CIMGF - MR Flashcards
Marcelo, de 78 anos, fumador (40 unidades maço ano), vem à consulta por queixas de claudicação intermitente com doença arterial documentada. Tem pressão arterial de 170/90 mmHg. Qual a razão que o deve levar a considerar o Marcelo como tendo risco cardiovascular muito alto?
A. Doença arterial periférica
B. Hipertensão arterial de grau 3
C. Idade
D. Tabagismo
A. Doença arterial periférica
Custódia, 60 anos, tem diabetes tipo 2, e refere queixas de infeção urinária baixa há cerca de dois dias. Prefere medicação que toma no máximo 2 vezes por dia. Qual o antibiótico mais adequado?
A. Amoxicilina 1g, 12/12h, 5 dias
B. Amoxicilina + ácido clavulânico 875+125mg, 12/12h, 5 dias
C. Fosfomicina 3g, toma única, 1 dia
D. Fosfomicina 3g, 24/24h, 2 dias
C. Fosfomicina 3g, toma única, 1 dia
Que fármaco aumenta a absorção do ferro oral, melhorando a sua eficácia
terapêutica?
A. Ácido alendrónico A
B. Ácido ascórbico
C. Diazepam
D. Omeprazol
B. Ácido ascórbico
Joaquim, 67 anos, vem a consulta de reavaliação com o resultado de uma prova de esforço, pedida porque apresenta queixas de precordialgia quando caminha cerca de 500 metros e que alivia com o repouso. A prova de esforço confirma a suspeita clínica de angina estável. Que antiagregante está mais Indicado Iniciar?
A. Ácido acetilsalicílico
B. Ácido acetilsalicílico + Clopidogrel
C. Clopidogrel
D. Clopidogrel + Triflusal
A. Ácido acetilsalicílico
Manuela, 84 anos, vem queixar-se de dor ligeira nos Joelhos desde há 3 meses relacionada com o movimento, rigidez matinal de curta duração e limitação na amplitude dos movimentos. No exame objetivo apresenta Joelhos com alargamento ósseo e ligeira crepitação, sem aumento de temperatura. Qual a opção farmacológica oral de primeira linha?
A. Duloxetina
B. Etoricoxib
C. Paracetamol
D. Tramadol
C. Paracetamol
Tobias, 71 anos, está medicado com atorvastatina, espironolactona, furosemida e lítio. No ionograma do mês passado tem um valor de potássio de 6,2 mmol/L. Qual dos fármacos é responsável pela situação?
A. Atorvastatina
B. Espironolactona
C. Furosemida
D. Lítio
B. Espironolactona
Perante um utente com agudização de asma, a terapêutica de alívio sintomático deve ser complementada com a prescrição de corticosteróides orais (prednisolona ou equivalente). Qual a dose recomendada de prednisolona?
A. 3 mg/kg/dia
B. 2 mg/kg/dia
C.1 mg/kg/dia
D. 0,5 mg/kg/dia
C.1 mg/kg/dia
António, 67 anos, fumador, teve um internamento por dispneia e aumento da tosse e da expectoração purulenta há 6 meses. Hoje refere que se cansa apenas quando faz exercício vigoroso. Não teve outros internamentos nem teve outras infecções respiratórias no último ano. Diagnostica Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e pretende iniciar terapêutica. Qual a terapêutica mais indicada?
A. LABA + LAMA
B. LABA + LAMA + ICS
C. LABA+ICS Vá
D. LAMA
D. LAMA
não verificado e pré guidelines GOLD2023
João, 57 anos, não pôde comparecer ao trabalho por doença aguda. Na consulta, por falha do sistema informático, emitiu-lhe um Certificado de Incapacidade Temporária manual, por doença natural. Quantos dias úteis tem o utente para o enviar à segurança social?
A. 3
B. 5
C. 7
D. 10
B. 5
Maria, 60 anos, vem à sua consulta queixando-se de frio nas maos e pes, as unhas até ficam roxas” desde há cerca de 4 meses. Está medicada com diosmina, escitalopram, glucosamina e propranolol. O exame objetivo não apresenta alterações. Qual o fármaco que tem maior probabilidade de ser causador destes sintomas?
A. Diosmina
B. Escitalopram
C. Glucosamina
D. Propranolol
D. Propranolol
Francisca, 55 anos, pede consulta urgente por vertigem que se instalou desde a véspera, ao deitar, e que se agrava com o rodar na cama e com movimentos da cabeça. Nega náuseas, cefaleia ou diminuição da acuidade auditiva. Qual o diagnóstico mais provável?
A. Doença de Méniêre
B. Labirintite
C. Neuronite vestibular
D. Vertigem postural paroxística benigna
D. Vertigem postural paroxística benigna
Em que situação a vacinação antipneumocócica (Pn13) está recomendada e é gratuita?
