vol 1 Flashcards

Doenças do esôfago, estômago e duodeno (192 cards)

1
Q

3 características principais da acalásia

A

1) Déficit de relaxamento do EEI
2) Graus variados de hipertonia do EEI
3) Substituição total da peristalse normal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Principal sintoma da acalásia

A

Disfagia de condução para sólidos e líquidos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Acalásia é uma lesão pré maligna. Qual o tipo histológico de CA mais ligado?

A

Carcinoma escamoso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Um achado na radiografia de tórax encontrado na acalásia

A

Nível hidroaereo no mediastino

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Esofagografia baritada na acalásia

A

Megaesôfago + sinal do bico de pássaro + contrações não peristálticas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Classificação de Rezende para acalásia

A

I) Forma anectásica - <4 cm
II) Esôfago discinético - 4 a 7 cm
III) Esôfago francamente dilatado - entre 7 e 10 cm
IV) Dolicomegaesôfago - maior que 10 cm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Achados da esofagomanometria na acalásia

A

Não relaxamento do EEI + graus variados de hipertonia + aperistalse

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Dois diagnósticos diferenciais importantes da acalásia

A

Carcinoma estenosante distal (pseudoacalásia) e estenose peptica. Todo paciente com suspeita de acalásia deve fazer biópsia do esôfago distal e da cárdia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Principal causa de acalásia no Brasil

A

Idiopática. A segunda é doença de Chagas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Tto da acalásia de acordo com a classificação de Rezende

A

Grau I → tto medicamentoso (nitrato SL ou nifedipina 10mg VO 6/6h)
Grau II → tto endoscópico (dilatação pneumática ou toxina botulínica)
Grau III → miotomia a Heller
Grau IV → esofagectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Em que consiste a miotomia a Heller?

A

Secção das camadas longitudinal e circular da musculatura lisa do esôfago distal. É uma técnica utilizada no tto da acalásia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Principal diagnóstico diferencial do espasmo esofagiano difuso?

A

IAM

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quadro clínico do espasmo esofagiano difuso

A

Dor retroesternal + disfagia para líquidos e sólidos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Principal achado no esofagograma baritado no espasmo esofagiano difuso

A

Esôfago em saca-rolha

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Principal exame diagnóstico para acalásia e espasmo esofagiano difuso

A

Esofagomanometria

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Achados na esofagomanometria no espasmo esofagiano difuso

A

Contrações prolongadas, de grande amplitude (>120mmHg) e repetitivas → mais de 30% das contratações devem ser assim

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

A esofagomanometria no espasmo esofagiano difuso pode ser simples?

A

Não. Deve ser realizada com provocação → betanecol (vagomimético) ou edrofônio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Tratamento espasmo esofagiano difuso é feito principalmente com:

A

Ansiolíticos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais anomalias do arco aórtico podem ser responsáveis por obstrução extrínseca do esôfago?

A

Artéria lusória e artéria pulmonar esquerda anômala

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

O que é “artéria lusória”?

A

Anomalia do arco da aorta que tem origem na aorta descendente e comprime a PAREDE POSTERIOR do esôfago

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Em que consiste o achado de ARTÉRIA PULMONAR ESQUERDA ANÔMALA?

A

Artéria anômala que se origina diretamente da art pulmonar direita e comprime a PAREDE ANTERIOR do esôfago (passa entre ele e a traqueia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Conduta em pacientes com achado de artéria pulmonar esquerda anômala:

A

Tto cirúrgico mesmo em pctes assintomáticos. A maioria pode evoluir com estenose vascular e traqueal progressiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Pcte com achado de artéria lusória necessita de tratamento cirúrgico?

