133 - LMC Flashcards

1
Q

Qual a idade de diagnóstico da LMA? E da LMC?

A

LMA - 67 anos.

LMC - 55-65 anos

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2
Q

Qual o sexo mais afetado na LMC?

A

Masculino

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3
Q

A LMC é comum em crianças. V/F?

A

Falso. Incomum. Apenas 3% com menos de 20 anos

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4
Q

BCR- Cromossoma 9; ABL - Cromossoma 22. V/F?

A

Falso. ABL - Cr 9; BCR - Cr 22

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5
Q

Fases de evolução da LMC sem tratamento?

A

Fase cronica/indolente - Fase Acelerada - Fase Blastica

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6
Q

À semelhança do que acontece na LMC, a t(9;22) confere bom prognóstico na LLA. V/F

A

Falso! Na LMC confere melhor prognóstico (porque melhor resposta à tx), mas na LLA pior prognóstico.

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7
Q

Anomalia citogenética típica da LMC? Dá origem a que gene?

A

t(9;22) - gene BCR/ABL

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8
Q

Em que cromossomas se localizam os genes BCR e ABL?

A

BCR - cr 22
ABL - cr 9
ambos no braço longo

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9
Q

LMC corresponde a ____ de todas as leucemias.

A

15%

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10
Q

A incidência de LMC tem vindo a aumentar nas últimas décadas. V/F

A

Falso, não tem mudado.

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11
Q

A prevalência de LMC tem vindo a aumentar nas últimas décadas. V/F

A

Verdadeiro (incidência constante + diminuição da mortalidade)

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12
Q

LMC é mais comum que LMA. V/F

A

Falso. LMA mais frequente (3,5/100.000 vs 1,5/100.000 na LMC).

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13
Q

Verifica-se associação familiar entre os casos de LMC. V/F

A

Falso!

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14
Q

Anomalia citogenética típica da LMC? Dá origem a que gene?

A

t(9;22) - gene BCR/ABL

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15
Q

Em que cromossomas se localizam os genes BCR e ABL?

A

BCR - cr 22
ABL - cr 9
ambos no braço longo

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16
Q

LMC corresponde a ____ de todas as leucemias.

A

15%

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17
Q

A incidência de LMC tem vindo a aumentar nas últimas décadas. V/F

A

Falso, não tem mudado.

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18
Q

A prevalência de LMC tem vindo a aumentar nas últimas décadas. V/F

A

Verdadeiro (incidência constante + diminuição da mortalidade)

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19
Q

LMC é mais comum que LMA. V/F

A

Falso. LMA mais frequente (3,5/100.000 vs 1,5/100.000 na LMC).

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20
Q

Verifica-se associação familiar entre os casos de LMC. V/F

A

Falso!

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21
Q

Infecções virais são possíveis factores etiológicos para o desenvolvimento de LMA, assim como da LMC. V/F

A

Falso, 0 associação com infecções virais tanto na LMC como na LMA.

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22
Q

Existe um aumento de risco de desenvolvimento de LMC com a exposição a radiação ionizante, muito embora esta associação não seja frequente. V/F

A

Verdadeiro

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23
Q

Desenvolvimento de LMC associa-se a exposição a benzeno e outras toxinas, à semelhança do que acontece com LMA. V/F

A

Falso - estas associações de facto verificam-se com LMA, mas não com LMC!

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24
Q

Tempo de latência para aparecimento de LMC após exposição a radiação?

A

5 a 10 anos

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25
Q

Baixas doses de radiação podem estar na base do desenvolvimento de LMC. V/F

A

Faso, parecem ser necessárias altas doses de radiação para causar LMC.

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26
Q

Em que % de células é possível encontrar Ph+?

A

> 90%

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27
Q

Que células expressam Ph+?

A

Células hematopoiéticas, particularmente mielóides, eritróides, megacariócitos e monócitos.
- linfócito B maduros
— linfócitos T maduros
Não em células estromais nem noutras células do corpo.

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28
Q

Na LMC, é possível encontrar cromossoma Ph em todas as células do doentes. V/F

A

Só nas células hematopoiéticas!

