CLM/CIR: Hemorragia Digestiva, Proctologia Flashcards

1
Q

Qual a abordagem inicial do pct c hemorragia digestiva?

A
  1. Estabilização clínica (hemodinâmica e respiratória - “abc” do trauma)
    • VA artificial
    • Estabilização hemodinâmica
      • Ht não é bom parâmetro inicial (24 - 48 horas)
    • Identificar e tratar a causa
  2. Laboratório
    • Hemograma,
    • Eletrólito,
    • Função renal,
    • Coagulograma
  3. Dieta zero
  4. Sonda nasogástrica (? - controverso)
  5. Drogas - para HDA
  6. Buscar etiologia
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Q

Quais drogas devem ser utilizadas em pct c HDA?

A

IBP venoso: supressão ácida - HDA por DUP

  • Omeprazol ou esomeprazol: 80mg + 8mg/h
  • EDA com dupla ação: epinefrina + eletrocoagulação

+

Ceftriaxona + Terlipressina → se CIRROSE (translocação bacteriana, vasoconstritor esplânico)

——

Se HDA por varizes esofagogástricas:

ATB profilático

  • Ceftriaxona IV, 7d - Cipro VO qd possível

Vasoconstrictor esplâncnicos

  • Terlipressina IV, 5d; somatostatina; octreotide

Betabloqueador: NÃO iniciar nos primeiros dias

  • Propranolol
  • Carvedilol
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3
Q

Qual a conduta se pct com HDA não estabilizar após cuidados iniciais?

A

Angioembolização
OU
Cirurgia

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4
Q

Quais os graus da classificação de Forrest?

  • Qual a chance de ressangramento?
  • Qual a conduta para úlcera com alto risco de ressangramento?
A

I - ATIVA

  • IA: Sangramento pulsátil → 90%
  • IB: Sangramento “babando”/não pulsátil → 90%

II - HEMORRAGIA RECENTE

  • IIA: Vaso visível → alto: 50%
  • IIB: Coágulo → médio: 30%
  • IIC: Hematina → baixo: 10%

III - SEM SINAIS

  • Base clara → baixo: 5%

——-

Terapia endoscópica: IA, IB, IIA

  • Clipagem
  • Coagulação térmica
  • Injeção de epinefrina

“A” = Ativo/Arterial

  • IA; IB e IIA = tto endoscópico
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5
Q

Qual o tto de úlcera de alto risco de ressangramento pela classificação de Forrest?

A

Terapia endoscópica (IA,IB,IIA)

  • Clipagem
  • Coagulação térmica
  • Injeção de epinefrina
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6
Q

Qual o tratamento de úlcera de baixo risco de ressangramento pela classificação de Forrest?

A

Tratamento clínico, sem terapia endoscópica

  • Reintroduzir dieta
  • Erradicar H pylori se +/suspender AINE
  • IBP via oral e alta precoce
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7
Q

Qual a conduta se falha de terapia endoscópica para HDA por DUP com sangramento de alto risco?

A
  • 2ª tentativa de hemostasia endoscópica
  • Arteriografia
    • Embolização arterial
  • Cirurgia (em último caso)
    • Interromper o sangramento ± tratar a úlcera (rafia da úlcera)
    • Duodenal
      • Duodenotomia + rafia da úlcera ± vagotomia
    • Gástrica
      • Gastrostomia + rafia da úlcera ± vagotomia e gastrectomia
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8
Q

Qual a conduta endoscópica de escolha para varizes:

  • Esofageanas
  • Gástricas isoladas
  • Ectasia gástrica
A
  • Ligadura elástica
  • Cianoacrilato (“cola”)
  • Laser de argônio
Cianoacrilato
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9
Q

Qual a conduta endoscópica de escolha se sangramento por varizes esofagogástricas incontrolável?

A

Balão de Sengstaken-Blakemore

  • Comprime mucosa de esôfago e estômago
  • Terapia “ponte” por até 24h até q possa fazer tto definitivo
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10
Q

O que caracteriza e Sd de Mallory Weiss?

