Vulvo Vaginites Flashcards

(45 cards)

1
Q

Definição

A

Espetro de condições que causem prurido, ardor, irrtação e/ou corrimento vulvo-vaginal excessivo

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2
Q

Causas mais comuns de vaginites

A

Vaginose bacteriana 22-50%
Candidíase vulvovaginal 17-39%
Tricomoníase 4-35%

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3
Q

Sintomas relacionados

A

corrimento, odor, prurido, irritação, ardor, edema, dispareunia, disúria

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4
Q

Ecossistema normal vulvovaginal

A

Coberta em epitélio pavimentoso estratificado
pH 3,5-4,7
Lactobacilus
Bactérias aeróbias e anaeróbias na concentração 10^8 a 10^9 colónias/mL no rácio de 1:5
Corrimento é normal - muco cervical, transudado vaginal, fluído endometrial, esfoliação de cél pavimentosas

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5
Q

Vaginose Bacteriana

A
  • Infeção polimicrobiana devido a falta de lactobacilos produtores de H2O2 - sobrecrescimento de bactérias anaeróbias G.vaginalis, Mycoplasma hominis, Bacteroides, Peptostreptococcus
  • Corrimento esbranquiçado a amarelado com odor a peixe- Pode levar a irritação vulvar em aprox 25% casos tem pH>4,5
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6
Q

Critérios DX VB

A

Teste amina positivo
Presença de clue cells
Gokd standard - Coloração Gram
3 de 4 critérios- ph>4,5, amina +, clue cells, corrimento branco acizentado anormal

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7
Q

Tratamento de VB

A

Metronidazol oral ou tópico/ clindamicina tópica

Tratamento de parceiros não impede recorrência

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8
Q

Candidíase

A

Fungos aéreos
90% - candida albicans, restantes C.glabrata, C.tropicalis ou Torulopsis glabrata
Não são consideradas de transmissão sexual
Mais comum em grávidas, diabéticas, obesas, imunossuprimidas, com contraceção oral, corticosteróides ou que fizeram AB de largo espetro
Práticas que mantenham a área quente e húmida podem aumentar a prob
Mais comum durante anos reprodutivos pois precisam de tecidos com estrogénio

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9
Q

Sintomas Candidíase

A

prurido, ardor, disúria e dispareunia
Vulva e vagina vermelho vivo (com prob de descamação)
Corrimento espesso, sem odor, tipo queijo fresco com pH 4-5

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10
Q

DX candidíase

A

Blastosporos ou pseudohifas ao MO
ou
Cultura positiva em mulher sintomática
Pode ainda ser classificado em complicado (4 ou + por ano ou sintomas severos ou suspeita/prova de outro organismo não C. albicans ou mulher diabética, com doença grave ou imunossuprimida) ou não-complicado (casos esporádicos ou não frequentes ou sintomas leves a moderados ou suspeita/prova C.albicans ou sem imunossupressão)

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11
Q

TX Candidíase

A

Aplicação vaginal de imidazoles sintéticos como miconazole em creme ou supositório durante 7 dias
Dose única oral fluconazole 150 mg
Terapia oral semanal durante 6 meses com fluco - impede recorrências
Não se recomenda tratamento de parceiros

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12
Q

Tricomoníase

A

Trichomonas vaginalis- protozoário flagelado que vive na vagina, ductos de skene ou uretra
Transmissão por via sexual (piscinas e jacuzis também)
Associado a DIP, gravidez ectópica, infertilidade, endometrite e parto pre-termo
Coexiste normalmente com DST

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13
Q

Sintomas tricomoníase

A

Prurido, ardor, muito corrimento com odor, disúria, dispareunia e hemorragia pós-coito
Corrimento espumoso e liquido, amarelo-esverdeado a acizentado com pH>4,5
Pode haver edema e eritema da vulva
Petéquias podem ser descritas no cérvix ou vagina superior
Muitas assintomáticas

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14
Q

DX Tricomoníase

A

Exame MO das secreções que vão mostrar muitas células epiteliais e trichomonas
Cultura e teste de amplificaçao
Devem fazer rastreio para outras DST - como gonorreia e clamídia

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15
Q

Tratamento Tricomoníase

A

Metronidazole/tinidazole oral
Tratamento recomendado de parceiros
Devem evitar relações até acabar medicação (também abstenção alcoólica)
Associado com rutura pré-termo memb, PPT e peso baixo de nascimento (medicação não impede)

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16
Q

Vaginite atrófica

A

Menos níveis de estrogénio levam a atrofia do epitélio (menos glicogénio e ácido lático - pode também estar associado a perda de elasticidade vaginal)
Mais comum em mulheres pós menopausa (mas pode não ser)
DOENTES PODEM TER: Menos corrimento, secura, prurido, ardor ou dispareunia
pH>4,7
Tratamento com hidratação local ou estrogénios orais/tópicos

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17
Q

Vaginite inflamatória descamatória

A

Normalmente em mulheres peri ou pos menopausa
Corrimento purulento, descamação com ardor e eritema, poucos lactobacilos e sobrecrescimento Gram+ cocos
Tratamento com creme tópico de clindamicina 2% diariamente por 14 dias