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29
Q

Qual é o produto do gene BCR-ABL?

A

Proteína BCR-ABL1 (tirosina cinase)
p210 - mais comum na LMC
p190 - rara na LMC, mau px (2/3 na LLA)
p230 - LMC com curso clínico mais indolente

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30
Q

Qual vai ser a função da proteína BCR-ABL1, na base da fisiopatologia da LMC?

A

Tirosina cinase, constitutivamente activa (autofosforilação) que vai actuar em múltiplas vias com modificações da transcrição génica, apoptose, organização esquelética e degradação de proteínas inibitórias.
Basicamente vai criar clones resistente à apoptose, portanto dominantes em relação aos restantes precursores.

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31
Q

BCR-ABL1 está presente em ____ dos adultos normais, _____ das crianças e _____ das amostras de cordão umbilical.

A

25%; 5%; 0%

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32
Q

LMC é definida pela presença de BCR-ABL1, mas esta não é suficiente para causar LMC na maioria dos indivíduos. V/F

A

Verdadeiro

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33
Q

Ph+ é identificado citogeneticamente em todos os doente com LMC. V/F

A

Falso! Em alguns não se consegue identificar citogeneticamente o Ph+, muito embora tenham morfologia típica e FISH e PCR + para BCR/ABL1. Igual px e resposta a TKI’s.

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34
Q

LMC com morfologia normal, BCR/ABL1 + mas Ph- pode ser causada por…?

A
  • Ph “variant” - 3 ou mais translocações, envolvendo mais cromossomas para além do 9 e do 22.
  • Ph “masked” - translocações entre o 9 e outro cromossoma que não o 22
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35
Q

Característica LMC atípica/ Leucemia mielomonocítica crónica?

A
  • morfologia e/ou clínica atípica
  • Ph -
  • Mutações CSF3R ou SETBP1
  • Não responde TKI’s
  • Sbv 2-3 anos
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36
Q

Sbv LMC atípica/ Leucemia mielomonocítica crónica?

A

2 a 3 anos

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37
Q

Mutações LMC atípica/ Leucemia mielomonocítica crónica?

A

CSF3R ou SETBP1

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38
Q

Que alterações cromossómicas se aparecem associar a transformação LMC? Em que % são encontradas?

A
  • Trissomia 8
  • Ph duplo
  • Isocromia 17
  • Del 17q
  • Del 20q
    Em 5 a 10% Ph+
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39
Q

BCR/ABL1 por si só induz _______, que leva à aquisição de mutações adicionais e, eventualmente, à _______.

A

BCR/ABL1 por si só induz instabilidade genética, que leva à aquisição de mutações adicionais e, eventualmente, à transformação blástica.

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40
Q

De que forma é que a tx com TKIs impede a transformação blástica?

A

estabilizam o genoma, impedem a aquisição de mutações adicionais

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41
Q

Tx com TKI’s torna a doença mais indolente, mesmo que não seja atingida resposta citogenética completa. V/F

A

Verdadeiro.

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42
Q

Em países desenvolvidos, _____ dos doentes são diagnosticados através de ______.

A

Em países desenvolvidos, 50-60% dos doentes são diagnosticados através de análises de rotina.

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43
Q

% LMC alto risco à apresentação em países desenvolvidos? E em desenvolvimento?

A

10-20% em PD

30-50% em PED

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44
Q

___ dos doentes apresentam-se em fase crónica/indolente.

A

90%

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45
Q

Doentes são frequentemente assintomáticos aquando do diagnóstico. V/F

A

Verdadeiro

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46
Q

Sintomas comuns LMC? São manifestações de quê?

A

Manifestações da anemia e esplenomegália:

  • Fadiga
  • Mal-estar geral
  • Perda de peso
  • Saciedade precoce
  • Dor ou massa no QSE
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47
Q

LMC é uma causa de esplenomegáila maciça. V/F

A

Verdadeiro

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48
Q

Causas de esplenomegálica maciça?