A

Se assintomático não necessitam de intervenção cirurgica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quadro clínico das membranas e anéis esofágicos:

A

Disfagia seletiva para sólidos e pode haver disfagia AGUDA para líquidos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
O que é anel de Schatzki?
Membrana localizada no esôfago terminal, sua etiologia é desconhecida.
26
Qual o quadro clínico de pacientes portadores do anel de Schatzki?
Afagia intermitente: +/- a cada 3 meses se apresenta na emergência com "bolo" alimentar impactado no terço inferior do esôfago
27
Conduta no pcte com crise de AFAGIA AGUDA
``` Não forçar o vômito (risco de ruptura esofágica) Adm glucagon (1mg EV) → relaxa agudamente o esôfago SE NÃO FOR EFICAZ: endoscopia de emergência (+ IOT com proteção de VA) ```
28
Síndrome de Plummer-Vinson ou Patterson-Kelly
Membranas no esôfago superior ou médio em pctes com anemia ferropriva grave (com glossite atrófica e coiloníquia)
29
Tto definitivo para membranas/anéis esofágicas
Ruptura mecânica com dilatador endoscópico
30
≠ entre anel de Schatzki e outros tipos de anéis esofágicos?
No anel de Schatzki a mucosa acima da área estreitada é de epitélio escamoso e abaixo é de epitélio colunar
31
Diferencie divertículo verdadeiro, pseudodivertículo e divertículo intramural
Verdadeiro → herniação de todas as camadas da parede Pseudidivertículo → herniação da mucosa e submucosa através da muscular ("buraco na mm") Divertículo intramural → herniação da mucosa para camada mm, não ultrapassa o limite externo do órgão
32
Quais os mecanismos fisiopatológicos para formação dos divertículos esofágicos?
Tração → "repuxamento" por processo de retração inflamatória no mediastino (TB, histoplasmose etc) Pulsão → decorrentes de dismotilidade esofagiana. Quase todos os divertículos esofagianos são pseudodivertículos de pulsão.
33
Definição de divertículo de Zenker
Pseudodivertículo formado pela herniação da mucosa hipofaríngea através do triângulo de Killian
34
Qual o nome da região da parede posterior da faringe distal que é caracterizada por ser um ponto de fragilidade no esôfago?
Triângulo de Killian
35
Definição de triângulo de Killian
Região entre as fibras oblíquas do mm faríngeo inferior e o mm cricofaríngeo (EES) → onde ocorre a formação do divertículo de Zenker.
36
Fisiopatologia da formação do divertículo de Zenker?
↑ pressões intraluminais (dismotilidade) + região muscular enfraquecida
37
Quadro clínico do divertículo de Zenker
Geralmente assintomático. Quando sintomático → halitose, regurgitação ou broncoaspiração do conteúdo do divertículo. Podem surgir sintomas respiratórios: tosse, broncoespasmo e PNM de repetição
38
Tto do divertículo de Zenker
Geralmente espectante. Em alguns casos é necessária esofagomiotomia cervical. A diverticulectomia só é necessária em divertículos >2cm
39
Em que consiste o procedimento de Dohlman?
Técnica utilizada no tto do divertículo de Zenker. Utiliza o stapler endoscópico, formando um canal comum entre o divertículo e o esôfago. Indicado para divertículos >2-5 cm.
40
Mecanismos de formação dos divetículos médio-esofágico
Podem ser formados por TRAÇÃO e PULSÃO (possuem um caráter de dismotilidade esofagiana associado)
41
3 exames que devem ser realizados na investigação diagnóstica de um pcte com Divertículos Médio-Esofágico?
TC de tórax → buscar doença mediastinal responsável (mecanismo de tração) EDA → avaliar presença de fístula esofagobrônquica adquirida Manometria → identificar distúrbios da motilidade esofagiana
42
O que são divertículos epifrênicos?
Divertículo de pulsão próximos ao EEI (repousam sobre o diafragma)
43
Com quais condições o divertículo epifrênico está associado?
