Complicações em cirurgia ortognática Flashcards

1
Q

Diversos fatores podem influenciar em complicações na cirurgia ortognática:

A

Tabagista, diabético, higienização bucal.

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Q

Para prevenir complicações na cirurgia ortognática dev-se:

A

Fazer o pré-operatório
Coleta de dados
Planejamento

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3
Q

Qual complicação que não é de controle do cirurgião?

A

Hemorragias transoperatória.

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4
Q

Hemorragia maxilar (imediata x tardia):

A

Hemorragia imediata:
Hemorragia maciça é rara, tanto aguda quanto no pós imediato.
Hemorragia vem principalmente das: A. maxilar, alveolar superior e palatina descendente.
Le fort I - fratura de base de crânio durante separação das lâminas pterigóideas. Como evitar? Direcionamento correto dos cinzéis (medial e para baixo das lâminas). Downfracture maxilar sem necessidade de aplicar forças excessivas - seguir todo protocolo.
Em casos de fragmentos, concluir o downfracture e identificar a fonte: métodos de coagulação: tamponamento com gazes ou hemostáticos (gelfoam) absorvíveis/pinçamento/eletrocoagulação/ligadura.

Hemorragia tardia:
Primeiras horas até 9 a 10 dias de pós-operatório. Maior envolvimento: palatina descendente, maxilar interna e plexo venoso pterigóideo. Como evitar? colocação e orientação cuidadosa dos cinzéis.

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5
Q

Como tratar hemorragia na maxila?

A

Secção da artéria alveolar superior posterior não tem preocupação significativa (geralmente rompidas pela proximidade óssea).
Recomenda-se que as artérias palatinas maiores sejam preservadas
Se hemorragia for detectada, ligadura ou cauterização da A. palatina descendente deverá ser feita (Le Fort I - sem maiores complicações diferente da le fort I segmentada).

Somente contração (gaze) a continuação do sangramento provavelmente resultará em hemorragia tardia pós-operatória.

Hemorragia tardia;
Sinal mais evidente é sangramento nasal.
Remoção do bloqueio intermaxilar e avaliação das condições;
Controle hipertensão arterial, se necessário/verificar
Avaliar necessidade de consulta com hematologista.
Em caso de hemorragia nasal, avaliação da cavidade nasal e verificar se a origem é arterial ou venosa (anestesia e descongestionante).
Sangramentos menores é possível tratar com tamponamento nasal anterior e posterior por 3 a 5 dias.
Sangramento persistente ou grave, recomenda-se voltar a sala de cirurgia para exploração e ligadura direta ou tamponamento.

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6
Q

Em casos de comprometimento vascular (necrose avascular) quais fatores de risco:

A

Isquemia mais na maxila (mais ainda na maxila segmentada).
A longo prazo: fibrose, defeitos periodontais, necrose papilar, perda de dentes, alvéolo ou segmentos ósseo completos.
Fatores de risco: idade avançada, histórico médico de comorbidades, tabagismo, cirurgia maxilar prévia, uso inadvertido ou prolongada, grave anormalidade esquelética com movimentos ósseos significativos (>10 mm), avaliação pré-operatória inadequada e seguimento de necrose avascular (gengiva acinzentada, pálida).

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7
Q

Em casos de necrose avascular qual o tratamento?

A

Pode ser inicial ou tardio.
1. Identificação
2. Cuidados de suporte, incluindo irrigação, enxágues com clorexidina, instruções sobre práticas de boa higiene oral.
3. Se houver mobilidade da maxila, tomar medidas de estabilização (considerar cirurgia).
4. Considerar antibioticoterapia sistêmica profilática
5. Manejo inicial mais adequado: Oxigenioterapia hiperbárica.

Tardio ou a longo prazo: incluir aguardar período suficiente para demarcação dos segmentos necróticos (meses) e, em seguida, planejar a remoção dos dentes e segmentos ósseos, fechamento de fístula oroantral e oronasal para então seguir com enxertia óssea, implantes e reconstruções protéticas.

