Pólipos intestinais e CCR Flashcards

1
Q

O que são pólipos intestinais? Como podem ser classificados?

A

São massas ou estruturas que se projetam do lúmen do intestino a partir da parede intestinal. Podem ser benignos ou malignos.
Sésseis: base larga
Pedunculados: base estreita e maior projeção
Não neoplásicos: hiperplásicos, inflamatórios e hamartosos
Neoplásicos: adenomas (tubular, tubuloviloso e viloso)

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2
Q

Como são caracterizados os pólipos não neoplásicos?

A
  • Inflamatórios: componentes estromais, epiteliais e células inflamatórias. Ex: pseudopólipos
  • Hamartomatosos: mais raros, com menos de 20 anos de idade, pólipos juvenis associados a alguma síndrome
  • Hiperplásico: mais comum dos não neo, rosados, abobadais, mais comum em idosos, região de sigmoide e reto, <1cm
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3
Q

Quais são as características dos pólipos neoplásicos?

A
  • tubular: menor risco de malignização, >75% de componente tubular, menos atipias e mais comum
  • tubuloviloso: taxa intermediária de malignização
  • viloso: >75% de componente viloso, maior risco de malignização e mais atipias
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4
Q

O que é um adenoma avançado ou de alto risco?

A

Alto risco de malignizar-se com subtipo histológico viloso, > 1cm

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5
Q

O que são pólipos serrilhados?

A

Formato serrilhado e apresentam maior risco de malignização. Podem ser sésseis, tradicionais (mutação BRAF com instabilidade de microssatélites) ou hiperplásicos (mais comuns 80-90%)

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6
Q

Qual é a sequência adenoma-carcinoma?

A

Mutação do gene APC
Ativação do gene KRAS
Mutação do gene DCC
Mutação do gene P53

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7
Q

Como é a classificação de Haggitt?

A

Grau de penetração de um adenocarcinoma em um pólipo:
0- carcinoma que não invada a muscular da mucosa
1- invade a muscular da mucosa, mas só até a cabeça
2- até o colo
3- até a haste
4- submucosa abaixo da haste e acima da muscular própria
Carcinoma invasivo quando as células se estendem através da muscular da mucosa.

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8
Q

Como é a polipose adenomatosa familiar?

A

É autossômica dominante, mutação do gene APC, pode cursar com centenas e milhares de pólipos na cavidade intestinal
Pode cursar com hipertrofia congênita do epitélio retiniano, osteomas, tumores desmoides e dentres supranumerários.
Tipos: clássica, atenuada, sd gardner e sd turcot
Risco de evolução para CCR em 100%

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9
Q

Caracterize as formas da PAF:
- Atenuada:
- Sd gardner
- Sd turcot

A
  • 10 a 99 pólipos adenomatosos, surge mais tardiamente
  • PAF + tumores extraintestinais benignos + anormalidade dentárias
  • tumores do SNC (meduloblastoma)
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10
Q

Qual a conduta nos casos de PAF?

A

Procolectomia com anastomose ileoanal

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11
Q

Como é a polipose hamartomatosa familiar?

A

Todas autossômicas dominantes;
Tipos: sd cowden, sd bannyan- riley- ruvalcaba, polipose juvenil familiar e sd peutz-jeghers

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12
Q

Quais são as características dos subtipos da polipose hamartomatosa familiaR?
- Sd cowden
- Sd de Bannyan- riley- ruvalcaba
- Polipose juvenil familiar
- Sd Peutz-Jeghers

A
  • Mutação do gene PTEN, múltiplos pólipos hamartomatosos em TGI e pele. Associação com CA de mama
  • Mutação do gene PTEN, MICROCEFALIA, LENTIGO PENIANO, lipomas, anormalidades vasculares e atraso no desenvolvimento
  • SMAD4 e BMPR1, risco aumetado de CA gástrico e CCR, anemias, sangramentos, telangiectasia hemorrágica hereditária e malformações arteriovenosas.
  • mutação do SKT11. Associado ao CA de pulmão e mama. MÁCULAS HIPERCRÔMICAS NA CAVIDADE ORAL, LÁBIOS E EXTREMIDADES
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13
Q

Quais são os critérios para a polipose familiar juvenil?

A

Pelo menos 1:
- 5 ou + pólipos juvenis +
- múltiplos pólipos em outras partes do TGI
- qualquer número de pólipos jovens em pacientes com histórico familiar positivo

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14
Q

Como é o câncer de colo hereditário não poliposo ou Síndrome de Lynch?