Acalásia e espasmo esofagiano difuso
44
Pce com divertículo epifrênico e esofagomanometria SEM distúrbio motor. Em qual condição devo pensa?
Síndrome de Ehlers-Danlos (doença genética do colágeno)
45
Qual o principal tumor benigno do esôfago?
Leiomioma
46
Tto dos leiomiomas esofágicos
Todos devem se ressecados, exceto quando <2cm
47
Qual a diferença entre pirose e azia?
Pirose → queimação retroesternal ascendente | Azia → queimação epigástrica
48
A esofagite erosiva relacionada à DRGE é fator de risco para qual subtipo histológico de CA?
Adenocarcinoma de esôfago
49
Qual a principal manifestação clínica da DRGE?
Pirose
50
O que é esôfago de Barret?
Presença de metaplasia intestinal (epitélio estratificado normal substituído por epitélio colunar) nos 2/3 distais do esôfago.
51
Esôfago de Barret é um fator de risco para...
Adenocarcinoma. O epitélio metaplásico pode evoluir com displasia progressiva das células o que pode resultar em transformação neoplásica maligna.
52
3 mecanismos que podem originar o refluxo gastroesofágico
1) Relaxamento transitório do EEI não relacionado à deglutição 2) Hipotonia verdadeira do EEI 3) Hernia de hiato
53
Qual o mecanismo patogênico mais comum da DRGE?
Relaxamento transitório do EEI não relacionado à deglutição
54
Na DRGE, o que explica o mecanismo de relaxamento transitório do EEI não relacionado à deglutição?
Reflexo vagovagal anômalo estimulado pela distensão gástrica
55
3 condições que podem causar hipotonia verdadeira do EEI
1) Esclerose sistêmica 2) Lesão cirúrgica do EEi (esofagomiotomia a Heller) 3) Tabagismo 4) Drogas anticolinérgicas ou miorrelaxantes (agonista beta adrenérgico, nitratos, antagonistas do Ca) 5) Gestação
56
Como se caracteriza o quadro clínico de um pcte com DRGE + hernia de hiato?
A DRGE tende a ser mais grave e há maior probabilidade de esofagite erosiva e esôfago de Barret
57
Quais são os mecanismos de defesa contra o refluxo gastroesofágico?
Bicarbonato salivar e peristalse esofagiana
58
O que é o "acid pocket" na DRGE?
Suco gástrico produzido no fundo do estômago fica "boiando" por cima do bolo alimentar, quando ocorre o refluxo é responsável pela maior intensidade ácida (pós-prandial)
59
O melhor teste confirmatório para DRGE é a pHmetria?
Não. Nos pacientes com sintomas típicos e sem sinais de alarma, o melhor teste confirmatório é a PROVA TERAPÊUTICA.
60
Quais são os sintomas típicos da DRGE?
Pirose e regurgitação (percepção de fluido salgado ou ácido na boca)
61
Quais os sintomas atípicos da DRGE?
Sintomas extraesofagianos: erosão do esmalte, irritação da garganta, sensação de globus, rouquidão, sinusite crônica e otite média
62
Sintomas na DRGE que chamam atenção para possibilidade de CA?
Disfagia com caráter rapidamente progressivo (semanas ou meses) e coexistência de outros sinais de alarme como perda ponderal, sengue oculto nas fezes e anemia
63
Hipóteses diagnósticas para pctes com DRGE e disfagia rapidamente progressiva versus disfagia de curso insidioso
Disfagia rapidamente progressiva → CA (+ perda ponderal) | Disfagia de curso insidioso → estenose péptica
64
3 diagnósticos diferenciais para DRGE
Esofagite eosinofílica, úlcera péptica gastroduodenal, doença coronariana, distúrbios motores do esôfago
65
Pcte com pirose pelo menos 1x por semana por no mín 4-8 sem. Qual exame devo pedir?
Nenhum. Nesse caso o principal teste confirmatório é a prova terapêutica (redução sintomática <50% após 1-2 sem de IBP)
66
Indicações para EDA em pctes com suspeita ou diagnóstico de DRGE
1) Sinais de alarme (disfagia, emagrecimento, odinofagia, anemia, sangramento TGI) 2) Sintomas refratários ao tto 3) Idade >55a 4) Hst familiar de CA, presença de náuseas e vômitos, sintomas intensos
