Hematopoiese e Transfusão Flashcards

1
Q

Hematopoiese

A

Processo de proliferação, diferenciação e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um precursor celular comum e indiferenciado (célula hematopoiética pluripotente ou célula-tronco)
- Linhagem mielóide: eritrócitos e plaquetas (linhagem megacariocítica/eritróide) e leucócitos (linhagem granulocítica/ monocítica)
- Linhagem linfóide: linfócitos (T, B e NK) e células dendríticas

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2
Q

Fatores de Controle (Crescimento) das células do sangue

A

Trombopoetina (TPO): plaquetas
Eritropoetina (EPO): hemácias
Fator de crescimento granulocítico: leucócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos) - estimula a proliferação e diferenciação de células imaturas para formar células maduras
Interleucinas: linfócitos

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3
Q

Exemplo de Granulocitopoiese dos neutrofilos

A

Proliferação = 5 a 7 dias -> CFU-CM -> Mieloblasto ->
Diferenciação =Mieloblasto -> promielócitos -> mielócitos
Maturação = mielócitos-> metamielócito ->neutrófilo em bastão (bastonetes) -> neutrófilo segmentado

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4
Q

Para formação dos eritrócitos é necessário quais componentes?

A

EPO + Fe +B12 + folato

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5
Q

Tecido Linfóide

A

Timo:
Produção complementar de Ac
Produção de hormônios que estimulam outros órgãos linfáticos
Local de “especialização” do linfócito T

Baço:
Remoção celular senescente/anormal
Controla quantidade de sangue circulante

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6
Q

Eritropoiese Normal

A

Taxa de produção: cerca de 2 milhões/min
Vida média: 120 dias
Eritrócitos são responsáveis ​​por cerca de 44% do volume total de sangue
Diferenciação das células tronco pluripotentes em células precursoras eritróides (estimulada pela eritropoietina)

Estimulo: Eritropoetina
Materia Prima: Fe, Ac. folico, Vit B12&raquo_space; garante a produção (sintese DNA)
Pró-eritroblasto -> eritroblasto-> reticulócito -> eritrócito (120 dias)

Hemocaterese: hemacias velhas e pouco maleaveis ao entrar no Baço ficam retidas nos capilres esplenicos e são destruidas por macrofagos

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7
Q

Reticulócitos

A
  • antecede eritrócito
  • reticulócito é a primeira célula que aumenta, sinalizado que a medula está trabalhando mais
  • > 1-2% de reticulócitos na circulação = medula sobrecarregada com liberação de células jovens
  • queda nos reticulócitos indica problemas na medula ou deficiência de eritropoetina
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8
Q

Glóbulo Vermelho

A
  • Célula anucleada, tem função de transporte de O2, gera energia por via anaeróbia
  • Globina: dois pares de cadeias polipeptídicas (duas cadeias alfas e duas beta)
  • Heme: estrutura porfirínica que contém o íon ferro (Fe2+), que se combina reversivelmente com uma molécula de O2.
  • Hemocaterese: processo no qual as hemácias envelhecidas são destruídas por fagocitose e o ferro contido nas partículas de hemoglobina são liberadas de volta ao organismo e é armazenado em parte no baço.
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9
Q

Função do Fe no organismo

A

Transporte de oxigênio
Produção de energia oxidativa; respiração mitocondrial
Proliferação celular
Síntese de DNA/inativação de radicais livres

Distribuição normal: 3 a 4 g no organismo
- 2g glóbulo vermelho, dentro da hemoglobina (por isso perda de sangue é sinônimo de perda de ferro)
- 1g no fígado
- 1g nos macrófagos do baço e medula óssea (dos sistema retículo-endotelial/ hemossiderina - principalmente no tecido muscular)

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10
Q

Recrutamento de doadores - Tipos de doadores e seleção

A
  • Voluntário - Reposição - Dirigido - Autólogo
  • Idade (18 - 70) 16-18 anos precisam de autorização formal
  • > 50 kg
    Primeira doação deve ser realizada antes dos 61 anos
  • Intervalos para doação
    2 meses para homens - até 4x/ ano
    3 meses para mulheres - até 3x/ ano
    Plaquetas podem ser doadas até 24/ ano (intervalo de 48h)
    Bloqueios: Sorologia / Critérios de triagem
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11
Q

