HIV Flashcards

1
Q

indicação da PrEP no Brasil, incluindo a recomendação da profilaxia a todos os
adultos e adolescentes sexualmente ativos sob risco aumentado de infecção pelo HIV
e a mudança na posologia inicial do medicamento, com a inclusão da dose de ataque
de dois comprimidos de fumarato de tenofovir desoproxila/entricitabina (TDF/FTC)
no primeiro dia de uso, seguido de um comprimido diário, além de modificações no
seguimento laboratorial da PrEP.

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

PRECONIZAÇÃO DE IDADE DO TENOFOVIR DESOPROXILA+ENTRICITABINA

A

A partir da alteração da bula da fumarato de tenofovir
desoproxila + entricitabina, o presente PCDT-PrEP passa a preconizar a prescrição
dessa combinação para pessoas a partir de 15 anos, com peso corporal igual ou
superior a 35kg.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Estratégia do PrEP

A

a estratégia está diretamente relacionada
ao grau de adesão à profilaxia. O uso diário e regular do medicamento é fundamental
para a proteção contra o HIV1
. No entanto, deve-se enfatizar que o uso de PrEP não protege quanto a outras ists

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

indicações para o uso do prEP

A

PrEP, deve-se excluir, clínica e laboratorialmente, o
diagnóstico prévio da infecção pelo HIV. Recomenda-se a realização de teste rápido (TR)
anti-HIV, utilizando amostra de sangue total, obtida por punção digital ou por punção
venosa, soro ou plasma (de acordo com a indicação na bula do teste utilizado). Testes
rápidos realizados com amostras de fluido oral (FO) estão contraindicados na consulta
inicial, pois o FO contém menor quantidade de anticorpos do que amostras de sangue
total, soro ou plasma.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

RESULTADOS DO TESTE RÁPIDO E PROTOCOLO

A

TR1 - NÃO REAGENTE - PACIENTE NEGATIVO

TR1 seja reagente - realizar (TR2)
que utilize antígeno diferente.

Se o TR2 também for reagente,
a amostra deve ser considerada como “reagente para HIV” e, nesse caso, a PrEP não
está indicada.

Se o TR2 apresentar resultado não reagente, discordante em relação
ao TR1, deve-se repetir o TR2 (utilizar um conjunto diagnóstico do mesmo fabricante,
preferencialmente de lote de fabricação diferente).

Persistindo a discordância entre os
resultados, uma amostra deve ser colhida por punção venosa e enviada ao laboratório
para ser submetida a um dos fluxogramas de diagnóstico definidos para laboratório. Nesse caso, será necessário aguardar o resultado da análise laboratorial para
indicação de PrEP ou terapia antirretroviral (TARV).

Caso os testes rápidos realizados com amostras de sangue total, soro ou plasma não
estejam disponíveis, poderão ser utilizados exames laboratoriais para o rastreamento
da infecção pelo HIV.

Ainda que a pessoa traga para a consulta um exame prévio negativo para HIV, é
indicada a realização de um novo exame na consulta inicial. Em todas as consultas para
PrEP (inicial e seguimento), é necessário realizar novo exame para HIV.

Pessoas com exposição de risco recente, sobretudo nos últimos 30 dias,
devem ser orientadas quanto à possibilidade de infecção, mesmo com
resultado não reagente nos testes realizados6,7. Na presença de sinais e
sintomas de infecção viral aguda, deve-se realizar um exame de carga viral
para HIV.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

EM CASO DE SUSPEITA CLINICA DE HIV - COMO PROCEDER A prEP

A

Em caso de suspeita clínica de infecção aguda pelo HIV, com ausência de marcadores
imunológicos, deve-se realizar o exame de carga viral do HIV, a fim de reduzir o
período de janela diagnóstica. Nesse caso, o início da PrEP deve ser postergado até o
esclarecimento diagnóstico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

EXCEÇÃO PARA INICIO DA prEP

A

Podem iniciar imediatamente a PrEP os indivíduos com alto risco de infecção pelo
HIV que tiveram UMA exposição recente de risco, que ESTIVEREM FORA da janela de 72
horas para o início de PEP e que se apresentam durante a avaliação inicial sem sinais e
sintomas de infecção pelo HIV.