67
Qual o achado mais comum na EDA em pctes com DRGE?
A EDA geralmente é nomal.
68
V ou F: EDA é obrigatória para o diagnóstico de DRGE.
Falso. A presença ou não de alterações não guarda relação clínica em boa parte dos casos.
69
Classificação de Los Angeles
Estadia a gravidade para esofagite de refluxo. Grau A → 1 ou+ erosões <5mm Grau B → pelo menos 1 erosão >5mm Grau C → erosões contínuas acometendo <75% da circunferência luminal Grau D → erosões contínuas acometendo ≥75% da circunferência luminal
70
Pcte com DRGE e EDA demonstrando esofagite erosiva, qual o próximo passo?
Devem ser coletadas biópsias da mucosa esofágica. É imprescindível para o diagnóstico de esôfago de Barret e para pesquisa de displasia/neoplasia no tecido.
71
Qual o método padrão-ouro para a confirmação diagnóstica de DRGE?
pHmetria de 24h
72
Quais as indicações para realização da pHmetria de 24h?
1) Sintomas refratários ao tto 2) Avaliação de sintomas atípicos 3) Documentação da DRGE antes de uma cirurgia antirrefluxo 4) Pctes sintomáticos após cirurgia antirrefluxo
73
Como é estabelecido o diagnóstico de DRGE através da pHmetria de 24h?
Índice de De Meester >14,7 ou pH intraesofagiano abaixo de 4,0 por mais de 7% do tempo
74
Qual o papel da esofagomanometria na DRGE?
Antes da cirurgia antirrefluxo, avaliar a competência motora do esôfago e determinar o tipo de fundoplicatura a ser realizada
75
Principais complicações da DRGE?
Esôfago de Barret, úlcera esofágica e estenose péptica do esôfago
76
Quadro clínico da estenose péptica do esôfago:
Disfagia insidiosa por obstrução mecânica, a pirose (característica da DRGE) pode diminuir ou desaparecer, não há perda ponderal importante.
77
Quando devo suspeitar de asma relacionada à DRGE?
Asma de difícil controle, crises asmáticas que predominam após as refeições, coexistência de sintomas típicos
78
Qual o melhor tto para asma relacionada à DRGE?
Cirurgia antirrefluxo. No tto com IBP a microaspiração do conteúdo refluído continua acontecendo.
79
Qual a principal característica da apresentação clínica do esôfago de Barret?
Pode ocorrer melhora dos sintomas da DRGE com sua instalação
80
Qual a droga de escolha no tto da DRGE infantil?
Bloqueadores do receptor H2 da histamina
81
Quais são as vias neuroendócrinas de estímulo à secreção ácida?
Via da histamina, acetilcolina e gastrina
82
Qual o mecanismo de ação dos IBPs?
Inibem a H+/K+ATPase
83
Drogas de escolha no tto da DRGE?
IBPs
84
Qual IBP possui maior número de interações medicamentosas?
Omeprazol
85
Posologia da Ranitidina
75-150 mg 2x ao dia
86
Cite 3 paraefeitos do uso crônico de IBP
1) ↑ risco de enterocolite infecciosa 2) ↑ risco de pneumonia (gram - entéricos colonizam o estômago e podem ser aspirados) 3) má absorção de Fe, Ca, Mg e vitamina B12
87
Qual cuidado deve ser tomado ao prescrever antiácidos p/ pctes com DRC?
As formulações contendo Mg devem ser evitadas, podem causar hipermagnesemia
88
Em que consiste a fundoplicatura?
Circundar a extremidade inferior do esôfago com um manguito formado pelo fundo gástrico
89
Quais as indicações para realização da cirurgia antirrefluxo?
Refratariedade ao tto clínico e ptes impossibilitados de utilizar IBP a longo prazo
90
Como proceder com pctes obesos que tem indicação de cirurgia antirrefluxo?
Prioritariamente devem ser submetidos à cirurgia bariátrica
91
Conduta em: pcte tratando DRGE com IBP com dose padrão que não responde em 2 semanas.
Dobrar a dose
92
Tto da DRGE em pctes com sintomas leves
Medidas antirrefluxo e tto sob demanda com antiácidos e BH2 (se a frequência dos sintomas for <1x/semana)
93
Em que consiste o tto inicial da DRGE?
