Tireóide e Paratireóide Flashcards

(80 cards)

1
Q

Quais as duas artérias que irrigam a tireóide? E de quais são suas origens?

A
  • Artéria Tireóidea superior (ramo da carótida externa)
  • Artéria tireóidea inferior (ramo do tronco tireocervical)
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2
Q

Quais os dois nervos são importantes na topografia da tireóide?

A
  • Nervo Laríngeo Superior (Tensiona as cordas vocais)
  • Nervo larígeo recorrente (Aduz e abduz as cordas vocais)
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3
Q

Durante as tireoidectomias, qual o principal nervo afetado?

A

Nervo laríngeo Recorrente

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4
Q

O que é o TPO?

A

Tireoperoxidase é a enzima que catalisa as reações de formação do T3 e T4 a a partir do iodo + tireoglobulina

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5
Q

Qual o nome dos dois “efeitos” que acontece na tireóide após administração de Iodo?

A
  • Efeito Jod-Basedow
  • Efeito Wolff-Chaikoff
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6
Q

O que é o Efeito Jod-Basedow?

A

Aumento da produção de hormônios tireoideanos após administração de Iodo.
“Fabrica à todo vapor. Quando dá matéria prima, faz mais”

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7
Q

O que é o Efeito Wolff-Chaikoff?

A

Parada súbida do funcionamento/produção de hormônios tireoidianos após administração de Iodo em paciente com Anti-TPO ou com drogas antitireoidianas.
“Fabrica em falência”

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8
Q

No hipertireoidismo primário/periférico, onde está afetando a doença?

A

Problema da Tireóide em si!

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9
Q

No hipertireoidismo Secundário, onde está afetando a doença?

A

Problema é no eixo! Problema é secundário a problemas no hipotálamo ou hipófise

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10
Q

Qual o distúrbio e qual a topografia?

↑TSH e ↑ T4 e T3

A

Hipertireoidismo secundário (problema na hipófise ou no hipotálamo)

problema “central”

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11
Q

Qual o distúrbio e qual a topografia?

↓TSH e ↑ T4 e T3

A

Hipertireoidismo primário/periférico (problema na glândula em si)

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12
Q

Doença de Graves faz hiper ou hipotireoidismo?

A

Hiper!

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13
Q

Qual a fisiopatologia do hipertireoidismo da doença de Graves?

A

Doença autoimune que anticorpo TRAb estimula receptores de TSH, hipertrofiando a glândula e aumentando hormônios tireoidianos.

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14
Q

Sintomas inespecíficos de doença de graves/hipertireoidismo:

A
  • Agitação, polifagia, ↑peristalse, Osteoporose
  • Pele úmida e quente
  • HAS divergente, taquicardia sinusal, fibrilação atrial
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15
Q

Sinais específicos no exame físico de doença de graves:

A
  • Bócio difuso
  • Exoftalmia de graves
  • Mixedema pré-tibial
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16
Q

Paciente com suspeita de doença de graves pela sua história.
Como eu faço o diagnóstico?

A

Clínica sugestiva (bócio + exoftalmia) + Labs (Hipertireoidismo primário TSH↓ e T4↓ ) = Diagnóstico sem mais nada.

Se dúvida, pode-se dosar Anticorpo TRAb
Pode-se fazer USG e Cintilografia de tireoide como diagnóstico diferencial de nódulo quente.

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17
Q

Paciente com suspeita de doença de graves pela sua história. Tem bócio + olhos esbugalhados.
Como eu trato esse paciente por medicamentos?

A

Medicamentoso: antitireoidianos + Betablock
- Metimazol (1ª escolha): Inibe TPO
- Propiltiouracil (PTU): Inibe TPO e desiodase

Beta block: Propranolol

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18
Q

Quais são as duas opções de drogas anti-tireoidianas?

A
  • Metimazol (MMZ)
  • Propiltiouracil (PTU)
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19
Q

Paciente com HD de Doença de graves (hipertireoidismo).

Quando indicar iodoablação nesses pacientes?

A
  • Refratariedade no tto medicamentoso (1-2 anos)
  • Efeito colateral ou alergia aos medicamentos
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20
Q

Qual o efeito grave mais preocupante pelo uso de drogas anti-tireoidianas?

A

Agranulocitose (“febre + dor de garganta” por ↓leucócitos)

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21
Q

Paciente com HD de Doença de graves (hipertireoidismo).

