T24_Picornaviridae & Rhabdoviridae ★ Flashcards

(44 cards)

1
Q

Características do Picornaviridae

  1. Vírus de ____
  2. Pico = ____
  3. ___ invólucro (___)
  4. Simetria ____
A
  1. Vírus de RNA
  2. Pico = Pequeno
  3. Sem invólucro (nús)
  4. Simetria Icosaédrica
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2
Q

Os Parechovirus, género da família ______ podem causar infeção ______ ou do ______ ( ______ e ______), especialmente em ______.

A

Os Parechovirus, género da família Picornaviridae podem causar infeção respiratória ou do SNC (meningite e encefalite), especialmente em crianças.

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3
Q

Como é a transmissão dos Picornaviridae?

A
  • Aérea
  • Pode ser fecal oral
  • No recem nascido, Coxsackie B, por passagem no canal de parto
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4
Q

Todos os vírus “nús” têm simetria _____.

A

Icosaédrica

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5
Q

Os Picornaviridae têm 4 géneros (e respetivas espécies):
1. ______
______ __ a __, ______ __ e __, ______, ______ __ - __ e ______
2. ______, vírus da ______ __
3. ______, ______ humano
4. ______, ______ humano

A

Os Picornaviridae têm 4 géneros (e respetivas espécies):
1. Enterovirus
Poliovirus 1 a 3, Coxsackie A e B, Echovirus, Enterovirus 68-71 e Rinovírus
2. Hepatovirus, vírus da hepatite A
3. Parechovirus, parecovírus humano
4. Kobuvirus, kovuvírus humano

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6
Q

Enterovirus

Existem sobretudo nos _____ e, como são _____, a sua transmissão é ______.

No entanto, também podem colonizar a ___ e ______, podendo também ser transmitidos por _____ ou ____ _____.

A doença mais importante, em termos de gravidade e importância histórica, embora hoje em dia menos frequente, é a _____.

A

Enterovirus

Existem sobretudo nos intestinos e, como são resistentes, a sua transmissão é fecal-oral.

No entanto, também podem colonizar a oro e nasofaringe, podendo também ser transmitidos por gotículas ou contacto aéreo.

A doença mais importante, em termos de gravidade e importância histórica, embora hoje em dia menos frequente, é a poliomielite.

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7
Q

Qual é a clínica do Poliovírus?

A

Pessoa Vacinada = sem infeção❤

Pessoa não vacinada
* 90% = assintomático
* 5% = doença minor (sindroma gripal)
* 1-2% = poliomielite não paralítica (meningite assética)
* 0.1-2% = doença major (poliomielite paralítica) leva a paralisia flácida sobretudo dos membros distais e pode atingir o bulbo que pode levar a morte por paragem respiratória

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8
Q

A Poliomelite paralítica ocorre em __ a __ dos doentes __ _____.

Leva a paralisia ____, sobretudo nos membros ____.

Nos casos em que atinge o ____, pode levar à morte por _____ _____.

A

A Poliomelite paralítica ocorre em 0,1 a 2% dos doentes não vacinados.

Leva a paralisia flácida, sobretudo nos membros distais.

Nos casos em que atinge o bulbo, pode levar à morte por paragem respiratória.

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9
Q

Qual é a clínica dos outros Picornavírus?

A

Doença das mãos-pés-e-boca (exantema vesicular) = Coxsackie A
Herpangina (exantema vesicular na
cavidade oral) = Coxsackie A
Pleurodinia (febre + dor torácica) = Coxsackie B, echovírus
Miocardite + pericardite = Coxsackie B
Meningite = Echovirus + Parechovirus
Exantema, que não se enquadra nas doenças clássicas (escarlatina, sarampo, varicela) pode estar infetado por enterovírus
Síndrome gripal, rinite e agravamento da asma = Rinovírus
Conjuntivite hemorrágica aguda = Enterovírus 70
Constipação comum = enterovírus

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10
Q

Clínica dos Picornaviridae

Define as seguintes doenças e associa ao respetivo vírus da família:

Doença das mãos, pés e boca

A

Exantema vesicular nestes locais, frequente em pediatria.