  • Qual o principal fator de risco da sd de Mallory Weiss?
  • Como fazer o diagnóstico?
  • Qual o tratamento?
A

Lacerações de mucosa e submucosa na JEG

  • Vômitos vigorosos (ex.: pós libação alcoólica)
  • 90% auto-limitados
  • EDA

—–

  • IBP + Antieméticos
  • Terapia hemostática se sangramento ativo (hemoclipe, injeção de epinefrina..)
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11
Q

O que é a lesão de Dieulafoy?

  • Como fazer o diagnóstico?
  • Como tratar?
A

Artéria dilatada aberrante / tortuosa na submucosa gástrica, circundada por mucosa normal

  • 1 - 3mm
  • Pode ocorrer em todo TGI, mas ocorre mais em fundo gástrico (região proximal)

—–

EDA: ponto sangrante circundado por mucosa normal

—–

Tratamento: Terapia endoscópica

  • Escleroterapia endosópica,
  • (ou clipa aquela artéria ali que está emergindo pela mucosa gástrica, ou termocoagualção, ou cianoacrilato etc etc)

Se refratário:

  • Embolização angiográfica (se estável)

Se instável ou se ainda refratário:

  • Ressecção cirúrgica do local da lesão
    • Como local mais comum estômago proximal, uma cirurgia ali seria a Ressecção Gástrica Proximal (sem necessidade de reconstrução de trânsito)

Fatores de risco: homem, dç cardiovascular, AINE

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12
Q

A imagem abaixo é sugestiva de qual doença?

A

GAVE (ectasia vascular antral gástrica)

  • Dilatação de vênulas no antro “em melancia”
  • Mulheres idosas, esclerodermia, cirrose
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13
Q

O que é a hemobilia?

  • Qual a história?
  • Qual a clínica?
    • Epônimos
  • Como fazer diagnóstico / tratamento?
A

Sangramento originado da via biliar

  • HDA (melena) + trauma / manipulação das vias biliares

—–

  • HDA
  • Dor em HCD
  • Icterícia

Tríade de Sanblom OU Quincke

—–

EDA: saída de sangue da ampola

—–

Angioembolização

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14
Q

Quais os principais exames utilizados pna HDB?

A

Colonoscopia

  • Escolha para sangramentos mínimos a moderados
  • Após estabilização e preparo intestinal
  • Terapêutica

Cintilografia

  • Não define o local e NÃO é terapêutica
  • Mais sensível (0,1ml/min)

Arteriografia

  • Escolha para sangramentos maciços
  • Terapêutica
  • Identifica o local específico de sangramento (0,5 - 1ml/min)

Angio-TC

  • Disponível, rápido (0,3 - 0,5ml/min)
  • NÃO terapêutica
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15
Q

Qual a primeira conduta diagnóstica em pct c HDB?

A

EDA antes da colono

  • Afastar HDA pela EDA e afastar hemorroida
  • Ex.: Instabilidade hemodinâmica ou hematoquezia grave
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16
Q

Cite 2 complicações da dç diverticular

A
  • Sangramento (cólon D 15%)
  • Diverticulite (cólon E)
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17
Q

Qual o tratamento preferencial para HDB por doença diverticular?

A

Hemostasia por colonoscopia

  • Sangramento de maior monta
    • Arteriografia com angioembolização
  • Instabilidade hemodinâmica
    • Cirurgia
18
Q

O que é a angiodisplasia/angiotelectasia?

  • Locais mais comuns de angiodisplasia
  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A
  • Má formação vascular de origem venosa de vasos submucosos
  • Ocorre em todo TGI, mas prevalece em CECO
    • Ceco > sigmoide > reto

——-

  • Maioria assintomática
  • Sangramento oculto ou HDB

——-

Colonoscopia

——-

  • Achado: não tratar
  • Sangramento oculto OU anemia ferropriva: incerto
  • HDB: colono
19
Q

Qual o mecanismo de formação do Divertículo de Meckel?

A
  • Anomalia congênita mais comum do TGI: fechamento incompleto do conduto onfalomesentérico (vitelínico) → borda antimesentérica
  • Divertículo verdadeiro
  • 45 - 60cm da válvula ileocecal
  • Mucosa ectópica: gástrica e pancreática

——-

Regra dos 2

  • 2% da população
  • 2 pés (cada ‘pé’ = 30cm) da válvula íleocecal (60cm)
  • 2 polegadas de comprimento (5cm)
  • 2 cm de diâmetro
  • 2 tipos de mucosa: gástica e pancreática

CINTILOGRAFIA COM 99MTC-PERTECNETATO: mucosa gástrica

Rodrigo falou q isso cai em prova

20
Q

Qual o exame de escolha para diagnóstico do divertículo de Meckel?

