Abdome Agudo Hemorrágico Flashcards

1
Q

Caracteriza-se pela presença de sangue livre na cavidade abdominal (hemoperitônio) de origem não traumática.

A

Abdome Agudo Hemorrágico

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2
Q

Não confundir ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO com HEMORRAGIA DIGESTIVA, pois, nesse último:

A

O sangue está dentro do TGI e não livre na cavidade peritoneal.

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3
Q

CAUSAS MAIS COMUNS DE ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

A

Gravidez ectópica rota

Cisto ovariano roto

Ruptura de aneurisma de aorta abdominal (AAA)

Ruptura de aneurisma de artéria esplênica

Ruptura esplênica e hepática espontânea

Adenoma hepático roto

Discrasias sanguíneas

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4
Q

Causa mais comum de ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO :

A

Gravidez Ectópica

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5
Q

Geralmente o paciente apresenta-se com dor abdominal intensa associada a alterações hemodinâmicas secundárias à perda sanguínea (palidez, sudorese fria, pulsos filiformes, taquicardia, hipotensão, taquipneia, RNC).

A

ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

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6
Q

Ambos os Sinais são causados por irritação do nervo frênico no diafragma pelo sangue livre na cavidade peritoneal:

(1) dor referida no ombro, para patologias ginecológicas

(2) dor no ombro esquerdo, devido ruptura esplênica,

A

(1) Sinal de Lafond

(2) Sinal de Kehr

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7
Q

DOR ABDOMINAL AGUDA + CHOQUE HIPOVOLÊMICO =

A

ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

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8
Q

O Tratamento do Abdome agudo hemorrágico, assim como o do trauma abdominal com lesão de víscera maciça, envolve:

A

Tratar o choque: hidratação EV com cristaloide através de acesso venoso periférico, transfusão sanguínea (se necessária).

Controle da hemorragia imediato: quase sempre cirúrgico, por meio de laparotomia exploradora.

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9
Q

A Laparoscopia está contraindicada no paciente

A

Instável hemodinamicamente

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10
Q

A maioria dos casos de Gravidez Ectópica ocorre na (1) e é mais frequente do (2)

A

(1) tuba uterina (96%)

(2) lado direito

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11
Q

A localização mais comum da Gestação ectópica é na:

A

Região ampular da tuba uterina

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12
Q

No entanto, a rotura na Gestação Ectópica é mais frequente na

A

Região ístmica

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13
Q

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA GESTAÇÃO ECTÓPICA

A
  • História de doença inflamatória pélvica
  • Gravidez tubária anterior
  • Cirurgia tubária anterior
  • História de endometriose
  • Dispositivo intrauterino permanente (DIU)
  • Tabagismo
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14
Q

Devemos suspeitar de um abdome agudo hemorrágico por gravidez ectópica rota na paciente em idade reprodutiva, com histórico de

A

Amenorreia, sangramento vaginal anormal, que cursa com dor abdominal súbita, de forte intensidade, contínua, inicialmente no abdome inferior, e sinais de choque (taquicardia, hipotensão, sudorese, lipotimia).

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15
Q

Se houver sangramento intraabdominal suficiente para atingir o diafragma, ela pode apresentar dor no ombro, devido à irritação diafragmática =

A

Sinal de Lafond

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16
Q

Um sinal clínico que também pode estar presente, consiste na presença de equimose periumbilical, indicativo de hemorragia intra-abdominal =

A

Sinal de Cullen

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17
Q

No exame especular da Gravidez Ectópica, pode haver abaulamento do fundo de saco de Douglas, indicando a presença de:

A

Hemoperitônio

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18
Q

Durante o toque vaginal na Gravidez Ectópica, ao comprimir-se o fundo de saco, a paciente apresenta dor de forte intensidade, sinal conhecido como:

A

Sinal de Proust ou “grito de Douglas”

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19
Q

O diagnóstico da Gravidez Ectópica é baseado no quadro clínico de dor abdominal aguda, história de atraso menstrual, sangramento vaginal e sinais de choque, em uma paciente em idade fértil, com BHCG positivo e ultrassonografia abdominal e/ou transvaginal evidenciando:

A
  • Líquido livre na cavidade (hemoperitônio);
  • Ausência de gestação intrauterina;
  • Massa extrauterina complexa (saco gestacional), geralmente na tuba uterina.
20
Q

GESTAÇÃO ECTÓPICA =

A

BHCG SEMPRE POSITIVO

21
Q

O tratamento da gravidez ectópica rota é cirúrgico de emergência. Geralmente, o acesso à cavidade abdominal é por laparotomia convencional, uma vez que instabilidade hemodinâmica é contraindicação à laparoscopia. A cirurgia mais comumente realizada é a:

A

Salpingectomia

22
Q

A ruptura fisiológica de pequenos cistos foliculares que ocorre a cada ciclo ovulatório geralmente não é significativa clinicamente. Na maioria das mulheres, é assintomática ou há dor leve no meio do ciclo (também conhecida como mittelschmerz ou “dor do meio”). Mas, pode ocorrer sangramento significativo e evoluir para um abdome agudo hemorrágico.