Por Coxsackie A

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11
Q

Clínica dos Picornaviridae

Define as seguintes doenças e associa ao respetivo vírus da família:

Herpangina

A

Exantema vesicular na cavidade oral.

Assemelha-se a uma infeção por HSV 1, daí o nome derivado de “herpes”.

Faz diagnóstico diferencial com Coxsackie A.

Por Coxsackie A

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12
Q

Clínica dos Picornaviridae

Define as seguintes doenças e associa ao respetivo vírus da família:

Pleurodinia

A

Dor muscular intercostal que mimetiza a dor pleurítica.

As componentes pulmonar e pleurítica não têm alterações.

Quadro de febre e dor torácica que agrava na inspiração.

A dor pode ser prolongada no tempo, pelo que o diagnóstico é essencial, até mesmo para tranquilizar as pessoas.

É causada por Coxsackie B, Echovirus.

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13
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Miocardite e pericardite

A

Enterovirus são os principais agentes. Dentro destes o Coxsackie B é o mais frequente (até há pouco tempo era o principal agente de endocardite e pericardite).

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14
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Infeção no recém-nascido

A

++ Coxsackie B

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15
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Meningite asséptica

A

Echovirus e Parechovirus são os principais agentes, sobretudo nas crianças.

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16
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Qualquer tipo de exantema

A

Se o exantema não se enquadrar, nas doenças clássicas (varicela, sarampo e escarlatina), dignóstico diferencial:

  • Enterovirus
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17
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Síndromas gripais, rinites, agravamento de asma

A

Mais frequentemente causados por:

  • Rinovirus, agentes das constipações vulgares.

Hoje sabemos que também podem causar infeções respiratórias baixas

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18
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Conjuntivite hemorrágica aguda

A

Enterovirus 70

19
Q

Clínica dos Picornaviridae

Espécie de vírus da família causador de:

Infeção respiratória (pneumonia) grave nas crianças

A

Enterovirus 68

Também podem causar infeções do SNC.

20
Q

Como é feito o diagnóstico dos Picornaviridae?

A

Biologia molecular - PCR:
* LCR
* LBA

  • MeningitePunção lombar
  • Culturas celulares já não se fazem por rotina
  • Miocardite/pericarditeserologia (enterovirus), ou pesquisa direta, sendo que neste caso será muito difícil obter uma amostra (miocárdio ou pericárdio infetados)
21
Q

Quais são as vacinas para a poliomelite?

A
  • Inativada (Salk) parentérica
  • Oral atenuada (Sabin)
22
Q

Quais são as vantagens e desvantagens da vacina Sabin?

A

Vantagens:
- efetiva
- Confere imunidade secretória (produção de IgAs intestinais em adição aos anticorpos séricos) = vírus fica sem capacidade de replicação no intestino
- fácil administração (oral)
- Permite a imunização indirecta (por transmissão do vírus vacinal eliminado nas fezes pode imunizar “vizinhos”)

Desvantagens:
- Risco de poliomielite (raro) nos recipientes e contactos
- Não segura nos imunodeprimidos

23
Q

Quais são as vantagens e desvantagens da vacina Salk?

A

Usada em sítios com bom nível de higiene
Vantagens:
- efectiva
- Segura em imunodeprimidos
- sem risco de doença

Desvantagens:
- Mais dolorosa
- Sem imunidade secretória (sem IgA nos intestinos) Se uma pessoa imunizada sofrer de uma infeção por Poliovirus, o vírus ativado vai continuar a ser excretado nas suas fezes, podendo ser transmitido a outras pessoas por via fecal-oral.

Porquê em sítios com boa higiene? Dado ser uma vacina atenuada, o vírus pode sofrer alterações genéticas no intestino e levar a uma nova estirpe vieulaenta, há casos reportados nos quais a estirpe mutante, derivada da vacina (Vacine-derived Polio Virus) vai causar epidemias dado a transmissão fecal oral e o baixo nível de saneamento.

24
Q

Qual é a vacina para picornavírus que prevalece?