A

Autossômica dominante, com mutações em genes de reparo. Também cursa com instabilidade de microssatélites
Não há múltiplos pólipos no TGI e é mais comum a direita
Está relacionado ao câncer de endométrio
Sd de muir-torre (neoplasias sebáceas) e sd de turcot (glioma)

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15
Q

Quais são os critérios de Amsterdã II para caracterizar um paciente com síndrome de Lych?

A

Precisa ter todos os critérios:
- 3 ou + familiares com CA associados à síndrome de Lynch. Um deles tem que ser de primeiro grau e deve ser excluído PAF
- 2 gerações com CA associado à síndrome de Lych
- 1 dos portadores tem que ter sido diagnosticado antes dos 50 anos de idade

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16
Q

Quais são as características do CCR?

A

Neoplasia mais frequente do TGI. Terceira causa em homens e segunda em mulheres excluindo CA de pele não melanoma.
Mais comum em idosos, homens, com incidência > 50 anos
70-80% acontecem de forma esporádica e 20-30% estão relacionados a hereditariedade

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17
Q

Quais são os fatores de risco para CCR?

A

Idade, tabagismo, etilismo, consumo de carne vermelha, doenças inflamatórias intestinais, obesidade, diabetes, histórico familiar, homens, acromegalia, pólipos de alto grau

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18
Q

Quais são os fatores de proteção?

A

ômega 3, vitamina D, atividades físicas, consumo de verduras e legumes, AINES e AAS, estatinas, ácido fólico, terapia hormonal

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19
Q

Quais são as manifestações clínicas para CCR?

A

Alteração do hábito intestinal (diarreia ou constipação), sangramento via retal (hematoquezia, melena), dor abdominal, anemia ferropriva, perda de peso, massa palpável
LADO DIREITO: sangra mais, melena, anemia, fadiga
LADO ESQUERDO: obstrução, distensão abdominal, constipação e hematoquezia

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20
Q

Quais são as manifestações de um tumor retal?

A

Tenesmo, redução do calibre fecal (fezes em fita) e dor retal

21
Q

Como deve ser o rastreamento para pessoas sem nada?

A

A partir dos 50 anos com colonoscopia a cada 10 anos e pesquisa de sangue oculto nas fezes anual. Deve-se interromper o rastreio aos 75 anos

22
Q

Como é o rastreamento se histórico familiar de CCR?

A
  • CCR ou adenoma avançado em parente de primeiro grau >=60 anos: 40 anos, com colono a cada 10 anos e PSO anual
  • CCR ou adenoma avançado em 2 parentes: 40 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem. Colono a cada 5 anos e PSO anual
  • CCR ou adenoma avançado em parente de primeiro grau <60 anos: 40 ou 10 anos antes do caso mais jovem. Colono a cada 5 anos e PSO anual
23
Q

Como é o rastreamento para casos de pólipos adenomatosos?

A
  • Normal: a cada 10 anos
  • adenomas >1 cm ou de alto grau: a cada 3 anos
  • ressecção fragmentada: 6 meses
24
Q

Como é o rastreamento para casos de pólipos serrilhados?

A

<20: a cada 10 anos
5-10: a cada 3 anos
ressecção fragmentada: a cada 6 meses

25
Q

Rastreamento para pacientes com doença inflamatória intestinal?

A

8-10 anos após o diagnóstico com colonoscopia a cada 1-2 anos

26
Q

Rastreamento para portadores de Sd Lynch?

A

20-25 anos com colono a cada 1-2 anos

27
Q

Rastreamento para portadores de PAF?

A

10-15 anos com colono a cada 1-2 anos

28
Q

Como é feito o diagnóstico do CCR?

A

Exame físico com toque retal, exame de amostras fecais e exames endoscópicos

29
Q

Quais são os exames de amostra fecais e o que querem ver?

A

Sangue oculto nas fezes
- Teste da o-toluidina: dieta específica
- Teste imunológico: não necessita de dieta específica
- Teste do DNA fecal: mais top

30
Q

Quais são os exames endoscópicos para o CCR?

A
  • Retossigmoidoscopia rígida: até 25 cm da borda anal
  • Flexível: ve até 60 cm da borda anal
  • Colonoscopia: padrão-ouro, diagnóstico e terapêutico
31
Q

Quais são os exames de imagem que podem ser usados para diagnóstico do CCR?

A

Enema baritado com sinal da mação mordida e entrografia/colonografia por TC

32
Q

Quais são características importantes a serem levadas em consideração antes do estadiamento?

A

Linfonodos acometidos em ordem: epicólicos, paracólicos, intermediários e primários
Drenagem para o sistema porta leva a metástases hepáticas (principal sítio de disseminação hematogênica)
O reto distal drena para veia ilíaca que desemboca na cava inferior e pode dar metástase pulmonar
Outro tipo de disseminação é por desprendimento de células (transperitoneal) que gera a carcinoma peritoneal

33
Q

Como é feito o estadiamento clínico?

