Neoplasia decorebas Flashcards

1
Q

BENIGNO
MALIGNO
exceção

A
BENIGNO
oma 
lipoma 
MALIGNO
carcinoma - epitelial
sarcoma - mesenquimal 

linfoma e melanoma - malignos

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2
Q

sequência de fatos

A

normal > displasia > metaplasia > neoplasia in situ > neoplasia invasiva > metástase

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3
Q

genética do câncer

A
  1. Protooncogene: sob ação de genes agressores torna-se oncogene
  2. Oncogene: ativação
  3. Instabilidade de microssatélites - repetições sequenciais de nucleotídeos que passam a se instáveis, aumentando ou diminuindo
  4. Genes supressores de tumor : controle da multiplicação e diferenciação celular deixa de ser realizado
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4
Q

ONCOGENE

fatores de crescimento

A

● Aumento na produção e secreção de fatores de crescimento (PDGF, FGF, TGF, HDF) → a ativação de um oncogene codifica um fator de crescimento e isso inicia uma produção muito grande desses fatores. O fator de crescimento liga-se ao seu receptor e isso sinaliza o núcleo, gerando sinais positivos para a divisão celular.

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5
Q

ONCOGENE

mutação ou aumento de receptores FC

A

● Mutações ou aumento na expressão de receptores de FC (RET, c-kit, C-erb-B2, EGFR, PDGF-R) → ocorre um amplificação dos oncogenes que codificam os receptores, levando a uma produção grande desses. Quanto maios a quantidade desses receptores, maior a ativação dos sistemas mensageiros que favorecem a proliferação celular. Um receptor mutado pode continuar agindo mesmo na ausência de FC.

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6
Q

ONCOGENE

mutação em proteínas de transdução

A

● Mutação nas proteínas de transdução que resulta na sua ativação constitutiva (RAS, ABL) → células cancerosas adquirem autonomia de crescimento, essas proteínas acoplam-se ao FC ativado e o transmitem ao núcleo.

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7
Q

ONCOGENE

mutação no fator de transcrição nuclear

A

● Mutação no fator de transcrição nuclear (c-myc, n-myc, l-myc) → mutação que impulsiona a expressão dos genes promotores do crescimento.

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8
Q

ONCOGENE

proteínas reguladoras do ciclo celular

A

● Proteínas reguladoras do ciclo celular superexpressas (ciclina D, ciclina E, CDK4) → proteínas que favorecem a proliferação celular, incapacitam o ponto de controle G1-S, são produzidas em grande quantidade.

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9
Q

ONCOGENE

superprodução do fator que permite apoptose

A

● Superprodução do fator que previne a morte celular → o oncogene ativado codifica o fator Bcl-2, que inibe a morte celular, e passa a ser produzido em grandes quantidades nas mitocôndrias. Isso leva a um bloqueio dos sinais indutores da morte celular programada (apoptose), o que gera uma longevidade inadequada das células.

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10
Q

ONCOGENE

inativação sistemas de reparo do DNA

A

● Perda da atividade nos sistemas de reparo do DNA → ocorre uma mutação no gene que codifica a enzima de reparo do DNA, levando a formação de uma enzima anômala. Quando o DNA é lesado e não reparado, essa lesão persiste nas células filhas, podendo gerar complicações.
As anormalidades das vias de reparo por mutação podem resultar no acúmulo de mutações em diversos genes diferentes nas células afetadas, além de ela apresentar grande variabilidade no número de repetições curtas de nucleotídeos (instabilidade de microssatélite*).
*Uma deficiência hereditária em um gene de reparo causa Síndrome familiar do câncer colorretal sem polipose (Síndrome de Lynch).

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11
Q

*Instabilidade de Microssatélites

A

Os microssatélites são repetições sequenciais de 1-6 nucleotídeos encontrados no genoma.
Em indivíduos normais, a extensão desses microssatélites permanece constante. Porém, em pacientes com Síndroma de Lynch, esses satélites são instáveis e sua extensão aumenta ou diminui.

