VITALIDADE FETAL Flashcards

(39 cards)

1
Q

Fisiologia da vitalidade fetal - sist. cardiovascular:

A
  • 4 comunicações que fecham após o nascimento (essenciais p/ vida intrauterina):
    1) Cordão umbilical:
  • 2 artérias: rico em CO2 e volta p/ placenta (s/ oxigenado)
  • 1 veia: rico em O2 e vai p/ feto (oxigenado)
    2) Ducto venoso:
  • Comunica: via umbilical e veia cava inferior
    3) Forame oval
  • Comunica: átrio direito e o átrio esquerdo
    4) Canal arterial
  • Comunica: artérias pulmonares e a aorta descendente
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2
Q

Fisiologia da vitalidade fetal - SN autônomo:

A
  • Regula FCF
  • Totalmente efetivo: 3º trimestre
  • Parassimpático: diminui a FCF
  • Simpático: aumenta FCF e a variabilidade
  • Ao longo da gestação:
    1) FCF tende a ir diminuindo
    2) Variação da FCF tende a ir aumentando
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3
Q

Sofrimento fetal (hipóxia aguda) - causas:

A
  • TP de fetos c/ insuf. placentária (DMG/DHEG)
    1) Aumento do gasto energético no TP pode predispor à hipóxia aguda
  • Hipovolemia/hipotensão materna
  • Taquissistolia
    1) Contrações consecutivas uterinas que não dão espaços p/ relaxamento e oxigenação
  • Compressão funicular/prolapso de cordão
  • Deslocamento prematuro de placenta
  • Rotura uterina
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4
Q

Sofrimento fetal (hipóxia aguda) - alterações da FCF:

A
  • Hipóxia dos núcleos da bases que controlam o SNA:
    1) Diminuição da variabilidade
    2) Taquicardia
    3) Desacelerações
    4) Bradicardia
    5) Óbito fetal
  • Melhor exame p/ avaliar: CARDIOTOCOGRAFIA
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5
Q

Sofrimento fetal (hipóxia crônica) - causas:

A
  • Interrupção paulatina da O2 (altera pouco a FCF, só no final da gestação)
    1) Hipertensão materna
    2) DMG
    3) Colagenases
    4) Trombofilias
    5) Gestação múltiplas/pós-datismo
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6
Q

Sofrimento fetal (hipóxia crônica) - alterações da dopplervelocimetria e USG na hipóxia crônica:

A
  • Alterações na tentativa de compensar a hipóxia:
    1) Aumento da resistência da art. umbilical
    2) Diminuição da resistência da ACM
    3) Aumento da resistência do ducto venoso
    4) Diminuição do L.A
  • Melhor exame: DOPPLERVELOCIMETRIA obstétrica
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7
Q

Fisiopatologia da hipóxia:

A
  • Estresse: def. de O2 e nutrientes
  • 1ª resposta adaptativa:
    1) Diminuição do crescimento fetal
  • 2ª resposta adaptativa:
    1) Conservar energia: diminui MF e a reatividade cardíaca
    2) Redistribuição circulatória (centralização):
  • Diminui resist. da ACM
  • Aumenta resist. da artéria umbilical e aórtica
  • Descompensação progressiva:
    1) Hipóxia -> ác. respiratória -> ác. metabólica
    2) Fluxo diastólico ausente ou reverso da artéria umbilical
    3) Diminuição do L.A -> oligoâmnio
    4) Ausência: MF, reatividade e variabilidade da FCF
    5) Desacelerações tardia persistentes
  • Morte fetal
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8
Q

Métodos de avaliação da vitalidade fetal:

A

Mais simples (todas as gestantes):
- Ausculta cardíaca fetal intermitente
- Mobilograma

Mais complexos (gestantes de risco):
- Cardiotocografia anteparto e intraparto
- Dopplervelocimetria obstétrica
- Perfil biofísico fetal
- Avaliação do L.A
- pH fetal (padrão-ouro p/ acidose - usado em estudo)

