vol 2 Flashcards

Diarreia Síndrome desabsortiva Doença intestinal inflamatória (73 cards)

1
Q

Diferencie incontinência fecal de diarreia

A

Na anamnese questionar ao paciente com que frequência ele tem perda involuntária das fezes, se SEMPRE = incontinência fecal

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2
Q

Classificação da diarreia quanto a duração

A

Aguda → <2 sem
Persistente → entre 2 - 4 sem
Crônica → >4 sem

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3
Q

Diferencie diarreia alta e baixa

A

Alta → mais volumosa (perda pode chegar a 10l = choque hipovolêmico)
Baixa → pouca quantidade, maior frequência e associadas à tenesmo

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4
Q

Fórmula GAP OSMOLAR FECAL

A

290 - 2 x (Na + K)

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5
Q

4 exemplos de causa de diarreia osmótica

A

1) Deficiência de lactase
2) Ingestão de soluções hiperosmolares (sorbitol, glicerina, manitol, lactulose)
3) Lesão da borda em escova dos enterócitos
4) Diarreia dos antibióticos

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6
Q

Mecanismo fisiopatológico da diarreia dos antibióticos

A

Osmótico. Redução da flora prejudica a metabolização dos carboidratos em ác graxos de cadeia curta.

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7
Q

A diarreia osmótica cessa com o jejum?

A

Sim, não há diarreia noturna como ocorre nas diarreias secretórias

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8
Q

Gap osmolar fecal na diarreia osmótica

A

Alto (>125 mOsm/l) → a absorção de eletrólitos está normal

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9
Q

4 exemplos de diarreia secretória

A

1) Bactérias produtoras de toxinas
2) Laxativos estimulantes (bisacodil, fenoftaleína)
3) Diarreia dos ácidos biliares
4) Diarreia dos ácidos graxos

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10
Q

Mecanismo fisiopatológico da diarreia dos sais biliares

A

Secretório. Ocorre por absorção parcial no íleo ou quando uma grande quantidade é lançada no TGI (vagotomia troncular, colecistectomia) → sais biliares provocam secreção de cloreto e água no cólon

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11
Q

Substância que melhora a diarreia por sais biliares

A

Colestiramina

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12
Q

Local de reabsorção dos sais biliares

A

Exclusivamente no íleo

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13
Q

Mecanismo fisiopatológico da diarreia dos ác graxos

A

Secretório. Estados de má absorção e supercrescimento bacteriano → os ác graxos são hidroxilados pelas bactérias → se tornam subst secretórias

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14
Q

Gap osmolar fecal na diarreia secretória

A

Baixo (<50 mOsm/l)

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15
Q

Fisiopatologia da diarreia invasiva

A

Lesão direta da mucosa com liberação de citocinas e mediadores inflamatórios → aumentam a secreção e motilidade

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16
Q

O que é a lactoferrina fecal?

A

Marcador de ativação leucocitária → aumentado nas disenterias

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17
Q

4 exemplos de diarreia + esteatorreia

A

1) Crohn
2) Doença de Whipple
3) Dç celíaca
4) Giardíase

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18
Q

Mecanismo da diarreia na síndrome diasabsortiva

A

Secretório (diarreia dos ácidos graxos) + osmótico (deficiência secundária de lactase)

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19
Q

Exemplos de diarreia funcional

A

Síndrome do intestino irritável e diarreia diabética (neuropatia autonômica)

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20
Q

3 fatores que diferenciam diarreia inflamatória da não inflamatória

A

+ de sangue e pus nas fezes, febre e EAF positivo p/ hemácias leucócitos fecais e lactoferrina

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21
Q

Agente etiológico viral da diarreia aguda inflamatória

A

Citomegalovírus

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22
Q

Agente etiológico → protozoárioa da diarreia aguda inflamatória

A

Entamoeba hystolitica

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23
Q

Principais bactérias causadoras de diarreia aguda inflamatória

A

Produtoras de citotoxinas (E. coli enterohemorrágica → EHEC)

Invasoras da mucosa (Shigella, Campylobacter jejuni, E. coli enteroinvasiva, Yersinia enterocolitica etc)