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18
Q

Definição de DST

A

Transmitidas por sexo oral, anal e vaginal
Podem ter infertilidade (causa prevenível mais comum), cancro e morte como consequência
Associadas a gravidezes ectópicas
Muitas podem ser assintomáticas inicialmente
20-50% dos doentes com 1 tem coexistência
Inspeção da região inguinal, perineal, perianal, vaginal e colo
Imunização para HPV e Hep B
Tratamento do parceiro é importante para impedir reinfeção

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19
Q

Screening de DST

A

Não-grávidas

  • 24 e mais novas devem ser rastreadas frequentemente para clamídia e gonorreia
  • Mulheres com prob de desenvolvimento
  • dos 13 aos 64 pelo menos 1 x na vida
  • se tem multiplos parceiros, ou parceiro com muitos contactos, história prévia de DST etc devem fazer testes routineiramente
  • 25 e mais velhas, assintomáticas, em risco de desenvolver DST devem rastrear clamídia e gonorreia
20
Q

Chlamydia tracomatis

A
  • D infecciosa mais freq nos EUA
  • se não tratada, cerca de 40% das mulheres vão desenvolver DIP
  • Uretrite e conjuntivite
21
Q

DX Clamidia

A

Pode ser assintomática
Corrimento anormal e hemorragia
cervicite
Infeções ascendentes - salpingite
Doentes com gonorreia devem fazer rastreio de clamídia
CULTURA, IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA, ELISA, NAAT (+ SENSÍVEL) DE COLHEITA ENDOCERVICAL
ADOLESCENTES QUE NÃO QUEIRAM EXAME PÉLVICO, PODEM FAZER URINA

22
Q

TX Clamidia

A

Azitromicina/doxiciclina
Eritromicina/ofloxacina/levofloxacina
Quem não responde- teste 3 a 4 semanas após tratamento inicial
Abstinência durante TX e tratamento de parceiros
Devido a reincidência -teste 3 meses após TX

23
Q

Neisseria gonorrhea

A
2ª mais comum no EUA
- mais homens que mulheres (resistências, assintomáticos e mudança de padrão sexual fez aumentar)
Mais em adolescentes e adultos jovens
DIP!
Pode facilitar transmissão de HIV
Parceiros tratados!
24
Q

DX gonorreia

A

após 3 a 5 dias de infeção, mas há muitos assintomáticos
Corrimento purulento da uretra, ductos skene, cervix, vagina ou anus
TESTE DE AMOSTRAS ENDOCERVICAIS, VAGINAIS OU URINA (CULTURA, HIBRIDAÇÃO, NAAT)
Doentes devem ser testados para clamídia, HIV e sífilis