A

CISTO OVARIANO ROTO

23
Q

A apresentação clássica da Ruptura de Cisto Ovariano é:

A

início súbito de dor intensa, unilateral e localizada no quadrante inferior do abdome (direito ou esquerdo), geralmente durante atividades físicas extenuantes, como exercícios ou relações sexuais.

24
Q

Para o Diagnóstico de CISTO OVARIANO ROTO, é importante excluir a gravidez ectópica rota por meio da:

A

dosagem do BHCG

25
Q

Excluindo uma Gravidez Ectópica Rota, o diagnóstico de Cisto Ovariano Roto pode ser feito pela ultrassonografia, em que será visualizada

A

massa anexial e líquido livre na pelve.

26
Q

Pacientes com ruptura de cisto ovariano geralmente sangram uma quantidade pequena ou moderada e o sangramento é autolimitado, podendo ser conduzida de forma conservadora, com internação, repouso, hidratação endovenosa, analgesia, controle hematimétrico, exame físico e ultrassonografia seriados.
No entanto, se a paciente já se apresentar com instabilidade hemodinâmica ou houver falha durante a observação clínica, o tratamento deverá ser cirúrgico, com:

A

Laparotomia ou laparoscopia (se estável) e controle da hemorragia por meio de uma cistectomia ou ooforectomia.

27
Q

O aneurisma da aorta abdominal (AAA) é mais frequente no: segmento

A

Infrarrenal

28
Q

FATORES DE RISCO PARA ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA)

A

Diâmetro do aneurisma superior a 5,5 cm (diretamente proporcional ao risco de rotura).

Aneurisma sacular.

Crescimento > 0,5 cm em 6 meses ou > 1 cm em um ano.

Aneurismas sintomáticos.

Tabagismo.

Sexo feminino.

DPOC.

Transplantado cardíaco ou renal.

29
Q

O principal fator de risco para Ruptura de um Aneurisma de Aorta Abdominal é o

A

diâmetro

30
Q

A TRÍADE CLÁSSICA do Aneurisma Abdominal Roto está presente em 50% dos casos e é composta por:

A
  • Dor abdominal e/ou lombar intensa
  • Hipotensão
  • Massa abdominal pulsátil
31
Q

Um sinal clínico que pode estar presente na ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA) é a presença de equimose em flancos, indicativo de hemorragia retroperitoneal (também presente nos casos de pancreatite necrohemorrágica):

A

Sinal de Grey-Turner

32
Q

Sobre o Diagnóstico, em pacientes com suspeita de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA), ESTÁVEIS hemodinamicamente, é um exame útil para o planejamento cirúrgico:

A

ANGIOTOMOGRAFIA

33
Q

Sobre o Diagnóstico, em pacientes com suspeita de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA), INSTÁVEIS hemodinamicamente, esse exame pode ser realizado, mas não é obrigatório:

A

ULTRASSONOGRAFIA

34
Q

Pacientes sabidamente portadores de ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA) ÍNTEGRO que se apresentam com quadro clínico típico (dor abdominal/dorsal, massa pulsátil e hipotensão) e instabilidade hemodinâmica não necessitam de nenhum exame complementar e devem:

A

ser levados imediatamente ao centro cirúrgico para controle imediato da hemorragia e reparo do aneurisma

35
Q

Quando o AAA roto é identificado, o reparo deve ser realizado imediatamente para que o paciente tenha chance de sobrevivência. A reposição volêmica é essencial nessas ocasiões. Apesar disso, há um conceito de que evitar reposição volêmica agressiva e permitir uma pressão arterial sistólica tão baixas quanto 50 a 70 mmHg, sendo uma estratégia útil para prevenir mais lacerações da aorta e limitar a perda sanguínea, devendo ser considerada para os pacientes conscientes, ou seja, sem sinais de hipoperfusão cerebral.