IBP em dose padrão (1x dia) por 4-8 semanas
94
Qual o tto indicado para pctes com esôfago de Barret ou estenose péptica "virgens" de tratamento?
Iniciar com a dose dobrada de IBP e não tentar a suspensão da medicação (tentar manter indefinidamente com a menor dose eficaz possível)
95
Conduta no pcte que não evoluiu com recidiva dos sintomas de DRGE após o tto inicial de 4-8 sem
1) IBP em dose padrão indefinidamente 2) Cursos alternados de IBP de 2-4 sem 3) Utilizar IBP sob demanda
96
Conduta nos pacientes refratários ao tto da DRGE com IBP
Realiza EDA e pHmetria de 24h com impedânciometria (a ausência de qualquer refluxo indica distúrbio "funcional" → principal causa de refratariedade)
97
Qual a frequência da EDA com biópsias no pcte com esôfago de Barret sem achado de displasia?
3-5 anos
98
Qual a frequência da EDA com biópsias no pcte com esôfago de Barret com achado de displasia de baixo grau?
6-12 meses ou terapia endoscópica (ablação/ressecção)
99
Qual a conduta no pcte com esôfago de Barret com achado de displasia de alto grau (carcinoma in situ)?
Terapia endoscópica ou esofagectomia
100
V ou F: os bifosfonados são utilizados no tto de pctes com esôfago de Barret
Falso. Os bifosfonados são contraindicados em pctes com esôfago de Barret por estarem relacionados com aumento do risco de CA de esôfago
101
Cirurgia de Toupet e Dor
Fundoplicaturas parciais anterior (Dor) e posterior (Toupet)
102
Epônimo da fundoplicatura completa
Fundoplicatura de Nissen
103
V ou F. As úlceras pépticas podem se formar em um contexto de acloridria.
Falso. A presença de ácido é um pré-requisito para formação de úlcera, nem que seja em um meio com normo ou hipocloridria.
104
Indicações para escolha das fundoplicaturas parciais na DRGE
Dismotilidade esofagiana: menos de 60% das ondas peristálticas completas e/ou pressão das ondas <30mmHg
105
Indicações para erradicação do H. Pylori
1) DUP 2) Linfoma MALT 3) Dispesia não ulcerosa (funcional) 4) Sind dispéptica sem indicação de EDA (c/ testes não invasivos + para H. pylori) 5) Hst de CA gástrico em parente de 1º grau 6) Lesões pré-neoplásicas (gastrite atrófica e metaplasia intestinal) 7) PTI 8) Usuários crônicos de AAS ou AINEs
106
Tto de primeira linha para o H. pylori
IBP (omeprazol 20mg 2x/dia) + claritromicina 500mg 2x/dia + amoxicilina 1g 2x/dia → por 7 dias
107
Tto de segunda linha/resgate para o H. pylori
IBP (omeprazol 20mg 2x/dia) + levofloxacino 500mg 2x/dia + amoxicilina 1g 2x/dia por 10 dias
108
Terapia quádrupla para o H. pylori
IBP (omeprazol 20mg 2x/dia) + sal de bismuto 240mg 2x/dia + amoxicilina 1g 2x/dia + furazolidona 200mg 2x/dia
109
Úlcera de Cameron
Úlcera gástrica na mucosa da porção herniada do estômago
110
Função das células parietais do estômago
Produção do HCl e fator intrínseco
111
Função das células principais do estoômago
Secretam pepsinogênio
112
3 vias de estímulo a secreção ácida no estômago
1) Acetilcolina (vagovagal) 2) Histamina 3) Gastrina
113
No estômago a histamina é produzida pelas células...
Enterocromafim-like
114
Local e nome das células que produzem gastrina
Células G. Se localizam no antro gástrico.
115
Células produtoras de Somatostatina no estômago
Células D. Ficam localizadas no antro gástrico
116
Tipos clínicos de úlcera gástrica
I → na pequena curvatura II → no corpo gástrico + úlcera duodenal III → úlcera pré-pilórica IV → na pqna curvatura (parte alta)
117
Qual o tipo de úlcera gástrica mais comum?
Tipo I. Localizada na pequena curvatura.
118
Úlceras gástricas relacionadas a normo ou hipocloridria
Tipo I e IV
119
Úlceras gástricas relacionadas a hipercloridria
Tipo II e III
120
Drogas relacionadas à DUP
AINEs, bifosfonados, micofenolato mofetil, clopidogrel, anfetaminas, crack e cocaína