A. Dador de medula óssea
B. Trissomia 21
C. Utente em diálise
D. VIH com valores de CD4+ < 500
D. VIH com valores de CD4+ < 500
Insuficiência respiratória crónica:
- Insuficiência respiratória crónica em programa de OLD
- Insuficiência respiratória crónica grave (Pa O2 <70mmHg) e FEV1 <50%
Imunocomprometidos (ou risco acrescido de meningite bacteriana)
Fístulas de LCR
Implantes cocleares (candidatos e portadores)
Asplenia e défice do complemento
- Asplenia anatómica ou funcional
- Hipoesplenismo
- Doença de células falciformes
- Outras hemoglobinopatias com disfunção esplénica
- Défice congénito do complemento
- Terapêutica com inibidores do complemento
Imunodeficiências primárias (c)
- Infeção por VIH, com linfócitos T CD4+<500 céls/mm3)
Candidatos a transplante (na lista de espera ativa) e transplantados
- Células estaminais medulares ou periféricas
- Órgãos sólidos
Doença neoplásica ativa
- Leucemias
- Linfomas
- Mieloma múltiplo
Síndrome nefrótica
Joana, 19 anos, saudável, vem mostrar análises no contexto de investigação de uma amenorreia primária. Das análises, destacam-se os únicos valores alterados: TSH 41,3 mU/I (valor de referência: 0,5 - 5,0mU/1) e T4 livre de 29,5meg/I (valor de referência: 5 - 12mcg/L). Qual a atitude mais adequada nesta situação?
A. Dosear os anticorpos anti-peroxidase
B. Iniciar terapêutica com levotiroxina
C. Referenciar à consulta de Endocrinologia
D. Repetir as análises da função tiroideia dentro de 4-6 semanas
C. Referenciar à consulta de Endocrinologia
Manuel, 60 anos, com sintomas urinários obstrutivos, tem um valor de
International Prostatic Symptom Score (IPSS) de 8 e próstata de dimensões
normais. As medidas não farmacológicas não estão a ser eficazes. Qual o fármaco mais indicado?
A. Cloreto de tróspio
B. Dutasterida
C. Serenoa repens
D. Tansulosina
D. Tansulosina
Hugo vem à consulta por se sentir cansado, triste, sem vontade de ir trabalhar ou mesmo de se divertir. Quando lhe começa a mencionar os sintomas, a Marta que o acompanha, interrompe-o várias vezes, emitindo a sua opinião. Ao perguntar à Marta “O que pensa, Marta, sobre as queixas do Hugo?”. Que tipo de técnica está a utilizar para reduzir a intervenção do acompanhante?
A. Esvaziamento da interferência
B. Marcação de novo encontro
C. Pacto de intervenção
D. Técnica da ponte
D. Técnica da ponte
Por detrás de um acompanhante intrometido está um dominador, mas também
pode ser um indivíduo protector ansioso (ansioso pelo que o doente pode ter).
Para este tipo de acompanhante podemos recorrer a várias técnicas que se
complementam:
- Esvaziamento da interferência
- Técnica de ponte
- Pacto de intervenção
- Marcação de novo encontro.
a) Esvaziamento da interferência
Por vezes a intromissão do acompanhante deve-se essencialmente ao desejo de proteger o doente e a sua intervenção traduz uma forte ansiedade. Neste caso, é útil dar liberdade ao acompanhante para expressar o que pensa, colocando-lhe perguntas como:
- Em sua opinião o que pensa que se passa com F…?
- Tem ideia de qualquer coisa em concreto que acharia conveniente fazer?
Com esta técnica “esvaziamos” os conteúdos ansiogénicos do acompanhante e que são, em grande parte, responsáveis pelo seu comportamento. No entanto, nos casos em que o comportamento do acompanhante tem outra base, por exemplo, uma relação dominadora, convém complementar com outras técnicas.
b) Pacto de intervenção
Segundo esta técnica propomos ao acompanhante um pacto: - Se estiver de acordo, diz-me tudo o que pensa sobre o problema de F…, e depois ouvirei, sem interrupção, o Sr. F…. Está de acordo? A colocação desta proposta deve ser expressa de modo calmo e tranquilo, evitando tons que eventualmente possam ser entendidos como agressivos ou expressar alianças com alguns dos interlocutores. Exige assertividade por parte do médico.
c) Técnica da ponte
Consiste em fazer a “ponte” entre o que o acompanhante acabou de dizer e o doente, pedindo ao doente que dê a sua opinião sobre o que o acompanhante disse: - Que pensa, Sr. Francisco, sobre o que a Dº. Silvina acaba de dizer sobre o seu problema? Esta é também uma boa técnica para avaliar ou actuar nas relações interpessoais na família.
d) Marcação de novo encontro
Às vezes, apesar de todas as técnicas torna-se impossível prosseguir a consulta com o acompanhante tornando-se, então, imperioso formalizar novo encontro: - Seria possível ficar a sós com a sua mulher? Ou - Nesta consulta tomei conhecimento sobre as opiniões do seu marido. Proponho-lhe que nos voltemos a encontrar no dia X para a ouvir a si. Está de acordo?
