2. Colecistite Aguda Flashcards

1
Q

Quais as características da colelitíase?

A
  • Presente em 20% da população.
  • 80% são assintomáticos.
  • A maioria dos cálculos é de colesterol (radiotransparentes).
  • Os cálculos ainda podem ser pigmentares (ex.: hemólise, cirrose) ou marrons (ex.: infecções na via biliar).

Obs.: os componentes da bile são os sais biliares, colesterol e lecitina.

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2
Q

Quais os fatores de risco para colelitíase?

A

4 Fs

  • Fourty (40 anos ou mais).
  • Feminino.
  • Fértil.
  • Familiar.
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3
Q

Qual o quadro clínico da colelitíase?

A
  • Cólica biliar < 6h pós-prandial.
  • Síndrome dispéptica.
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4
Q

Qual o melhor exame para o diagnostico de colelitíase?

A

USG (imagem hiperecogênicas com SOMBRA ACÚSTICA)

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5
Q

Qual a principal indicação de colecistectomia eletiva na colelitíase?

A

Pacientes sintomáticos.

Obs.: pacientes assintomáticos com colelitíase descoberta ao acaso em exame de USG, sem fatores de complicação, NÃO deve ser operada!

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6
Q

Quais indicações de colecistectomia eletiva em pacientes com colelitíase assintomática?

A
  • Vesícula em porcelana.
  • Anemias hemolíticas.
  • Cálculos > 3cm ou microcálculos/lama biliar (risco de pancreatite).
  • Associada a pólipos.
  • Idade < 50 anos.
  • NPT prolongada.
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7
Q

Paciente sabidamente com colelitíase vem ao PS com queixas de dor abdominal, febre e vômitos, há 1 dia. Apresenta sinal de Murphy positivo. Qual o diagnóstico?

A

Colecistite aguda.

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8
Q

Quais as características da colecistite aguda?

A
  • Obstrução do ducto cístico, levando a liberação de mediadores inflamatorios.
  • Proliferação bacteriana (E. coli, Klebsiella e Proteus).
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9
Q

Qual o quadro clínico da colecistite aguda?

A
  • Dor em hipocôndrio direito > 6h.
  • Sinal de Murphy positivo (parada súbita da inspiração ao se pressionar o ponto cístico).
  • Febre.
  • Vômitos.
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10
Q

Quais exames solicitar na colecistite aguda?

A
  • USG de abdome.
  • Laboratoriais (hemograma, bilirrubinas, etc).

Obs.: o padrão-ouro é a cintilografia.

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11
Q

Quais os achados ultrassonográficos da colecistite aguda?

A
  • Parede edemaciada e espessada > 4mm.
  • Liquido perivesical.
  • Calculo impactado no infundíbulo.
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12
Q

Quais as indicações de tomografia com contraste na colecistite aguda?

A
  • Avaliar complicações.
  • Buscar diagnósticos diferenciais (se dúvidas).
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13
Q

Quais os critérios de Tokyo para o diagnóstico de colecistite aguda?

A
  • A (sinais locais de inflamação): dor em HD, sinal de Murphy positivo e massa palpável.
  • B (sinais sistêmicos de inflamação): febre, leucocitose e PCR elevado.
  • C (imagem compatível): USG e TC típicas.

Obs.: diagnóstico = 1A + 1B + 1C (se faltar um, é só provável).

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14
Q

Quais os achados na classificação de Tokyo I (leve) na colecistite aguda?

A

Ausência de critérios para definir classe II ou III.

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15
Q

Quais os achados na classificação de Tokyo II (moderada) na colecistite aguda?

A
  • Dor > 72h.
  • Leucocitose > 18.000.
  • Massa palpável.
  • Sinais de complicações locais (empiema, abcesso, etc).
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16
Q

Quais os achados na classificação de Tokyo III (grave) na colecistite aguda?

A

SINAIS DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA

  • Insuficiência renal.
  • Insuficiência respiratória.
  • Coagulopatia.
  • Instabilidade hemodinâmica.
  • Rebaixamento do nível de consciência.
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17
Q

Quais as medidas iniciais para o tratamento de TODOS os pacientes com colecistite aguda

A
  • Antibioticoterapia.
  • Dieta zero.
  • Hidratação.