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12
Q

Genes Supressores do Tumor

A
●	Gene supressor Rb 
●	Gene supressor p53
●	Gene supressor APC 
●	Gene p16 
●	Gene PTEN 
 ●	Gene de Von Hippel-Lindau (VHL)
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13
Q

● Gene supressor Rb

A

Chamado retinoblastoma, é uma neoplasia, recessiva, que ocorre na infância e apresenta-se de 2 formas: hereditária (transmissão autossômica dominante, bilateral e multifocal) ou esporádica (lesão unifocal e unilateral). O produto do gene Rb é uma proteína repressora da divisão celular, e no caso hereditário, a criança herda uma das cópias do gene defeituosa de um dos pais e, em algumas células ocorre mutação no outro alelo do gene, não produzindo a proteína repressora. No caso esporádico, deve ocorrer mutação nos dois alelos.

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14
Q

● Gene supressor p53

A

relacionado a apoptose. A proteína p53 liga-se ao DNA e regula o ciclo celular. As mutações desse gene são as alterações genéticas mais comuns de câncer. Normalmente, a proteína p53 selvagem apresenta um curto tempo de meia vida e não é detectada através de exames, porém quando está mutada apresenta um tempo de meia vida maior e é detectada por exames com anticorpos específicos.

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15
Q

● Gene supressor APC

A

o produto do gene APC está envolvido em adesão, migração e divisão celular. A proteína APC associa-se à β-Catenina e esse complexo junta-se com a Caderina E (essencial para a adesão celular), favorecendo a adesão celular. Em células normais, o complexo APC-β-Catenina estimula a degradação desta. Quando mutado, a proteína APC não se liga a β-Catenina que, não sendo degradada, atua como fator de transcrição e estimula a proliferação celular.
Com perda de APC tem-se o mesmo efeito da estimulação prolongada pelo

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16
Q

● Gene p16

A

inibidor das ciclinas dependentes de quinase (CDKs) e impede a inibição do p53 (mantém a p53 ativa levando a apoptose)

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17
Q

● Gene PTEN

A

ativa BAD favorecendo a apoptose

18
Q

● Gene de Von Hippel-Lindau (VHL)

A

envolvido na regulação da angiogênese tumoral induzida pela hipóxia.

19
Q

carcinogênese viral

A

● Vírus de Epstein-Barr (doença do beijo)
o Linfoma de Burkitt
o Carcinoma nasofaríngeo
● Vírus da hepatite B
o Carcinoma hepatocelular
● Papiloma vírus humano → produz proteínas (E6 e E7) que inativam determinados produtos elaborados pelos genes supressores de tumor, permitindo a evasão das células dos mecanismos de controle do crescimento.
o Carcinoma do colo uterino
o Algumas formas de carcinoma de pele
● Vírus de transformação lenta → insere seu material genético viral no genoma do hospedeiro ao acaso e, se essa inserção ocorrer próxima a um protooncogene, pode transforma-lo em um oncogene.
● Vírus de transformação rápida → já contém um oncogene viral que quando inserido no genoma do hospedeiro se manifesta de uma forma grave.

20
Q

Vírus de Epstein-Barr

A

● Vírus de Epstein-Barr (doença do beijo)
o Linfoma de Burkitt
o Carcinoma nasofaríngeo

21
Q

● Vírus da hepatite B

A

o Carcinoma hepatocelular

22
Q

● Papiloma vírus humano

A

→ produz proteínas (E6 e E7) que inativam determinados produtos elaborados pelos genes supressores de tumor, permitindo a evasão das células dos mecanismos de controle do crescimento.