25
TX gonorreia
TX agressivo! Já não se usa quinolonas Ceftriaxone (IM) + dose oral de azitromicina no mesmo dia Cefixime + azitro oral Se alergia a peni Genta IM + azitro oral Também se deve fazer tratamento de clamídia
26
Herpes genital
Herpes simplex virus HSV1- lesões orais mas também genitais HSV2- genital (maioria)
27
DX HSV
75% assintomáticas 1º episódio mais severo Infeção incial com sintomas parecido à gripe 3-7dias após exposição vesiculas dolorosas na vulva, vagina, colo, perineo e perianais - rebentam e formam ulceras com bordo vermelho Resolvem em 1 semana normalmente Disúria causada por lesões - pode levar a retenção urinária Alguns doentes podem ter meningite assética Fica dormente nos gânglios dorsais CULTURA E PCR, ANTICORPOS SERICOS
28
TX HSV
ANTIVÍRICOS 1º EPISÓDIO ACICLOVIR, VALACICLOVIR OU FAMCYCLOVIR POR 7-10 DIAS Não diminuem a recorrência 8pode ser oferecido terapia supressiva diária) analgésicos quando necessário EM GRAVIDAS TEM QUE SE FAZER RASTREIO, E SE TIVER LESÕES TEM QUE FAZER CESARIANA
29
HPV
80% em muleres sexualmente ativas até aos 50 anos Contacto com genitais infetados, mucosas ou fluídos de parceiros com infeção SÓ INFETA HUMANOS Normalmente assintomáticas Sequelas podem demorar anos 16,18,31,33,45,52,58 -displasia alto grau e cancro
30
Condiloma acuminado
Verrugas moles causadas por HPV - vulva, vagina, cervix, meato uretral, perineo e anus Unicas ou multiplas e provocam poucos sintomas acompanhadas freq por outras DST pode-se fazer confirmação por biópsia TX: QUIMICO, CAUTERIZAÇÃO E IMUNOLÓGICO PODOFILOX, IMIQUIMOD E SINECATECHINS (NÃO DURANTE GRAVIDEZ) CRIOCIRURGIA, EXCISÃO, LASER, INJEÇÕES INTRALESÃO DE INTREFERÃO LESÕES MAIS RESISTENTES EM GRAVIDA, DM, TABACO E IMUNOSSUPRESSÃO CESARIANA SE UITAS LESÕES
31
vacina Displasia cervical
Vacina nonavalente | não substitui o screening cancro
32
Sifilis
em 2001 começou a aumentar outra vez (talvez devido ao uso de não peni para tratar gonorreia) Treponema pallidum - espiroqueta anaerobia (invasão vulva, vagina e cervix) Passagem pela placenta Estadio Primario: ulcera indolor no sitio de infeção 10-60 dias após a mesma bordos enrolados adenopatia pode estar presente Ulcera cura espontaneamente dentro de 3-6 semanas Serologia negativa Estadio secundário: 4-8 semanas após o 1º ulcera rash na palma mãos e solas pés, febre, linfadenopatia, cefaleia, perda ponderal, fatiga, perda cabelo e mialgias Erupção infecciosa em 30% doentes Em areas humidas do corpo pode haver coalescência de papulas formando condilomas Em doentes não tratados - RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA EM 2-6 SEMANAS Estadio Latente: 1 ano após sifilis secundária (inicial) não ha sintomas mas serologia +, pode haver recorrência sintomas latência tardia (>1 ano) é menos contagiosa Estadio terciário: 1/3 dos não tratados (quase não ha transmissão) danos ao SNC e CV + anomalias auditivas e oftálmicas Lesões destrutivas, necróticas e granulomatosas (gomos) podem-se desenvolver 1-10 anos após infeção
33
DX sifilis
Não-treponémicos: VDRL, RPR Treponémicos: Absorção anticorpos treponemico fluorescente, aglutinação particulas T.pallidum, microhemaglutinação de AC de T. pallidum
34
TX sifilis
Benzatina penincilina G Titulação VDRL aos 3,6, 12 meses Ausência de relações até lesões totalmente curadas
35
VIH e SIDA
Retrovirus de RNA afeção cel T cd4 e monócitos 2 tipos HIV Relação sexual, agulhas contaminadas e produtos sanguíneos, transmissão vertical
36
DX e Gestão HIV
AC contra HIV1/2 e antigénio p24 confirmação com antbody differentiation assay Prevenção e quimioterapia (2 a 3 farmacos) em não grávidas tratamento sintomático
37
Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis serotipo L1, L2 e L3 e ha a presença de linfadenopatia inguinal ou femoral em mulheres
38
Donovanose
Transmissão sexual de klebsiella granulomatosis (gram -) - lesões ulcerativas que sangram facilmente
39
Cancroide
Haemophilus ducreyi - ulceras genitais dolorosas 10%também tem HSV e t.pallidum cofator de transmissão para HIV
40
Molluscum contagiosum
Poxvirus molluscum contagiosum altamente infeccioso - pode ser transmitido sexualmente papulas pequenas não dolorosas nos genitais coxas e gluteos Resolvem dentro de 6 meses a 1 ano Crioterapia ou praparações tópicas como TX
41
Sarna e pediculosis pubis
Chatos e sarna - via sexual prurido Permethrin como TX primária e Lindane como 2ª
42
DIP
Infeção do trato genital superior (endometrio, trompas, ovários e peritoneu pélvico) C. trachomatis e N. gonorrhea Outros são mycoplasma, strepto, staphylo, haemophilus, e.coli, bacterioides, peptostrepto, clostridium e actinomyces O muco endocervical (principalmente em alturas de alta progesterona) resiste à propagação - os contracetivos orais imitam este efeito Presença de esperma com motilidade ou DIu podem facilitar a propagação
43
FR para DIP
O maior é DIP prévia Adolescência, Multiplos parceiros, ausencia de preserva, e infeção com organismos causais DX prematuro importante!
44
DX de DIP
Sintomas podem ser não especificos como corrimento ou metrorragia/menorragia Outros mais graves pode ser rigidez mx e SENSIBILIDADE DO COLO Sensibilidade anexial Febre pode estar presente Envolvimento peritoneal pode incluir peri-hepático (sindrome de Fitz-hugh-curtis) Em casos recorrentes pode-se formar abcessos tubo-ováricos CRITERIOS DX SALPINGITE: 1 OU + DOS SEGUINTES -> SENSIBILIDADE COLO AO MOVER, SENSIBILIDADE UTERO, SENSIBILIDADE ANEXOS E 1 OU MAIS DOS SEGUINTES -> T>38.3, CORRIMENTO COLO OU VAGINAL MUCO-PURULENTO, LEUCOCITOSE NO FLUIDO VAGINAL, VSEDIMENTAÇAO ELEVADO, PCR ELEVADO, CULTURA DE NEISSERIA OU CHLAMYDIA
45
TX de DIP
Tratamento empírico em adultas jovens sem outra causa aparente Não-complicada: tx combinada com ceftriaxxone 250 IM e azitro 1gr oral outras cefalos: ceftizoxime, cefotaxime 500mg IM e cefoxitina com probenecid MUITOS DOENTES TEM QUE SER INTERNADOS: Emergência cirurgica, gravidez, não responde a TX, não segue tx, doença grave (náuseas e vómitos ou febre alta), abcesso tubo-ovarico