Triagem clínica

A

Triagem hematológica
Hemoglobina (Hb) - ou o correspondente em Ht
12,5 (38%) mulheres
13 (39%) homens
Valor máximo
18 hemoglobina
54 hematócrito
Teste de anemia

Dados Vitais
Questionário: Antecedentes de doenças, Sintomas, Viagens, Atividades de risco

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12
Q

Retirada na coleta

A

8 mL/kg mulheres
9 mL/kg homens
Estar alimentado, beber bastante líquido
Ter dormido mais de 6 horas

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13
Q

TESTAGEM DO SANGUE DOADO
- detecção de doenças transmissíveis
- tipagem do doador

A

Anti-HbC
HBS Ag
Anti-HCV
Anti-HBV
Anti-HTLV
Anti-HIV
Teste Chagas
Teste Sífilis
Biologia molecular - hepatite B, C e HIV

Tipagem do doador
ABO/Rh - testar por Coombs indireto
Fenotipagem
Pesquisa de anticorpos irregulares
Eletroforese de hemoglobina → busca HbS (traço de anemia falciforme)

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14
Q

Produtos originados a partir do sangue total

A

HEMOCOMPONENTES
- Componentes celulares
Concentrado de hemácias
Concentrado de plaquetas
- Componentes plasmáticos
Plasma fresco congelado
Plasma de 24h
Crioprecipitado

HEMODERIVADOS (de plasma fresco CONGELADO)
Albumina
Globulinas
Concentrado de fatores de coagulação

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15
Q

Anticorpos Naturais e Irregulares

A

Anticorpos Naturais
* depende do tipo ABO
* Incompatibilidade transfusional → Hemólise Intravascular (aguda)

Anticorpos Irregulares: são produzidos após um estímulo antigênico por contato direto com o sangue:
Transfusão de Sangue
* Injetáveis
* Parto
* Incompatibilidade transfusional → Hemólise Extravascular (crônica)
Ac: Rh, Kell, MNS

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16
Q

Incremento na transfusão de concentrado de hemácias
1 UI de CHM = 200 - 250 ml

A

1 UI de CHM = 1 ponto na Hemoglobina e 3 pontos no Hematócrito

RN 10 a 15 ml/kg = 2 a 3 pontos na hemoglobina

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17
Q

Transfusão de CHM em Hemorragias Agudas

A

A transfusão de CH está recomendada após perda volêmica superior a 25% a 30% da volemia total.
Hemorragia classe III (30 a 40% de perda ) + Hipotensão arterial = CHM + Cristaloides
Hemorragia classe IV (>40%) = CHM + Cristaloides

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18
Q

Hemorragias agudas que não se consegue classificar o volume de perda usar critérios de hipovolemia aguda

A
  • Frequência cardíaca acima de 100 bpm a 120 bpm.
  • Hipotensão arterial.
  • Queda no débito urinário.
  • Frequência respiratória aumentada.
  • Enchimento capilar retardado (> 2 segundos).
  • Alteração no nível de consciência.
    PELE FRIA E PEGAJOSA = CHOQUE -> quadro ainda mais grave
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19
Q

Transfusão de CHM em Anemia Normovolêmica

A
  • Em geral Hb < 7 risco de hipoxia tecidual - com sinais clinico
  • Hb <5 transfundir

EXCEÇÕES
DPOC Hb <10
Cardiopatas e idosos acima de 65a Hb< 9
Cirúrgicos Hb <8

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20
Q

Quando não transfundir CHM:

A

para promover o bem estar
para promover cicatriz de feridas
profilaticamente
como expansor de volume

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21
Q

Dose e Modo de Administração CHM

A

Adultos: 1 UI – 1 g/dL Hemoglobina
Pediatria:
* 10 – 15 ml/kg – 1 g/dL Hemoglobina
* 20 – 30 ml/kg – 2 a 3 g/dL Hemoglobina

Velocidade de Infusão de cada UI:
Adultos: 60 a 120 min - utilização de equipos com filtros de 170µ é obrigatória
Pediatria não exceder: 20‑30mL/kg/hora

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22
Q

Transfusão de Concentrado de Plaquetas Randômica x Aférese

A

Randômica - preparado a partir de sangue total de vários doadores. 50 a 70 ml

Aférese - proveniente de um único doador, pode vir desleucocitado. 200 a 300 ml.
- menor risco de eventos adversos transfusionais;
- mais indicado para candidatos a politransfusão para evitar incompatibilidades ou reações alérgicas a transfusão