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24
Q

Agentes etiológicos diarreia aguda não inflamatória

A

Noro, rotavírus, Giardia lambia, Cryptosporidium, E. coli enterotoxigênica (ETEC), Clostridium perfringens, S. aureus

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25
Exames inicais para o diagnóstico das diarreias agudas
EAF, coprocultura, pesquisa da toxina do C. difficile (se internação ou uso de ATB) e testes parasitológicos
26
Principais indicações para investigação etiológica de uma diarreia aguda
Diarreia persistente, piora progressiva, adquira em ambiente hospitalar, presença de sinais que indiquem diarreia invasiva
27
Preparação do soro caseiro
1L de água + 3g sal + 20g açúcar → adm 50-200 ml/kg/dia
28
Solução de escolha para reidratação intravenosa na diarreia aguda
Ringer lactato (solução "alcalinizante")
29
Contraindicação ao uso dos antidiarreicos?
Sinais de diarreia invasiva → aumentam a chance de ocorrer síndrome hemolítico-urêmica e megacolon tóxico
30
Indicações de ATB empírico no tto da diarreia aguda
Pctes imunodeprimidos, >8 evacuações por dia, + leucócitos fecais no EAF, disenteria + febre + dor abdominal
31
Em que consiste a Sínd do Cólera Pancreático
(VIPoma, Sínd. de Werner-Morrison) Produção excessiva do peptídeo intestinal vasoativo (VIP) por tumores das ilhas pancreáticas → causa diarreia secretória (aumenta AMPc intracelular)
32
Tto do VIPoma
Tto clínico → octreotide | Tto de cura → retirada cirúrgica
33
Quadro clínico da Síndrome Carcinoide
Diarreia secretória, rubor facial e taquicardia, broncoespasmo e fibrose das valvas do coração direito
34
Etiologia da sind Carcinoide
Tumor carcinoide de células neuroendócrinas produtor de serotonina
35
Por que ocorre diarreia secretória no carcinoma medular de tireoide?
Calcitonina determina a hipersecreção intestinal
36
Exame para screening de doença celíaca
Autoanticorpo anti-transglutaminase tecidual IgA (anti-TGT IgA)
37
Como proceder no caso de + do anti-TGT IgA?
Realizar biópsia duodenojejunal por EDA
38
Doença de Hartnup
Condição genética em que há deficiência na absorção de tiptofanos → quadro semelhante à pelagra
39
Condições em que ocorre esteatorreia a custa de triglicerídeos
Pancreatite cônica e sind. de Zollinger-Ellison
40
Condições em que ocorre esteatorreia a custa de ácidos graxos
Condições em que ocorra ↓ dos ácidos biliares (responsáveis pela formação das miscelas) → Crohn (atinge o íleo distal, levando à deficiência na reabsorção dos ác biliares), cirrose biliar primária, supercrescimento bacteriano (desconjugação dos sais biliares)
41
Por que ocorre esteatorreia na abetaliproteinemia?
Defeito na formação dos quilomicrons → betalipoproteína é um dos principais componentes do quilomicron
42
Por que ocorre esteatorreia na linfangiectasia intestinal?
Os quilomicrons (microagregados com fosfolipídeos, ésteres de colesterol, betalipoproteína e triglicerídeos) são transportados pelos vasos linfáticos intestinais para depois seguirem para corrente sanguínea → havendo impedimento desse trajeto, ocorre esteatorreia
43
Consequências da lesão ou retirada do íleo distal
Anemia megaloblástica e esteatorreia pela deficiência de ácidos biliares
44
Sinal mais característico da síndrome disabsortiva?
Esteatorreia
45
Valor de referência para comprovar esteatorreia no teste quantitativo de gordura fecal:
>7g/dia = esteatorreia
46
Para que serve o teste com corante Sudam III?
É um teste qualitativo para avaliação de gordura nas fezes.
47
Ponto de corte do teste da D-xilose urinária
<5g → alteração de mucosa ou supercrescimento bacteriano | >5g → doença pancreática