Esperar que alguns indivíduos estejam fora do período
de janela para o início da PrEP aumenta o risco de exposições adicionais ao HIV e implica
atraso significativo para o início da profilaxia. Uma vez iniciada a PrEP, esses indivíduos
devem ser monitorados de perto em relação à possibilidade de soroconversão, com
busca ativa de sinais e sintomas e maior frequência de coleta de carga viral e testagem
para HIV, pelas próximas duas a oito semanas, antes de se retomar o monitoramento
padrão de PrEP8.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO - PEP

A

é uma das estratégias de prevenção da
infecção pelo HIV. A partir da identificação de que a pessoa potencialmente se expôs
ao HIV dentro das últimas 72 horas, deve-se recomendar o início imediato da PEP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Pessoas que repetidamente procuram a PEP, ou que estejam em alto risco por
exposições contínuas ao HIV

A

Pessoas que repetidamente procuram a PEP, ou que estejam em alto risco por
exposições contínuas ao HIV, devem ser avaliadas para o uso da PrEP diária após a
exclusão da infecção pelo HIV.

Caso uma pessoa tenha indicação de PEP por exposição
de risco nas últimas 72 horas, ela deve entrar em PEP imediatamente e iniciar a PrEP
diária logo após a conclusão do curso de 28 dias da PEP, evitando assim uma lacuna
desnecessária entre a PEP e a PrEP.

Deve-se realizar um teste rápido ou sorologia para
HIV (sangue) nessa transição, assim como os demais exames laboratoriais indicados no
início da PrEP, caso ainda não tenham sido realizados durante o ciclo da PEP.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

PROTOCOLO DE COMO PROCEDER COM PESSOAS QUE NÃO FAZEM USO DE 4 DOSES SEMANAIS DE prEP E TEM RELAÇÕES SEXUAIS DE RISCO

A

Da mesma forma, usuários com boa adesão ao esquema de PrEP diária, com uso regular dos comprimidos, após alcançados os níveis protetores do medicamento, não necessitam de PEP após uma exposição sexual de risco ao HIV. Já para aqueles
que reportam o uso esporádico ou irregular da PrEP, com relato de uma adesão repetidamente abaixo do ideal, que acabe comprometendo a sua segurança e a eficácia do medicamento (ou seja, menos de quatro comprimidos por semana na PrEP diária),

NESSE CASO a prescrição de PEP pode ser indicada caso haja relato de exposição sexual nas últimas
72 horas. Ao término do curso de 28 dias de PEP, e após a exclusão de infecção pelo HIV, a PrEP pode ser reiniciada, com ênfase na identificação das barreiras enfrentadas pelo indivíduo para a adesão adequada ao esquema de PrEP, além de apoio e orientações
para saná-las.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

RELAÇÃO DOS Indivíduos elegíveis para PrEP apresentam maior risco para a aquisição de outras
IST

A

Assim, recomenda-se realizar a testagem para sífilis, preferencialmente por teste
rápido, instituindo-se o tratamento quando indicado. Indica-se, também, pesquisa para
Chlamydia sp. e gonococo, quando disponível, e tratamento, quando indicado, conforme
o “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com
Infecções Sexualmente Transmissíveis” (PCDT-IST),

Ressalta-se que a investigação e o tratamento das IST não devem ser
impeditivos para o início da PrEP.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

a(o) enfermeira(o) pode atuar em
vários pontos da linha de cuidado das hepatites virais, incluindo a solicitação de exames
complementares para a confirmação diagnóstica e a definição do nível de atenção
em saúde em que o indivíduo deverá ser preferencialmente atendido. Desse modo,
orienta-se que, frente a um teste rápido reagente para as hepatites B ou C, o profissional
enfermeiro solicite os exames necessários para a complementação diagnóstica,
diminuindo o tempo e as etapas para a efetiva assistência do indivíduo no SUS.

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

CRITERIOS DE INCLUSÃO PARA prEP

A

A PrEP deve ser considerada para pessoas a partir de 15 anos, com peso corporal
igual ou superior a 35 kg, sexualmente ativas e que apresentem contextos de risco
aumentado de aquisição da infecção pelo HIV.