23
Q

carcinogênese biológica

A

● Agentes biológicos:
o Hormônios → testosterona: usa medicamento para diminuir a testosterona ou impedir sua produção, no câncer de próstata.
Reposição hormonal na menopausa → se a mãe ou irmã já tiverem apresentado câncer de mama ou de endométrio não se faz reposição hormonal, pois pode instigar o desenvolvimento desses carcinomas. Isso ocorre, pois esses tecidos tem receptores de hormônios, que ativam seus crescimentos.
o Bactérias (H. pylori) → uma infecção por essa bactéria leva a uma gastrite crônica que ativa o sistema imune dando origem a uma metaplasia, displasia e depois adenocarcinoma.
● Agentes físicos
o Asbesto
● Fatores dietéticos
o Carnes defumadas, conservantes e corantes
● Condições pré-neoplásicas
o Hiperplasia → as vezes se tirar a causa desaparece, no endométrio é um sinal ruim, e se continuar a ser estimulado pelos hormônios pode se tornar um câncer.
o Displasia → ex: displasia escamosa do esôfago e do colo uterino

24
Q
IMUNIDADE TUMORAL
Células NK 
Vacinas tumorais e uso de citocinas
Transplante de medula 
Pacientes com imunodepressão grave
A imunidade do hospedeiro
A

● A imunovigilância é importante na prevenção e destruição precoce de neoplasias e na erradicação precoce de neoplasias e na erradicação da doença residual microscópica após terapia citotóxica
● Células NK (imunidade inata) são importantes na resposta inicial a alguns neoplasmas
o No melanoma maligno e em alguns tipos de linfoma de células B, a presença de linfócitos (principalmente T) é um indicador de bom prognóstico
● Vacinas tumorais e uso de citocinas podem apresentar eventuais resultados positivos, porem na maioria das situações a resposta imune do hospedeiro é insuficiente para erradicas neoplasias malignas. No entanto, imunoterapia em combinação com a quimioterapia, cirurgia e/ou radioterapia a imunidade do paciente pode ser essencial para eliminar focos microscópicos residuais da doença
o Transplante de medula na Leucemia Mielóide (Doença Enxerto versus Hospedeiro) → os linfócitos do doador começam a destruir as células do hospedeiro que está imunodeprimido, devido a uma quimioterapia prévia. O lado positivo da situação será que os linfócitos do doador estarão destruindo as células cancerígenas
● Pacientes com imunodepressão grave, tanto iatrogênica como causada pelo HIV, apresentam risco aumentado para desenvolvimento de neoplasias.
● A imunidade do hospedeiro pode desempenhar um papel diferente na prevenção de tumores que são induzidos por infecção viral
o Imunização contra HPV e HBV

25
Q

EFEITOS
SISTÊMICOS
LOCAIS

A

● Efeitos Locais podem causar:
o Compressão → do próprio órgão onde esta o tumor ou dos órgãos vizinhos
o Obstrução → como no intestino, pois obstrui a luz
o Ulceração e sangramento
● Efeitos Hormonais → geralmente os tumores benignos que produzem hormônios, pois eles são mais bem diferenciados
o Carcinóide → tumor que produz serotonina
o Struma Ovarii → reproduz a glândula tireoide no ovário, paciente tem os sintomas de hipertireoidismo, é um tipo de teratoma.
o Tumor de células da granulosa → produz estrógeno, em ciranças adianta a puberdade e em mulheres mais velhas pode causar câncer de mama ou de endométrio.
● Caquexia Cancerosa → emagrecimento extremo, fraqueza generalizada, anemia, ausência de apetite e desgaste muscular (consome além do tecido adiposo, o tecido muscular). Isso deve-se a produção de TNF-α, Interferon-γ e Interleucina-6 pelas células tumorais ou pelos macrófagos, que apresentam importante papel no aumento do catabolismo nos tecidos muscular e adiposo.
o Interleucina-6 → aumenta a expressão da ubiquitina lipase (marcador de destruição de proteínas) levando à degradação da cadeia pesada da miosina no proteossoma, o que acarreta uma perda de massa dos músculos esqueléticos.
o TNF-α e Interferon-γ → diminuem a expressão da MioD, consequentemente, a expressão da cadeia pesada de miosina fica diminuída, o que leva à perda de massa dos músculos esqueléticos.
● Síndromes Paraneoplásicas → são alterações hematológicas (anemia), manifestações neuromusculares, manifestações endócrinas. São doenças que aparecem nos indivíduos com câncer, mas que não apresentam uma ligação direta com a neoplasia. São síndromes que não estão relacionadas com efeito de massa, perda de parênquima ou doença metastática. Algumas parecem ser hormonais e estão relacionadas com a produção de citocinas, fatores de crescimento e hormônios pelas células ou estroma do tumor, enquanto outras podem estar relacionadas com fenômenos autoimunes desencadeados pelas células tumorais.

