TEP Flashcards
(38 cards)
Definição
Presença de trombos ou tampões na circulação pulmonar.
Epidemiologia
3ª maior causa de morte cardiovascular
Fisiopatologia
Alteração na tríade de Virchow
- Estase
- Hipercoagulabiidade
- Lesão endotelial
Fisiopatologia da hipoxemia
Efeito espaço-morto: Existe ventilação, porém não ocorre perfusão. Ocorre redução da PaO2.
Fisiopatologia do choque
Trombo na circulação pulmonar –> Aumento da pressão que o VD terá que fazer -> Dilatação e hipocontratilidade do VD -> Dificuldade de mandar sangue para VE–> Redução do DC por redução da pré-carga de VE
Fatores de risco
Congênitos
1. Trombofilias
- Homozigose do fator V de Leiden
- Mutação no gene da protrombina
Adquiridos
- Traumas, fraturas
- Cirurgias recentes ( principalmente ortopédicas)
- CA, FA, IAM
- Uso de ACOs, Puerpério, gravidez
- Imobilidade > 3 dias
- Viagens recentes com imobilidade > 6-8 horas
- TEV ou TVP prévios
- SAF ( Trombofilia adquirida)
- IAM nos últimos 03 meses
- Internação recente por IC ou FA
- DII
- AVE com sequelas motoras
Quadro clínico
Dispneia aguda e súbita ( principalmente em repouso)
Dor torácica pleurítica
Tosse
Hemoptise
Febre baixa ( 10%)
Síncope (17%)
Exame físico
Taquipneia( Principal- principalmente em repouso)
Taquicardia
Hiperfonesede B2 ( Principalmente no foco pulmonar)
TJ
Sinais de TVP
Instabilidade hemodinâmica
Estertores podem existir no local afetado
Relação da reserva cardiopulmonar e repercussão clínica
Depende do tamanho do trombo, porém principalmente da reserva cardiopulmonar do paciente
Diagnóstico
Clínico ( Anamnese + exame físico) + Avaliar a probabilidade pré-teste ( Escore de Wells) para assim saber o exame a ser solicitado
Escore de Wells
- TEP como principal diagnóstico - 3 pontos
- Clínica de TVP - 3 pontos
- TVP ou TEP prévios - 1,5 pontos
- FC >100 bpm - 1,5 pontos
- Imobilidade ou cirurgia recente < 4 semanas - 1,5 pontos
- CA - 1 ponto
- Hemoptise - 1 ponto
0-1: Baixo risco ( D-Dímero)
2-6: Moderado risco (D-dímero)
>6: Alto risco (AngioTC)
Probabilidade pré-teste
D-dímero negativo: Exclui TEP
D-dímero positivo: Realizar angioTC
Dá pra descartar se D-dímero < 1.000 e sem os seguintes: 1. sinais de TVP 2. Hemoptise 3. TEP não é a primeira hipótese
Exames complementares
ECG
RX
D-Dímero e outros LABS ( Tropnina, NT-Pró BNP e BNP - Marcadores de disfunção cardíaca)
AngioTC
Ecocardiograma ( Estratificação e avaliação em pacientes instáveis)
Cintilografia com relação V/Q
USG de MMII
Achados radiográficos
Sinal de Westermark: Pobreza vascular
Palla: Aumento do calibre da a. pulmonar
Corcova de Hampton: Opacidade triangular com base pleural e vértice para o hilo.
Atelectasia lobar, DP, cardiomegalia
Infiltrado intersticial
Achados do ECG
- Taquicardia sinusal
- Padrão S1Q3T3: Sinal de sobrecarga de câmaras (10% terá)
- Inversão de T em V1
- Inversão de T em V1-V4
- Supra de ST em AvR
- T invertida em DIII e V1 juntos
Exame de escolha
AngioTC
- 98% de sensibilidade e 94% de especificidade
Limitação: DRC e alergias
Achados Ecocardiograma
Sobrecarga de câmaras direitas
Hipocontratilidade
Relação VD/VD maior ou igual a 1
Cintilografia: Indicações
Gestantes (Maiores de 3 meses podem realizar AngioTC)
DRC
Alergias ao contraste
USG de MMII
Boa em gestantes
Alternativa à AngioTC, caso não tenha disponibilidade no serviço
Exame padrão-ouro
Angiografia pulmonar
- Invasivo
Estratificação de risco
1.Avaliar instabilidade
- Se presente, manejar
- Se ausente, Escore PESI
Critérios de instabilidade
- Choque obstrutivo: PAS < 90 ou necessidade de vasopressor + sinais de hipoperfusão
OU
- Hipotensão persistente: PAS< 90 ou Redução >= 40mmHg da PAS por >15min
OU
- PCR
Escore PESI
Avalia chance de mortalidade nos próximos 30 dias
Versão completa: I a V
Simplificada: >= 1 é risco de mortalidade.
Estratificação de risco
ESTÁVEL
Baixo Risco: PESI I e II + Exames sem alterações
Intermediário: PESI >=III ou simplificado >=1
- Baixo: Se um ou nenhum dos exames forem alterados
- Alto: Se ambos alterados ( ECO + laboratorial)
INSTÁVEL
Todos são alto risco