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23
Q

Indicação de transfusão de CP
Plaquetopenias por falência medular (doenças hematológicas e/ou quimioterapia e radioterapia)

A

< 10.000 - Transfusão Profilática
< 20.000 - Transfusão se: manifestação hemorrágica, T>38º, Esplenomegalia, uso de medicamentos que alteram sobrevida da plaqueta como ATB e ATF, hiperleucocitose >30000, GVHD - doença transplante versus hospedeiro, Tumor solido

CASOS ESPECIAIS - pediatria, situações crônicas como aplasia de medula e síndrome mielodisplásica sem manifestações hemorrágicas toleram esperar plaqueta > 5.000

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24
Q

Indicação de transfusão de CP
Distúrbios associados a alterações de função plaquetária
*Tromboastenia de Glanzmann
* Síndrome de Bernard Soulier

A

Característica: Contagem de plaquetas frequentemente acima de 100.000

Indicação:
Com sangramento
* Na ausência de resposta ao uso de antifibrinolítico ou DDAVP

Sem sangramento
* Pré-operatório
* Cirurgia Cardíaca com extracorpórea com tempo cirúrgico >90-120 min

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25
Q

Indicação de transfusão de CP
Plaquetopenias por diluição ou destruição periférica

A

Transfusão maciça: 1 a 2 volemias forem trocadas do paciente em 24hs
Indicação de CP se plaquetas <50.000 ou <100.000 com outras coagulopatias
associadas, trauma múltiplo ou trauma de SNC

Coagulopatia intravascular disseminada (CID):reposição de fatores de coagulação (PFC) e de CP objetivando contagens superiores a 20.000/µL

Plaquetopenias imunes (PTI): CP é restrita a situações de sangramentos graves

Dengue Hemorrágica: Não há indicação

26
Q

Indicação de transfusão de CP
Cirurgias

A

Procedimentos cirúrgicos ou invasivos em pacientes plaquetopênicos >50.000
se Cirurgia Oftalmológica ou SNC> 80.000 ou 100.000

27
Q

Transfusão de Plaquetas - posologia

A

Adulto
* 1 UI / 7 - 10 kg de peso
* 7 a 10 UI ou 1 aférese (70 kg)

Criança
* 4 a 6 UI
* 0,5 a 1 UI de aférese
Crianças < 15 kg
* 5 a 10 ml / kg

ABO incompatível – redução de 20% no incremento e 10% dos pct RH negativos que recebem Rh+ podem desenvolver anticorpos ABO compatível é preferível

28
Q

Plasma Fresco Congelado (PFC)

A

Indicações o restritas e correlacionadas a sua propriedade de coagulação
usado em pacientes com distúrbios de coagulação com deficiência de múltiplos fatores
- ABO compatível
- dose 10 a 20 ml/kg
- TAP e TTPA
* TAP: INR>1,5 x
* TTPA: RT>1,5 x

29
Q

Indicações de PFC

A

Hepatopatia
* Redução na síntese dos fatores da coagulação (I, II, VII, IX e X)
* Alargamento do TP ou TAP
* Não há indicação de transfusão profilática de PFC
CIVD
* Redução: Fibrinogênio, FVIII e FXIII
* Não há indicação de transfusão profilática
Uso de Varfarina – anticoagulante
* Inibição da absorção da vitamina K – Fator K dependentes (II, VII, IX e X)
* Na presença de sangramentos mais importantes ou intensos
Transfusão Maciça
* Transfusão de 1 volemia sanguínea ou 10 UI de CHM em 24 horas
PTT (Púrpura Trombocitopênica Trombótica)
Plaquetopenia e Anemia por Hemólise
* Indicado a infusão de plasma como fonte da metaloprotease ADAMTS13
* Plasmaferese

30
Q

Risco residual de doenças transmissíveis por transfusão

A

HCV > HTLV > HBV > HIV

31
Q

Adversos relacionados à Transfusão de Hemocomponentes

A
  • Imediatos ou agudos (durante a transfusão ou nas 24hs)
  • Tardios (após 24hs)
  • produtos hemoterapicos DEVEM USAR filtro de 170 a 220 µ = capaz de reter coágulos e agregados sanguíneos ou fragmentos de pele
    A sua não utilização pode resultar em microembolismo pulmonar
  • medir ssvv -> iniciar transfusão -> após 15 min medir ssvv
32
Q