25
Qual é o **vírus da raiva**?
* ***Rhabdoviridae*** (família) * ***Lyssavirus*** (género)
26
# Características do ***Rhabdoviridae*** Raiva, é uma doença _\_\_\_ e não propriamente uma _\_\_\_\_ do comportamento, embora seja verdade que a *raiva* de estadios _\_\_\_\_ leva a que as pessoas tenham alterações _\_\_\_\_ do comportamento. Foi daí que surgiu a expressão de “comportamento _\_\_\_\_”. A raiva, do ponto de vista médico, é uma doença _\_\_\_\_ com atingimento do _\_\_\_\_ – dá uma _\_\_\_\_. A raiva é provavelmente a doença infeciosa mais _\_\_\_\_ que conhecemos, uma vez que quando chega ao período de estado, a mortalidade é virtualmente _\_\_%
Raiva, é uma doença **viral** e não propriamente uma **alteração** do comportamento, embora seja verdade que a *raiva* de estadios **terminais** leva a que as pessoas tenham alterações **agressivas** do comportamento. Foi daí que surgiu a expressão de “comportamento **raivoso**”. A raiva, do ponto de vista médico, é uma doença **viral** com atingimento do **SNC** – dá uma **encefalite**. A raiva é provavelmente a doença infeciosa mais **mortal** que conhecemos, uma vez que quando chega ao período de estado, a mortalidade é virtualmente **100**%
27
Qual é a taxa de mortalidade da raiva, aquando do aparecimento de sintomatologia?
Quase 100%
28
**Vírus da raiva:** * Vírus de _\_\_\_\_, cadeia _\_\_\_\_ e _\_\_\_\_ * Simetria _\_\_\_\_ * _\_\_\_\_ invólucro * Forma de _\_\_\_\_ * Revestido por _\_\_\_\_ de glicoproteína _\_\_\_\_ (que permitem a _\_\_\_\_ às _\_\_\_\_ do hospedeiro)
Vírus da raiva: * Vírus de **RNA**, cadeia **simples** e **negativa** * Simetria **helicoidal** * **Com** invólucro * Forma de **bala** * Revestido por **espículas** de glicoproteína **G** (que permitem a **ligação** às **células** do hospedeiro)
29
Como podemos distinguir os tipos de **transmissão** da **raiva**?
1. Países em que a raiva ainda existe a nível dos cães (piores condições económicas - em desenvolvimento) 2. Países onde já não há raiva a nível dos cães (Europa e EUA)
30
Qual é a **epidemiologia** da raiva?
Sobretudo **Ásia**, abrangindo alguns potenciais destinos turísticos como a **Índia** e o **Sudeste Asiático**. Praticamente **todos os países africanos**. **América Central, Caraíbas, Cuba, República Dominicana**. *A nível dos Estados Unidos e Europa, a probabilidade é francamente baixa*.
31
Os reservatórios da raiva são: - Animais _\_\_\_\_ _\_\_\_\_, _\_\_\_\_, _\_\_\_\_, _\_\_\_\_ - Animais domésticos _\_\_\_\_ (+++) e _\_\_\_\_ Os vetores de transmissão são: * _\_\_\_\_ (+++) * _\_\_\_\_ * e raramente, mas documentado, o _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ (dado o tropismo deste vírus para alguns órgãos do _\_\_\_\_, especialmente, o _\_\_\_\_)
Os reservatórios da raiva são: - Animais **selvagens** **raposa**, **morcego**, **coiotes**, **guaxinins** - Animais domésticos **cão** (+++) e **gato** Os vetores de transmissão são: * **Cão** (+++) * **Morcego** * e raramente, mas documentado, o **transplante de córnea** (dado o tropismo deste vírus para alguns órgãos do **SNC**, especialmente, o **olho**)
32
Em que situações devo **suspeitar** de um doente com **Raiva**?
- Indivíduo com historial de **viagens** ao **continente africano ou asiático** - **Mordeduras** (se possível vigiar, o animal (cão) que mordeu, a fase de rtansmissão do vírus é uma fase terminal, pelo que o cão, caso esteja infetado e passível de transmitir, já estará numa fase terminar e morrerá em 2-3 dias)
33
Qual é a forma mais comum de raiva nos países mais desenvolvidos?
* Raiva por mordedura de **morcego**