Contraindicações para a Iodoablação:

A
  • Gestantes e lactentes
  • Oftalmopatia de graves grave
  • Bócio muito volumoso (>50ml)
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22
Q

Paciente com HD de Doença de graves (hipertireoidismo).

Quando indicar Cirurgia?

A
  • Se contraindicação para drogas anti-tireoidianas (gestantes e hepatopatas) e para iodoablação (gestantes e exoftalmopatia)
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23
Q

Paciente com HD de Doença de graves (hipertireoidismo).

Como funciona o preparo pré operatório?

Qual a função do lugol?

A

6 semanas antes, iniciar MMZ ou PTU
+
10 dias antes, iniciar Lugol

A função do lugol é proporcionar o efeito Wolff-Chaikoff

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24
Q

O que é a crise tireotóxica?

A

Paciente que foi exposto à fator precipitante (Infecção, radio/iodoablação ou TTO irregular) que faz uma tireotoxicose grave, causando disfunção orgânica. Apresenta elevada mortalidade.

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25
Quais são os fatores precipitantes de uma Crise Tireotóxica?
- Infecção - Radio/Iodoablação - Tratamento para hipertireoidismo feito de forma irregular.
26
Como tratar uma crise tireotóxica?
Propiltiouracil + Betablock + Iodo após 2 horas + Hidrocortisona
27
O que é a Doença de Plummer?
Qualquer nódulo solitário quente de tireóide, maior que 3cm, que produz T3 e T4 em grande quantidade.
28
Paciente com exame de USG de tireóide com nódulo de 4 cm. Realizado cintilografia que identificou hipercaptação deste mesmo nódulo. Diagnóstico: Conduta:
Adenoma de Plummer Conduta: Iodoablação (1ª opção) ou Tireoidectomia parcial
29
Paciente mulher, de 55 anos, já acompanhava previamente em ambulatório por múltiplos nódulos em tireoide, de características benignas. Vem em consulta hoje com laboratoriais: ↑T4 e ↓TSH. Cintilografia com captação multonodular HD: Conduta:
HD: Bócio multinodular Tóxico CD: - Tireoidectomia total > Iodoablação
30
Sobre as complicações de tireoidectomias: - Qual é a mais temida? - Qual é a mais grave? - Qual é a mais frequente?
Mais temida: Hematoma cervical Mais grave: Dano de nervo laríngeo recorrente Mais frequente: Hipoparatireoidismo transitório
31
Paciente com doença de graves foi submetido à tireoidectomia total. Evoluiu com aumento de volume de região de ferida operatória em região cervical. HD: CD:
HD: Hematoma cervical CD: Abertura da incisão + traqueostomia
32
Paciente com doença de graves foi submetido à tireoidectomia total. Evoluiu com roquidão e aumento da quantidade de engasgos. QUal a complicação e qual a estrutura acometida?
Dano de nervo laríngeo recorrente
33
Paciente com doença de graves foi submetido à tireoidectomia total. Evoluiu com Hipocalcemia, parestesias e cãimbras. Sinal de Chevostek e Trousseau positivos. HD: Conduta:
HD: Hipoparatireoidismo transitório CD: Reposição de cálcio - carbonato VO se leve/moderado - gluconato IV se Chevostek/Trouseau positivos
34
O que é o sinal de Chevostek?
Espasmo facial após percussão de região zigomática da face. Hipocalemia grave!
35
O que é o sinal de Trousseau?
Espasmo de mão (carpopedal) após insuflação de mangito braquial
36
Qual arritmia mais comum no hipertireoidismo?
Taquicardia sinusal
37
Os critérios de Burch-Wartofsky são usados para o diagnóstico de qual emergência?
Crise tireotóxica
38
Paciente com doença de graves, descompensada, com história de Stent em coronárias. EF: Taquicardia, retração palpebral (exoftalmia de graves), tremores, pele quente e úmida, aumento de volume cervical. Qual conduta não é uma boa opção agora e porquê?
Não fazer iodoablação por conta da exoftalmia de graves que pode piorar com o iodo.
