UERJ - Ginecologia e Obstetrícia Flashcards
(45 cards)
Para tratar úlceras genitais na suspeita de infecção sexualmente ativa, sem exames laboratoriais
disponíveis, algumas características devem ser levadas em conta para o manejo da lesão, segundo o
fluxograma do Ministério da Saúde. Uma delas é a evidência de:
a) lesões vesiculosas ativas
b) sintomas dolorosos incipientes
c) linfonodos inguinais aumentados
d) bordas sangrativas à manipulação
A
Mulher de 33 anos, com dismenorreia desde a menarca e diagnóstico de endometriose, encontra-se
em uso de contraceptivos hormonais. Apesar de bom controle da dor, deseja interromper o uso do
medicamento para engravidar. A ressonância de pelve evidenciou cisto ovariano característico de
endometrioma de aproximadamente 8cm. Nesse caso, deve-se:
a) realizar drenagem guiada por ultrassonografia
b) manter contraceptivo até regressão do cisto
c) indicar cistectomia videolaparoscópica
d) iniciar medicação antigonadotrópica
C
Mulher de 38 anos realizou biópsia de colo uterino que evidenciou carcinoma escamoso. Ao examinála, verifica-se uma lesão de 6cm limitada ao colo, não acometendo a vagina. A ressonância magnética de pelve não evidenciou comprometimento parametrial ou linfonodal. A indicação terapêutica é de:
a) laparotomia exploradora
b) histerectomia radical
c) conização clássica
d) radioquimioterapia
D
Adolescente de 17 anos, em amenorreia primária, comparece à unidade básica de saúde com
ultrassonografia evidenciando ausência de útero. As características sexuais secundárias são normais.
Um provável diagnóstico é:
a) hiperplasia adrenal congênita
b) agenesia de ductos de Müller
c) disgenesia gonadal pura
d) mutação de gene SRY
B
Mulher de 40 anos, com desejo de gestar, apresenta sangramento irregular intermitente e procura
unidade básica de saúde com laudo histopatológico, indicando hiperplasia endometrial com atipias. Uma
opção terapêutica para esse diagnóstico é:
a) sistema intrauterino de levonorgestrel
b) ablação endometrial histeroscópica
c) morcelação uterina laparoscópica
d) histerectomia subtotal abdominal
A
Idosa de 76 anos comparece à consulta, solicitando informações de quando deve realizar nova
mamografia. A última foi há dois anos. Deve-se explicar que nessa faixa etária, em relação ao rastreamento para câncer de mama, a recomendação do Ministério da Saúde é de:
a) aumentar o intervalo de rastreamento
b) fazer rastreamento por ressonância
c) oferecer rastreamento opcional
d) interromper o rastreamento
D
Mulher de 40 anos comparece ao ambulatório de patologia cervical com laudo de citologia, indicando
células glandulares atípicas, não podendo afastar lesão de alto grau. A colposcopia é satisfatória e
normal. Nesse caso, a conduta recomendada é:
a) colher nova citologia e realizar ultrassonografia transvaginal
b) solicitar exames pré-operatórios e indicar conização clássica
c) prescrever estrogênio tópico e repetir a colposcopia após o uso
d) curetar o canal cervical e iniciar antibioticoterapia polimicrobiana
A
Mulher, com queixa de incontinência urinária, apresentou exame urodinâmico, evidenciando perda de
pressão à manobra de Valsava de 20cmH2O. De acordo com esses achados, o provável diagnóstico é:
a) bexiga neurogênica
b) defeito esfincteriano
c) hipermobilidade uretral
d) hiperatividade detrusora
B
Jovem de 24 anos chega ao serviço de saúde relatando estar grávida de 8 semanas, após ter sofrido
violência sexual, e desejando interromper a gravidez. Não realizou nenhum boletim de ocorrência e não
possui ordem judicial, tendo apenas passado por atendimento em unidade de saúde na época da
violência. Ela deve ser informada de que tem direito ao aborto:
a) após início de ação penal e notificação policial
b) mediante realização de boletim de ocorrência
c) com apresentação de autorização judicial
d) sem procedimento policial ou judicial
D
Mulher de 32 anos, em acompanhamento no ambulatório de infertilidade, apresenta diagnóstico de
baixa reserva ovariana. É diabética do tipo 1. Nega cirurgias prévias. Na história familiar, sua mãe teve a
menopausa aos 39 anos. A ultrassonografia transvaginal demonstra cisto ovariano anecoico de 4cm.