Obs.: os antibióticos de escolha são ceftriaxone e metronidaxol (tazocin e meropeném são opções).

18
Q

Qual o tratamento da colecistite aguda Tokyo I?

A
  • ASA < III: ATB + colecistectomia videolaparoscópica.
  • ASA > III: ATB + suporte + cirurgia tardia (“esfriar o processo”).
19
Q

Qual o tratamento da colecistite aguda Tokyo II?

A
  • ASA < III: ATB + colecistectomia videolaparoscópica.
  • ASA > III: ATB + suporte + cirurgia tardia (“esfriar o processo”).

Obs.: caso o paciente tenha ASA > III e evolua mal (piora clínica, não responda as medidas iniciais, etc), realizar a colecistostomia!

20
Q

Qual o tratamento da colecistite aguda Tokyo III?

A
  • Suporte intensivo.
  • Colecistostomia (drenagem percutânea das vias biliares).

Obs.: caso o paciente responda bem ao suporte intensivo e tenha poucas comorbidades, PODE realizar colecistectomia.

21
Q

O que é colecistite aguda enfisematosa?

A
  • Colestite aguda com gangrena produção de gás devido à infecção por Clostridium.
  • Mais comum em idosos e diabéticos.
  • Altas chances de perfuração.
22
Q

Quais as características da colelitíase alitiásica?

A
  • Decorre da hipoperfusão da vesícula e alteração em sua motricidade.
  • Mais comum em pacientes graves, sépticos e em UTI.
  • Suspeitar no paciente com febre e leucocitose de origem indeterminada.
  • Tratar com colecistostomia (pacientes graves, não toleram cirurgia).
23
Q

Paciente vem ao PS com queixas de dor em HD, há 1 dia. Refere colecistectomia prévia por colecistite aguda, há 1 semana. TC de abdome mostrando coleção em leito hepatico e exames mostrando discreta elevação de bilirrubinas. Qual o diagnóstico?

A

Fístula biliar (bilioma).

24
Q

Quais as características da fístula biliar?

A
  • Ocorre por lesão da via biliar pós-colecistectomia.
  • Pode se acumular em uma coleção (bilioma).
  • Se baixo débito (< 300ml/dia): drenar e aguardar fechamento.
  • Se alto débito (> 500ml/dia): CPRE.
25
Q

Quando realizar colecistectomia na gestante com colecistite aguda?

A
  • Casos graves ou muito sintomáticos.
  • Preferir operar no 2º ou 3º trimestre.
26
Q

Quais as características da síndrome de Mirizzi?

A
  • Cálculo impactado no infundíbulo da vesícula, comprimindo a via biliar.
  • Pode formar fístula colecistobiliar.
  • Causa icterícia e aumento das enzimas canaliculares.
27
Q

Qual o tratamento da síndrome de Mirizzi?

A
  • Tipo I: colecistectomia.
  • Tipo II: colecistectomia + coledocoplastia.
  • Tipo III: coledocoplastia ou derivação bileodigestiva.
  • Tipo IV: derivação bileodigestiva.

Obs.: em todos os tipos, realizar colangiografia intraoperatória!

28
Q

Paciente com queixa de dor e distensão abdominal, associado a parada de eliminação de flatos e fezes, há 3 dias. Refere historia de dor recorrente em HD, que melhorou há 5 dias. Radiografia de abdome com diestensão de alças de delgado, ar em topografia de fígado e imagem hiperecogênica em FID. Qual o diagnóstico?

A

Íleo biliar.

29
Q

Quais as características do íleo biliar?

A
  • Colecistite aguda com formação de fístula colecisto-duodenal.
  • O cálculo impacta na válvula ileocecal, causando um quadro de abdome agudo obstrutivo.
30
Q

Quais os achados típicos do íleo biliar?