DIAGNÓSTICO de Eventos adversos relacionados TH
qualquer um dos sintomas = Interromper a transfusão

A
  • Aumento Temperatura mín. 1º C após início transfusão ou T≥38º C
  • Calafrios com ou sem febre
  • Dor: No local da infusão, Lombar, Torácica
  • Alteração Pressão Arterial: Hipotensão ou Hipertensão
  • Alteração Respiratória: taquipnéia ou dispnéia
  • Alteração cutânea: prurido, urticária, edema local
  • Náusea com ou sem vômitos
    qualquer um dos sintomas = Interromper a transfusão
33
Q

Conduta em casos de eventos adversos relacionados a transfusão de hemoderivados

A
  • Interromper a transfusão
  • Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%
  • Monitorar dados vitais e anotar
  • Verificar à beira do leito, se o hemocomponente correto foi corretamente
    instalado (equipo/paciente certo/via correta)
  • Confirmar se ocorreu a reação, relacioná-la à transfusão
  • Caso haja suspeita de reação relacionado à transfusão, devolver a bolsa de sangue para a agência transfusional, junto com uma amostra de sangue do paciente
  • Comunicar o médico plantonista e/ou do paciente e Serviço de Hemoterapia
  • Identificar clinicamente o tipo e a causa da reação transfusional
  • Classificar o tipo de reação e estabelecer a conduta médica imediata
34
Q

Reação Transfusional Imediata Imunológica

A
  • Reação Febril não-hemolítica = febre, tremores, calafrio, ansiedade
  • causa: leucócitos, citocinas TNF e IL
  • tto: antitérmico
  • prevenção: filtro de leucócitos pré deposito e antitérmico pre-transfusão
  • Reação Febril Hemolítica aguda = febre, hipotensão, choque, hemoglobuminuria, dor torácica, dispneia
  • causa: incompatibilidade ABO
  • tto: UTI – Monitorização, Droga Vasoativa e Volume à Permeabilidade Renal
  • Reação Alérgica Leve = rash cutâneo e prurido
  • causa: proteínas, imunoglobulinas e histamina
  • tto: anti-histamínico e corticoides
  • Reação Alérgica Grave
  • tto: UTI, Adrenalina, corticoides, anti-histamínico
  • prevenção: componentes lavados
  • TRALI – Reação Pulmonar aguda relacionada à transfusão = Edema Pulmonar não - cardiogênico - Reação transfusional, mediada por anticorpos leucocitários do doador, grave e potencialmente fatal
  • QC: dispneia, tosse seca, calafrios, febre, hipotensão
  • Rx: infiltrado em campos pulmonares inferiores
    OBS pode ocorrer em pulmão transplantado
  • causas: Anticorpos anti HLA classe I e II / Anticorpos anti neutrofílicos (anti-HNA) / Ativação cascata de complemento
35
Q

Incidente Transfusional com Resposta Não Imunológica

A
  • Sobrecarga Circulatória associada à transfusão (TACO)
  • fator de risco: velocidade rápida de transfusão, volume alto de transfusão Hipoalbuminemia, Doença Cardiovascular, Doença Renal, Doença Pulmonar, Anemia grave
  • Contaminação Bacteriana
  • Hipotensão Relacionada à Transfusão
  • Hemólise não imune aguda
  • Distúrbios Metabólicos
  • Embolia aérea
  • Hipotermia
36
Q

HLA: Antígeno Leucocitário Humano

A

MHC (Complexo Principal de Histocompatibilidade)

HLA é quem torna nossas células capazes de conhecer e reagir a organismos estranhos
HLA B57 - hipersensibilidade ao abacavir
HLA B 27 - espondilite anquilosante

Há 3 tipos de HLA (classe I, II e III, mas o III não tem importância dentro da área de histocompatibilidade)

37
Q

Classe I - HLA: Antígeno Leucocitário Humano

A

3 cadeias pesadas alfa + 1 cadeia leve beta
Leve: produzida pelo gene da beta 2 microglobulina
Alta densidade (105 por célula) em linfócitos, monócitos/ macrófagos e células dendríticas
Densidade intermediária em células epiteliais e endoteliais
Baixa densidade em células pancreáticas, glândulas salivares, hepatócitos, córnea (que podem ser transplantados sem levar em conta a histocompatibilidade HLA)
Resposta citotóxica (relacionada ao CD8) → destruição celular