34
# Clínica do ***Rhabdoviridae*** A raiva é extremamente _\_\_\_\_, porque causa uma encefalite _\_\_\_\_ em quase _\_\_\_\_% dos casos. A 1ª fase desta infeção é o período de _\_\_\_\_, muito *_\_\_\_\_ (classicamente entre _\_\_\_\_ e _\_\_\_\_). Durante este período o vírus vai-se _\_\_\_\_ no _\_\_\_\_ da infeção, normalmente a _\_\_\_\_, e, portanto, dá-nos algum tempo de _\_\_\_\_. Se não atuarmos, não conseguimos impedir o vírus de se ligar aos _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ da zona, ele entrando nas _\_\_\_\_ _\_\_\_\_, apresenta um trajeto _\_\_\_\_ (da _\_\_\_\_ para o _\_\_\_\_). A partir daqui, efetua o seu trajeto _\_\_\_\_, já não tendo forma de atuar para o impedir. Vai acabar por atingir o _\_\_\_\_ (_\_\_\_\_) onde causa a _\_\_\_\_ fatal. Inicia-se então um período _\_\_\_\_, que é muito _\_\_\_\_ e pode durar alguns dias (entre _\_\_ - _\_\_). Depois entra na fase _\_\_\_\_ característica, que são: * os espasmos _\_\_\_\_ com _\_\_\_\_, * _\_\_\_\_, * _\_\_\_\_, * _\_\_\_\_. Estes doentes não conseguem _\_\_\_\_ devido aos espasmos _\_\_\_\_, pelo que não conseguem _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ e ficam muito _\_\_\_\_. Quando ouvem _\_\_\_\_ começam a salivar e a entrar em _\_\_\_\_. Claro que todos estes sintomas são descritos classicamente, quando os doentes não se encontram sedados nos cuidados intensivos. Esta situação vai inevitavelmente, levar ao _\_\_\_\_ e à _\_\_\_\_.
A raiva é extremamente **perigosa**, porque causa uma encefalite **fatal** em quase **100**% dos casos. A 1ª fase desta infeção é o período de **incubação**, muito **prolongado** (classicamente entre **2** e **12 meses**). Durante este período o vírus vai-se **multiplicar** no **local inicial** da infeção, normalmente a **mordedura**, e, portanto, dá-nos algum tempo de **atuação**. Se não atuarmos, não conseguimos impedir o vírus de se ligar aos **nervos sensitivos** da zona, ele entrando nas **raízes nervosas**, apresenta um trajeto **centrípeto** (da **extremidade** para o **centro**). A partir daqui, efetua o seu trajeto **lentamente**, mas já não temos forma de atuar para o impedir. Vai acabar por atingir o **SNC** (**encéfalo**) onde causa a **encefalite** fatal. Inicia-se então um período **prodrómico**, que é muito **inespecífico** e pode durar alguns dias (entre **2-12** dias). Depois entra na fase **neurológica** característica, que são: * os espasmos **faríngeos** com **hidrofobia**, * **confusão**, * **delírio**, * **paralisia**. Estes doentes não conseguem **engolir** devido aos espasmos **faríngeos**, pelo que não conseguem **beber água** e ficam muito **desidratados**. Quando ouvem **água** começam a salivar e a entrar em **convulsões**. Claro que todos estes sintomas são descritos classicamente, quando os doentes não se encontram sedados nos cuidados intensivos. Esta situação vai inevitavelmente, levar ao **coma** e à **morte**.
35
Qual é o **período de incubação** da raiva?
**2-12 meses** Durante o período de incubação o vírus está-se a multiplicar na zona da ferida
36
Qual é o ***point of no return*** da **raiva**?
***Quando entra nas raizes nervosas***
37
Quais são as **fases da raiva**?
1. **Incubação** (2-12 meses) 2. **Prodrómico** (2-12 dias) = febre, náuseas, cefaleias, vómitos, letargia 3. **Neurológica** típica (2-7 dias) = espasmos faríngeos com hidrofobia (não consegue engolir) -> desidratação -> pensar na água promove salivação -> aumento de espasmos faríngeos - Ainda há confusão, delírio, paralisia - Leva a encefalite fatal 4. **Morte**
38
