2. Colestasis Flashcards

(104 cards)

1
Q

O que é colestase?

A

É uma alteração na formação - secreção ou drenagem da bile até o intestino - causando acúmulo de bilirrubina - ácidos biliares e colesterol no plasma e tecidos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Como a colestase é classificada quanto à localização?

A

Pode ser intra-hepática ou extra-hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quando a colestase é considerada crônica?

A

Quando persiste por mais de seis meses.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais mecanismos podem causar colestase intra-hepática sem obstrução?

A

Alterações na função dos hepatócitos e ductos biliares pequenos - sem lesão dos ductos biliares grandes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais hepatites virais estão mais associadas à colestase?

A

Hepatite A e E (mais comum) - hepatite B (menos comum) - e muito raramente hepatite C.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual marcador laboratorial caracteriza a hepatite alcoólica com colestase?

A

AST/ALT > 2.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais sintomas são comuns na hepatite alcoólica com colestase?

A

Febre - dor em hipocôndrio direito - icterícia - leucocitose e alteração da coagulação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Como a sepse causa colestase intra-hepática?

A

Por ação de mediadores inflamatórios como lipopolissacarídeos bacterianos - causando déficit de perfusão hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Como a nutrição parenteral total causa colestase?

A

Por fitoesteróis que inibem a secreção canalicular e ausência de estímulo intestinal - reduzindo sais biliares e IgA - facilitando endotoxemia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual o tratamento da colestase induzida por nutrição parenteral?

A

Interrupção da nutrição parenteral - que geralmente reverte o quadro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que é a síndrome de Summerskill-Walshe?

A

Colestase benigna recorrente idiopática - de herança autossômica recessiva - com episódios reversíveis e bom prognóstico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quando ocorre a colestase da gravidez e quais são seus riscos?

A

No terceiro trimestre - com risco de sofrimento e morte fetal intrauterina - embora o prurido desapareça após o parto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais fatores favorecem colestase pós-cirúrgica?

A

Transfusões - infecção - cirurgia cardíaca - hipotensão - sepse - anestésicos halogenados e hipoxemia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como diferenciar colestase benigna pós-operatória de causas graves?

A

Pelo momento de surgimento dos sintomas e exclusão de disfunção hepática grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

O que caracteriza colestase induzida por fármacos?

A

Pode cursar com displasia arterial hepática - alterações ductais e persistir por meses ou anos após suspensão da droga.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

O que caracteriza a colestase intra-hepática com obstrução?

A

Destruição progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos por causas inflamatórias ou neoplásicas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quais critérios diagnósticos sugerem síndrome de Alagille?

A

Presença de pelo menos três: alterações faciais - colestase crônica - hipoplasia de artéria pulmonar - corpos vertebrais em asa de borboleta - embriotoxon posterior.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais doenças estão associadas à forma não-sindrômica da atresia de ductos biliares intra-hepáticos?

A

Infecções por citomegalovírus - rubéola e trissomias 17 - 18 e 21.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que caracteriza a doença de Caroli?

A

Dilatações císticas dos ductos biliares intra-hepáticos associadas a fibrose hepática e risco de litíase intra-hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual complicação comum da doença de Caroli?

A

Colangite - abscessos hepáticos e hipertensão portal com risco de transplante hepático.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quais são as principais causas de colestase extra-hepática?

A

Litíase biliar - tumores pancreáticos - estenoses biliares - colangiocarcinoma - síndrome de Mirizzi.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

O que é a síndrome de Mirizzi?

A

Compressão extrínseca do ducto hepático comum por um cálculo impactado no ducto cístico ou vesícula.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual é a diferença clínica entre colestase intra e extra-hepática?

A

Colestase extra-hepática frequentemente causa icterícia obstrutiva com vesícula palpável e prurido intenso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais são os sintomas mais frequentes da colestase?