Nesse caso, o fator de risco para baixa reserva ovariana é:
a) menopausa materna precoce
b) diabetes mellitus do tipo 1
c) ovário com cisto anecoico
d) idade superior a 30 anos
A
Mulher de 32 anos, GIIIP0AII, procura emergência ao apresentar sangramento vaginal, tipo “borra de
café”, em pequena quantidade. Refere Beta HCG, há três dias, no valor de 145mUI/mL. Ao exame
especular, observa-se sangramento escurecido em fundo de saco vaginal sem saída ativa pelo orifício
externo do colo. Ao toque vaginal, verificam-se útero intrapélvico e colo uterino fechado. Na emergência,
é realizada ultrassonografia transvaginal que demonstra útero em AVF, com endométrio medindo 28mm,
sem imagem compatível com saco gestacional; corpo lúteo à esquerda e anexos sem alterações; e novo
Beta HCG no valor de 554mUI/mL. Diante desse quadro clínico, o diagnóstico é:
a) mola hidatiforme
b) gestação ectópica
c) gestação em curso
d) abortamento incompleto
C
A asma é uma doença crônica que acomete em torno de 10% da população de mulheres jovens e,
consequentemente, pode complicar a gestação. Sobre o manejo da asma na gestação, é correto afirmar que:
a) os inibidores de leucotrieno podem ser administrados para controle da crise aguda
b) o uso de derivados da ergotamina é contraindicado em virtude do risco de broncoespasmo
c) o uso de β2 agonistas deve ser evitado em virtude do aumento de risco de taquicardia fetal sustentada
d) a corticoterapia antenatal para maturação pulmonar fetal pode ser dispensada nas pacientes com uso
crônico de corticosteroides
B
A ultrassonografia é um método seguro e amplamente difundido de avaliação fetal. A indicação para
a realização do exame no primeiro trimestre é:
a) avaliação de volume de líquido amniótico
b) definição de inserção placentária
c) diagnóstico de corionicidade
d) estimativa de peso fetal
C
Gestante foi admitida na 29ª semana de gravidez com queixa de dor em baixo ventre e perda de
líquido. Ao exame obstétrico, apresentava metrossístoles 2/10’/20”, AFU = 27cm, BCF = 144bpm. Toque
vaginal com colo em centralização, 70% apagado, 2cm dilatado, apresentação cefálica, líquido claro sem
grumos. Iniciada ampicilina, azitromicina, betametasona e sulfato de magnésio, a paciente permaneceu
internada em vigilância clínica materna e fetal. Com 34 semanas de gestação, foi encaminhada para indução do parto. A medicação que deve ser repetida, nesse caso, é:
a) ampicilina
b) azitromicina
c) betametasona
d) sulfato de magnésio
A
A endocardite infecciosa é uma doença com mortalidade em torno de 25%, sendo importante a
administração de antibioticoprofilaxia nos casos indicados. Entre as indicações de profilaxia para
endocardite infecciosa durante o parto, é correto citar:
a) tetralogia de Fallot
b) coarctação da aorta
c) cardiomiopatia dilatada
d) aneurisma de septo interatrial
A
O adequado seguimento pré-natal da gestante que convive com HIV é uma estratégia importante não
só para diminuição do risco de transmissão vertical como também para redução de complicações na
gestação. Com relação ao acompanhamento da gestante que convive com o HIV, é correto afirmar que:
a) a vacinação para Influenza e Hepatite B deve ser evitada em pacientes com CD4 abaixo de 200
células/mm3
b) em pacientes em uso prévio de terapia antirretroviral e com carga viral indetectável, a medicação deve
ser suspensa no primeiro trimestre em função do risco de teratogenicidade
c) pacientes com amniorrexe prematura antes de 34 semanas podem ter a conduta expectante com
antibioticoterapia de latência e corticoterapia oferecida independente da carga viral
d) em pacientes com hemorragia puerperal em uso de inibidores de protease, o manejo obstétrico deve
utilizar derivados de ergotamina, visto que o misoprostol aumenta o risco de isquemia
C
Gestante, na 30ª semana, é atendida na emergência com quadro de confusão mental, ataxia e
nistagmo, com início desde o 4º mês de gravidez. Familiares referem que ela não possuía nenhuma
comorbidade, tendo tido múltiplos atendimentos no início da gestação por quadro de vômitos com perda
ponderal de aproximadamente 10kg. Diante do quadro, a principal hipótese diagnóstica é:
a) síndrome de Guillain Barré
b) encefalopatia de Wernicke