Como é feito o **diagnóstico** da **raiva**?
***Dx clínico e epidemiológico - numa 1ª fase*** 1. Levanta-se a **suspeita clínica** (história de viagem e/ou contacto) 2. Se **há clínica sugestiva**: Em vida: * ***PESQUISA POR PCR*** (saliva, urina, LCR e soro)^ * *Pesquisar **anticorpos** no soro ou no LCR* - em pessoas não vacinadas (embora possam não aparescer)^^ * **Biópsia da pele do pescoço** (imunofluorescência direta) Post mortem: * **histopatologia** (classicamente - procura das inclusões citoplasmáticas chamadas **corpos/corpúsculos de Negri**) * atualmente há *métodos mais sensíveis*, nomeadamente a **imunofluorescência direta** ou **PCR de biópsias** das zonas logicamente afetadas * inoculação intracerebral no ratinho recém-nascido (investigação) * Cultura celular ## Footnote ^Depois do movimento centrípeto do vírus (da periferia para o centro), há uma passagem centrífuga para a periferia. Ou seja, após infeção do SNC, na fase final da doença, o vírus vai migrar para a periferia, nomeadamente para a saliva e para a pele, nomeadamente na zona do pescoço. A passagem para a saliva é muito característica, aliás, é por isso que somos infetados principalmente através da mordedura. Também pode aparecer na urina, e, naturalmente, sendo uma encefalite, também se pode pesquisar no LCR. A pesquisa no soro não terá tanta utilidade ^^A raiva não é uma infeção propriamente aguda, dado que o período de incubação é muito longo, logo os anticorpos são positivos na maioria dos casos, embora realmente esta não seja esta a forma mais utilizada de diagnóstico
39
Quais são os **métodos de diagnóstico mais comuns** para **raiva**?
- **em vida** = ***RT PCT*** da saliva, urina, LCR, soro & IFI - **post mortem** = ***IFD***
40
Quais são os 2 tipos de prevenção para a raiva?
* Prevenção pré-exposição * Prevenção pós-exposição
41
# Prevenção do ***Rhabdoviridae*** **Prevenção pré-exposição** É o _\_\_\_\_, e passa pela _\_\_\_\_ _\_\_\_\__\_\_\_\_. A _\_\_\_\_ existe e é _\_\_\_\_, mas não faz sentido administra-la na _\_\_\_\_, dada a raridade da doença. A vacinação faz-se para _\_\_\_\_ _\_\_\_\_, como _\_\_\_\_ para zonas _\_\_\_\_. Contudo, é algo que tem de ser avaliado caso a caso, porque, por exemplo, uma pessoa que vá numa viagem organizada, em que a possibilidade de contactar com _\_\_\_\_ é diminuta, não se justifica fazer. A necessidade de vacinação também depende do _\_\_\_\_ que a pessoa vai permanecer nesse país, e o que é que vai fazer. Geralmente esta vacina _\_\_\_\_ muito aplicada, mas havendo _\_\_\_\_ (estadia mais prolongada, risco aumentado), deverá ser feita.
**Prevenção pré-exposição** É o **normal**, e passa pela **vacinação antes do contacto**. A **vacina** existe e é **eficaz**, mas não faz sentido administra-la na **Europa**, dada a raridade da doença. A vacinação faz-se para **grupos de risco**, como **viajantes** para zonas **endémicas**. Contudo, é algo que tem de ser avaliado caso a caso, porque, por exemplo, uma pessoa que vá numa viagem organizada, em que a possibilidade de contactar com **cães** é diminuta, não se justifica fazer. A necessidade de vacinação também depende do **tempo** que a pessoa vai permanecer nesse país, e o que é que vai fazer. Geralmente esta vacina **não é** muito aplicada, mas havendo **dúvidas** (estadia mais prolongada, risco aumentado), deverá ser feita.
42