A

Icterícia - colúria - acolia fecal - prurido - astenia - náuseas e perda de peso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Quais sinais clínicos podem acompanhar colestase crônica?
Xantomas - xantelasmas - osteopenia e síndrome de má absorção.
26
Qual é a principal manifestação cutânea da colestase?
Prurido generalizado - pior à noite - sem lesão primária de pele.
27
Quais são os marcadores laboratoriais mais sensíveis para colestase?
Fosfatase alcalina (FA) e GGT.
28
Quando a bilirrubina está elevada na colestase?
Principalmente quando há obstrução significativa ou comprometimento hepatocelular importante.
29
Como estão as transaminases na colestase pura?
Podem estar normais ou discretamente elevadas.
30
Quais alterações laboratoriais indicam colestase crônica?
Hipoalbuminemia - aumento de colesterol - INR alterado - vitaminas lipossolúveis baixas.
31
Qual exame de imagem inicial na suspeita de colestase?
Ultrassonografia abdominal.
32
Quando é indicado realizar CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica)?
Em casos de colestase com suspeita de obstrução de via biliar por cálculo ou tumor.
33
Qual exame define melhor a anatomia biliar intra-hepática?
Colangiorressonância magnética (CRM ou CP-RM).
34
O que o ultrassom pode mostrar em colestase extra-hepática?
Dilatamento da via biliar intra e extra-hepática - presença de cálculos ou massas compressivas.
35
Quando está indicado o uso de ácido ursodesoxicólico?
Na colestase intra-hepática crônica - como CBP e CEP - para reduzir lesão ductal e sintomas.
36
Quais são as principais complicações da colestase crônica não tratada?
Cirrose biliar secundária - osteoporose - deficiência de vitaminas lipossolúveis - prurido refratário.
37
O que pode causar acolia fecal?
Ausência de bile no intestino devido à obstrução biliar ou colestase grave.
38
Como a colestase altera a excreção de bilirrubina?
Impede a excreção da bilirrubina conjugada - resultando em hiperbilirrubinemia direta.
39
O que ocorre com os ácidos biliares no sangue durante a colestase?
Se acumulam no plasma - causando prurido e possíveis alterações cardiovasculares.
40
Como a colestase afeta a digestão de lipídios?
Reduz a liberação de bile no intestino - prejudicando a emulsificação e absorção de gorduras.
41
Qual o papel da bile na absorção de vitaminas lipossolúveis?
Facilita a emulsificação e absorção intestinal de vitaminas A - D - E e K.
42
Como diferenciar colestase intra-hepática de extra-hepática na clínica?
Intra-hepática costuma ter prurido com menos dilatação das vias biliares; extra-hepática tem icterícia intensa e dilatação visível em imagem.
43
O que indica vesícula palpável em paciente com icterícia?
Sugere obstrução biliar extra-hepática - como na regra de Courvoisier (ex: tumor de pâncreas).
44
Qual sintoma da colestase pode preceder a icterícia?
Prurido generalizado - especialmente à noite.
45
Por que há tendência a sangramentos em colestase crônica?
Pela deficiência de vitamina K - que depende da bile para absorção.
46
Por que colestase grave pode causar lesões ósseas?
Pela deficiência de vitamina D - levando a osteopenia e osteomalácia.
47
Por que é importante diferenciar colestase de hepatite aguda?
Porque o tratamento e prognóstico são diferentes; hepatite cursa com transaminases muito elevadas.
48
Como a síndrome colestática se manifesta nos exames laboratoriais?
Elevação de FA e GGT - bilirrubina direta elevada e transaminases normais ou pouco alteradas.
49
Como doenças autoimunes podem causar colestase?
Por inflamação crônica e destruição dos ductos biliares intra-hepáticos - como na CBP e CEP.
50
Qual é a principal colangiopatia autoimune associada a colite ulcerativa?
Colangite esclerosante primária (CEP).
51
Quais características diferenciam CBP e CEP?
CBP afeta ductos intra-hepáticos pequenos (autoanticorpos positivos); CEP afeta intra e extra-hepáticos e está associada a doença inflamatória intestinal.
52
O que diferencia colestase obstrutiva benigna de maligna na imagem?
Benigna: cálculos - sem invasão; maligna: dilatação abrupta - massas - espessamento irregular de ductos.
53
Qual achado típico da CEP na colangiorressonância?
Aspecto de contas de rosário por estreitamentos e dilatações alternadas dos ductos.
54
Qual exame deve ser evitado inicialmente se há colangite?
CPRE - pois é invasiva e pode agravar infecção — preferir colangiorressonância.
55
Quais drogas estão comumente associadas à colestase medicamentosa?
Amoxicilina-clavulanato - anticoncepcionais - esteroides anabolizantes - eritromicina - fenotiazinas.
56
Como diferenciar colestase medicamentosa de hepatite medicamentosa?
A colestase tem padrão predominantemente canalicular (FA e GGT) - enquanto a hepatite cursa com ALT e AST elevadas.
57
Por que colestase da gestação desaparece após o parto?
Porque está relacionada ao estímulo hormonal gestacional - que cessa com a queda de estrogênio e progesterona.
58
Qual cuidado deve-se ter com o recém-nascido de mãe com colestase gestacional?
Risco aumentado de sofrimento fetal e parto prematuro — exige monitoramento fetal rigoroso.
59
O que pode causar colestase em um paciente em uso recente de antibiótico?
Amoxicilina-clavulanato é uma causa comum de colestase medicamentosa.
60
Qual manifestação bioquímica pode sugerir colestase antes da icterícia?
Elevação isolada de fosfatase alcalina (FA) e GGT.
61
