Doenças das vias biliares Flashcards

1
Q

Quais são os ductos componentes das vias biliares?

A

Ducto hepático direito
Ducto hepático esquerdo
Ducto hepático comum
Ducto cístico
Ducto colédoco
Ducto pancreático (Wirsung)

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2
Q

Que ductos desembocam no ducto colédoco?

A

Ducto hepático comum e Ducto cístico

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3
Q

Qual o nome da junção do Ducto colédoco com o ducto pancreático?

A

Junção bilio-pancreática

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4
Q

Qual o epônimo do ducto pancreático?

A

Ducto de Wirsung

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5
Q

Qual o nome do esfíncter e da ampola onde a junção bilio-pancreática desemboca no duodeno?

A

Esfíncter de Oddi
Ampola de Vater (papila duodenal maior)

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6
Q

Por que mecanismo a vesícula biliar é preenchida por bile?

A

A bile é produzida no fígado, escoa, encontra o esfíncter de Oddi fechado, sobe novamente e preenche a vesícula biliar.

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7
Q

Qual o 1º exame que solicitamos quando queremos avaliar as vvbb?

A

USG

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8
Q

Qual a desvantagem da USG na avaliação das vvbb?

A

Não visualiza bem as regiões distais das vvbb

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9
Q

Qual é o achado na USG de um cálculo biliar?

A

Imagem radiopaca/branca (cálculo) e sombra acústica posterior

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10
Q

Qual o exame padrão-ouro para avaliação das vvbb?

A

CPRE

É diagnóstico e terapêutico. Invasivo. Risco de complicações.

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11
Q

Quais as possíveis complicações da CPRE?

A

Sangramento
Pancreatite aguda (10%)
Perfuração duodenal

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12
Q

Colangio RMN faz uso de contraste?

A

Não. O contraste é a própria bile.

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13
Q

Qual a vantagem da CPRE e da Colangio-RMN sobre a USG?

A

Conseguem avaliar as regiões mais distais das vvbb que a USG não consegue visualizar

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14
Q

Quem produz a bile?

A

O fígado

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15
Q

Que hormônios estimulam a secreção da bile?

A

Secretina
Gastrina
Colecistoquinina

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16
Q

Que exame de imagem usamos para o diagnóstico de Litíase biliar?

A

USG

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17
Q

Fatores de risco para Litíase Biliar

A

4 Fs
Female
Fourty
Fat
Family (multípara)

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18
Q

Composição da bile

A

Água
Bilirrubina
Sais biliares
Colesterol
Proteínas

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19
Q

Como a bile é reabsorvida no fígado?

A

A bile é secretada no TGI. A maior parte (90%) é reabsorvida no íleo distal, cai na circulação enterohepática e volta para o fígado. Partes mínimas serão eliminadas nas fezes e urina.

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20
Q

Quais os tipos mais comuns de cálculos biliares?

A

Cálculos de colesterol (amarelos)

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21
Q

Quando ocorre formação de cálculos pretos (bilirrubinato de cálcio) na vesícula biliar?

A

Hemólise
Cirrose

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22
Q

Sinal de Murphy

A

Parada súbita da inspiração à compressão do ponto cístico

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23
Q

A icterícia é às custas de BD ou BI?

A

BD

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24
Q

Paciente com BD elevada. Faremos USG para investigar. Qual a conduta se as vvbb estiverem dilatadas ou não?

A

Dilatadas –> encaminha para CG

Normais –> encaminha para CM

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25
Q

O que é o Sinal de Courvoisier-Terrier

A

Vesícula palpável e indolor. Presente em neoplasias periampulares.

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26
Q

Quais são as possíveis neoplasias periampulares?

A

Cabeça de pâncreas
Colédoco distal
Papila
Duodeno

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27
Q

Em que doença ocorre dilatação das vvbb e vesícula biliar “murcha”?

A

Tumor de Klatskin.
A obstrução está acima do ducto cístico.

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28
Q

Quando tratamos um paciente com Litíase biliar?

A

Tratar TODOS os sintomáticos

29
Q

Quando tratamos um paciente com litíase biliar assintomático?