A

Cintilografia com 99mTc-pertecnetato (específico para mucosa gástrica)

  • Se sangrando:
    • Cintilografia (hemáceas marcadas)
      OU
    • Arteriografia
21
Q

Qual o tratamento de escolha para divertículo de Meckel?

  • Quando fazê-lo?
A

Diverticulectomia ± enterectomia

  • Ressecção do divertículo ± delgado adjacente
    • Se complicações: sangramento (fazer ambos procedimentos se sg)/diverticulite
22
Q

Quando fazer diverticulectomia em pct assintomático com divertículo de Meckel?

A
  • Pct jovem
  • Divertículo > 2cm
23
Q

Quando fazer EDA em HDA?

A

Paciente estável

Precoce:

  • Primeiras 24 horas

Se varizes:

  • Primeiras 12 horas

Identificação da causa e tratamento

  • Ausência de sinais de sangramento → HDB
  • Sangramento e não identificou a causa → nova EDA

—–

Paciente instável

EDA de emergência

  • Não controlou o sangramento:
    • Angioembolização
      ou
    • Cirurgia
24
Q

Qual ddx de Mallory Weiss?

A

Síndrome de Boerhaave

  • Ruptura espontânea do esôfago
  • Vômitos vigorosos - libação alcoólica
  • Mediastinite ± hematêmese (30%)
25
Q

Como fazer a investigação do pct com suspeita de HDB?

A
  • 10 - 20% das hematoquezias decorrem de HDA

Paciente ESTÁVEL

  • COLONOscopia

Paciente INSTÁVEL // alta probabilidade de HDA

  • EDA (de emergência, até 12 horas, pq pct tá instável)
    • Se foco não encontrado → HDB
      • Sangramento volumoso → angioembolização
      • Sangramento moderado / mínimo → colonoscopia
        • se estabilizar após medidas, seja volumoso seja moderado, faz COLONO!!

Rodrigo disse q este card cai muito

26
Q

O que é importante saber da anatomia anal?

A
  • Acima da linha pectínea:
    • NÃO tem fibra nervosa (inervação sensorial), NÃO doi
    • A. retal superior
    • CA tipo adenoCA
    • Hemorroida interna / superior
  • Abaixo da linha pectínea:
    • DÓI
    • Aa. retais média e inferior
    • CA tipo epidermoide
    • Hemorroida externa / inferior
  • 3 músculos
    • Esfíncter interno (involuntário)
      • entre interno e externo: Glândulas de Chiari - trânsito transefincteriano (através do esfínceter interno), desembocando na linha denteada/pectínea
    • Esfíncter externo (voluntário)
    • Elevador do ânus
27
Q

Qual a principal causa da doença hemorroidária?

  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A

Constipação

  • Interna
    • Sangramento indolor ± sangramento
  • Externa
    • Nódulo + dor (trombose)
  • Diagnóstico
    • Clínica + anuscopia
  • Tratamento
    • Dietético
      • ↑ fibras (20 - 30g) + ↑ líquidos (1,5 - 2L)
    • Sintomáticos
      • Analgésicos e banhos de assento (4x/dia por 15 min)
28
Q

Quais os graus e os respectivos tratamentos das hemorroidas internas?

A

Tipo I / 1º grau:

  • SEM prolapso
  • Dieta anti-constipante: ↑ingesta de fibra + água ± ligadura para sintomáticos

Tipo II / 2º grau:

  • Redução ESPONTÂNEA
  • Ligadura elástica OU Fotocoagulação

Tipo III / 3º grau:

  • Redução MANUAL / digital
  • Ligadura OU Cirurgia (hemorroidectomia)

Tipo IV / 4º grau:

  • IRREDUTÍVEL
  • Cirurgia = hemorroidectomia
    • Milligan-Morgan: aberta (mais feita do mundo, cicatrização por 2ª intenção, menor chance de infecção pq já tá aberto, então se infeccionar já drena pela abertura)
    • Ferguson: fechada (cicatrização mais rápida, maior chance de infecção pq não tem por onde drenar)