121
Quadro clínico típico da úlcera duodenal
Epigastralgia após 2-3h das refeições, aliviada por antiácidos e pela alimentação
122
Quadro clínico típico da úlcera gástrica
Sintomas desencadeados pela alimentação (pode ocorrer tbm a presença de náuseas)
123
Onde se localizam a maioria das úlceras que perfuram?
Parede anterior do bulbo duodenal
124
Qual o local onde mais comumente ocorre sangramento das úlceras pépticas?
Parede posterior do bulbo duodenal (proximidade da art. gastroduodenal)
125
O que é úlcera tenebrante?
Úlcera que perfura e é contida ou "tamponada" por órgão adjacentes
126
Exame padrão-ouro para o diagnóstico de úlcera péptica?
EDA
127
Conduta inicial no paciente com sintomas dispépticos
Investigar para H. pylori com exames não invasivos (teste respiratório da urease) POSITIVO → tto empírico para erradicação da bactéria NEGATIVO → tto empírico com antissecretores por 4 semanas
128
Quando a EDA é indicada na investigação da úlcera péptica
Em pctes refratários os com sintomas recorrentes. | Desde o início da investigação → pctes >45a ou com sinais de alarme
129
Como proceder na EDA com achado de úlcera gástrica?
Colher pelo menos 7 amostras na biópsia. Esse tipo de úlcera deve ter segmento com EDA 8-12 sem após o primeiro exame
130
Quais são os testes invasivos para pesquisa do H. pylori?
Teste rápido da urease do fragmento biopsiado, histopatologia e cultura
131
Qual o método de escolha para pesquisa do H. pylori em ptces que já foram submetidos à EDA?
Teste rápido da urease do fragmento biopsiado
132
Quais são os testes NÃO invasivos para pesquisa do H. pylori?
Sorologia, teste respiratório da ureia e pesquisa do antígeno fecal
133
Qual o método de eleição para o controle de cura do H. pylori?
TRU. Deve ser realizado após 4 sem do término do tto ATB e 2 semanas após o uso do IBP
134
Como prescrever IBP para pactes com alto risco de sangramento digestivo que usam AAS e clopidogrel?
O intervalo recomendado para a adm de clopidogrel e IBP deve ser de 12h. Os IBPs interferem na ação do clopidogrel.
135
O que é a sindrome leite-álcali? Ocorre no uso de qual medicação para DUP?
Hipercalcemia, hiperfosfatemia e calcinose dos rins. Ocorre no uso prolongado de carbonato de cálcio.
136
Qual o mecanismo de ação do sucralfato na DUP?
Forma uma barreira fisico-química que protege a base da úlcera, formando uma película que impede a ação do ác., da pepsina e dos sais biliares.
137
Duas principais indicações para erradicação d H. pylori?
DUP e linfoma MALT
138
Indicações para realizar procedimento cirúrgico em pctes com úlcera:
1) Intratabilidade clínica (não cicatrização após 8-12sem de tto ou recidiva após o término do tto) 2) Presença de complicações
139
O que é necessário para considerar uma úlcera como REFRATÁRIA?
Erradicação do H. pylori confirmada, afastar uso de AINEs, descartar malignidade (principalmente nas úlceras gástricas), excluir o diagnóstico de gastrinoma (solicitar gastrina sérica em jejum)
140
Conduta no ptce com úlcera refratária
Novo tto cm doses mais altas de omeprazol 40mg/dia por 8 semanas → se não houver resposta, pensar no tto cirúrgico
141
Procedimentos cirúrgicos indicados na úlcera duodenal
Vagotomia troncular com piloroplastia, vagotomia troncular com antrectomia e vagotomia superseletiva
142
O que são os nervos de Latarjet?
Ramificações vagais que inervam o fundo e o corpo gástrico. São seccionados na vagotomia superseletiva.
143
Método de piloroplastia mais empregado no tto da úlcera duodenal?
Piloroplastia de Heinecke-Mikulicz
144
Duas complicações da vagotomia troncular com piloroplastia:
Sind de dumping (esvaziamento acelerado de sólidos) e gastrite alcalina/biliar