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8
Q

O que é pseudoartrose?

A

União tardia ou consolidação fibrosa da maxila decorrente de fatores sistêmicos ou locais:
Locais:
Irrigação maxilar comprometida pelo planejamento cirúrgico ou por cicatrização de cirurgia anterior.
Atividades parafuncionais, forças mastigatórias excessivas, irregulares oclusais.

Sistêmicos:
Patologias que interferem na reparação - diabetes melito, tabagismo, doenças com imunocomprometimento que exigem planejamento individualizado para minimizar complicações previstas na consolidação óssea inadequada. Ex. em um movimento instável, placas e parafusos podem ser combinada os com formas adicionais de estabilização, incluindo fios, bloqueio intermaxilar, uso de enxertos.

Principal achado é a mobilidade da maxila

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9
Q

Qual o tratamento para mobilidade da maxila?

A

Se observada no início do período pós-op. o bloqueio pode ser benéfico, porém ode não ajudar na reparação interferindo na consolidação pela tração constante durante tentativa de abertura bucal.
Manejo tardio: Cirurgia para desbridamento e enxertia (alógeno ou autógeno) e estabilização rígida.

Pode ser decorrente de necrose avascular, contato ósseo insuficiente, instabilidade de dispositivos de fixação ou instabilidade dos fragmentos ósseos.

Osteotomia vertical do ramo: grande quantidade de tecido mole e inserções musculares podem ser rebatidas no segmento proximal. O segmento também pode se situar em aposição próxima a porção distal da mandíbula, podendo, ficar instável se não houver uso de dispositivos de fixação rígida. Qualquer movimentação parafuncional significativa pode contribuir para ausência de fixação.

Osteotomia sagital do ramo: avanços maiores (>7 mm) requer fixação adicional para manter estabilidade.

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10
Q

Qual o limite entre dentes que deve ser respeitado em osteotomias segmentar e subapical?

A

Espaço mínimo entre dentes para osteotomia segmentar: 3 mm
E 5 mm acima dos ápices radiculares para evitar lesão aos dentes.

Na osteotomia segmentar, o planejamento deve obedecer remoção óssea mínima entre os segmentos, assim como evitar manipulação excessiva e o torque dos segmentos. Porém se necessários, devem ser feitos em direção ao ápice radicular ao invés da margem gengival para minimizar lacerações na mucosa e defeitos periodontais.

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11
Q

Quais as causas para formação de fístula em cirurgia ortognática?

A

Resultam de lesão de tecidos moles no momento da cirurgia.
Relatadas principalmente com osteotomias segmentares isoladas e Le Fort.
Uso de rotatórios, serrar, osteotomias que perfuram a mucosa palatina.
Laceração iatrogênica da mucosa palatina.

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12
Q

Quando há formação de fístula em cirurgia ortognática quais medidas devem ser adotadas?

A

Prevenção de infecções nasais e sinusais (ATB sistêmicas, descongestionantes nasais).
Aparelho de obstrução a fístula que contribui para o fechamento espontâneo, fornecendo estrutura de suporte para migração do tecido e também reduzindo o acúmulo de alimentos e a contaminação no local - Evitar pressão excessiva.
Se for necessário fechamento cirúrgico, recomenda-se aguardar 6 meses para que a revascularização completa seja possível.

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13
Q

Infecção em cirurgias ortognáticas:

A

Baixa incidência
Efetivamente tratadas por antibióticos VO
Podem decorre principalmente de: Hematoma infectado (drenagem); Dispositivos de fixação que se soltam (remoção).

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14
Q

Em casos de lesões nervosa na maxila durante ortognática:

A

Não tem maiores consequências, se limitando aos ramos terminais do infra-orbitário.
Recuperação espontânea para lábio, bochecha e nariz geralmente ocorre entre 2 a 8 semanas.
Recuperação espontânea para dentes, gengiva, mucosa geralmente ocorre entre 6 a 12 meses.