Quanto maior o prolapso, maior a agressividade ao tto

  • Reduzir tempo de vaso sanitário, não usar celular ou ler jornal no vaso
  • Como é acima da linha pectínea, ligadura não precisa de anestesia, procedimento ambulatorial
29
Q
  • Qual a definição de fissura anal?
  • Qual a localização mais comum?
  • Como funciona o ciclo da cronificação das fissuras anais?
A
  • Ulceração longituginal localizada no canal anal distal à linha denteada
  • Linha mediana posterior (90%) // anterior (10%)
  • Lesão / dor → torna o esfíncter hipertônico pq a pessoa tem medo de defecar e sentir dor → isquemia → lesão / dor

——

Se fissura lateral ou múltiplas: pensar em CROHN (HIV, sifilis, TB, leucemia)

Pensar na forma q a gente limpa qd faz totô (de frente para trás, e por isso a maior parte é posterior. tem gente que limpa de trás pra frente e por isso 10% é anterior - mais comum anterior em mulher)

30
Q

Qual a clínica e a conduta das fissuras anais:

  • Aguda
  • Crônica
A

Aguda (< 6 semanas)

  • Dor (que piora) ao evacuar + sangramento “no papel” // avermelhada
  • Dieta + Proctyl ± outros ttos tópicos: nitrato, BCC

Crônica (> 6 semanas)

  • Fissura + plicoma anal sentinela + papilite hipertrófica // esbranquiçada
  • Dieta + Proctyl ± outros ttos tópicos: nitrato, BCC ± botox
  • Se refratário OU manometria +:
    • Esfincterotomia lateral interna

Mozart falou q cai mt na prova

papilite é tátil - ao toque anal, sente-se o espessamento

  • Livros de SP falam de ser aguda < 3 semanas
  • Santa Casa de SP (SCMSP) - começa tto da crônica com pomada= tópico (diltiazem 2%)
  • Hipertonia (manometria): esfincterotomia lateral interna
  • Hipo ou normotonia: fissurectomia

——

Anestésico diminui hipertonia
Diltiazem diminui isquemia pela hipertonia
Nitrato diminui isquemia e dor

  • nao corta esfincter totalmente pra nao dar inontinência fecal

—–

Obs.: pra virar esse quadro de real hipertonia, a pessoa tem uma dor contínua, não só ao evacuar. A dor PIORA ao evacuar, mas tem desconforto/incomodo o dia todo, tanto que faz ela “trancar” o anus (dor → hipertonia → isquemia → dor)

31
Q

Qual o tratamento para fissura anal?

  • Aguda
  • Crônica
A

Aguda (< 6 semanas)

  • Dieta anticonstipante + pomada tópica (com anestésico = proctyl) ± pomada com bloqueador do canal de cálcio

Crônica (> 6 semanas)

  • Santa Casa de SP (SCMSP) - começa tto da crônica com pomada= tópico (diltiazem 2%) - reduz hipertonia (vasodilatação e relaxamento da mm lisa da região por ser BCC)
  • Hipertonia (manometria): esfincterotomia lateral interna
  • Hipo ou normotonia: fissurectomia

Proctyl é pra FISSURA

Anestésico diminui hipertonia
Diltiazem diminui isquemia pela hipertonia
Nitrato diminui isquemia e dor

  • nao corta esfincter totalmente pra nao dar inontinência fecal
32
Q

Qual a classificação dos abscessos anorretais?

A
  • Interesfincteriano (origem)
  • Drenagem perianal (60%)
  • Supraelevador (pelve)
  • Isquiorretal (nádega)
33
Q

Qual a clínica do abscesso anorretal?

  • Qual a classificação quanto ao local do abscesso?
  • Diagnóstico
  • Tratamento
  • Complicação mais comum
A

Dor perianal intensa + hiperemia + abaulamento local

  • Interesfincteriano
  • Perianal (+ comum)
  • Supraelevador
  • Isquirretal

——

Clínico

  • Se dúvida ou profundo: TC/RM

——-

Drenagem imediata mesmo sem flutuação (risco de evoluir com gangrena de Fournier)

  • Se risco de evolução para complicação supurativa: sepse, DM, celulite:
    • ± ATB por 5 dias: Amoxi + Clavulanato OU Cipro + Metronidazol

——

Fístula anorretal

34
Q

Qual a posição anatômica de cada um dos mamilos hemorroidários no canal anal?