# Prevenção do ***Rhabdoviridae*** **Prevenção pós-exposição** Relativamente à raiva, falamos da prevenção pós exposição porque o período de _\_\_\_\_ do vírus é _\_\_\_\_, o que é muito _\_\_\_\_ no contexto das doenças infeciosas. Esta vacinação é feita após o _\_\_\_\_ ou _\_\_\_\_ da pessoa pelo _\_\_\_\_. O facto de o período de _\_\_\_\_ ser _\_\_\_\_ permite que se criem _\_\_\_\_ que _\_\_\_\_ o vírus antes de este ser capaz de entrar nas _\_\_\_\_. Normalmente fazem-se _\_\_\_\_ doses, do _\_\_\_\_ ao _\_\_\_\_ dia e depois existem vários _\_\_\_\_ (são feitas _\_\_\_\_ _\_\_\_\_). Mas atenção, embora a vacina seja o _\_\_\_\_, não é _\_\_\_\_. Há muitos estudos a demonstrar que, embora a vacina _\_\_\_\_ confira uma boa _\_\_\_\_, a _\_\_\_\_ máxima é conferida quando _\_\_\_\_ fazemos pelo menos mais 2 coisas: * _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ local (fundamental para _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ grande parte do _\_\_\_\_ e _\_\_\_\_ que os vírus permaneçam ali e possam começar a _\_\_\_\_) * e aplicação de uma _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ (com a vacina estimulamos a produção de _\_\_\_\_ _\_\_\_\_, que demoram _\_\_\_\_ a aparecer; ao darmos imediatamente uma _\_\_\_\_ _\_\_\_\_ – _\_\_\_\_ e _\_\_\_\_ da ferida, e depois, o que sobrar, _\_\_\_\_– conferimos _\_\_\_\_ imunitária adicional nos _\_\_\_\_ dias, enquanto não se formam os _\_\_\_\_ da vacina, ou enquanto não surge _\_\_\_\_ _\_\_\_\_).
**Prevenção pós-exposição** Relativamente à raiva, falamos da prevenção pós exposição porque o período de **incubação** do vírus é **muito longo**, o que é muito **raro** no contexto das doenças infeciosas. Esta vacinação é feita após o **contacto** ou **mordedura** da pessoa pelo **animal**. O facto de o período de **incubação** ser **muito longo** permite que se criem **anticorpos** que **ataquem** o vírus antes de este ser capaz de entrar nas **raízes nervosas**. Normalmente fazem-se **4 doses**, do **zero** ao **décimo quarto** dia e depois existem vários **protocolos** (são feitas **culturas celulares**). Mas atenção, embora a vacina seja o **fundamental**, não é **suficiente**. * Há muitos estudos a demonstrar que, embora a vacina **sozinha** confira uma boa **proteção**, a **proteção** máxima é conferida quando ao **mesmo tempo** fazemos pelo menos mais 2 coisas: * **lavagem/desinfeção** local (fundamental para **remover logo** grande parte do **inóculo** e **impedir** que os vírus permaneçam ali e possam começar a **multiplicar-se**) * e aplicação de uma **imunoglobulina exógena** (com a vacina estimulamos a produção de **imunoglobulinas endógenas**, que demoram **dias a semanas** a aparecer; ao darmos imediatamente uma **imunoglobulina exógena** – **dentro** e **à volta** da ferida, e depois, o que sobrar, **intramuscularmente**– conferimos **proteção** imunitária adicional nos **primeiros** dias, enquanto não se formam os **anticorpos** da vacina, ou enquanto não surge **imunidade celular**).
43
Qual é a **profilaxia** da raiva?
**Pre exposição** = **vacina** para grupos de risco (ex. missões humanitárias) **Pos exposição** = 1. Lavagem, desinfeção 2. Imunoglobulina humana anti-rábica (exógena) dentro e à volta das feridas e restante intramuscularmente 3. Vacinas (4 doses 0-14 d; culturas celulares) A eficácia da profilaxia pós-exposição é muito boa, mas não é de 100%
44
Caracteriza o **tratamento da raiva**
***Tratamento de suporte.*** Uma vez a pessoa tendo a doença raiva, a mortalidade é de quase 100%. De qualquer das maneiras tem havido um ou outro caso de cura, que se atribuem ao seguinte “cocktail”: * **vacina**, * **imunoglobulina**, * **anticorpos monoclonais**, * **ribavirina** * e **interferão alfa**. A eficácia da profilaxia pós-exposição é muito boa, mas não é de 100%.