48
Em que consiste e pra que serve o teste da bentiromida?
Adm 500mg de bentiromida (peptídeo sintético ligado ao PABA), após 6h avaliar excreção uriná ria da ARILAMINA (PABA é secretado nesta forma) → se <50% = insuficiência pancreática exócrina
49
Pra que serve o teste da secretina?
Diagnosticar insuficiência exócrina do pâncreas (é o teste + sensível)
50
Como é realizado o teste da secretina?
Estímulo com secretina e/ou colecistoquinina e dosagem direta da secreção pancreática por meio de um cateter
51
4 fases do teste de Schilling
1) Cianocobalamina marcada com cobalto radioativo VO + cianocobalamina não marcada IM 2) Cobalamina livre + fator intrínseco 3) Cobalamina livre + extrato pancreático 4) Cobalamina livre + antibioticoterapia
52
Diagnóstico: + de B12 marcada na urina após a adm com fator intrínseco
Anemia perniciosa
53
Diagnóstico: + de B12 marcada na urina após a adm com extrato pancreático
Insuficiência pancreática
54
Diagnóstico: + de B12 marcada na urina após a adm após antibiótico terapia
Supercrescimento bacteriano
55
Utilidade do teste de exalação de xilose marcada?
Diagnóstico de supercrescimento bacteriano. | xilose → gram - → CO2 ↑
56
Teste de exalação de H2 após ingestão de LACTULOSE com H2 exalado >20ppm. O que indica?
Supercrescimento bacteriano
57
Como é realizado o teste da lactulose (exalação de H2) e qual sua utilidade?
Diagnóstico de intolerância à lactose. Adm 25g de lactose VO, se houver ↑ da exalação de H2 comparados aos parâmetros prévios, o diagnóstico é dado.
58
Qual o exame padrão ouro para supercrescimento bacteriano?
Cultura do aspirado do delgado
59
A esteatorreia é um sinal precoce de insuficiência pancreática?
Não, só ocorre quando há menos de 5% de função exócrina
60
Esteatorreia grave pós-gastrectomia é indicativo de:
Supercrescimento bacteriano. A esteatorreia pós-gastrectomia geralmente é leve (<10g/dia)
61
Por que ocorre esteatorreia na sind. de Zollinger-Elison?
O ↑ da secreção gástrica inativa a lipase pancreática
62
Por que ocorre sind disabsortiva no supercrescimento bacteriano?
Ocorre desconjugação dos sais biliares por anaeróbios
63
5 causas de supercrescimento bacteriano
1) Billroth II 2) diveticulose de delgado 3) enteropatia diabética 4) fístula jejunocólica 5) esclerodermia
64
Como estão o FOLATO e a VITAMINA K no supercrescimento bacteriano?
Podem estar ↑, são produzidos pelas bactérias e absorvidos em excesso pela mucosa.
65
Tto de escolha para supercrescimento bacteriano?
Cefalexina + metronidazol
66
________ é a fração tóxica do glúten
Gliadina
67
V ou F: A maioria dos pacientes com doença celíaca tem quadro brando ou atípico.
Verdadeiro. Por isso a demora no diagnóstico.
68
Genes relacionados à resposta imune na doença celíaca
HLA-DQ2 e HLA-DQ8
69
A sind. de má absorção intestinal "completa" é uma apresentação da dç celíaca típica de qual faixa etária?
Crianças pequenas. Geralmente <2 anos, quando estão sendo introduzidos novos alimentos à dieta
70
Manifestações atípicas da doença celíaca
Fadiga, depressão, dermatite herpetiforme, anemia ferropriva refratária
71
Descreva dermatite herpetiforme e a qual doença ela está relacionada?
Doença celíaca. Rash papulovesicular pruriginoso em regiões extensoras, tronco e face
72
Em caso de ↑ suspeição clínica de dç celíaca em pcte com IgA anti-tTG -, como proceder?
Dosar IgA total. Em caso de deficiência seletiva de IgA, realizar IgG anti-gliadina deaminada (IgG anti-DGP)
73
Qual exame utilizar para verificar adesão ao tto na doença celíaca?
Autoanticorpos como IgA anti-tTG, eles avaliam a atividade da doença, são indetectáveis após 3-12 meses de dieta.