38
Q

Classe II - HLA: Antígeno Leucocitário Humano

A

Duas cadeias alfa e duas beta → produzidas pelo gene do HLA
Expressão é limitada ao estado basal de células apresentadoras de antígenos: células dendríticas, monócitos/ macrófagos e linfócitos B
Ativação dessas células aumenta a densidade expressão de moléculas MHC II na sua superfície

Resposta humoral (relacionada ao CD4) → liberação de citocinas e interleucinas

39
Q

Genética - HLA: Antígeno Leucocitário Humano

A

Herdamos ½ da mãe e a outra do pai
Classe I: A, B e C - 20.182 alelos descritos
Classe II: DR, DQ e DP - 7.407 alelos descritos
Sistema HLA está no braço curto do cromossomo 6 (p)
Alelos codominantes: expressão do gene materno e paterno (cromossomo 6) - igual peso
Altamente polimórfico - Alteração de características fenotípicas (incompatibilidade → gera a perda de enxertos)
Herança de haplótipos do MHC (conjunto de alelos) -Possibilidade de crossing over entre alelos paterno/ materno - hance de ter irmão compatível deixa de ser 25%

40
Q

Genética - HLA: Antígeno Leucocitário Humano

A

Herdamos ½ da mãe e a outra do pai
Classe I: A, B e C - 20.182 alelos descritos
Classe II: DR, DQ e DP - 7.407 alelos descritos
Sistema HLA está no braço curto do cromossomo 6 (p)
Alelos codominantes: expressão do gene materno e paterno (cromossomo 6) - igual peso
Altamente polimórfico - Alteração de características fenotípicas (incompatibilidade → gera a perda de enxertos)
Herança de haplótipos do MHC (conjunto de alelos) -Possibilidade de crossing over entre alelos paterno/ materno - chance de ter irmão compatível deixa de ser 25%

41
Q

Teste de Compatibilidade no SUS

A

1ª fase: pesquisa de compatibilidade 4x4 entre parentes de primeiro grau (tipificação HLA I) - maior chance é entre irmãos
2ª fase: se positivo, nova coleta e análise de compatibilidade 6x6
3ª fase: se positivo, nova avaliação para compatibilidade 10x10
Genótipo idêntico: transplante

Se não compatível na família (3x4, 0x0, 5x6, 4x6), realizar:
Cadastro no REREME (cadastro de receptores de medula óssea) Cruzamento REDOME (registro de doadores de medula óssea)
Em caso de compatibilidade:
Verificação de HLA II alta resolução
Tipificação HLA confirmatória: transplante

42
Q

Doadores Não Aparentados (REDOME)

A

Ter entre 18 e 55 anos - ficam inscritas até os 60 anos
Estar em bom estado geral de saúde
Não ter doença infecciosa ou incapacitante
Não ter tido doença neoplásica, hematológica ou do sistema imunológico

43
Q

Compatibilidade nos Transplantes

A

Cordão umbilical: 6x6, 5x6 ou 4x6
Não aparentado: 10x10 (10 em 10) - Considera HLA-DP (12x12)
Haplo: 5x10
Incompatibilidade: doença do enxerto vs. hospedeiro - medula do doador atacando corpo do paciente
Risco da recidiva

44
Q

Sensibilização Anti-HLA - com produção de anticorpos anti-HLA

A

Transfusão (transfusão devem ser sem leucócitos nos pacientes candidatos a transplantes)
Gestação (metade paterna é estranha à mãe)
Transplantes
Em pacientes onco-hematológicos: até 40% com anticorpos anti-HLA, não sendo necessariamente contra o doador (DSA de 10 a 21%)

45
Q

HLA em Hemoterapia - Refratariedade Plaquetária
Causas não imunológicas correspondem a 80% dos casos
Febre, infecção, CIVD, esplenomegalia
Imunológicas (20%)
80% (anticorpo anti-HLA)
Os outros 20% são devidos à anti-HPA (anticorpo anti plaquetário)
Discordância ABO, formação de imunocomplexos