Para os adolescentes, deve-se garantir o acesso a serviços, orientações e consultas
de saúde sem a necessidade de presença ou autorização de pais ou responsáveis, com
direito à privacidade e sigilo, salvo em situações de necessidade de internação ou de risco
de vida, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente. Assim, a PrEP é recomendada
para indivíduos das populações-chave que apresentem risco aumentado de infecção
pelo HIV, conforme já descrito anteriormente, mas também deve ser considerada para
outras pessoas sem infecção pelo HIV que cumpram critérios para o uso da profilaxia,
conforme suas práticas sexuais, número de parcerias, uso irregular de preservativos e
qualquer outro contexto específico associado a um maior risco de infecção, conforme
acima mencionado, e que demonstrem interesse e motivação em relação ao uso do
medicamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

A

Resultado de teste de HIV positivo;

› Clearance de creatinina (ClCr) estimado abaixo de 60 mL/min.
estimado para todos os indivíduos candidatos
à PrEP, principalmente aqueles com idade superior a 30 anos. Também para todos os
candidatos à PrEP, na consulta inicial, recomenda-se avaliar o histórico e fatores de risco
para doença renal, como presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes,
uso concomitante de medicamentos e história conhecida de insuficiência renal ou lesão
renal.
A solicitação e coleta do exame de função renal deve ser feita preferencialmente
no dia da primeira dispensação de PrEP, podendo-se aguardar seu resultado dentro
do prazo do primeiro retorno do usuário em 30 dias, sem prejuízo para a primeira
dispensação da profilaxia. Para pessoas sem histórico de doença renal ou fator de risco,
o resultado do exame não deve atrasar o início da PrEP.
Recomenda-se reavaliação da função renal a cada 12 meses no seguimento da
PrEP. Nos indivíduos com idade superior a 50 anos OU com história de comorbidades,
tais como HAS e diabetes, OU com estimativa inicial do ClCr menor que 90 mL/min, a
reavaliação da função renal deve ser mais frequente, a cada seis meses, pelo maior risco
de declínio para valores anormais do clearance de creatinina18.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

PREVENÇÃO COMBINADA DO HIV

A

O termo “prevenção combinada” remete à conjugação de diferentes ações de
prevenção às IST e ao HIV e seus fatores associados32. Como o próprio nome sugere,
a prevenção combinada envolve o uso “combinado” de métodos preventivos, de
acordo com as possibilidades e escolhas de cada indivíduo, sem excluir ou sobrepor um
método ao outro. A PrEP é uma das formas de prevenir a infecção pelo HIV no contexto
das estratégias de prevenção combinada disponíveis no SUS. Dentro do conjunto de
ferramentas da prevenção combinada do HIV, também se inserem:
› Testagem regular para a infecção pelo HIV;
› Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP);
› Uso habitual e correto de preservativos;
› Diagnóstico oportuno e tratamento adequado das IST;
Redução de danos;
› Gerenciamento de risco e vulnerabilidades;
› Supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral (Indetectável =
Intransmissível, ou I = I)33;
› Imunizações;
› Prevenção da transmissão vertical do HIV, da sífilis e da hepatite B.

Não há hierarquização entre as estratégias. Essa combinação de ações deve ser
centrada nas pessoas, nos grupos a que elas pertencem e na sociedade em que estão
inseridas, considerando as especificidades dos sujeitos e dos seus contextos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

RISCO AUMENTADO PARA HIV

A

O simples pertencimento a um dos segmentos populacionais-chave – HSH cis,
pessoas trans, trabalhadores(as) do sexo e parcerias sorodiferentes – não é suficiente
para caracterizar indivíduos com exposição frequente ao HIV. Para essa definição, é
necessário observar as práticas e parcerias sexuais da pessoa, a sua dinâmica social
e os contextos específicos associados a um maior risco de infecção. Portanto, devem
também ser considerados outros indicativos, tais como:

› Repetição de práticas sexuais anais ou vaginais com penetração sem o uso
de preservativo;
› Frequência de relações sexuais com parcerias eventuais;
› Quantidade e diversidade de parcerias sexuais;
› Histórico de episódios de IST;
› Busca repetida por PEP;
› Contextos de relações sexuais em troca de dinheiro, objetos de valor, drogas,
moradia etc.;
› Chemsex: prática sexual sob a influência de drogas psicoativas
(metanfetaminas, gama-hidroxibutirato – GHB, MDMA, cocaína, poppers)
com a finalidade de melhorar ou facilitar as experiências sexuais44,45.