A

Quando há risco maior de ter um quadro grave ou de desenvolver uma neoplasia

Cálculo>2.5 cm
Vesícula em porcelana (calcificada)
Associação com pólipos
Anomalias congênitas
Anemias hemolíticas
Lesão medular
Microcálculos (risco de pancreatite)
Descendentes indígenas

30
Q

O que é Colecistite?

A

Inflamação da vesícula biliar por impactação do cálculo no ducto cístico

31
Q

Quadro clínico de Colecistite

A

Dor abdominal
Febre
Sinal de Murphy

O quadro dura >6h e não cede a analgésicos comuns

32
Q

Quais os critérios diagnósticos de Tokyo para colecistite?

A

“Sem Mais Ficar Levando Porrada Ufa”

A: Sinal de Murphy;
Massa HCD/Dor sensibilidade

B: Febre
Leucocitose
PCR elevado

C: USG característica

33
Q

Pelos critérios de tokyo, o que caracteriza uma suspeita diagnóstica e um diagnóstico definitivo?

A

A: sinais locais de inflamação
B: sinais sistêmicos
C: imagem

Suspeita: A + B ou C

Definitivo: A + B + C

34
Q

Critérios de gravidade de tokyo: o que caracteriza grau moderado (tokyo 2)?

A

Leucocitose>18.000
Massa tensa em QSD
Sintomas >72h
Inflamação local intensa

35
Q

Critérios de gravidade de tokyo: o que caracteriza grau grave (tokyo 3)?

A

Disfunção de órgãos.
Ex: choque, insuficiência medular, insuficiência respiratória, insuficiência renal (Cr elevada)

36
Q

Qual o tratamento da colecistite?

A

ATB + Colecistectomia precoce + Analgésicos

37
Q

Quando idealmente devemos operar um paciente com Colecistite?

A

Nas primeiras 48-72h

38
Q

Se paciente com colecistite há mais de 72h, qual o momento ideal para fazer a colecistectomia?

A

Há mais chance de fazer lesão de via biliar. Retarda a cirurgia para depois de 6-10 semanas e vai fazendo ATB

39
Q

Paciente com colecistite e está grave e instável. Qual a conduta?

A

Colecistostomia percutânea (coloca dreno de pigtail e drena a vesícula)

É uma alternativa à colecistectomia em pacientes instáveis hemodinamicamente

40
Q

Qual o esquema de antibitótico prescrito na colecistite?

A

Ciprofloxacino + Metronidazol

41
Q

Quadro clínico da Coledocolitíase

A

Icterícia flutuante

42
Q

O que é Coledocolitíase

A

Cálculos na via biliar principal, podendo estar ou não acompanhados de colangite aguda.

43
Q

Tratamento da Coledocolitíase

A

CPRE ou Exploração intra-operatória

Alto risco: CPRE antes da colecistectomia

Risco intermediário: colecistectomia com colangiografia intraoperatória, seguida de CPRE no pós-operatório ou exploração cirúrgica da via biliar caso o cálculo seja confirmado.

44
Q

Preditores de alto risco para coledocolitíase

A

1 fator muito forte: cálculo no colédoco no USG; Sinais clínicos de colangite; BT>4

ou

2 fatores fortes: Dilatação do colédoco >6mm no USG E BT entre 1.8-4.0

45
Q

Preditores de risco intermediário para coledocolitíase

A

1 fator forte: dilatação do colédoco >6 mm OU BT entre 1.8-4.0

ou

1-3 moderados:GGT, FA ou TGO/TGP alterados; idade>55; sinais clínicos de pancreatite biliar

46
Q

Paciente com Coledocolitíase. Quando é indicada a realização de uma derivação bilio-digestiva?

A

Colédoco > 2 cm de diâmetro
Múltiplos cálculos (>6)
Cálculos intra-hepáticos
Coledocolitíase primária
Dificuldade técnica na CPRE

47
Q

O que é colangite?

A

Obstrução das vvbb (colédoco principalmente) + Infecção (E. Coli)

48
Q

Principal causa de colangite

A

Coledocolitíase

49
Q

O que é a Tríade de Charcot, presente na colangite?

A

Dor + febre + icterícia

50
Q

O que é a Pêntade de Reynolds, presente na colangite?