Mais uma vez a apresentação de tal proposta exige assertividade por parte do médico que deve evitar fazer transparecer a sua frustração para que ninguém se sinta rejeitado.
José, 63 anos, tem obesidade, diabetes e hipertensão arterial. Não praticava
qualquer tipo de atividade física. Esteve em duas consultas consigo e desde há cerca de quinze dias que efetua caminhadas durante 30 minutos, duas vezes por semana. Segundo o Modelo de Prochaska e DiClemente, deve Incentivar o José a passar à fase de:
A. Ação
B. Contemplação
C. Manutenção
D. Preparação
C. Manutenção
Afonso vem à sua consulta referindo que há cerca de 3 semanas foi à urgência hospitalar porque teve um episódio de infeção gastrointestinal. Desde essa altura entende que ficou a padecer de “colite”. Quando lhe pergunta “Pode-me dizer, por favor, o que entende por colite?”, qual a caraterística básica que está a utilizar na sua comunicação com o utente?
A. Assertividade
B. Concreção
C. Convicção
D. Cordialidade
B. Concreção
4.3. CONCREÇÃO
Esta qualidade é exigida pela consciência de que o médico e o doente podem usar os mesmos signos mas com significados e significantes diversos, consequência da consulta ser um encontro entre duas culturas.
Entende-se como concreção a capacidade do entrevistador estar em constante interrogação sobre se os termos que está a usar são compreendidos pelo cliente e se o que este diz é claro e entendido de igual modo. É a arte de clarificar conceitos abstractos e confusos. Cabe dentro deste conceito a capacidade de definir objectivos mútuos para a consulta. Esta qualidade envolve, por um lado, colocar constantemente a hipótese de o outro não entender aquilo que digo tal como eu penso e, por outro, não partir do pressuposto de que aquilo que ouvimos do cliente é aquilo que realmente ele quis dizer.
Os processos de transacção numa relação interpessoal desenvolvem-se numa sequência de colocação de hipóteses que importa verificar, se desejamos uma comunicação eficiente.
Por exemplo, o médico introduz na entrevista um determinado tema e verifica que, na sequência, o cliente emite uma série de gestos adaptadores, acompanhados de movimentação na cadeira para além de um certo humedecimento ocular. Perante estes índices, coloca a hipótese de aquele tema ser um assunto que desperta no cliente um certo estado emocional. Pode prosseguir a interacção partindo dessa hipótese não verificada correndo o risco de construir um entendimento em cima de premissas erradas. No entanto, se não quiser elaborar em cima de premissas erradas, deve evitar seguir atalhos e verificar com o cliente se de facto a sua interpretação está correcta.
À concreção exige dar esclarecimentos quando utiliza termos técnicos ou outros que não são próprios da cultura do doente. Para além disso, pede-se ao doente que esclareça o que entende por termos que ao médico possam parecer terem sentidos ambíguos ou muito pouco claros. Por exemplo:
- Há 2 dias que estou com gripe.
- Por favor, diga-me o que entende por gripe, isto é, o que sente?
Como se chama o processo que contribui para manter atualizada a lista da
medicação de cada doente, bem como outras Informações importantes,
nomeadamente reações adversas a medicamentos e alergias?
A. Atualização da medicação
B. Reconciliação da medicação
C. Segurança da medicação
D. Transição da medicação
B. Reconciliação da medicação
Luís, 51 anos, vem à consulta por Doença de Peyronie em fase inicial. Qual deve ser a primeira opção farmacológica para reduzir a progressão da doença?
A. Colchicina
B. Pentoxifilina
C. Sildenafil
D. Vitamina E
B. Pentoxifilina
Patients in the active phase are offered nonsteroidal antiinflammatory drugs (NSAIDS) for pain control or pentoxifylline oral therapy for three months to stabilize the disease.
*If there is no decrease in penile deformity or other symptoms after three months, we offer intralesional injections of collagenase Clostridium histolyticum (CCH).
*If there is improvement in symptoms after three months, we either continue pentoxifylline for six more months, or stop treatment and observe.