26
Q

Caquexia Cancerosa →

A

emagrecimento extremo, fraqueza generalizada, anemia, ausência de apetite e desgaste muscular (consome além do tecido adiposo, o tecido muscular). Isso deve-se a produção de TNF-α, Interferon-γ e Interleucina-6 pelas células tumorais ou pelos macrófagos, que apresentam importante papel no aumento do catabolismo nos tecidos muscular e adiposo.
o Interleucina-6 → aumenta a expressão da ubiquitina lipase (marcador de destruição de proteínas) levando à degradação da cadeia pesada da miosina no proteossoma, o que acarreta uma perda de massa dos músculos esqueléticos.
o TNF-α e Interferon-γ → diminuem a expressão da MioD, consequentemente, a expressão da cadeia pesada de miosina fica diminuída, o que leva à perda de massa dos músculos esqueléticos.

27
Q

Síndromes Paraneoplásicas

A

● Síndromes Paraneoplásicas → são alterações hematológicas (anemia), manifestações neuromusculares, manifestações endócrinas. São doenças que aparecem nos indivíduos com câncer, mas que não apresentam uma ligação direta com a neoplasia. São síndromes que não estão relacionadas com efeito de massa, perda de parênquima ou doença metastática. Algumas parecem ser hormonais e estão relacionadas com a produção de citocinas, fatores de crescimento e hormônios pelas células ou estroma do tumor, enquanto outras podem estar relacionadas com fenômenos autoimunes desencadeados pelas células tumorais.

28
Q

GRADAÇÃO

A

É o grau de diferenciação e número de mitoses.
É essencial para o tratamento estabelecer o grau evolutivo que a neoplasia se encontra, para isso utiliza-se o grau de diferenciação e o índice mitótico como critérios, classificando as neoplasias em 4 categorias:
● Grau I → tumor bem diferenciado e com baixo índice mitótico
● Grau II → tumor moderadamente diferenciado
● Grau III → tumor pouco diferenciado
● Grau IV → indiferenciado ou anaplásico, com alto índice mitótico

29
Q

ESTADIAMENTO

A
É a extensão anatômica do tumor.
Visa estabelecer o grau dedesenvolvimento e de disseminação de um câncer. Para isso utiliza-se o Sistema TNM:
●	T = tamanho do tumor
o	T0 = carcinoma in situ
o	T1 = lesão menor que 2cm
o	T2 = lesão de 2 a 5cm
o	T3 = maior que 5cm
●	N = linfonodos comprometidos
o	N0 = sem comprometimento de linfonodos
o	N1 = nódulos móveis envolvidos
o	N2 = nódulos fixos envolvidos
o	Nx =não se sabe
●	M = número de metástases
o	M0 = sem metástases
o	M1 = metástases demonstráveis
o	Mx= suspeita de metástases
30
Q

DIAGNÓSTICO

A
Exame Histológico
Aspiração por Agulha Fina (PAF)
Esfregaços Citológicos (Papanicolau)
Análise com Sonda de DNA
Marcadores Tumorais
Imuno-Histoquímica
31
Q

Exame Histológico

A

Através dele fecha-se o diagnóstico de uma neoplasia, na grande maioria das vezes.
Todas as massas precisam de avaliação anatomopatológica, a única neoplasia que não precisa, pois é inequivocavelmente benigna é aquela que foi retirada e seu diagnóstico foi feito anatomicamente.
O material passa pelo processamento histológico para que possa ser feito o exame. Esse exame demora, no mínimo, 1 dia.
*O exame de congelação é feito quando está no meio de uma cirurgia e precisa definir se a lesão é benigna ou maligna e se foi retirada com margem de segurança, mas depois deve passar pelo processo histológico.