c) esclerose múltipla
d) myasthenia gravis
B
Paciente GIIIPIIAI, com 37 semanas e 5 dias de gravidez, é admitida na emergência com queixa de
perda líquida há duas horas. Refere hipertensão arterial crônica em uso de 750mg/dia de metildopa. Ao
exame de admissão, apresenta metrossístoles 1/10’/35”, BCF de 144bpm, movimentação fetal ativa. Ao toque
vaginal, observa-se colo posterior, 50% apagado, 2cm dilatado, cefálico, líquido tinto de mecônio. A imagem a
seguir refere-se à cardiotocografia realizada na admissão:
VIDE IMAGEM
Nesse caso, a desaceleração encontrada no exame está relacionada à:
a) hipertensão arterial crônica
b) compressão do polo cefálico
c) presença de líquido meconial
d) rotura prematura de membranas ovulares
D
A hemorragia puerperal é a segunda causa de morte materna no Brasil, estando atrás apenas dos
distúrbios hipertensivos. Entre as causas para hemorragia pós-parto, a principal é:
a) atonia uterina
b) restos placentários
c) distúrbios da coagulação
d) lacerações do canal de parto
A
Os distúrbios hipertensivos são a principal causa de morbimortalidade na gestação e os responsáveis
por grande parte dos partos prematuros no mundo. Sobre os distúrbios hipertensivos na gestação, é correto afirmar que:
a) em pacientes com pré-eclâmpsia leve, a terapia anti-hipertensiva deve ser iniciada visando reduzir os
riscos de episódios de hipertensão severa, internação neonatal e prolongamento da gestação
b) na pré-eclâmpsia, observa-se elevação de níveis séricos de fatores antiangiogênicos e redução de fatores
angiogênicos, o que pode preceder em semanas o aparecimento das manifestações clínicas da doença
c) em pacientes com incisura bilateral de artérias uterinas, identificada na dopplerfluxometria de segundo
trimestre, é indicada a profilaxia com aspirina em baixas doses, visando reduzir o risco de pré-eclâmpsia
d) em pacientes com eclâmpsia, o controle da crise convulsiva deve ser realizado com benzodiazepínico,
como droga de primeira escolha, seguida da administração de sulfato de magnésio para profilaxia de
convulsões recorrentes
B
Mulher de 38 anos comparece à consulta de ginecologia para mostrar resultado de exame preventivo
com seguinte laudo:
“Amostra satisfatória. Microbiologia:
Candida albicans.
Células glandulares atípicas
de significado indeterminado”.
Nega sintomas de odor, prurido ou secreção vaginal. A conduta
recomendada pelo Ministério da Saúde é:
a) solicitar exame de imagem e encaminhar para colposcopia
b) solicitar exame de imagem e repetir o exame em 6 meses
c) tratar candidíase e encaminhar para colposcopia
d) tratar candidíase e repetir o exame em 6 meses
A
Mulher de 53 anos comparece à consulta, informando parada espontânea da menstruação com
sintomas de fogachos há dois anos. Relata ter desejo de iniciar terapia de reposição hormonal. Trouxe
mamografia com laudo de categoria BI-RADS 2. É diabética com controle glicêmico adequado (hemoglobina glicada < 7), sem outras comorbidades. Nesse caso, deve-se recomendar utilização de:
a) estrogênios sistêmicos isolados
b) androgênios sistêmicos isolados
c) estrogênios associados a androgênios sistêmicos
d) estrogênios associados a progestogênios sistêmicos
D
Mulher de 58 anos realizou mamografia de rastreamento, com laudo BI-RADS 5, evidenciando nódulo espiculado de limites imprecisos de aproximadamente 2cm. Ao exame, apresenta nódulo endurecido com retração do complexo areolopapilar. A conduta proposta é a realização de:
a) ressonância nuclear magnética
b) biópsia por agulha grossa
c) tumorectomia
d) mastectomia
B
Mulher de 24 anos comparece à consulta, relatando relação sexual desprotegida há 48 horas, quando se encontrava no 9º dia do ciclo menstrual. Refere ciclos menstruais regulares com intervalos de 30 dias. Não utiliza contraceptivo hormonal, por ter história familiar de tromboembolismo. Deseja saber se
pode utilizar contraceptivo hormonal de emergência. A recomendação é:
a) não iniciar, pois deveria ter sido utilizado em até 24 horas após a relação
b) iniciar na época prevista para ovulação, entre o 14º e o 15º dia do ciclo
c) iniciar o mais cedo possível, durante as próximas 24 horas
d) não iniciar, pois há história familiar de tromboembolismo
C