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15
Q

Em casos de lesões nervosa na mandíbula durante ortognática:

A

Osteotomia vértico-sagital: quando segmentos são separados, visualizar e proteger o nervo sempre que possível.
Alveolar inferior

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16
Q

Alteração no formato nasal:

A

Desvio de septo: geralmente associada a Le fort I. Se identificado no período trans-operatório: Reposicionamento manual, reoperação com redução do septo caudal ou septoplastia.
Válvula nasal interna: mais preocupante em impacções por redução da cavidade nasal.
Base alar: Geralmente associada a incapacidade de fazer manejo adequado do septo nasal, musculatura paranasal e mucosa labial. São problemas de difícil resolução e bem manejados com a prevenção com controle da largura da base alar e reconstrução da musculatura paranasal.

17
Q

Disfunção articular temporomandibular e a cirurgia ortognática:

A

Transtornos a curto prazo:
Relação funcional adequada pode melhorar sintomas de DTM, embora não seja uma cura primária oferecida para a resolução.

Pacientes em classe II com deslocamento anterior de disco preexistente podem se beneficiar com ortognática mandibular porque o côndilo é colocado em relação diferente da fossa glenoide, que pode aliviar o desarranjo interno, aumentando espaço articular para possibilitar que o disco assuma melhor posição.

A ortognática pode apresentar efeito negativo, positivo ou nenhum efeito na DTM.
Após a cirurgia, pode ocorrer o agravo dos sintomas de DTM pré-existente.
Exacerbações crônicas pode ser tratadas através de medicamentos, fisioterapia. Em manifestações crônicas, os sintomas são tratados através de protocolos padrão para DTM.

18
Q

Discrepâncias oclusais no pós-operatório, mordida aberta anterior:

A

Mordida aberta anterior - Maxila: interferências posteriores não reconhecidas no bloqueio intermaxilar transoperatório. O bloqueio, haverá a tentativa de correção da discrepância pelas interferências posteriores e tracionará os côndilos para fora da fossa glenoide. Se a maxila estiver fixada com os côndilos não assentados de forma passiva, quando o bloqueio for liberado, ocorrerá mordida aberta imediata.
Se a situação não for reconhecida até o dia seguinte, uma possível correção cirúrgica deve ser considerada.
Interferências criada após cirurgia podem afetar o desenvolvimento de mordida aberta anterior.
Correção cirúrgica e ortodôntica das discrepâncias transversais maxilares graves é conhecida por ser instável. Quando ocorre recidiva dessa alteração, manifesta-se por mordida aberta anterior. Tendem a sofrer recorrência.

Mandíbula:
Discrepâncias posicionais condilares podem resultar em mordidas abertas anteriores/posteriores ou desvios laterais da oclusão.
Discrepâncias oclusais graves podem requerer reabordagem cirúrgica.
Discrepâncias <3 mm podem ser tratadas através de elasticoterapia.

19
Q

Complicações da cirurgia ortognática - epífora:

A

Le fort.
Geralmente associada ao edema da mucosa nasal, mas também, ao dano ao ducto nasolacrimal (turbinectomia inferior parcial concomitante a osteotomia maxilar).
Lesão também pode ocorrer se a osteotomia Le Fort tiver sido posicionada distante superiormente ao longo da medial do seio (parede nasal lateral).
Frequente, porém transitória e com resolução espontânea.

20
Q

Possível complicação da cirurgia ortognática - Síndrome de Frey (Síndrome auriculotemporal):

A

Suor nas bochechas durante mastigação e salivação (teste de iodo e amido).
Casos leves: Observação;
Casos graves: escopolamina tópica, acelular sob pele.

21
Q

Complicação nas glândulas salivares em cirurgia ortognática:

A

Inchaço indolor;
Sialoceles e fístulas: antisialogos (anticolinérgicos), curativos compressivos, aspiração ou drenagem e baixa dose de radiação para atrofia glandular (diminuição do fluxo salivar).
Sialocele deve aguardar ~4 semanas com terapia não cirúrgica.