretal. T4: Invade peritôneo visceral ou estruturas adjacentes. - T4a: peritôneo visceral. - T4b: estruturas adjacentes. ```
312
No adenocarcinoma colônico, o estadiamento mais importante para definir a conduta é o "M", ao passo que no adenocarcinoma de reto, são essenciais o "T" e o "N". V ou F?
Verdadeiro.
313
Exames básicos para estadiamento do câncer colorretal:
1. TC de abdome e pelve 2. TC/RX de tórax 3. CEA 4. Colonoscopia (pesquisa de tumor sincrônico) 5. Ultrassom endorretal e/ou RM de pelve (no câncer de reto)
314
No estadiamento do câncer colorretal, o achado de metástases indica estágio:
IV.
315
No estadiamento do câncer colorretal, a ausência de linfonodos acometidos ou metástases à distância, é compatível com quais estágios?
I e II.
316
T1 ou T2, N0, M0. Qual estágio do câncer colorretal?
I.
317
T3 ou T4, N0, M0. Qual estágio do câncer colorretal?
II.
318
A ressecção do tumor, se possível, é a regra no câncer colorretal, mesmo em casos de metástases. V ou F?
Verdadeiro.
319
Adenocarcimona de ceco e cólon ascendente. Abordagem cirúrgica?
Colectomia direita + ressecção de pequena parte do íleo distal e metade direita do transverso.
320
Adenocarcimona de cólon transverso. Abordagem cirúrgica?
Transversectomia.
321
QT adjuvante no adenocarcinoma colônico. Quando fazer?
Estágios II (se alto risco) e III.
322
Geralmente, não se indica radioterapia nos tumores de cólon. V ou F?
Verdadeiro.
323
Tamanho médio do reto até a margem anal:
15-16cm.
324
Divisões do reto:
``` Reto baixo (até 5cm da margem anal) Reto médio (6-11 cm da margem anal) Reto alto (> 11 cm da margem anal) ```
325
Apesar de ser contínuo com o cólon, o reto possui uma grande diferença anatômica que possui implicações cirúrgicas importantes. Qual?
É um órgão intrapélvico, com relações próximas ao sacro, parede pélvica, próstata e bexiga.
326
Quais as indicações de tratamento neoadjuvante para tumores de reto?
- Estadiamento T3, T4 ou N positivo. - Invasão do mesorreto. - Tumores de reto baixo.
327
Abordagem cirúrgica preferencial dos tumores de reto alto e médio:
Ressecção abdominal baixa (RAB) com anastomose colorretal ou coloanal. OBS: Excisão total do mesorreto!
328
Opções cirúrgicas para os tumores de reto baixo:
- Excisão local transanal (tumores pequenos, T1 ou T2 e sem invasão linfonodal). - Ressecção abdominoperineal + colostomia definitiva (RAP ou Cirurgia de Miles).
329
Todos os pacientes que receberam tratamento neoadjuvante para tumor de reto devem receber quimioterapia adjuvante. V ou F?
Verdadeiro!
330
Nem todos os pacientes com câncer de reto recebem QT + RT adjuvante. Quais são as indicações?
Tumores estágios II ou III que NÃO receberam tratamento neoadjuvante. OBS: Para quem recebeu tratamento neoadjuvante (QT + RT), fazer só QT. Dica: Quem recebeu QT+RT ANTES (neoadjuvante) recebe apenas QT depois. Quem não recebeu nada antes, recebe QT + RT depois (apenas estágios II ou III).
331
Uma grande diferença do câncer colorretal para os outros cânceres gastrointestinais é que o primeiro permanece potencialmente curável mesmo quando metastático. V ou F?
Verdadeiro.
332
No caso de doença metastática hepática no câncer colorretal, deve-se tentar a ressecção, caso seja tecnicamente possível. V ou F?
Verdadeiro!
333
Cite três anticorpos monoclonais aprovados para tratamento do câncer colorretal.
- Bevacizumabe - Cetuximabe - Panitumumabe
334
Principais sítios de metástases para o fígado:
Colorretal, pâncreas e mama.
335
Características radiológicas de metástases hepáticas:
- Multifocais - Bilobares - Captação periférica de contraste
336
Cite a ordem de incidência dos grupos de tumores hepáticos.
1. Tumores benignos primários 2. Tumores malignos metastáticos 3. Tumores malignos primários
337
Três principais tumores benignos do fígado:
1. Hemangioma cavernoso (mais comum) 2. Hiperplasia nodular focal 3. Adenoma hepático
338
Tumor hepático benigno mais comum:
Hemangioma cavernoso.
339
Tumor hepático benigno, mais comum em mulheres por volta dos 45 anos, que não maligniza e que pode se associar à uma síndrome de CIVD + plaquetopenia. De quem estamos falando?
Hemangioma cavernoso! A síndrome citada chama-se Kasabach-Merrit.