A
  • Anterior direito (10:30h)
  • Posterior direito (7:30h)
  • Lateral esquerdo (3h)
35
Q

Qual o passo a passo a ser realizado no exame proctológico?

A
  • Inspeção estátca
  • Inspeção dinâmica
  • Palpação
  • Toque retal
  • Anuscopia
36
Q

Qual a complicação mais comum pós hemorroidectomia?

A

Retenção urinária

37
Q

Qual a clínica das hemorroidas externas?

  • Tratamento
A

Trombose

  • Dor
  • Edema
  • Vermelhidão local

——

Tratamento

  • < 72h: excisão cirúrgica
  • > 72h: banho de assento + anti-inflamatórios (nifedipina) + venotônicos
38
Q

Qual a definição de fístula anorretal?

  • Clínica
  • Quais os tipos pela classificação de Parks?
  • Diagnóstico
  • Tratamento

Goodsall-Salmon

A

Cronificação dos abscessos anorretais

  • Dor + orifício + secreção purulenta

——

  • Tipo 1: interesfincteriana (+ comum - 45%) - entre os esfíncteres
    • Fistulotomia
  • Tipo 2: transesfincteriana - através do esfíncter
    • Fistulotomia ± seton / sedenho / penrose (dreno) / plug
  • Tipo 3: supraesfincteriana - por cima do esfíncter
    • Seton / sedenho / penrose / plug
  • Tipo 4: extraesfincteriana - por fora do esfíncter
    • Seton / sedenho / penrose / plug

——

Clínico ± RNM

  • Regra de Goodsall-Salmon: ajuda na orientação das fístulas
    • Anterior (< 3cm): retilíneo e entra na cripta mais próxima
    • Posterior: curvilíneo e entra na linha média posterior
    • Longa (> 3cm): curvilíneo e entra na linha média posterior

Tto da interesfincteriana é simples, só cortar o caminho
Tipo 2 pode ser simples ou complexa, depende do trajeto (clínica + RNM)
Tratamento dos tipos 3 e 4 é complexo pq não dá pra cortar esfíncter pq dá incontinência fecal

—-

  • sedenho: amarra fio de algodão pelo orifício e puxa. amarra e aperta (objetivo de cortar o trajeto de dentro pra fora. Semanalmente revisa o fio e puxa mais, até passar por todo trajeto da fístula - dá tempo de cicatrizar aos poucos e reduz risco de evoluir com incontinência anal.
  • plug: mais caro, menos disponível. material absorvível faz o percurso até fechar sozinha a fístula e reabsorver o material
39
Q

Quando fazer colonoscopia para paciente com doença hemorroidária?

A
  • Rastreio tradicional
    • > 45 - 50 anos
    • 10 anos antes do CA de HFam de 1º grau
  • Paciente “suspeito”
    • Anemia ferropriva
    • Alteração no padrão intestinal
  • Teste imunoquímico fecal positivo
  • Familiar com doença inflamatória intestinal

Mozart falou q isso cai muito!!

  • Se tiver indicação de colono, FAÇA a colono ANTES de cuidar da doença hemorroidária!!!!!
40
Q

Qual a conduta na gangrena de Fournier?

A
  • Identificação rápida (FGSI - índex de gravidade de fournier + TC)
  • Desbridamento amplo em CC
  • ATBterapia de amplo espectro: ceftriaxona + clinda + metro
  • Região de períneo: avaliar colostomia
  • Curativo a vácuo ou Rayon
  • Terapia intensiva
  • Reabordagem a cada 48 horas
  • Retalho miocutâneo após resolução

  • UNIFESP costumia não fazer colostomia para todos;
  • USP tende a fazer a colostomia
41
Q

Sobre cisto pilonidal:

  • Local de maior frequência
  • Conduta
    • Assintomático
    • Abscesso
    • Crônico
A
  • Sulco sacrococcígeno (“cofrinho”)
  • Conduta
    • Assintomático: depilação + evitar trauma
    • Abscesso: drenagem aberta ± ATBterapia
    • Crônico: excisão cirúrgica ± retalho

Drenagem percutânea é pra quando tem abscesso mais PROFUNDO!! Abscesso superficial faz drenagem aberta