A

Dor em HCD + febre + icterícia + hipotensão + confusão mental

51
Q

Tratamento da colangite

A

ATB + descompressão (por CPRE, cirurgia, drenagem percutânea)

52
Q

O que é a Síndrome de Mirizzi

A

Obstrução do ducto hepático comum ou do colédoco, secundária à compressão extrínseca de cálculos no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula

53
Q

Classificação da Síndrome de Mirizzi

A

1: Sem fístula
2: Fístula colecistobiliar < 1/3 da circunferência do ducto hepático comum/colédoco
3: fístula colecistobiliar < 2/3 da circunferência
4: Fístula que acomete toda circunferência
5: Fístula colecistoentérica (com ou sem íleo biliar)

54
Q

Tratamento dos tipos 4 e 5 da síndrome de mirizzi

A

Colecistectomia + derivação bilio-entérica

55
Q

Qual dreno é introduzido nas vvbb extra-hepáticas com o intuinto de descomprimir?

A

Dreno de Kehr

56
Q

TC visualiza bem as vvbb?

A

Não.

57
Q

Qual o melhor exame para desenhar toda a árvore biliar?

A

Colangiorressonância

58
Q

O que significam as categorias Tokyo 1, 2 e 3?

A

leve ou grau I
moderada ou grau II
grave ou grau III

59
Q

Quais os 2 tipos de derivação biliodigestiva?

A

Hepato-jejunostomia em Y de Roux (é a melhor) e a Colédoco-duodenoanastomose.

60
Q

Qual a dilatação máxima normal do ducto colédoco?

A

Até 1 cm

61
Q

Qual a conduta terapêutica mais adequada para paciente de 39 anos, primigesta, no 6º mês de gestação gemelar, apresentando primeiro episódio de colecistite aguda?

A

Colecistectomia videolaparoscópica

62
Q

Qual o melhor trimestre da gestação para submeter a gestante a um procedimento cirúrgico?

A

2º trimestre.

1º trim: o uso de drogas anestésicas pode causar algum efeito teratogênico no feto
3º trim: há um maior risco de partos prematuros de forma precoce, bem como dificuldade técnica pelo útero gravídico ocupando grande parte da cavidade abdominal.

63
Q

Quando costuma surgir sinais da lesão iatrogênica de vias biliares?

A

Hiperprecoce (por ligadura inadequada), nos primeiros dias do pós-op, ou tardia (por fibrose cicatricial).

64
Q

Classificação de Bismuth-Corlette do colangiocarcinoma

A

1: Abaixo da confluência entre ductos hepáticos
2: Na confluência
3a: Hepático direito
3b: Hepático esquerdo
4: Hepático direito e esquerdo

65
Q

Colecistite aguda costuma ser estéril inicialmente, mas pode evoluir com infecção e as bactérias que podem estar presente são:

A

E.coli (mais comum)
Klebsiella
Enterococos
Proteus

66
Q

Por que ocorre colecistite alitiásica?

A

É muito característica de pacientes internados em UTI,submetidos a grandes cirurgias abdominais ou cirurgias cardíacas e dos grandes queimados. Ocorre aumento da produção de bile, que vai ser armazenada na vesícula, mas que não vai ser liberada, já que não está havendo um estímulo do trato gastrointestinal, resultando em seu represamento e evolução para um quadro de colecistite.

67
Q

Qual costuma complicar mais (empiema e perfuração de vesícula): colecistite litiásica ou alitiásica?

A

Alitiásica.

o paciente que cursa com colecistite aguda alitiásica (sem cálculo) é o paciente mais idoso, grave e internado na terapia intensiva. Nesse contexto em que o paciente está sem dieta há pouca drenagem da vesícula que dilata e favorece um processo infeccioso. Por ser um paciente mais grave esses quadros tendem a evoluir com maior chance de complicações.

68
Q

Qual cursa com Sinal de Courvoisier-Terrier: Ca de vesícula ou Ca de cabeça de pâncreas?

A

O câncer de vesícula biliar não gera sinal de Courvoisier-Terrier e é muito menos frequente que o câncer de cabeça de pâncreas

69
Q

O que propicia estase biliar na gestação?

A

A progesterona lentifica o movimento peristáltico e o trânsito intestinal e promove estase biliar, podendo levar a formação de cálculo.

A gestação é, portanto, um fator de risco para colelitíase, colecistite e coledocolitíase