Afecções benignas do ânus Flashcards

1
Q

Sobre a fissura anal:

A
  • Trauma à evacuação
  • Ulceração no epitélio escamoso estratificado do canal anal, mais frequente na linha média e posterior
  • Espasmos - isquemia - não cicatrização
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2
Q

Fisiopatologia/anatomia da região

A

Reto: epitélio cilindrico e inervação autonômica sem dor
Anus: epitélio pavimentoso/escamoso estratificado - inervação somática com dor
Reto - linha anorretal/pectínea - ânus

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3
Q

Diagnóstico de fissura anal:

A
  • Toque retal e anuscopia não são possíveis devido a dor
  • Exame físico sistemico em posição de sims para inspecionar
  • Retossigmoidoscopia ou retoscopia podem ser úteis?
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4
Q

Tratamento clínico da fissura anal:

A
  • Mais utilizado
  • Objetiva corrigir espasmos do esfincter anal inferior e melhorar a circulação e a cicatrização
  • Nitratos, BCC e neurotoxinas (botox) para relaxar o esfincter
  • Utilização de dietas
  • Botox: pode levar a incontinencias e o efeito é curto
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5
Q

Tratamento cirúrgico da fissura anal

A
  • Casos refratários
  • Esfincterotomia anal interna (EAI) lateral: risco de incontinencia. Faz um corte na transição dos esfíncteres e com a pinça consegue separar um segmento do esfíncter interno e secciona. Se a fissura vai até a linha pectínea faz uma secção até o nível da fissura. Ainda sobra um pouco de esfíncter
  • Fissurectomia com fechamento primário ou aberto: sem risco de incontinencia. Retira o tecido cronificado e faz a esfincterotomia na fissura. Tem como desvantagem a redução do canal e acúmulo de fezes
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6
Q

Qual a conduta final da fissura anal:

A

Após controle da dor:
Anuscopia, retossigmoidoscopia ou colonoscopia e instruir paciente a não segurar fezes

Pré operatório:
Manometria anorretal caso não identifique a contração do esfíncter só com o toque

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7
Q

Sobre o abcesso anal:

A

Obstrução da glândula anal em decorrencia de uma inflamação que pode gerar um acúmulo de pus
Obstrução dos ductos com estase - crescimento bacteriano - abcesso

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8
Q

Classificação do abcesso anal:

A
Perianal
Isquiorretal: ultrapassou o EAI
Submucoso
Supraesfincteriano
* Quanto mais longe do anus - atravessa a linha pectínea e alcança esfíncter interno
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9
Q

Diagnóstico e quadro clínico do abcesso anal:

A
  • Dor anal aguda, eritema, inchaço, flutuação

- Toque retal e anuscopia podem ser possíveis

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10
Q

Tratamento do abcesso anal

A
  • Drenagem próxima ao anus
  • Resolução em 50% dos casos: complementa com colonoscopia ou anuscopia ou retossigmoidoscopia
  • Indicar banho de assento e laxantes e retorno em 15 dias
  • Em 50% dos casos progride para fístulas (abcessos distantes)
  • Pode realizar operações e utilizar antibióticos
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11
Q

Fístula anal:

A
  • Abcesso mais próximo do anus: fístula mais externa
  • É a fase crônica do abcesso
  • Trajeto ligando duas superfícies epiteliais
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12
Q

Classificação da fístula anal:

A
  • interesesfincteriana (mais comum)
  • transesfincteriana
  • supraesfincteriana
  • extraesfincteriana
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13
Q

Diagnóstico da fístula anal:

A
  • Atenção a dor, inchaço, drenagem
  • Trajeto fistuloso
  • Orifício externo: margem anal
  • Orifício interno: linha pectínea
    . Regra de Goodsall-Salmon: imagina uma linha transversalmente ao anus, todos os orifícios externos posteriores terminam na cripta mediana posterior obedecendo a um trajeto curvo, enquanto os orifícios externos anteriores à linha terminarão na cripta correspondente, através de um trajeto
    retilíneo. Atenção a fístula de ferradura
  • Imagem: US endoanal, RNM para identificar o trajeto
    . Manometria anorretal e colonoscopia para ajudar na terapia
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14
Q

Cirurgia de fístula:

A

Objetivos: eliminar focos sépticos e trajetos, obter alteração funcional, pouca recidiva e rápida cicatrização
Casos simples: fistulotomia em livro aberto - secciona 30% do esfíncter e trajeto fistuloso, raspa, cureta e deixa aberta
Casos complexos: cirurgia em dois tempos - primeiramente retira o trajeto sem seccionar o musculo e amarra. Segundamente secciona o músculo para prevenir a incontinencia e recidiva
* Avanço de retalho mucoso: cureta para destruir o trajeto, secciona a mucosa e tenta enxertar internamente
* PLUG de submucosa de intestino de porco: parece categute. Ponto na base
* Cola de fibrina
Complicações: recidivas e incontinencia

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15
Q

Como são geradas as hemorroidas?

A

os coxins vão deslizando junto com a mucosa → gravidade externa puxa → coxins perdem a sustentação → nos coxins internos podem ficar só a musculatura. Eles podem deslizar tanto, causando a exteriorização do canal anal

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16
Q

Classificação das hemorróidas:

A
Interna: 
     1- Não exterioriza
     2- Exterioriza na evacuação
     3- Só retorna com manobras
     4- Não volta pra dentro
Externa
17
Q

Características das hemorróidas:

A

Externa: hematoma ou trombose com muita dor abaixo da linha pectínea
Interna não complicada: sangramento, prolapso, prurido, geralmente não tem muita dor quando está acima da linha pectínea
Interna complicada: com trombose (acima da linha pectínea com prolapso e pouca dor) ou com grangrena grau IV (envolve anoderna e prolapso com muita dor)

18
Q

Diagnóstico de hemorróida:

A
  • Exame físico: posição de Sims com inspeção (estática e dinâmica – pede pro paciente forçar) e toque retal
  • Anuscopia, retossigmoidoscopia e colonoscopia
  • No planejamento cirúrgico: manometria anorretal
19
Q

Tratamento da hemorroida interna

A
  • Clínico: dieta rica em fibras, flebotônicos (diosmina)
  • Esclerose: graus II e III. Com substância hipertônica na submucosa do reto promove fixação, devido a ação irritante causada pela esclerose. Sem coroa
  • Ligadura elástica: graus II e IIII. Anéis de elástico. Com coroa volumosa
20
Q

Hemorroidectomia:

A
  • prolapso irredutível
  • componente externo exuberante
  • prolapso com grangrena
  • Técnica Milligan-Morgan: ressecção da hemorroida e não fecha com fio absorvível
  • Fergunsson: resseca e fecha. Pode ter dor, sangramento, retenção urinária, infecção local, incontinência urinária e anal
  • Anopexia mecânica (PPH): grampeia hemorróida acima da linha pectínea. Pouca dor e sem cicatriz. Pode ter complicações como sepse, grangrena, sangue, fístula.
  • Urgência: trombose, edema, dor, necrose, trombos externos