A

Exame clínico (ascite, hepatomegalia, massa palpável), colonoscopia (avaliar tumores síncronos), TC (abdome, pelve, rx ou tc de tórax), cintilografia óssea (se sintomas ósseos ou neurológicos), toque retal, US endorretal, RNM pelve

34
Q

Em quais situações o uso do CEA deve ser preconizado?

A

Apenas para seguimento dos pacientes. O normal vai de 3-5 e pode estar alterado em outras condições

35
Q

Como é o estadiamento patológico?

A

O grau de invasão segue o raciocínio da classificação de Haggitt
Mais do que 3 linfonodos acometidos é N2
M1 é metástase à distância

36
Q

Quais são os estadios do CCR e o que significam?

A

1- limitado ao cólon
2- localmente avançado
3- linfonodos regionais acometidos
4- metástases à distância

37
Q

Qual é o tratamento CIRÚRGICO para os casos de câncer de colón?

A

Cirurgia com remoção do tumor primário e de seu suprimento linfovascular (mesocólon)
É feita uma colectomia segmentar + linfadenectomia regional com ressecção em bloco

38
Q

Como é feita a análise da situação linfonodal?

A

Pelo menos 12 linfonodos devem ser avaliados. Se forem menos de 12 avaliados, deve-se fazer quimioterapia adjuvante

39
Q

Como é feita a reconstrução do trânsito nos casos de tumor de cólon?
- Ceco e cólon ascendente
- Flexura hepática
- Transverso médio
- Descendente
- Sigmoide

A

Colectomia não complicada faz anastomose primária
Complicada faz colostomia ou ileostomia temporária
- hemicolectomia direita + anatomose ileo- tranverso
- colectomia direita extendida + anastomose íleo-transverso
- transversectomia + anastomose colo-colônica
- hemicolectomia esquerda + anastomose colorreto
- sigmoidectomia + anatomose colorreto

40
Q

Quais são os princípios para uma boa cirurgia?

A

Margem de ressecção ampla (5-7 cm), obtenção de margens radiais negativas, ligadura alta dos vasos sanguíneos, linfadenectomia regional adequada e mais de 12 linfonodos na peça
meta: ressecção R0 (margens micro e macro livres)

41
Q

Quando deve ser realizada a quimioterapia adjuvante?

A

Estadio II se < 12 linfonodos analisados, T4 perfurado ou obstruído, histologia pouco diferenciada e invasão linfovascular
Estadio III em todos os casos

42
Q

Radioterapia fica destinada para os casos de tumores colônicos irresecáveis estadio IV. V ou F?

A

Falso, Não se faz radioterapia para tumores colônicos

43
Q

Como tratar lesões metastáticas de câncer colônico?

A

Ressecável= cirurgia agressiva e quimioterapia agressiva
Irressecável= cirurgia se sintomas/ complicações e quimioterapia paliativa
Inibidores do EGFR: se não tem mutação do KRAS- panitumumabe e cetuximabe
Inibidor do VEGF: bevacizumabe

44
Q

Como é feito o tratamento do câncer do reto?

A

Radioquimioterapia neoadjuvante para os estadios II e III, invasão ou ameaça do mesorreto e localização no reto inferior.
Depois de 6-10 semanas faz a cirurgia

45
Q

Para quem é realizada a ressecção transanal?

A

Tranquilos
tumores de 3-4 cm, móveis, <40% da circunferência retal, até 6/8cm da margem anal

46
Q

Qual é o tratamento do câncer de reto de acordo com os estadios?

A

I- cirurgia
II e III: neo, cirurgia, adjuvante
IV irresecável: quimioterapia

47
Q

Como se caracteriza a ressecção radical de tumores do reto?

A

Ressecção radical em bloco, excisão mesorretal total, margens circunferenciais (1 mm), margens proximais de 5 cm e margens distais de 2-5 cm
SEMPRE QUE POSSÍVEL TENTAR RESSECÇÃO ANTERIOR BAIXA
Se não for possível: ressecção abdominoperineal (tumor muito próximo dos esfíncteres)

48
Q

Como fazer o tratamento das metástases hepáticas?

A

Ressecáveis= cirurgia. Se não tratada, sobrevida de 6-12 meses
Podem ser sincrônicas: ao diagnóstico ou até 6 meses do diagnóstico
Metacrônicas: mais de 6 meses após o diagnóstico do tumor
Irressecáveis: quimioterapia de conversão, embolização portal e hepatectomia em dois tempos, métodos ablativos por radiofrequência
Escala de fong avalia o prognóstico: quanto pior, mais 1 ponto. Baixo risco 0-2 e alto risco 3-5

49
Q
A