Por que o uso crônico de esteroides anabolizantes pode causar colestase?
Porque eles interferem no transporte canalicular de bile.
62
Quais achados bioquímicos orientam para colestase crônica com má absorção?
Hipovitaminoses lipossolúveis - hipocolesterolemia - INR elevado e hipoalbuminemia.
63
Quais anticorpos são típicos da colangite biliar primária (CBP)?
Antimitocôndria (AMA-M2).
64
Em quais pacientes é mais comum a CBP?
Mulheres de meia-idade com doenças autoimunes associadas.
65
Qual é o risco da colestase prolongada não tratada?
Desenvolvimento de cirrose biliar secundária.
66
Qual é a principal causa de colestase obstrutiva em países desenvolvidos?
Litíase biliar (coledocolitíase).
67
Quais exames são úteis para diferenciar colestase intra de extra-hepática?
Ultrassom e colangiorressonância.
68
Qual a utilidade do ácido ursodesoxicólico na colestase crônica?
Reduz citotoxicidade biliar - alivia sintomas e retarda progressão da doença.
69
Qual mecanismo explica a colúria na colestase?
Excreção urinária da bilirrubina conjugada que não alcança o intestino.
70
O que pode indicar prurido isolado com FA elevada?
Colestase subclínica - mesmo sem icterícia.
71
Qual a ação da bile na digestão além da absorção de gordura?
Neutraliza o quimo ácido e facilita ação das enzimas pancreáticas.
72
Como a obstrução biliar afeta a microbiota intestinal?
Aumenta o risco de supercrescimento bacteriano e translocação devido à redução de bile.
73
O que causa xantomas em colestase crônica?
Acúmulo de colesterol pela dificuldade de excreção biliar.
74
Qual é o principal sintoma que leva um paciente com colestase a buscar atendimento?
Prurido intenso.
75
Como a colestase intra-hepática da gravidez afeta o feto?
Aumenta o risco de parto prematuro - sofrimento e morte fetal.
76
Por que a CBP pode ser confundida com hepatite autoimune?
Ambas cursam com aumento de transaminases e podem ter sintomas sistêmicos.
77
Como CEP se manifesta na colangiorressonância?
Alternância de estreitamentos e dilatações - com aspecto de rosário.
78
Qual fármaco deve ser evitado em pacientes com colestase medicamentosa prévia?
O mesmo agente implicado - por risco de recorrência ou agravamento da lesão hepática.
79
O que é ductopenia?
Perda progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos - observada na CBP e rejeição de transplante hepático.
80
Qual complicação grave pode surgir após CPRE em colestase?
Pancreatite pós-CPRE.
81
Quais exames confirmam deficiência de vitamina K por colestase?
INR prolongado que melhora após administração de vitamina K parenteral.
82
Qual achado define colangite ascendente aguda?
Triângulo de Charcot: febre - dor em HD e icterícia.
83
Como diferenciar CBP de CEP no sexo e associação clínica?
CBP: mulheres - autoimunidade; CEP: homens - colite ulcerativa.
84
Como é feito o rastreio de colangiocarcinoma em CEP?
Imagem periódica e dosagem de CA 19-9.
85
Por que colestase em paciente cirrótico é de pior prognóstico?
Indica lesão hepática avançada ou sobreposição com colangite.
86
O que é acolia fecal intermitente?
Presença alternada de fezes claras por obstrução parcial da via biliar.
87
Quais exames avaliam a presença de cálculos em colédoco?
Ultrassonografia - ecoendoscopia e CPRE.
88
Por que o colédoco dilata após colecistectomia?
Adaptação compensatória ao maior fluxo contínuo de bile.
89
Qual coloração urinária indica colestase?
Urina escura (tipo coca-cola) por bilirrubinúria.
90
Por que a colestase pode causar dislipidemia?
Alteração no metabolismo e excreção hepática de colesterol.
91
Qual conduta é indicada quando AMA é negativo - mas há suspeita de colestase?
Solicitar colangiografia para avaliar acometimento biliar e descartar CEP.
92
Qual colangiopatia geralmente não cursa com dilatação das vias biliares?
Colangite esclerosante primária (CEP).
93
Qual exame pode ser necessário para diferenciar estenose de colangiocarcinoma em pacientes com CEP?
Escovado biliar - aspiração ou biópsia dirigida.
94
Quais condições estão associadas à colangite esclerosante secundária?
Imunodeficiência adquirida (HIV) - enxerto hepático e compressão vascular.
95
Quando é recomendada a biópsia hepática em casos de colestase?
Quando a etiologia permanece incerta ou há suspeita de colestase intra-hepática.
96
O que a biópsia hepática permite avaliar?
Presença de processo inflamatório - fibrose - atividade e lesão biliar.
97
Quais anticorpos devem ser solicitados no estudo imunológico de colestase intra-hepática?
AMA - ANA e AML.
98
Além dos anticorpos - qual outro exame complementar deve ser solicitado na investigação de colestase?
Sorologia viral.
99
Quais são os dois pilares do tratamento da colestase?
Tratar a causa de base e controlar manifestações clínicas.
100
Como se aborda a colestase extra-hepática?
Corrigindo o fluxo biliar por meio de procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos.
101
O que é feito quando não há possibilidade de correção invasiva da colestase?
Terapia médica para alívio sintomático e prevenção de complicações.
102
Como se aborda a colestase intra-hepática?
Identifica-se a doença de base (como CBP ou CEP) e aplica-se tratamento específico - focando no controle dos sintomas.
103
Quando colestase aguda exige suporte nutricional?
Geralmente não requer.
104
Quando colestase crônica exige suporte nutricional?
Nas formas com má absorção - com reposição de vitaminas lipossolúveis e acompanhamento nutricional especializado.