A

TRÍADE DE RIGLER

  • Aerobilia.
  • Cálculo ectópico.
  • Distensão abdominal.
31
Q

Qual a conduta no íleo biliar?

A
  • Enterotomia e retirada do cálculo.
  • Colecistectomia e correção da fístula.
32
Q

Quais as características da síndrome de Bouveret?

A

Obstrução do duodeno por cálculo devido a uma fístula colecisto-gástrica.

33
Q

Quais os componente do triângulo hepatocístico (de Calot) visualizados na colecistectomia videolaparoscópica?

A
  • Ducto cístico.
  • Borda inferior do figado.
  • Ducto hepático comum.

Obs.: a artéria cística passa no meio do triangulo, e delimita o “verdadeiro” triangulo de Calot com o ducto cístico e hepático comum.

34
Q

Quais os principais referênciais anatômicos que devem ser identificados em uma colecistectomia videolaparoscópica?

A
  • Lobo 4B do fígado.
  • Ducto colédoco.
  • Artéria hepática própria.
  • Sulco de Ruvier.
  • Fissura umbilical.
  • Linha R4U: linha que sai do sulco de Rouvier até a fissura umbilical, passando pelo lobo 4B.
35
Q

Qual a importância da linha R4U na colecistectomia videolaparoscópica?

A

Delimita a área de segurança para efetuar a dissecção das estruturas do triângulo de Calot sem risco de lesar as vias biliares.

36
Q

Quais os componentes da visão de segurança de Strasberg?

A
  • Dissecção das estruturas do triangulo de Calot.
  • Dissecção do terço inferior da placa císctica.
  • Duas e apenas duas estruturas tubulares entrando na vesícula (ducto e artéria cística).
37
Q

Quais os preditores de uma colecistectomia videolaparoscópica difícil?

A
  • Sexo masculino.
  • Obesidade.
  • Colecistite crônica.
  • Colecistite aguda > 72h.
  • Vesícula esclerostrófica ou com paredes espessadas.
38
Q

Quais as estratégias utilizadas nas colecistectomias difíceis (baill-out strategies)?

A
  • Dissecção fundo-cístico.
  • Colangiografia intra-operatória.
  • Converter o procedimento para cirurgia aberta.
  • Colecistectomia parcial.
39
Q

Qual a classificação de Strasberg para lesões iatrogênicas das vias biliares?

A
  • A: lesão de ducto cístico (ex. soltura dos clipes) ou de ductos biliares acessórios de Luschka.
  • B: oclusão de ramo da árvore biliar, geralmente de ducto biliar direito aberrante.
  • C: transecção, sem ligadura do ducto biliar direito aberrante.
  • D: lesão lateral parcial da via biliar principal.
  • E: lesão completa da via biliar principal.
40
Q

Qual a classificação Bismuth para as lesões Strasberg E?

A
  • E1: lesão distando mais de 2 cm da confluência dos ductos hepáticos.
  • E2: lesão a menos de 2 cm da confluência dos hepáticos.
  • E3: lesão na confluência dos hepáticos, mas com preservação desta estrutura.
  • E4: destruição da confluência dos ductos hepáticos.
  • E5: lesão da via biliar principal + lesão de ducto biliar direito aberrante.
41
Q

Quais as características da colelitíase associada a baixo fosfolipídeo (LPAC)?

A
  • Causada pela mutação do gene ABCB4, que gera disfunção na peoteína MDR3.
  • Resulta na redução de fosfatidilcolina na bile.
  • Causa supersaturação de colesteral na vesicula biliar e fígado, causando litíase.
  • Ocorre em pacientes < 40 anos.
  • Recorrência dos sintomas após colecistectomia (dano ao epitélio biliar).
42
Q

Quais as caracterísricas da colecistite xantogranulomatosa (CXG)?

A
  • Processo inflamatória destrutivo da vesícula com acúmulo de macrófagos repletos de material gorduroso.
  • Quadro clínico dor crônica em HD, massa palpável e perda de peso
  • Mais comum aos 50 anos, em ambos os sexos.
  • Pode simular uma neoplasia de vesícula.
  • O melhor exame é a RNM de abdome.