39
Gestante com Hipertireoidismo de Graves. Quais opções de tratamento temos?
Primeiro, Iodoablação é contraindicada. Temos a opção da Cirurgia, que é bastante invasival. Pode-se usar as Drogas anti-tireoidianas (MMZ e PTU). - 1º tri usar o PTU - 2º e 3º tri, usar o MMZ
40
Principal causa de Hipotireoidismo:
Doença de Hashimoto (Tireoidite crônica de Hashimoto)
41
Hipotireoidismo primário, Hipotireodismo secundário e hipotireodismo terciário: órgãos acometidos
Primário: Tireóide Secundário: Hipófise Terciário: Hipotálamo
42
Paciente comparece com aumento de de T3 e T4L. Apresenta cintilografia com baixa captação e RAIU <5%. HD:
Tireoidite subaguda
43
Paciente comparece com aumento de de T3 e T4L. Apresenta cintilografia com alta captação e RAIU >20%. HD:
Doença de Graves
44
O que é a Tireoidite subaguda de Quervein?
Clínica: Dor cervical após 1-3 semanas de infecção viral TTO: Aine +- Corticóide
45
Qual o anticorpo mais comum na doença de Hashimoto? Quais são os outros que podem estar positivos também?
Mais comum e importante: Anti-TPO Outros: Anti-TG, TRAb Bloqueador
46
Células de Askanazy: o que é isso?
Células após fibrose presentes na tireoidite crônica de Hashimoto;
47
Tratamento de hipotireoidismo de Hashimoto:
Levotiroxina T4: 1,6micrograma/kg/dia
48
Quando tratar o hipotireoidismo subclínico?
- Anti-TPO Positivo - Gestante ou desejo de engravidar - TSH >10 - <65 anos com ↑ risco cardiovascular + TSH >7 - Sintomas francos de hipotireoidismo
49
Paciente se apresenta com nódulo na tireóide: Sequência de passos até o diagnóstico
1. Dosar TSH (se baixo -> próxima etapa) 2. Cintilografia (se nódulo frio -> próxima etapa) 3. USG (características suspeitas -> PAAF
50
Quais características do USG de tireóide nos levantam a suspeita de câncer?
Hipoecóico, vascularização central, Mais alto do que largo, Irregular e com microcalcificações, se estende para fora da tireóide e pega outras estruturas adjacentes
51
Classificação de Bethesda:
Classificação de Bethesda para Nódulo de tireóide: I - Insatisfeito: Repetir PAAF II - Benigno III - Indeterminado: Repetir PAAF IV - Câncer folicular: operar V - Suspeito para malignidade: operar VI - Maligno: operar
52
Câncer de tireóide: tipos
Bem diferenciados: - Papilífero - Folicular Mal diferenciados: - Medular - Anaplásico
53
Qual o tipo de câncer de tireóide mais comum:
Papilífero
54
Principal fator de risco para câncer de tireóide:
Irradiação prévia
55
Corpos psamomatosos: Qual doença?
Câncer de tireóide Papilífero
56
Conduta no câncer papilífero de tireóide:
<1cm: Tireoidectomia parcial >1 cm ou <15 anos: Tireoidectomia total
57
Paciente feminina de 14 anos, em acompanhamento com a endócrino por nódulo em tireóide. Teve diagnóstico de Câncer papilífero de tireóide. Conduta:
Tireoidectomia **Total**, por ser jovem.
58
Paciente feminina de 20 anos, em acompanhamento com a endócrino por nódulo em tireóide. achado em PAAF: Bethesda IV, com invasão capsular e vascular. HD:
Carcinoma folicular de tireóide
59
O que é o carcinoma de células de Hurthle?
Variante do carcinoma folicular de tireóide, mais agressivo e com menor diferenciação. Conduta é tirar toda a tireóide
60
Paciente feminina de 14 anos, em acompanhamento com a endócrino por nódulo em tireóide. Teve diagnóstico de Câncer papilífero de tireóide. Realizou tireoidectomia total Condutas para o seguimento pós-op:
1. Repor levotiroxina 2. Iodoablação 3. Dosar tireoglobulina e realizar USG seriado 4. (se aumentar dose de tireoglobulina, pedir cintilografia de corpo inteiro)
61
Conceitos importantes do Carcinoma Medular de tireóide:
- Alvo: células parafoliculares (Produtoras de calcitonina) - Pode ter componente familiar (Oncogene RET) - Se oncogene, pesquisar familiares de 1º grau para realizar tireoidectomia profilática.