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9
Q

Ausculta cardíaca fetal intermitente:

A
  • Sonar Doppler (12s) ou estetoscópio de Pinard (16s)
  • Avaliação da vitalidade fetal: pré-natal e no parto
  • Parto:
    1) Fase ativa: 15-30 min
    2) Fase expulsiva: 5-10 min
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10
Q

Mobilograma:

A
  • Avaliação materna dos mov. fetais FEITO PELA GESTANTE
  • < 20s: muito difícil sentir a movimentação
  • Gestante de baixo risco: a partir de 34s
  • Gestante de alto risco: a partir de 26s
  • < 10 mov/dia: procurar serviço de emergência
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11
Q

Cardiotocografia - aspectos gerais:

A
  • Exame mais utilizado p/ avaliar vitalidade fetal
  • Registra: FCF, contrações e movimentos fetais
  • Identificação indireta de hipóxia do SNC
  • Realizar a partir de 24-26 semanas
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12
Q

Cardiotocografia - indicações:

A
  • Doenças maternas: hipertensão arterial, diabetes, colagenoses
  • Doenças fetais: doença hemolítica, infecções congênitas
  • Uso de ocitocina ou prostaglandinas
  • Analgesia do parto
  • Líquido meconial
  • Taquissistolia
  • Febre intraparto
  • Alterações da ausculta fetal intermitente
  • Hemorragia vaginal
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13
Q

Cardiotocografia - parâmetros:

A

Dividido em 2 partes: FCF e contrações uterinas
- 01 quadradinho:
* Vertical: 10 batimentos cardíacos fetais
* Horizontal: 30 segundos
- Movimentação é marcada por setas

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14
Q

Cardiotocografia - linha de base:

A
  • Medida da FCF em 10 minutos
  • Excluir variações: FC > 25 bpm (aceleração)
  • Valores de referência
    1) Normal: 110-160 bpm (já que é realizado no 3ºT)
    2) Bradicardia: < 110 bpm
    3) Taquicardia: > 160 bpm
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15
Q

Cardiotocografia - variabilidade da linha de base:

A
  • Flutuação da FCF na linha de base
  • Amplitude entre o pico e o nadir da FCF (desconsiderando variações - aceleração e desaceleração
  • Regulada pelo SN autônomo - sinais de hipóxia
  • Variabilidade da linha de base:
    1) Normal ou moderada: 6-25 bpm
    2) Variabilidade mínima: < 6 bpm
    3) Variabilidade ausente: indetectável
    4) Variabilidade aumentada: > 25 bpm
  • Padrão sinusoidal: variabilidade de ondas fixas e regulares em forma de sinos - HIPÓXIA GRAVE
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16
Q

Cardiotocografia - acelerações transitórias:

A
  • IG > 32 semanas
    1) Aumento da FCF > 15 bpm por > 15s e < 2 minutos
  • IG < 32 semanas
    1) Aumento da FCF > 10 bpm por > 10s e < 2 minutos
  • Indica ótima vitalidade fetal, mas no anteparto não indica sofrimento na sua ausência
17
Q

Cardiotocografia - desacelerações:

A
  • Quedas periódicas da FCF > 15 bom por > 15s
  • Se queda FCF > 10 min = mudança da linha de base
  • Tipos de desacelerações:

1) Precoces (não indica hipóxia) - DIP I:
° Coincide com contração uterina (trabalho de parto)
° Queda gradual e simétrica
° Duração > 30s

2) Tardias (alterações patológicas - hipóxia) - DIP II:
° Inicia após decalagem da contração (trabalho de parto)
° Queda gradual e simétrica
° Duração > 30s

3) Variáveis (vistas foras do trabalho de parto) - DIP III:
° Não apresenta relação temporal c/ as contrações
° Queda é abrupta (< 30s)

18
Q

Desacelerações precoce - fisiologia:

A
  • Contrações uterinas
  • Compressão do polo cefálico
  • Aumento da pressão intracraniana
  • Resposta vasovagal (SNA parassimpático)
  • Desaceleração precoce
19
Q

Desacelerações precoce - fisiopatologia:

A
  • Contrações uterinas
  • Diminuição da circulação uteroplacentária
  • Feto: uso O2 do espaço interviloso
  • Espaço interviloso: pO2 diminuído
  • Hipóxia fetal
  • Desaceleração tardia
20
Q

Desacelerações variáveis - fisiologia:

A
  • Compressão funicular (cordão umbilical)
  • Hipóxia temporária fetal temporária
  • Desaceleração
  • PREOCUPA quando é frequente: hipóxia deixa de ser temporária e passa a ser persistente
21
Q

Contrações uterinas:

A
  • Importante é correlacionar com a FC
  • > 5 contrações/10 min: taquissistolia
22
Q

Mnemônico p/ interpretar a CTG:

A
  • Dr: Definir risco (TP, ocitocina, risco alto)
  • Co: Contrações
  • Ni: Nível = linha de base
  • V: Variabilidade
  • A: Aceleração
  • D: Desaceleração
  • O: Orientação/Conduta
23
Q

CTG anteparto:

A
  • De repouso
    1) Ativo: todos os parâmetros normais + pelo menos 2 desacelerações
    2) Hipoativo: pelo menos 2 parâmetros normais
    3) Inativo: nenhum ou apenas 1 parâmetro normal
  • Com estimulo (sonoro): se hipoativo ou inativo
    1) Reativo: aumenta FCF > 20 bpm por > 3 min
    2) Hiporreativo: aumenta FCF < 20 por < 3 min
    3) Não reativo: ausência de aumento dos BCF
24
Q

CTG intraparto:

A

Indicação: gestante c/ alto risco de hipóxia
- Categoria 1: normal
- Categoria 2: indeterminada (tudo que não categoria 1 e não é categoria 3)
- Categoria 3: sugestiva de hipóxia fetal