32
Q

Aspiração por Agulha Fina (PAF)

A

Para utilizar essa técnica o tumor deve ser superficial, sendo muito usada para câncer de mama, para linfonodos superficiais (linfoma), tireoide, etc. Esse procedimento pode ou não ser guiado pelo ultrassom, onde tem-se mais certeza que atingiu e aspirou a lesão.
Pode ser mais difícil dar um diagnóstico, pois são células isoladas, o que pode limitar o médico, perdendo o critério de malignidade (infiltração).

33
Q

Esfregaços Citológicos (Papanicolau)

A

Técnica utilizada no exame papanicolau para prevenção de alguma lesão pré invasiva existente que é facilmente curada.

34
Q

Análise com Sonda de DNA

A

Em alguns casos, a técnica auxilia a descobrir qual vírus danificou a célula, por exemplo.
● Hibridização molecular → o calor desnatura o DNA, separando as duas fitas de DNA do vírus. Essas cadeias tendem a se unir por atração, por isso faz-se sondas, que são fitas complementares do DNA viral, feitas em laboratório e com marcadores em suas pontas. Ao serem adiciondas no organismo, elas procuram os seus complementos. Ao fazer a análise em microscópio, dá para observar as marcações (corantes) e consegue-se saber qual é o tipo de vírus pela união dessa sonda com a fita de DNA complementar.
● Reação em cadeia polimerase (PCR) → ciclos repetitivos de síntese de um segmento de DNA, utilizando-se uma DNA polimerase, nucleotídeos e outros cofatores.
RNA (transcriptase reversa) cDNA

35
Q

Marcadores Tumorais

A

Ensaios bioquímicos para enzimas associadas a tumor, hormônios e outros marcadores tumorais no sangue não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo do câncer, mas podem ser testes de triagem úteis.
● PSA → é um antígeno específico prostático, produzido pelas células epiteliais e por células tumorais. Pode não ser um resultado confiável, pois também se encontra aumentado na hiperplasia prostática benigna.
● Gonadotrofinas Coriônicas → em casos de coriocarcinoma, ou após uma mola hidatiforme (ovários ou testículo)
● Antígeno Carcino-Embrionário (CEA) → tumores de pâncreas, intestino e estômago
● Alfafetoproteínas → hepatocarcinoma
● CA-125 → câncer de ovário

36
Q

Imuno-Histoquímica

A

É o método que usa a especificidade de um anticorpo em relação ao seu antígeno, ligando-o a um marcador (substância) visível.
● Aspectos Gerais
o Antígeno = substância estranha ao hospedeiro que estimula a formação de um anticorpo específico.
▪ Imunogenicidade = habilidade de induzir a produção de um anticorpo
▪ Reatividade específica
o Epítopo = determinante antigênico. É a parte do antígeno que determina a formação e reage com o anticorpo. Cada molécula de antígeno contém vários epítopos.
o Anticorpo = proteína sérica formada em resposta à exposição de um antígeno. Ex: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM.
*Fab é o fragmento que se liga ao antígeno
● Produção de Anticorpos
o Anticorpos Policlonais → uma molécula de antígeno apresenta vários epítopos, mas cada linhagem ou clone de um linfócito B produz anticorpos contra apenas um único epítopo. Portanto, são necessários vários clones para montar uma resposta antigênica contra tais antígenos complexos.
o Anticorpos Monoclonais → são altamente específicos, formados utilizando-se apenas um dos epítopos de um determinado antígeno, provocando ativação de apenas um clone de linfócitos B.

37
Q

Técnicas da imunohisto-química

A

Técnica da Imunofluorescência
É a primeira forma de imuno-histoquímica.
Usa-se um anticorpo marcado com uma substância fluorescente (isotiocianato de fluoresceína), o qual se une ao antígeno que está procurando e torna-o visível pela incidência de luz ultravioleta, ao exame microscópico.
Técnica da Imunoperoxidase
Baseia-se na ligação química entre um anticorpo e uma enzima, em geral a peroxidase. A adição de um corante externo (DAB) a este complexo permite a visualização do antígeno no tecido, pois resulta em uma coloração marrom no tecido.
Existem vários antígenos, mas é preciso encontrar um especificamente que está sendo pesquisado (ou proteína). Para isso, coloca-se um anticorpo marcado que irá formar o complexo antígeno-anticorpo e, devido a marcação, o complexo fica visível ao microscópio óptico.
● Método direto → um anticorpo conjugado com a enzima peroxidase é aplicado ao espécime em estudo e irá reagir especificamente com o antígeno ali presente. Um substrato é então adicionado para formar o produto colorido final.
● Método indireto
● Método peroxidase-antiperoxidase
● Método da avidina-biotina

