REMIT Flashcards

1
Q

David Cuthbertson, médico escocês, propôs em 1942 que a resposta ao estresse fosse dividida em três fases:

A
  1. (a) fase de refluxo hipodinâmico (choque) - fase EBB
  2. fase de fluxo hiperdinâmico - fase FLOW
  3. fase de recuperação (fase ANABÓLICA)
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2
Q
  1. (a) fase de refluxo hipodinâmico (choque) - fase EBB =
A

em que o corpo humano tenta limitar a perda de sangue e manter a perfusão para os órgãos vitais.

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3
Q
  1. fase de fluxo hiperdinâmico - fase FLOW =
A

caracterizada por aumento do fluxo sanguíneo, que visa remover produtos residuais e permitir que os nutrientes cheguem ao local da lesão para reparo.

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4
Q
  1. fase de recuperação (fase ANABÓLICA) =
A

que dura meses e tenta fazer o corpo humano retornar ao seu nível anterior ao trauma.

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5
Q
  1. CARACTERÍSTICAS DA fase de refluxo hipodinâmico (choque) - fase EBB
A
  • Curta duração → 24-72 horas após o estresse cirúrgico;
  • Aumento dos hormônios contrarreguladores da insulina (catecolaminas, cortisol, glucagon), com aumento da resistência insulínica;
  • Hiperglicemia secundária a aumento da gliconeogênese e da lipólise;
  • Diminuição da taxa metabólica basal e do consumo de O2;
  • Vasoconstrição e aumento da resistência vascular periférica, com diminuição do débito cardíaco;
  • Aumento da contratilidade e frequência cardíacas
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6
Q
  1. CARACTERÍSTICAS DA fase de fluxo hiperdinâmico - fase FLOW =
A
  • Pode durar até 8 semanas ou mais em traumas graves;
  • Hipermetabólica, com aumento da temperatura corporal basal;
  • Balanço nitrogenado negativo, com perda proteica acentuada e baixa síntese de proteínas;
  • Hiperglicemia, com baixos níveis de insulina e resistência insulínica periférica;
  • Os níveis de cortisol, glucagon e catecolaminas mantêm-se elevados nessa fase;
  • Aumento da retenção hídrica pelo efeito dos hormônios antidiuréticos e aldosterona.
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7
Q

A resposta ao estresse cirúrgico envolve a ação de hormônios e citocinas e alterações no metabolismo energético. Para entendermos como a resposta se processa, iremos dividi-la em 3:

A
  • Resposta neuroendócrina;
  • Resposta imunológica-inflamatória;
  • Resposta metabólica.
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8
Q

Como ocorre a ativação da resposta neuroendócrina?

A

São as fibras nervosas aferentes nociceptivas no local lesado, que viajam chegando ao hipotálamo, o qual responde por 2 vias diferentes:

  1. via rápida, representada pela ativação do sistema nervoso autônomo simpático e estimulação da glândula adrenal
  2. via lenta, representada pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise, que leva à liberação de hormônios (como o hormônio do crescimento – GH) e esteroides;
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9
Q

Vamos ver um resumo com os principais hormônios nessa fase e, principalmente, quais se elevam e quais diminuem.

A. AUMENTAM

B. DIMINUEM

A

A. CORTISOL/ACTH, CATECOLAMINAS, ALDOSTERONA, VASOPRESSINA, GH, GLUCAGON

B. TESTOSTERONA, INSULINA, ESTROGÊNIO, TIROXINA.

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10
Q

Seu aumento estimula a lipólise, proteólise, gliconeogênese hepática Aumenta a resistência periférica à insulina Inibe o acúmulo de macrófagos e neutrófilos.

A

ACTH/Cortisol ↑

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11
Q

Seu aumento estimula a glicogenólise, gliconeogênese e lipólise. Estimula a liberação de aminoácidos e ácidos graxos
Aumenta a contratilidade miocárdica, a vasoconstrição e a frequência cardíaca. Promove broncodilatação Estimula a produção de renina, vasopressina e do ACTH. Inibe a produção de insulina pelo pâncreas.

A

Catecolaminas ↑

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12
Q

Seu aumento permite a reabsorção de sódio e de bicarbonato. Maior excreção de potássio (hipocalemia) e hidrogênio. Resultado = urina ácida com baixo volume, alta densidade, excreção aumentada de potássio, excreção diminuída de sódio

A

Renina/aldosterona ↑

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13
Q

Seu aumento aumenta a reabsorção de água, diminuindo a diurese. Promove vasoconstrição esplâncnica. Estimula a gliconeogênese e a glicólise.

A

Hormônio antidiurético/ vasopressina ↑

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14
Q

Seu aumento inibe a captação e a utilização de glicose pelas células. Estimula a lipólise e a glicólise

A

Hormônio do crescimento ↑

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15
Q

Seu aumento estimula a glicogenólise, a lipólise e a gliconeogênese hepática.

A

Glucagon ↑

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16
Q

Com sua redução, a produção é inibida pela ação α2-adrenérgica nas células β-pancreáticas. Aumento na resistência periférica a sua ação
Excreção aumentada pela urina.