25
CTG intraparto - Categoria I (normal):
- TODOS os critérios abaixo: 1) Linha de base 110-160 bpm 2) Variabilidade moderada 3) Ausência de desacelerações tardias ou variáveis 4) Acelerações podem ou não estar presentes 5) Desacelerações precoces podem ou não estar presentes
26
CTG intraparto - Categoria III (sugere hipóxia):
- Variabilidade ausente OU mínima E: 1) Bradicardia OU 2) Desacelerações tardias recorrentes OU 3) Desacelerações variáveis recorrentes OU
27
Medidas de ressuscitação intrauterina:
Melhorar oxigenação: 1) Decúbito lateral 2) Suspender uterotônicos (ocitocina, misoprostol) 3) Suspender puxos dirigidos 4) Hidratação EV 5) Máscara de O2 Redução da atividade uterina: 1) Suspender uterotônicos 2) Hidratação venosa 3) Administrar uterolíticos (terbutalina) - se refratário às outras medidas
28
Medidas de ressuscitação intrauterina:
Aliviar a compressão do cordão umbilical: - Mudança de posição materna - Suspender puxos dirigidos - Amnioinfusão - Elevação do polo cefálico: compressão de cordão - prolapso de cordão Corrigir hipotensão materna - Mudança da posição materna - Hidratação endovenosa - Administração de efedrina
29
Conduta:
- CTG alterada: medidas de ressuscitação intrauterina - Melhora do padrão da FCF: 1) Manter a gestação - Não melhora do padrão da FCF: 1) Resolução da gestação: * Parto vaginal operatório * Cesárea de emergência
30
Dopplervelocimetria obstétrica - aspectos gerais:
- Mede: velocidade do fluxo sanguíneo dos vasos uterinos, placentários e fetais - Avalia: hipóxia fetal crônica * Diminuição gradativa da oferta de O2 e nutrientes * Respostas adaptativas: RCIU, centralização, reduz MF - Gestantes com risco ou suspeita de insuf. placentária
31
Doppler - vasos avaliados:
- A. uterina: 1) Circulação uteroplacentária 3) Avalia: invasão trofoblástica deficiente 2) Prediz: P.E e RCUI - A. umbilical: 1) Circulação feto-placentária 2) Avalia: insuficiência placentária e hipóxia 3) 1º território a ser avaliado na insuf. placentária - Artéria cerebral média (vaso fetal): 1) Circulação do território arterial fetal 2) Centralização hemodinâmica fetal (resposta compensatória) - Ducto venoso: 1) Circulação do território venoso fetal 2) Alterações indicam acidemia fetal (comprometimento de órgãos nobres e sofrimento fetal)
32
Bases biofísicas:
- Índice de pulsatilidade (IP): S-D/M - Índice de resistência (IR): S-D/S - Relação sístole-diástole (S/D): S/D * Índices elevados: ALTA RESISTÊNCIA 1) Sístole: é o pico da onda (velocidade máxima) 2) Diástole: é o nadir da onda (velocidade mínima) 3) Média: ponto equidistante entre o pico e o nadir
33
Indicação de dopplervelocimetria:
- Risco ou suspeita de insuf. placentária: * Hipertensão arterial, diabetes, colagenoses, trombofilias, cardiopatia materna, RCIU, gestação múltipla - Predição de pré-eclâmpsia - Rastreamento de anomalias cromossômicas - Acompanhamento de anemia fetal (doença hemolítica perinatal e infecções congênitas)
34
Dopplervelocimetria - Artéria uterina:
- Artéria fora da cavidade amniótica (é materna) - Baixa resistência (diástole cheia) - baixo IP e IR - Importante p/ passar sangue p/ o feto - Alteração da artéria uterina: 1) Decorre da invasão trofoblástica deficiente (maior resistência - IP > p95) 2) Risco de pré-eclâmpsia e RCF 3) Incisura protodiastólica: exclusiva da a. uterina
35
Dopplervelocimetria - Artéria umbilical:
- Avalia circulação feto-placentária (1º território a ser alterado na insuf. placentária) - Baixa resistência (diástole cheia) - baixo IP e IR - Alteração (insuficiência placentária): 1) Aumento da resistência: maior IP e IR > p95 2) Diástole ausente (não está passando nada) 3) Diástole reversa (está voltando sangue)
36
Dopplervelocimetria - Artéria cerebral média
- Avaliar o território ARTERIAL do feto - Observada SE ALTERAÇÃO da artéria umbilical - Alta resistência (diástole pequena) - IP e IR altos - Alteração: resposta adaptativa à insuf. placentária: 1) Dilatação: diminui resistência (diástole cheia) - IP e IR diminuídos < p5 - "centralização hemodinâmica fetal" 2) Indica: hipóxia fetal importante
37
Dopplervelocimetria - Ducto venoso
- Avaliar o território VENOSO do feto - Avaliada após centralização fetal - Baixa resistência (onda A cheia) - IP e IR baixos - Alterações: 1) Onda A pequena (IP e IR altos), ausente ou reversa 2) Alteração: IP > 1,0 ou 1,5 (varia c/ literatura) 3) Indica RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO (indica acidose fetal) 4) Se não fizer nada: óbito fetal
38
Perfil biofísico fetal - aspectos gerais:
- Avalia aspectos agudos e crônicos de hipóxia fetal - Indicação: gestação de alto risco de hipóxia - Variáveis: 1) Hipóxia aguda: FCF, movimentos respiratórios, movimentos corporais e tônus 2) Hipóxia crônica: volume do L.A - Junção: USG e CTG
39
Perfil biofísico fetal - ação da hipóxia:
- Hipóxia fetal afeta os parâmetros na seguinte ordem: 1) FCF 2) Movimentos respiratórios 3) Movimentos corporais 4) Tônus - A ordem é inversa ao desenvolvimento embrionário: tônus, mov. corporais, mov respiratórios e FCF