17
Q

ESQUEMA ANTIRETROVIRAL DA PREP

A

O esquema disponível para uso na PrEP atualmente no SUS é a associação em
dose fixa combinada (DFC) dos antirretrovirais fumarato de tenofovir desoproxila (TDF)
300 mg e entricitabina (FTC) 200 mg, na posologia de 1 (um) comprimido diário, cuja
eficácia e segurança foram demonstradas, com poucos eventos adversos associados
ao seu uso.

Candidatos clinicamente elegíveis à PrEP poderão iniciá-la após o teste
negativo para HIV, realizado preferencialmente no mesmo dia de início da profilaxia. A
recomendação é de que o início da PrEP seja o mais próximo do dia da realização do
exame, preferencialmente no mesmo dia da testagem negativa para HIV, até um
máximo de sete dias após o teste.

Dados de estudos clínicos e de farmacocinética sugerem que altos níveis de
concentração celular dos fármacos ocorrem, na mucosa anal, a partir de sete dias de
uso contínuo de um comprimido diário (com adesão mínima de quatro comprimidos
por semana) e, no tecido cervicovaginal, a partir de aproximadamente 20 dias de uso
contínuo de um comprimido diário, sem perda de doses47-49

A fim de diminuir o número de doses diárias necessárias para atingir níveis
protetores do medicamento na mucosa anal, este PCDT-PrEP passa a recomendar o
início da profilaxia com uma dose de ataque de 2 (dois) comprimidos de TDF/FTC no
primeiro dia de uso, seguidos de 1 (um) comprimido diário nos próximos dias. Diante
dessa alteração, que impacta a quantidade de comprimidos para o primeiro mês de
PrEP, é necessário que o primeiro retorno se dê antes dos 30 dias do início da profilaxia.
Para tanto, sugere-se que esse retorno ocorra entre o 20º e o 25º dia.

18
Q

PREP E INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

A

A PrEP não afeta a eficácia dos contraceptivos e repositores hormonais52, assim
como os contraceptivos e repositores hormonais não afetam a eficácia da PrEP53.
Os medicamentos da PrEP são processados nos rins, enquanto os hormônios
anticoncepcionais são processados no fígado, não havendo interações medicamentosas
conhecidas também com hormônios sexuais54.

É importante reforçar que não existe contraindicação ao uso concomitante
de PrEP e hormônios em pessoas trans.

O uso de álcool e outras drogas recreativas, como cocaína e metanfetaminas, não
reduzem a eficácia da PrEP, mas podem prejudicar a adesão ao uso do medicamento61.

19
Q

Critérios para interrupção da PrEP
A PrEP deverá ser interrompida nos seguintes casos:

A

› Diagnóstico de infecção pelo HIV;
› Desejo da pessoa de não mais utilizar o medicamento;
› Mudança no contexto de vida, com importante diminuição da frequência de
práticas sexuais com potencial risco de infecção;
› Persistência ou ocorrência de eventos adversos relevantes;
› Baixa adesão à PrEP, mesmo após abordagem individualizada de adesão.

20
Q

ACOMPANHAMENTO CLINICO E LABORATORIAL DA PREP

A

Uma vez que a PrEP é iniciada, deve-se realizar seguimento clínico e laboratorial
do usuário a cada TRES MESES.

Sobretudo no início do uso da PrEP, recomenda-se uma
avaliação em um intervalo mais curto, com primeiro retorno em 30 dias para verificar a
adesão e eventos adversos e, só então, passar para o seguimento trimestral.

A primeira dispensação deverá ser feita para 30 dias e, uma vez caracterizada
a adesão do indivíduo à estratégia, o seguimento clínico e a dispensação poderão
ser trimestrais (a cada 90 dias). As dispensações subsequentes de ARV não serão
automáticas; dependerão da avaliação do profissional de saúde e da prescrição da
profilaxia.