62
Paciente feminina de 30 anos, em acompanhamento com a endócrino por nódulo em tireóide. Teve diagnóstico de Câncer medular de tireóide. Conduta:
Pesquisar Oncogene RET em familiares para eleição de tiroidectomia profilática. Tireoidectomia total + Linfadenectomia + dosagens de calcitonina após.
63
Paciente feminina de 30 anos, em primeira conduta com queixa de nódulo em região cervical. Nega sintomas ou história importante pessoal nem familiar. EF: Nódulo móvel, fibroelástico de 1,5cm, sem linfonodos palpáveis. Qual o primeiro passo diagnóstico?
Dosagem de TSH + Avaliação por USG do nódulo
64
Paciente feminina de 30 anos, em primeira conduta com queixa de nódulo em região cervical. TSH veio baixo. Próxima conduta:
Cintilografia ou RAIU-24h para confirmar nódulo quente
65
Dentre os tipos de câncer de tireóide, qual deles pode ter o diagnóstico feito por meio da PAAF?
Apenas no Papilífero! os outros apenas por análise histopatológica
66
Posso fazer o diagnóstico de câncer folicular por meio da PAAF?
Não. Apenas por histopatológico
67
Qual tipo de câncer de tireóide tem melhor prognóstico?
Carcinoma Papilífero (P de Primeiro) é o mais comum e melhor prognóstico
68
Paciente feminina de 30 anos, em primeira conduta com queixa de nódulo em região cervical. TSH veio baixo. Cintilografia veio nódulo quente. Próxima conduta:
Adenoma tóxico (doença de Plummer)! TTO: Iodoablção ou Tireoidectomia
69
Qual a principal causa de hiperparatireoidismo primário?
85% dos casos: Adenoma solitário de uma paratireóide
70
Principais causas de Hiperparatireoidismo secundário:
DRC Hipovitaminose D
71
Com relação ao Cálcio, como o PTH e a Calcitonina agem? Qual tira Cálcio do osso e joga no sangue?
PTH: Aumenta a calcemia tirando cálcio do osso Calcitonina: Endurece o osso, colocando o cálcio no osso.
72
Como o paratormônio atua na vitamina D?
PTH ativa a enzima alfa-1-hidroxilase, ativa a vitamina D (1,25-oh-Calciferol -> Calcitriol)
73
Como está o PTH e o Cálcio no: - Hiperparatireoidismo primário: ______________ - Hiperparatireoidismo secundário: _____________
Como está o PTH e o Cálcio no: - Hiperparatireoidismo primário: PTH ↑, Ca↑ - Hiperparatireoidismo secundário: PTH ↑, Ca↓ a falta de cálcio aumenta o PTH!
74
Diagnóstico laboratorial de hiperparatireoidismo primário:
Dosagem de PTH, Cálcio e Fósforo: PTH: ↑ Cálcio: ↑ Fósforo: ↓
75
Clínica de hiperparatireoidismo primário:
- Osteoporose / fraturas - Hipercalcemia: Fraqueza muscular - Nefrolitíase, nefrocalcinose, DRC - Poliúria - ↓ intervalo QT
76
Quando operar no hiperparatireoidismo primário?
Pacientes **sintomáticos** ou com lesão de "órgão-alvo" - Osteoporose ou fratura prévia já - DRC atual ou iminente - Jovem (<50 anos) - Cálcio estourado (>1mg do LSN) - Hipercalciúria, nefrolitíase ou ClCr <60
77
Paciente com hiperparatireoidismo primário por adenoma. é sintomático e tem indicação de cirurgia. Como prosseguir?
Realizar exame de imagem: US + cintilografia (00TC-Sestamibi) e tirar glândula acometida pelo adenoma
78
Fórmula de correção de cálcio pela albumina:
Cálcio real = Cálcio lab + 0,8x(Albumina normal - albumina real)
79
Paciente com hipercalcemia em exame laboratorial. Como conduzir a partir deste momento?
Solicitar PTH! - PTH ↑ = Hiperparatireodismo primário! (geralmente paciente de meia idade, estável, ambulatorial, BEG) - PTH ↓ = Malignidade ou Hipervitaminose D
80
Tratamento de crise de hipercalcemia:
1) Hidratação venosa vigorosa 2) inibidor de reabsorção óssea (Bifosfonado, denosumabe) 3) Calcitonina ("dose única") 4) Glicocorticóide se tumor ou hipovitaminose D Em pacientes refratários: Hemodiálise