340
Nas crianças, os hemangiomas cavernosos geralmente são multicêntricos e com diversas complicações. Uma delas é decorrente de um shunt arteriovenoso no interior do tumor. Que complicação é essa?
Insuficiência cardíaca.
341
Padrão de captação de contraste do hemangioma cavernoso na fase arterial:
Periférica (que se dirige para o centro na fase tardia).
342
Tumor hepático benigno, mais comum em mulheres de 40-50 anos, que não se maligniza e se caracteriza por uma cicatriz fibrosa central com septos irradiados (artéria central que se ramifica dando o aspecto de "roda de carruagem"). De quem estamos falando?
Hiperplasia nodular focal!
343
Padrão de captação de contraste da hiperplasia nodular focal na fase arterial:
Cicatriz central hipodensa.
344
Tumor benigno hepático que está claramente associado ao uso de ACO:
Adenoma.
345
Grande parte dos tumores benignos hepáticos se apresenta geralmente com lesões unifocais, ao passo que as metástases hepáticas frequentemente são multifocais. Entretanto, existe um tumor benigno hepático que se apresenta multifocal com frequência em crianças. Qual?
Hemangioma cavernoso.
346
Uma característica preocupante que diferencia o adenoma hepático de outros tumores benignos do fígado
Risco de ruptura e malignidade.
347
Nos adenomas hepáticos, a conduta cirúrgica deve ser escolhida quando o tamanho for superior a:
5 cm.
348
Em caso de ruptura de adenoma hepático complicando com hemorragia maciça, que conduta tomar para estabilização temporária para permitir a laparotomia?
Embolização da artéria hepática.
349
Padrão de captação de contraste do adenoma hepático na fase arterial:
Realce homogêneo.
350
Fases da TC dinâmica:
* Fase sem contraste * Fase arterial * Fase portal * Fase de equilíbrio
351
Como identificar a fase arterial de uma TC dinâmica (trifásica) na avaliação de uma massa hepática?
Aorta com contraste e massa captando perifericamente.
352
Como identificar a fase portal de uma TC dinâmica (trifásica) na avaliação de uma massa hepática?
Aorta sem contraste e massa captando centralmente.
353
Lesão hepática que apresenta impregnação periférica de contraste na fase arterial com preenchimento centrípeto na fase tardia:
Hemangioma cavernoso.
354
Lesão hepática que capta homogeneamente o contraste na fase arterial de TC dinâmica:
HNF ou adenoma.
355
Terceira causa de morte por câncer no mundo:
Carcinoma hepatocelular.
356
O CHC predomina em homens de 50 a 60 anos. V ou F?
Verdadeiro.
357
Tumor hepático maligno primário mais comum da infância:
Hepatoblastoma.
358
Principal fator de risco para CHC:
Cirrose hepática e suas causas.
359
De acordo com o Harrison, cerca de metade dos casos de CHC são atribuíveis ao ____, que inclusive pode levar ao tumor sem ____.
De acordo com o Harrison, cerca de metade dos casos de CHC são atribuíveis ao VÍRUS B, que inclusive pode levar ao tumor sem CIRROSE.
360
Principal fator ambiental associado ao CHC:
Aflatoxina B1 (produzida pelo Aspergillus).
361
Sinal e sintoma mais comuns do CHC:
Dor abdominal e hepatomegalia.
362
Marcador tumoral utilizado no diagnóstico do CHC:
Alfafetoproteína (AFP), geralmente acima de 400.
363
Duas características importantes na TC dinâmica para o diagnóstico de CHC:
Washout (contraste aparece todo na fase arterial e some na fase tardia) e cirrose.
364
Requisitos fundamentais para considerar hepatectomia em um paciente com CHC:
Ser CHILD A, não ter hipertensão porta e lesão única.
365
Critérios de Milão para transplante hepático para paciente com CHC:
Lesão única < 5 cm ou até 3 lesões menores que 3 cm.
366
No caso de um paciente com CHC mas sem condições cirúrgicas para transplante ou hepatectomia, é possível considerar a ablação como terapia local, desde que:
Lesão única < 5 cm e CHILD A/B.
367
No caso de um CHC multifocal, mas ainda sem metástases, é possível considerar que terapia, já que a cirurgia estaria contraindicada?
Terapia regional (embolização/radioembolizção/quimioembolização) através da artéria hepática. OBS: A função hepática precisa estar preservada.
368
O tratamento ideal para o CHC é a hepatectomia. Em caso de não haver reserva hepática funcional (ex: CHILD C), qual passa a ser a abordagem de escolha?
Transplante hepático (critérios de Milão).
369
Em caso de CHC com doença disseminada, não há indicações cirúrgicas e a abordagem deve ser apenas paliativa, considerando como quimioterápico de escolha o:
Sorafenibe.
370
Existe uma variante do CHC que não tem relação com a cirrose hepática, acomete pacientes mais jovens (média de 25 anos) e não eleva frequentemente os níveis de AFP. De quem estamos falando?
Carcinoma fibrolamelar.