A realização do exame de HIV a cada consulta é obrigatória,
preferencialmente por teste rápido ou sorologia.

Durante o acompanhamento clínico, deve-se atentar para a possibilidade de
infecção aguda pelo HIV, alertando a pessoa quanto aos principais sinais e sintomas e
orientando-a a procurar imediatamente o serviço de saúde na suspeita de infecção.
Em caso de suspeita de infecção aguda pelo HIV, deve-se realizar o exame de
carga viral do HIV.
As avaliações de eventos adversos, continuidade e adesão, interrupção da PrEP e
outras orientações sobre prevenção do HIV e outras IST devem fazer parte de todas as
consultas de seguimento.
O Apêndice 1 apresenta um resumo da periodicidade dos exames laboratoriais,
avaliação de sinais e sintomas de infecção aguda pelo HIV e monitoramento de eventos
adversos para acompanhamento das pessoas em PrEP.

21
Q

PrEP durante a concepção, gestação e
aleitamento

A

Em estudos clínicos com casais heterossexuais adultos, a PrEP se mostrou segura
e eficaz em reduzir a infecção pelo HIV23,24. Durante esses ensaios, nenhum problema
de saúde foi observado em mulheres em uso de PrEP no início da gestação ou em
recém-nascidos.
Sabe-se que o risco de aquisição do HIV aumenta durante a gestação65, assim como
também é maior o risco de transmissão vertical do HIV quando a gestante é infectada
durante a gravidez ou aleitamento66. Portanto, devem-se discutir individualmente os
riscos e benefícios dessa estratégia para gestantes sob alto risco de infecção pelo HIV.

22
Q

Soroconversão em uso de PrEP

A

O usuário com suspeita de soroconversão para o HIV deve ser encaminhado a um
serviço de referência, realizar exames de carga viral e genotipagem e, após a coleta
desses exames, iniciar TARV o mais brevemente possível, mesmo que de maneira
preemptiva, até a confirmação diagnóstica e de acordo com o esquema recomendado
no “PCDT para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos

O uso da terapia preemptiva, ou seja, pela suspeita de soroconversão para o HIV,
mas ainda sem a respectiva confirmação, é instituído após a coleta de carga viral e
genotipagem no intuito de minimizar o risco de indução de resistência e de interrupção
de medicamentos no caso de soroconversão, visto que a transição da PrEP para a
TARV sem intervalo pode evitar o risco de ressurgimento da carga viral e transmissões
secundárias49. Em caso de terapia preemptiva, é importante esclarecer ao usuário que
o diagnóstico não foi confirmado e explicar os motivos da indicação dessa terapia.

23
Q

Estratégias de adesão à PrEP

A

Os seguintes pontos devem ser
considerados:
› Avaliação da adesão da pessoa em uso da PrEP à tomada do medicamento e
às demais medidas de prevenção da infecção pelo HIV;
› Identificação de barreiras e facilitadores da adesão, evitando julgamentos ou
juízos de valor;
› Reforço da relação entre boa adesão e efetividade da PrEP;
› Identificação das melhores estratégias para garantir a adesão, como associar
a tomada do medicamento a eventos que fazem parte da rotina diária do
indivíduo;
› Esclarecimento ao paciente de que não existe rigidez de horário e de que
ele deve utilizar o medicamento assim que lembrar, além da identificação
de possíveis mecanismos de alerta para a tomada do medicamento.
Despertadores e aplicativos com ferramentas de gestão do tempo podem
ajudar alguns usuários;
› Utilização de dados da farmácia ou do Sistema de Controle Logístico
de Medicamentos (Siclom) para avaliar o histórico de dispensação do
medicamento no período entre as consultas e contagem de comprimidos a
cada dispensação;
› Avaliação e manejo de eventos adversos.
Recomenda-se que o acompanhamento da adesão à profilaxia junto aos usuários
mais jovens e de menor escolaridade seja realizado em intervalos de tempo mais
curtos e de maneira mais próxima, especialmente na fase inicial de uso, uma vez que
estudos demonstrativos de PrEP têm indicado menores taxas de adesão nessas
subpopulações
.