A

Insulina ↓

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17
Q

Sua redução causa redução na conversão periférica do T4 em T3, Diminuição da depuração da forma inativa (T3 reverso)
Falha no mecanismo de feedback, Inibição da ligação dos hormônios tireoidianos à albumina

A

T3 ↓

18
Q

Sua redução causa aumento na resistência a sua ação

A

Testosterona/estrogênio ↓

18
Q

Durante a resposta metabólica, a resposta ao estresse cirúrgico produz um estado de hipermetabolismo e catabolismo intenso. Dessa forma, um dos marcos dessa resposta é a

A

HIPERGLICEMIA

19
Q

Uma complicação imediata da Resposta endócrina é a

A

desnutrição calórico-proteica

20
Q

Nessa fase, os triglicerídeos são convertidos em ácidos graxos livres e glicerol. O glicerol, como acabamos de ver, é utilizado pelo fígado na geração de glicose por meio da gliconeogênese. Já os ácidos graxos livres entram em um pool em que eles podem ser oxidados no fígado, sendo convertidos em cetonas (β hidroxibutirato, acetoacetato e acetona) ou reesterificados

A

LIPÓLISE

21
Q

Sobre o METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS:

1.Glicólise
2. Glicogênese
3. Glicogenólise
4. Gliconeogênese

A
  1. Fase inicial da respiração aeróbica: formação de duas moléculas de ATP durante a
    quebra da glicose em piruvato
  2. Formação de glicogênio, estimulada pela insulina, quando há excesso de glicose no sangue
  3. Quebra do glicogênio para fornecimento de glicose
    Estimulada pelas catecolaminas, glucagon e cortisol
  4. Formação de glicose por meio de diversos substratos (aminoácidos, glicerol, lactato)
22
Q

O principal estímulo para a quebra das proteínas, a PROTEÓLISE, é dado pelo

A

Cortisol

23
Q

A principal reserva de proteínas utilizadas como substrato energético é proveniente da

A

musculatura esquelética

24
Q

Os principais aminoácidos disponibilizados com a Proteólise são

A

ALANINA e a GLUTAMINA

25
Q

Em razão do estímulo do glucagon, o fígado transforma a alanina em piruvato. Esse último entra na via da gliconeogênese e é transformado em glicose. Esse ciclo é chamado de:

A

Ciclo de Felig ou ciclo da alanina glicose

26
Q

Já o lactato é um subproduto do glicólise anaeróbica, sendo um importante marcador de hipoperfusão tecidual e hipóxia celular. Ele é captado pelo fígado, onde é convertido em piruvato e, finalmente, em glicose, pela gliconeogênese. Esse ciclo é conhecido como:

A

Ciclo de Cori ou ciclo do lactato-glicose.

27
Q

Um dos principais mediadores da RESPOSTA INFLAMATÓRIA são

A

citocinas

28
Q

São glicoproteínas heterogêneas de baixo peso molecular, essenciais para as respostas imunes e adaptativas do organismo, desempenhando um papel na iniciação, perpetuação e, por fim, regulação negativa da resposta inflamatória.

A

Citocinas

29
Q

As principais citocinas PRÓ-INFLAMATÓRIAS são:

A
  • Fator de necrose tumoral (TNF ou FNT);
  • Linfotoxina-alta (LT-α);
  • Interleucina-8 (IL-8);
  • Interleucina-6 (IL-6);
  • Interleucina-1 (IL-1);
  • Interferon-gama (IFN-γ).
30
Q

As principais citocinas ANTI-INFLAMATÓRIAS são:

A
  • Interleucina-4 (IL-4);
  • Interleucina-10 (IL-10);
  • Interleucina-11 (IL-11);
  • Interleucina-13 (IL-13);
  • Fator de crescimento transformador beta (TGF-β)
31
Q

É responsável por 90% dos episódios febris nas primeiras 24 a 48 horas de pós operatório:

A

ATELECTASIA

32
Q

No que se refere ao metabolismo da glicose, no pós-operatório imediato, ocorre:

A

hiperglicemia reacional intensa proporcional ao porte da operação.

33
Q

Em relação ao metabolismo da água e dos eletrólitos, o efeito da resposta endócrino metabólica ao trauma produz uma urina com as seguintes características:

A

Volume baixo,
densidade alta,
concentração baixa de sódio
concentração alta de potássio.

34
Q

Classicamente, a fase EBB, que dura até 24-72 horas após o trauma, é reconhecida por apresentar uma diminuição na (1), com diminuição do (2).

A

(1) taxa metabólica inicial
(2) consumo de oxigênio

35
Q

Durante a fase EBB há intensa vasoconstricção, com consequente aumento da resistência vascular periférica, e aumento tanto da contratilidade miocárdica quanto da frequência cardíaca. Com o aumento da resistência vascular periférica, há menor pré-carga e, assim, há diminuição do:

A

débito cardíaco

36
Q

Inicia-se uma colectomia direita por neoplasia de ceco, com acesso por laparotomia, numa paciente de 50 kg. A previsão é que a operação dure 3 horas. O valor estimado de cristaloide que deve ser infundido para repor as perdas insensíveis intraoperatórias é de:

A

Projeto acerto: 1 a 4mL/kg/h (mais usado: 2mL)

2 x 50kg x 3 h

Considerando o livro de anestesia (Ronald Miller), a reposição deveria ser feita com 750 a 1050 ml (5-7 x 50kg x 3 h)

37
Q

Quais são os critérios diagnósticos da SIRS?

A
  • Frequência cardíaca acima de 90 bpm
  • Contagem de leucócitos ABAIXO DE 4000 céls/mm³
  • Temperatura acima de 38.3 °C ou abaixo de 36°C
  • Frequência respiratória ACIMA DE 20 irpm é que é critério.
  • PaCO2 maior que 32 mmHg
38
Q

Qual tipo de anestesia pode atenuar a resposta ao estresse cirúrgico?

A

anestesia EPIDURAL

39
Q

As proteínas de fase aguda são:

A

fibrinogênio
ceruloplasmina
proteína C reativa.

40
Q

São conhecidas como proteínas de fase aguda negativas, e, portanto, diminuem nos processos inflamatórios.

A

Albumina e
transferrina