145
Quais os tipos de reconstrução do trato digestivos podem ser realizados após uma vagotomia com antrectomia?
Billroth I e II. I → gastroduodenostomia II → gastrojejunosstomia com alça ascendente
146
Qual o tipo de reconstrução do transito intestinal é mais utilizada em pctes com úlcera duodenal? Por que?
Billroth II. A escolha da vagotomia troncular com antrectomia geralmente é pela presença de deformação do bulbo duodenal que impede tecnicamente a realização da reconstrução BI.
147
O que é o "nervo criminal de Grassi"?
Ramo do vago localizado prox da junção esofagogástrica → sua preservação na vagotomia superseletiva predispõe à recorrência da úlcera
148
Procedimento de eleição para cirurgia de úlcera duodenal:
Vagotomia superseletiva
149
Tto cirúrgico para úlcera gástrica tipo I de Johnson
Hemigastrectomia + reconstrução BI
150
Tto cirúrgico para úlcera gástrica tipo II de Johnson
Vagotomia troncular + antrectomia + reconstrução BII
151
Tto cirúrgico para úlcera gástrica tipo III de Johnson
Vagotomia troncular + antrectomia + reconstrução BI
152
Tto cirúrgico para úlcera gástrica tipo IV
Cirurgia de Csendes (lesão a menos de 2cm da junção esofagogástrica) → Gastrectomia subtotal + Y de Roux Cirurgia de Pauchet (úlcera localizada a 2-5cm da junção esofagogástrica) → hemigastrectomia com extensão vertical + Y de Roux
153
O que é síndrome de dumping?
Sindrome que ocorre quando a função do piloro é prejudicada (piloroplastia, reconstrução Billroth I e II) por conta do rápido esvaziamento gástrico pós-prandial
154
Caracterize dumping precoce
Ocorre durante ou imediatamente depois de uma refeição. Sintomas vasomotores e gastrointestinais: vômitos, náuseas, rubor facial, diarreia explosiva → distensão duodenal + liberação de hormonios vasoativos
155
Caracterize dumping tardio
Ocorre algumas horas após alimentação, está relacionado à hipoglicemia → hiperinsulinemia reativa
156
Após qual procedimento cirúrgico é + comum o aparecimento de gastropatia por refluxo biliar?
Reconstrução a BII
157
Quadro clínico da gastropatia por refluxo biliar
Dor abdominal contínua, em queimação + vômitos biliosos → sem relação com a alimentação
158
Tratamento da gastropatia por refluxo biliar?
Gastrojejunostomia em Y de Roux
159
Quadro clínico da sind da alça aferente?
Após a alimentação ocorre distensão e dor (alça aferente parcialmente obstruída) + vômitos biliosos em jato seguidos de alívio dos sintomas
160
Quando ocorre a sind do antro retido?
Quando há manutenção de uma região antral após a confecção de uma alça aferente (esta só recebe conteúdo alcalino → estímulo à produção de gastrina) = recorrência da úlcera
161
Qual a complicação mais comum da DUP?
Hemorragia digestiva alta
162
Conduta no paciente com HDA
Estabilização hemodinâmica → passagem de SNG (?) → adm IBP (80mg de omeprazol EV em bolus + infusão contínua de 8mg/h) → EDA dentro de 24-48h
163
Classificação de FORREST
``` Estima o risco de ressangramento da DUP. I → hemorragia ativa Ia) arterial em jato Ib) "babando" II → hemorragia recente IIa) vaso visível Ib) coágulo aderido IIc) hematina na base da úlcera III → úlcera com base clara ```
164
Tto endoscópico na presença de sangramento arterial ativo da DUP?
Administração de epinefrina na base da úlcera + coagulação térmica ou clipes metálicos
165
Tto endoscópico na ausência de sangramento arterial ativo da DUP?
Coagulação térmica ou clipes metálicos
166
Tto cirúrgico da úlcera duodenal perfurada
A úlcera é rafiada e protegida com omento (tampão de Graham)
167
O que é doença de Ménetriér?
Doença de etiologia desconhecida, se caracteriza pelo intenso aumento das pregas da mucosa gástrica.
168