A

HIPOTENSÃO PERMISSIVA

36
Q

Outra estratégia importante no tratamento de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL, principalmente nos pacientes instáveis, consiste na
passagem percutânea de um balão que deverá ser insuflado na aorta proximal ao aneurisma roto, antes do reparo aberto ou endovascular, permitindo, dessa forma, controle do sangramento e melhora hemodinâmica:

A

Passagem do balão intra-aórtico

37
Q

Os aneurismas com ruptura podem ser reparados por 2 métodos:

A
  • Cirurgia aberta convencional
  • Reparo endovascular (REVA):
38
Q

Envolve a substituição do segmento aórtico roto por um enxerto protético, que pode ser simples ou bifurcado. As opções de enxerto são de poliéster (por exemplo, Dacron) e politetrafluoroetileno (PTFE).

A

Cirurgia aberta convencional

39
Q

É a via de escolha, desde que haja disponibilidade e as condições anatômicas do aneurisma permitam. Envolve a colocação de endoprótese aórtica autoexpansível, que reveste a aorta e exclui o saco aneurismático da circulação, geralmente por meio de punção das artérias femorais. Essa técnica parece estar associado a uma menor morbidade e mortalidade perioperatória.

A

Reparo endovascular (REVA)

40
Q

As principais contraindicações ao reparo endovascular dos aneurismas de aorta abdominal são:

A
  • Aneurismas localizados na altura ou acima das artérias renais.
  • Colo aórtico < 0,7 cm.
  • Presença de trombo ou calcificação circunferencial na região proximal de fixação da prótese
41
Q

Apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, na anestesia cardiovascular e nos cuidados intensivos, a mortalidade cirúrgica após o reparo aberto do AAA rompido permanece alta, em torno de:

A

30 a 50%

42
Q

Uma das complicações no reparo de AAA roto, e que as bancas adoram cobrar, é decorrente de uma ligadura inadvertida da artéria mesentérica inferior, obstrução de seu óstio pela prótese aórtica ou mesmo pela hipotensão severa, comum nesses casos.

A

Isquemia Colônica

43
Q

O diagnóstico da Isquemia Colônica é feito por

A

Colonoscopia ou Sigmoidoscopia

44
Q

São causas de hemoperitônio, EXCETO:

A. Rotura de útero.

B. Rotura de Baço.

C. Laceração renal.

D. Laceração hepática.

A

C

Os rins são órgãos RETROPERITONEAIS; portanto, a laceração renal NÃO é causa de hemoperitônio.

45
Q

Presença de icterícia associada a vesícula biliar palpável e indolor em pacientes com câncer de pâncreas, recebendo o nome de

A

Sinal de Courvoisier-Terrier

46
Q

Os sinais clássicos da pancreatite hemorrágica são:

A

Sinal de Cullen (equimoses periumbilicais) e

Sinal de Grey-Turner (equimoses nos flancos)

47
Q

Você está na emergência e atende uma mulher de 29 anos que apresentou quadro de dor súbita em fossa ilíaca esquerda há 2 horas, com náuseas e sem vômito. Apresenta ciclos menstruais normais e regulares. Durante o atendimento você verificou muita dor a palpação abdominal, porém sem sinais de irritação peritoneal. Dados vitais estáveis e RX com distribuição homogênea de gases intestinais. Com base nestes dados você provavelmente está diante de um abdome agudo de qual tipo?

A. Inflamatório.

B. Obstrutivo.

C. Hemorrágico.

D. Isquêmico.

A

D

OBSERVAÇÕES:

Incorreta alternativa “c”: O abdome agudo hemorrágico, assim como o abdome agudo perfurativo, também costuma ser caracterizado por dor de início abrupto, associado à redução dos ruídos hidroaéreos e irritação peritoneal. O abdome agudo hemorrágico em homens jovens, habitualmente é secundário à ruptura de um aneurismas víscerais e em mulheres, costuma estar associado à afecções ginecológicas como a gravidez tubária rota. Não raro, o abdome agudo hemorrágico costuma estar associado a alterações hemodinâmicas.

A ausência de irritação peritoneal e os ciclos menstruais normais, falam contra a presença de abdome agudo hemorrágico.

Correta alternativa “d” : A dor intensa de início abrupto, localizada em fossa ilíaca, associada a náuseas e vômitos, febre baixa e defesa abdominal caracterizam sintomas plenamente compatíveis com um quadro de torção ovariana.