A

Caracterizado por aumento inadequado de plaquetas após a transfusão, em pelo menos duas transfusões, preferencialmente consecutivas, com plaquetas recentes (<48h) e ABO compatíveis
CC = cálculo de incremento
CCI de 1h menor que 5000 plaquetas/ml
ou
CCI de 24h < 2500 plaquetas/ml
plaquetas transfundidas, que tenham mesmo HLA que os anticorpos anti-HLA da circulação do paciente atacam, são reconhecidas → ligação entre eles → opsonização → destruição das plaquetas → incremento plaquetário abaixo do esperado
Plaqueta expressa HLA classe I apenas: A e B

46
Q

TRALI (lesão pulmonar aguda associada à transfusão)

A

Anticorpos anti-HNA-3ª mais envolvido com mortalidade
Anticorpos anti neutrófilos
Anticorpos anti-HLA: classe I e classe II

47
Q

Hemograma Completo

A

Eritrograma: hemácias, hemoglobina e hematócrito

Leucograma
Polimorfonucleares: neutrófilos, eosinófilos e basófilos
Mononucleares: linfócitos (T, B, NK) e monócitos

Índices hematimétricos: VCM, HCM, CHCM, RDW

Plaquetas

48
Q

Eritrograma/ Índices Hematimétricos

A

Número de eritrócitos (milhões/ml)
Hemoglobina (g/dl)
Hematócrito: VCM x Eritrócitos (mas traz valor inexato, poderia ser excluído)
VCM: volume corpuscular médio (fl)
HCM: hemoglobina corpuscular média
CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular média (HCM/VCM)
RDW: grau de anisocitose (%)
Reticulócitos/ Eritroblastos/ Alarmes
Histograma
Contagem de eritroblastos
Alarmes: fatores de possível confusão são avisados para que seja feita uma análise na lâmina

49
Q

Leucograma

A

Total (μl) e diferencial (% ou mm3)
Neutrófilos: bastonetes e segmentados ;(maioria só dá número total de neutrófilos);
Eosinófilos e basófilos
Monócitos
Linfócitos
Contagem de plaquetas/ uL
MPV, PCT, PDW

50
Q

Hemoglobina/ Hematócrito

A

Hematócrito: porcentagem do volume do sangue ocupado pelos eritrócitos
Hb: bom parâmetro para anemia
Ht: bom parâmetro para policitemia/alteração do plasma (aumento da hemoglobina e por consequência do hematócrito) - é o aumento dos glóbulos vermelhos
Hematócrito é interessante se usar quando se fala de volume (desidratação, DPOC, hipoxia)

51
Q

Volume corpuscular médio

A

Anemia
Volume corpuscular médio: 80-100 fl (avaliação dos diversos tipos de anemia)
Normocíticas: VCM normal (80-100 fl) - Não há carência de substâncias indispensáveis para produção dos eritrócitos

Doença crônica, deficiência de ferro inicial, hemoglobinopatias, doenças da medula óssea, deficiências combinadas, aumento de destruição
Não há carência de substâncias indispensáveis para produção dos eritrócitos

Macrocítica: VCM acima de 100 fl - Anemia Megaloblastica (deficiência de vitamina B12 e mais raramente de ácido fólico)

Microcítica/ hipocrômica: VCM abaixo de 80 fl - Anemia ferropriva (deficiência de ferro), talassemia, infecções crônicas, hemoglobinopatias, anemia sideroblástica

52
Q

RDW: índice de anisocitose eritrocitária

A

variação do tamanho das hemácias entre si - Normal entre 11-14,5%
Anisocitose: variação do tamanho
Poiquilocitose: variação da forma
hemácia em lágrima = doença infiltrativa da medula
Obs.: necessário esfregaço de sangue periférico

53
Q

Reticulócitos

A

0,5-2% do total de eritrócitos
Mostra se medula tem capacidade de se regenerar
Paciente sem ferro: reticulócito baixo
medida do reticulócito sempre deve ser pedido nas anemias

54
Q

Anemias - Hemograma -> quando suspeitar

A

Anemia aguda: cansaço muito intenso que se instalou rapidamente
Anemia crônica: processo adaptativo, não apresenta cansaço, mas antes o preparo físico era melhor
Eritropoiese ineficaz: anemia carencial
Eritropoiese eficaz: anemia por perda → aumento de reticulócitos
reticulócito, RDW e VCM - necessários na avaliação de anemias