Em que consiste o "estômago em melancia?
Ectasia vascular antral. Presença de dobras eritematosas e riscos anginomatosos lineares. Comum em mulheres idosas (>70a) e em pacientes cirróticos.
169
Padrões clínicos da dispepsia funcional:
1) Dispepsia tipo úlcera 2) Dispepsia tipo dismotilidade 3) Dispepsia tipo inespecífica
170
Procinético recomendado na dispepsia tipo dismotilidade?
Domperidona 10mg 12/12h
171
Em que consiste a Classificação de Lauren?
Diferencia o adenocarcinoma gástrico em dois tipos histológicos → intestinal e difuso
172
Diferencie os subtipos intestinal e difuso do adenocarcinoma gástrico
Intestinal → + diferenciado, melhor prognóstico, + comum no BR, disseminação hematogênica Difuso → tumor indiferenciado, apresenta células em anel de sinete, úlceras infiltradas ou linite plástica na endoscopia, disseminação por contiguidade ou via linfática
173
5 fatores de risco para adenocarcinoma gástrico
1) Dieta com ↑ ingestão de nitrato 2) Anemia perniciosa (gastrite atrófica autoimune) 3) Pangastrite atrófica crônica pelo H. pylori 4) Tabagismo 5) Presença de pólipo gástrico adenomatoso
174
Classificação de Bormann
Classificação macroscópica para adenocarcinoma gástrico. I → Carcinoma polipoide II → Carcinoma ulcerado c/ margens bem delimitadas III → Carcinoma ulcerado c/ margens infiltradas IV → Carcinoma infiltrativo difuso V → não se encaixo nas descrições acima
175
Apresentação mais comum do ca gástrico (pela classificação de Bormann)?
Bormann III → carcinoma ulcerado infiltrante
176
O que é ca gástrico precoce?
Tumor restrito à mucosa e submucosa, in dependente da presença de linfonodos regionais acometidos → chance de cura 85%
177
Linfonodo de Virchow
Linfonodo supraclavicular esquerdo palpável → ca gástrico
178
Linfonodo da irmã Maria José
Linfonodo periumbilical palpável
179
Prateleira de Blumer
Metástase peritoneal palpável ao toque retal→ ca gástrico
180
Tumor de Krukenberg
Massa ovariana palpável (metástase de ca gástrico)
181
Qual a localização mais comum do ca gástrico?
Incisura angular → transição do corpo com o antro gástrico
182
Exame padrão-ouro para estadiamento do ca gástrico?
TC → metástases à distância | USG endoscópica → T e N
183
Qual a indicação da videolaparoscopia no ca gástrico?
Pctes com ca gástrico sem metástases à distância na TC
184
Como é realizado o estadiamento do componente N no ca gástrico?
Só após a cirurgia → ressecção mínima de 16 linfonodos na peça cirúrgica
185
Margem de segurança na ressecção de ca gástrico
5 a 6 cm (8cm no subtipo difuso de Lauren)
186
Caracterize os níveis de ressecção na linfadenectomia profilática regional aa cirurgia curativa do ca gástrico
D1 ou R1 → linfonodos perigástricos até 3 cm das margens do tumor D2 ou R2 → D1 + linfonodos das artérias mais próximas D3 ou R3 → D2 + linfonodos do ligamento hepatoduodenal, cabeça do pâncreas e raiz do mesentério do delgado
187
Indicações da abordagem endoscópica no ca gástrico precoce
1) tumor limitado a mucosa 2) não ulcerado 3) ausência de linfonodo acometido 4) tumor com <2cm
188
Quando está indicada a cirurgia curativa no ca gástrico?
Na ausência de metástases à distância
189
Localização extranodal mais comum dos linfomas
TGI → principalmente estômago (45%) e intestino delgado
190
Dois tipos histológicos mais comuns de linfoma gástrico
Linfoma difuso de grandes células B (um linfoma não-Hodgkin agressivo) e linfoma de baixo grau de linfócitos B da zona marginal (o linfoma MALT)
191
Tto do linfoma MALT do estômago
Erradicação do H. pylori
192
O que é GIST?
Gastrointestinal stromal tumor. Tumor estromal mais comum do TGI. Deriva de células neurológicas autonômicas localizadas na camada muscular → presença do receptor CD 117