38
Q

Finalidade da Imunohistoquímica

A

Finalidade da Imunohistoquímica
● Histogênese de neoplasias morfologicamente indiferenciadas.
● Sub-tipagem de neoplasias já classificadas à morfologia.
● Produtos de síntese de células neoplásicas
● Diferenciação de neoplasias malignas e benignas
● Agentes infecciosos

39
Q

Principais Marcadores Tumorais

A

Principais Marcadores Tumorais
● Filamentos Intermediários → são componentes do citoesqueleto e estão relacionados com a diferenciação celular. Eles auxiliam na identificação da histogênese de neoplasias morfologicamente indiferenciadas, pois são diferentes para cada tecido.
Ex:

● Específicos para tecidos → marcadores que auxiliam na identificação da origem de metástases de carcinomas. Ex:
o Origem prostática:
▪ Antígeno prostático específico = PSA
▪ Fosfatase ácida prostática = PAP
o Origem tireoidiana:
▪ Anticorpos anti-tireoglobulina
o Origem mamária:
▪ Receptores hormonais de estrógeno e progesterona
Produtos de Síntese de Células Neoplásicas
São encontrados especialmente nos tumores endócrinos ou nos que apresentam síndromes paraneoplásicas. Identifica-se pela imuno-histoquímica as moléculas produzidas pela neoplasia (da pra saber o tipo de células que forma aquele adenoma). Ex: adenomas de hipófise

40
Q

Marcadores Prognósticos e Preditivos

A

Prognósticos → para ver se vai ficar ou não livre da doença
Preditivos → para ver se dá pra fazer um tratamento específico para esse tumor
A expressão de oncoproteínas, fatores de crescimento e de proteínas só encontradas em algumas fases do ciclo celular, são marcadores úteis da proliferação celular e mostram-se cada vez mais importantes na avaliação prognóstica e orientação terapêutica das neoplasias.
● Oncoproteínas c-erb-B2 → utilizada para prognóstico de câncer de mama. Em alguns tumores de mama, o receptor C-erb-B2 fica em superexpressão, encontrando-se em alta densidade na membrana, o que favorece a sua auto-ativação (sinais para divisão celular). O transtazumabe (herceptina) é um anticorpo monoclonal que se liga a esse receptor e induz a apoptose.
● Oncogene Bcl-2 → indicador de uma maior resistência das células à quimioterapia, pois indica que essas células não apresentam a capacidade de entrar em apoptose.
● Oncoproteína p53 → é utilizada para avaliação prognóstica de lesões pré-cancerosas, como a displasia. A proteína p53 selvagem (meia vida curta) é reparadora de DNA, mas a mutante (meia vida longa) gera um ciclo celular desregulado, com anaplasia. Para detectá-la é usado um anticorpo específico para a p53 marcado com cromógeno.
● Receptor c-kit → tumores do estroma gastro-intestinal, muitas vezes apresentam mutações atuadoras no gene receptor c-kit, o que o torna constitutivamente ativo e estimulando o crescimento celular. O imatinib é um inibidor de tirosina quinase, bloqueando esse receptor.

41
Q

Marcadores de Proliferação Celular

A

Marcadores de Proliferação Celular
● PCNA (Antígeno Nuclear de Proliferação Celular) → atinge o máximo de sua síntese durante a fase S do ciclo celular. Utilizado no prognóstico de Linfomas não Hodgkin.
● Ki-67 → identificado em quase todas as fases do ciclo celular (G1, S, G2, M), mas não em G0.
*Índice de Proliferação Celular = porcentagem de célula positivas em relação às contadas → quanto maior o índice, mais agressivo é o tumor.