Sofrimento fetal + forcipe + puerpério Flashcards
(36 cards)
Qual diferença de sofrimento fetal agudo e crônico?
Crônico X Agudo
• Crônico: progressiva perda de O2
o + Durante pré natal (alto risco) Manifestações: CIUR (a maioria são por insuficiência placentária e sofrimento fetal crônica, mas existe exceções), alteração no doppler, oligodramnia
• Agudo: súbita redução de O2
o + Durante trabalho de parto Manifestações: alteração no BCF, no perfil biofisico fetal…
No sofrimento fetal crônico qual alteração mais esperada?
CIUR
Como se investiga o CIUR?
• 1º passo: IG correta (USG 1º trimestre)
o Altura fundo uterino (AFU): concorda com IG entre 18 e 30 sem
AFU 3 cm menor nessa IG = CIUR ou oligodramnia
Obs: o rastreio do crescimento uterino é o AFU (não é a USG)
o USG:
ILA < 5 cm = oligodramnia (normal ILA 8-18)
Peso inferior ao percentil 10 para IG = CIUR
Indicador + sensível CIUR Circunferência abdominal
Quais tipos de CIUR?
• Tipos:
o Simétrico: Tipo 1 = 1º metade
5-10% dos casos
Agressão início gravidez
Ex: trissomias, drogas (ex: propranolol), infecções 1º trimestre
o Assimétrico: Tipo II = 2º metade
80% dos casos
agressão 2º/3º trimestre
Ex: insuficiência placentária (HAS, DM…)
Obs: Diabetes gestacional não causa CIUR, causa macrossomia. Só diabetes previa para causar CIUR
o Misto: Tipo III ou assimétrico precoce
Raro
Associação de ambos
Quais vasos fazemos dopplerfluxometria?
UTERINA
UMBILICAL
CEREBRAL MÉDIA
DUCTO VENOSO
O que podemos avaliar na uterina?
• UTERINA: circulação MATERNA
o Incisura bilateral > 26 sem CIUR? Pré eclampsia?
O que podemos avaliar na umbilical?
• UMBILICAL: circulação PLACENTÁRIA
o Normal: diminuição da resistência (aumento do fluxo)
o Alterada: aumento da resistência, diástole 0 ou reversa
O que podemos avaliar na cerebral média?
• CEREBRAL MÉDIA: circulação FETAL
o Normal: vaso de alta resistência (já que é pequeno, diferente da umbilical que é grande, sendo de baixa resistência)
o Avalia centralização fetal Prioriza órgãos nobres: coração, cérebro e adrenais - o feto está centralizando para priorizar o que é mais nobre
o Centralização: (S/D umbilical) / (S/D cerebral) >= 1
O que podemos avaliar no ducto venoso?
• DUCTO VENOSO: ultima alteração
o Indicado para fetos < 32 semanas já centralizados – para saber se ele aguenta esperar ou não para usar corticoide
o Normal: onda A acima da onda zero
o Anormal: onda A negativa = risco iminente de morte = interromper
O que avaliamos no sofrimento fetal crônico?
CIUR e dopplerfluxometria
O que avaliamos no sofrimento fetal agudo?
Movimentação Microanalise sangue Ausculta cardiaca Cardiotocografia Perfil biofisico
O que podemos analisar na movimentação fetal?
• Movimentação:
o Anormal (< 5 mov/1h) = investigar…
o Pode ser sono, drogas, hipóxia?
o Não se mostrou eficaz para queda de morbimortalidade
O que podemos indicar na microanalise sangue?
o pH < 7,2 dilatação HIPÓXIA – já foi padrão ouro (em desuso; é invasivo demais)
Como deve ser feito a ausculta cardiaca?
o Intermitente: sonar, pinar... Baixo risco: 30/30 min na dilatação 15/15 min no expulsivo Alto risco: 15/15 min na dilatação 5/5 min no expulsivo
O que podemos avaliar na CTG? Quando deve ser feito?
o CARDIOTOCOGRAFIA: BCF X Contração uterina X mov. fetal NÃO rotineira em baixo risco (é tão sensível que pode dar falso positivo)
Coloca o transdutor no fundo uterino para avaliar a contração e outro para avaliar o BCF, tem que deixar a gestante lateralizada para esquerda
Como é a linha de base da CTG?
Linha de base BCF médio em 10 min: 110-160
Taquicardia > 160 bpm
Bradicardia < 110 bpm
Como é a variabilidade da CTG?
Variabilidade Diferença do maior e menor BCF - O principal é avaliar a variabilidade
Aumentada > 25 (ficar de olho)
Moderada: 6 - 25 (excelente - integridade do SNA)
Mínima: <= 5 (ou é sono – estimula o menino; ou remédio; ou hipóxia)
Ausente: 0 (muito grave)
Como são as variações da CTG?
Acelerações: aumento de 15 bpm por 15s
Reativo: 2 acelerações em 20 min pode suspender a cardiotoco porque está bom
Como são as desacelerações da CTG? Quais tipos?
Desacelerações
DIP I ou precoce ou cefálico: DIP coincide com contração, passou contração volta ao normal COMPRESSÃO CEFALICA – NÃO É SOFRIMENTO FETAL
DIP II ou tardio: DIP após a contração, veio a contração, dá um tempinho e afunda ASFIXIA – SOFRIMENTO AGUDO - significa que a contração instabiliza o feto. Conduta do DIP 2 de repetição: O2, decúbito lateral esquerdo, suspender ocitocina, corrigir a PA (ressuscitação intra útero) e PARTO (via + rápida)!!!!
DIP III ou variável ou umbilical: DIP variável em relação a contração COMPRESSÃO DE CORDÃO – NÃO É SOFRIMENTO FETAL
Recuperação lenta
Sem retorno à linha de base
Bifásica (em W)
Quais categorias da CTG?
CATEGORIA I: 110 e 160 bpm; variabilidade normal; sem DIP II ou III, aceleração presente/ ausente - está tudo bem
CATEGORIA II: fica entre I ou II
CATEGORIA III: sem variabilidade + DIP II recorrente ou DIP III recorrente ou bradicardia mantida
Quais parametros avaliados no perfil biofisico?
• Perfil biofísico o Cardiotocografia + 4 parâmetros da USG Liquido amniótico (Volume LA) Mov. Fetal Mov. Respiratório fetal Tônus fetal
Qual primeiro parametro a se alterar e qual ultimo no perfil biofisico?
- CTG 1º alteração (+sensível) – se ela estiver normal os outros também estarão
- Redução de VLA alteração crônica (ultimo que altera)
Obs: primeiro se altera a FC, depois os movimentos respiratórios, seguido pelo movimento fetal e por fim o tônus
Quais tipos de forcipes e quais indicações específicas de cada um?
• TIPOS:
1- SIMPSON: qualquer variedade (exceto transversa)
2- PIPER: cabeça derradeira (“piper parto pélvico”)
3- Kielland: variedade transversa (ROTAÇÃO)
- Pegada ideal: BIPARIETOMALOMENTONIANA - entre o olho e orelha
- Pela região biparietal, malar e mentoniana
Quais condições para aplicar o forceps?
• Condições para APLICAR – tem que ter todos os critérios
o Ausência de colo (COM 10 cm)
o Pelve proporcional
o Livre canal de parto (sem obstrução)
o Insinuação (DeLee não pode ser negativo, porque pode ser uma desproporção cefalo pélvica)
o Conhecer a variedade (para saber como passar)
o Amniotomia
o Reto/bexiga vazios (hoje em dia não precisa mais do reto)