Lucas, 71 anos, aposentado, passa muitas horas a ver televisão, a comer aperitivos e a beber cervejas. Vem à consulta por dor leve, edema, rubor e dificuldade em mover a articulação metatarsofalângica do 1º dedo do pé direito. Ocasionalmente tem crises de dor e edema nesta localização. Não faz qualquer medicação. Qual a terapêutica mais correta?
A. Alopurinol 100 mg no imediato e 100 mg 1 hora depois
B. Alopurinol 300 mg no imediato e 100 mg 1 hora depois
C. Colchicina 1 mg no imediato e 0,5 mg 1 hora depois
D. Colchicina 1 mg no imediato e 1 mg 1 hora depois
C. Colchicina 1 mg no imediato e 0,5 mg 1 hora depois
> Acessos agudos de gota:
Colchicine deve ser iniciada o mais rápido possível, 1 mg nas primeiras 12 horas, seguido de
0,5 mg uma hora depois, e continuado durante os próximos dias com 0,5 mg 2-3 vezes ao dia,
dependendo da progressão da doença e da possível ocorrência de sinais de intolerância.
Se ocorrer diarreia, o tratamento com colquicina deve ser reduzido ou interrompido.
Profilaxia dos acessos agudos de gota em doentes com gota crónica, particularmente quando se inicia o tratamento hipo-uricémico, 0,5 mg a 1 mg por dia, dependendo da evolução da doença e da possível ocorrência de sinais de intolerância.
Gonzalez, 68 anos, com diabetes tipo 2, apresenta-se com taquicardia, tensão arterial baixa, taquipneia, pele e mucosas secas, hálito frutado. Está medicado com empagliflozina, metformina, pioglitazona e rosuvastatina. Qual o fármaco presumivelmente implicado no aparecimento deste quadro?
A. Empagliflozina
B. Metformina
C. Pioglitazona
D. Rosuvastatina
A. Empagliflozina
Hermínio, 62 anos, queixa-se de mialgias, três semanas após o início da toma de atorvastatina. Para além do fármaco anterior, está medicado com amlodipina, apixabano, metformina e perindopril. Qual dos outros fármacos poderá ter contribuído para o aparecimento das suas queixas?
A. Amlodipina
B. Apixabano
C. Metformina
D. Perindopril
A. Amlodipina
A verificação da existência de documento de diretivas antecipadas de vontade e a procuração de cuidados de saúde pode ser certificada em que plataforma?
A. RENTEV
B. RNU
C. SINAVE
D. SINUS
A. RENTEV
Qual o limite de tempo máximo em que podem ser efetuados os registos clínicos nas consultas não presenciais?
A. 3 dias
B. 5 dias
C. 8 dias
D 10 dias
D 10 dias
Paulo, 36 anos, vem à consulta por abcesso dentário periapical. Tem alergia a amoxicilina. Qual o antibiótico mais adequado a prescrever ao Paulo?
A. Claritromicina
B. Clindamicina
C. Doxiciclina
D. Flucloxacilina
B. Clindamicina
Mariana, 85 anos, vem à consulta por dor neuropática na região interescapular desde há 4 meses, após episódio de herpes zoster. Não apresenta lesões ativas de momento. Qual o tratamento mais adequado?
A. Flurbiprofeno 40mg, emplastro, de 12/12 horas
B. Lidocaína 5%, emplastro, máximo 12 horas
C. Metamizol, 575 mg, per os, de 8/8 horas
D. Tramadol, 75 mg, per os, de 8/8 horas
B. Lidocaína 5%, emplastro, máximo 12 horas
Eugénia, 59 anos, tem hipertensão, com risco cardiovascular moderado. Após um período de modificação dos estilos de vida, traz à consulta novas análises, sobreponíveis às anteriores: colesterol total 258 mg/dl, colesterol HDL 57 mg/dl, triglicéridos 149 mg/dl e colesterol LDL 171 mg/dl. Qual a estatina mais indicada?
A. Atorvastatina 10 mg
B. Pravastatina 20 mg
C. Rosuvastatina 20 mg
D. Sinvastatina 10 mg
A. Atorvastatina 10 mg
A Manuela enviou e-mail a dizer que a filha de 2 anos está internada há 5 meses com diagnóstico de leucemia. Sabe que existe um subsídio para assistência a filhos com doença oncológica. Qual o tempo máximo que pode emitir certificação médica de doença oncológica comprovativa que a filha necessita de assistência?
A. 1 ano
B. 3 anos
C. 6 anos
D. 9anos
B. 3 anos
Rogério, 63 anos, tem hemorróidas que prolapsam através do ânus durante a defecação ou o esforço. Requerem redução manual. Por isso, são classificadas em que grau?
A. Graul
B. Graull
C. Grau Ill
D. Grau lV
C. Grau Ill