Transplante de fígado Flashcards
(22 cards)
Indicações
qualquer insuficiência hepática grave, aguda ou crônica
segunda indicação mais frequente de transplante de fígado no Brasil.
Esteato-hepatite não alcoólica
Falência hepática aguda
caracterizada por:
Perda abrupta da função hepática
1. icterícia < 8 semanas
2. coagulopatia grave
3. eleveação das aminotransferases
4. encefalopatia
única neoplasia sólida em que o transplante tem papel significativo
carcinoma hepatocelular
CHC - 90% dos casos ocorrem em
fígados cirróticos
CHC - Critérios de Milão
- lesão ≤ 5cm ou no máximo 3 nódulos ≤ 3 cm, e sem invasão vascular importante
Model for End-Stage Liver Disease (MELD)
fundamentação (3)
- INR
- Creatinina sérica
- Bilirrubina Total
Há situações em que se deve realizar o transplante mesmo se MELD ≤ 15?
- prejuízo na qualidade de vida
- risco de morte por doença neoplásica.
Exemplos de indicação MELD ≤ 15
(6)
- Encefalopatia hepática persistente
- Ascite refratária
- Prurido intratável
- Hepatocarcinoma dentro dos critérios de Milão
- Doenças metabólicas (como paramiloidose)
- Colangites de Repetição
contraindicação do transplante hepático (Tx) em pacientes cuja sobrevida estimada após o transplante seja inferior a
50% no período de 1 ano.
Contra-indicações Absolutas
(4)
- Doença maligna extrahepática
- Infecção ativa
- Doença cardiovascular grave
- HIV + com contagem CD4 muito baixa (< 100)*
- Baixa aderência a prescrições ou orientações médicas
Contra-indicações relativas
(5)
- Idade avançada (>70 a)
- Múltiplas co-morbidades
- Anatomia cirúrgica complexa
- Caquexia
- Obesidade Mórbida
A cirurgia do receptor no transplante hepático ocorre em três fases principais
isquemia fria, isquemia quente e reperfusão
Isquemia Fria - Refere-se ao período em que o fígado doado está
fora do corpo humano e armazenado em solução de preservação a frio (normalmente entre 0-4°C).
*recomenda-se menos de 12 horas para fígados ideais
Isquemia Quente - Representa o período entre a
retirada do fígado da solução de preservação e a sua revascularização dentro do corpo do receptor.
caso o paciente sobreviva aos 12 primeiros meses após o transplante (período em que costumam aparecer as principais complicações), este indivíduo terá
uma sobrevida muito semelhante
a de um indivíduo normal
Hepatectomia do doador
incisão para a captação de múltiplos órgãos inicia na
fúrcula esternal, prolongando-se até o púbis
Hepatectomia do doador
passos seguintes à incisão
- Avalia-se o enxerto hepático quanto à coloração, à textura e à presença de lesões
- dissecção e o reparo da aorta supracelíaca e infrarrenal, bem como da veia mesentérica superior
Hepatectomia do doador
Após a identificação das estruturas do pedículo hepático, é feita
- anticoagulação plena do doador com heparina (300 UI/kg)
- canulação da aorta infrarrenal e da veia mesentérica superior
- aorta supracelíaca é ocluída com clampe vascular
iniciando a perfusão dos órgãos intra-abdominais com solução específica
Hepatectomia do doador
Assim que retirado, o enxerto é
reperfundido em bancada com 500 mL na veia porta e 500 mL na artéria hepática, e devidamente acondicionado dentro de sacos plásticos estéreis e armazenado à
temperatura de 4 °C
Cirurgia do receptor
incisão de
Mercedes
Cirurgia do receptor
técnica (piggyback)
aborda-se (8)
- pedículo hepático, ducto cístico e a via biliar principal
- veia cava
- dividem-se os ramos venosos entre o lobo caudado e a veia cava, deixando-a
fixada ao fígado doente apenas pelas veias supra-hepáticas - anastomose da veia cava supra-hepática do enxerto com o óstio das veias supra-hepáticas do receptor
- secciona-se a veia porta
- anastomosa-se a veia porta (terminoterminal)
- anastomosa-se a artéria hepática comum do enxerto com a artéria hepática própria do receptor,
- anastomose da árvore biliar costuma ser feita de maneira terminoterminal,