Esfregaço de sangue periférico (VCM e RDW alto)
Perfil de ferro (VCM baixo e RDW alto)
Dosagem de B12/ folatos (VCM e RDW alto)
Estudo da medula óssea (quando nenhuma das outras causas é encontrada - mielograma)
Eletroforese de Hb (VCM baixo e RDW normal; hemácia em foice)

55
Q

Teste de hemólise

A

quando tiver reticulócitos alto
coobs direto / bilirrubinas e DHL

56
Q

Alterações hemácias

A

Rouleaux
Empilhamento de hemácias
Por aumento de proteínas, como nos mielomas, gamopatias monoclonal ou policlonal
Solicitar eletroforese de proteínas se aparecer isso

Restos pontilhados -> restos de núcleo -> pode aparecer nas talassemias menores, anemiahemolitica

Howell-Jolly
Esplenectomia
Pontilhado nas hemácias

57
Q

Neutrófilos

A

50-70% dos leucócitos :Bastonetes + Segmentados: 3-5 lobos
Fagocitose (de bactérias e debris)

Neutrofilia
Reativa a infecção bacteriana, medicamentos (corticoides, lítio), destruição tecidual, reação leucemóide (parece uma leucemia mieloide crônica, mas é uma infecção)
Doenças mieloproliferativas, leucemias crônicas (diferente das leucemia agudas, onde o primeiro que desaparece são os neutrófilos)

Neutropenia
Normal: 1800
1000-1800: leve
500-100: moderada
< 500: gave
Fisiológica: racial, atleta
Leucemia aguda, medicamentos (Qx)
Desvio à esquerda é o aparecimento de células cada vez mais jovens no sangue periférico

Granulação tóxica = grânulos grosseiros nos neutrófilos de forma exagerada, pois saem da medula antes de terminar sua maturação
Corpos de Dohle: mancha azul
Sinal de imaturidade do segmentado → comum em HIV

58
Q

Eosinofilia

A

Vasculites
Alergias
Parasitoses (toxocara canis, toxoplasmose)
Linfomas/ leucemias mieloide crônica / leucemia mieloide aguda
Câncer metastático
Grânulo fica fora do núcleo

59
Q

Basofilia

A

Basófilos: ricos em histamina e heparina
Importantes na resposta alérgicas aguda ou inflamatória aguda -> aumentam rapidamente
Doenças mieloproliferativas crônicas (LMC)
Linfomas/ leucemias (como linfoma Hodgkin) - obs: as leucemias são raras e quando tratamento, destrói o basófilo, que liberam seus grânulos e causa reação
Grânulo fica em cima do núcleo → possuem histamina e heparina

60
Q

Monocitose

A

Monócitos: precursores dos macrófagos nos tecidos
Leucemia mielomonocítica crônica
Infecções e inflamações crônicas, tuberculose, linfomas, metástases, radioterapia, pós QT (significa regeneração medular) e pós-infarto (neutrofilia discreta pois destruiu tecido cardíaco)

61
Q

Linfocitose

A

Morfologia:
T: viroses, leucemia de grandes linfócitos granulares
é o principal linfócito, aderem hemácias ao redor

B: LLC, outras doenças linfoproliferativas e coqueluche
É menor
Para diferenciar B e T precisa de imunofenotipagem

Obs.: mononucleose - infecção do linfócito B pelo Epstein-Barr com proliferação do linfócito T como resposta de defesa

62
Q

Plaquetas

A

Plaquetose
Doenças mieloproliferativas crônicas (LMC, trombocitemia essencial)
Pós-hemorragia (ao mesmo tempo que se produz reticulócitos para compensar perda de eritrócitos, aumenta a produção de plaquetas)
Infecções e inflamações crônicas (após sepse)
Lesões teciduais
Esplenectomias (baço - pool de plaquetas; passam a ficar circulantes) - ⅓ das plaquetas fica armazenada no baço, ao retirá-lo, elas ficam circulantes
Hemólise
Anemia ferropriva

Plaquetopenia
Se plaquetopenia discreta, deve ser feita uma lâmina para verificar se não há agregados de plaquetas que o aparelho pode não ter contado
EDTA: trocar o anticoagulante por citrato e verificar novamente
Gravidez
Uso de medicamentos
Hiperesplenismo (maior armazenamento de plaquetas no baço)
Infecções
Doenças hematológicas: PTI, PTT e doenças hematológicas neoplásicas