A

São 10! (organizar por causas):
(Neoplasias): LMC, LLC, Linfomas, Tricoleucémia
(SMP): PV e MFP
(Infiltrativas): Gaucher, Sarcoidose, Hemangiomatose Esplénica Difusa
AHAI (que não se enquadra bem em nenhuma das outras categorias lol)

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49
Q

Apresentações menos comuns LMC? Secundárias a que alterações?

A

Devem-se trombocitose ou leucocitose:

  • eventos trombóticos
  • eventos vaso-oclusivos (EAM, TEV, AVC, …)
  • Diátese Hemorrágica
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50
Q

Sintomas que indicam progressão para fase blástica?

A

(basicamente correspondem a um agravamento dos sintomas de base:)

  • Febre inexplorada
  • Infeções
  • Hemorragia
  • Eventos trombóticos
  • Fadiga severa
  • perda de peso significativa
  • dores ósseas e articulares
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51
Q

Achado ao EO mais comum? Em que % de doentes?

A

Esplenomegália - 20 a 70%

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52
Q

Hepatomegália e linfadenopatias são achados comuns à apresentação na LMC. V/F

A

Falso! Ambas apresentações menos comuns
Hepatomegália (10-20%)
Linfadenopatias (5-10%)

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53
Q

Doença extramedular com bx confirmando a presença de blastos indica….?

A

Transformação da LMC

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54
Q

Contagem leucócitos comuns na LMC?

A

10-500x10^9/L

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55
Q

O que significa hematopoiese com desvio para a esquerda?

A

Predomínio neutrófilos com formas em banda, mielócitos, metamielócitos, promielócitos e blastos.
(basicamente é o aparecimento de formas imaturas em circulação).

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56
Q

% de blastos em circulação típica à apresentação? E na MO?

A

5% ou menos, tanto em circulação como na MO

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57
Q

Sintomas associados ao aumento de eosinófilos e basófilos?

A

prurido, rubor, diarreia, úlceras GI’s

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58
Q

Leucocitose inexplicada e sustentada com ou sem esplenomegália implica a realização de ___?

A

exame MO e análise citogenética

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59
Q

Na LMC, à semelhança do que acontece na LMA, leucocitose é comum à apresentação. V/F

A

Verdadeiro.

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60
Q

Na LMC, à semelhança do que acontece na LMA, trombocitose é comum à apresentação. V/F

A

Falso! É, de facto, o mais comum na LMC, ao contrário do que acontece na LMA que se apresenta geralmente com trombocitopénia!

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61
Q

Trombocitopénia é rara na LMC e quando presente indica…?

A
  • pior px
  • progressão para fase acelerada
  • etiologia não relacionada (p.e. 2ária à tx)
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62
Q

Qual dos TKIs tem como efeito adverso o desenvolvimento de trombocitopénia?

A

Dasatinib

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63
Q

Anemia está presente em _____, apresentando _____ dos doentes não tratados oscilações cíclicas das contagens.

A

1/3; 25%

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64
Q

Outras alterações bioquímicas típicas na LMC?

A
  • Aumento: B12, ácido úrico, LDH e lisozima

- Diminuição: FA leucocitária

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65
Q

Na LMC, há aumento da lisozima, à semelhança do que acontece no MM. V/F

A

Falso! Na LMC aumenta, mas no MM diminui.

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66
Q

Na LMC, há diminuição da FA leucocitária, à semelhança do que acontece na PV. V/F

A

Falso! Na LMC diminui, na PV aumenta.

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67
Q

Achados na Bx MO na LMC?

A
  • MO hipercelular

- Hiperplasia Mielóide - rácio M:E > 15-20:1

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68
Q

% blastos superior a 15 indica…?

A

Mau PX ou aceleração LMC

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69
Q

Fibrose de ____ é comum, sendo que ____ apresentam fibrosa graus 3-4.

A

Fibrose de reticulina é comum, sendo que 30-40% apresentam fibrosa graus 3-4.

(Linas há muitas, génios há poucos)

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70
Q

Fibrose reticulina é um factor de mau px. V/F

A

Falso! Era, mas já não porque resolve com a tx com TKIs

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71
Q

Fibrose de colagénio é, como a fibrose de reticulina, comum ao dx. V/F

A

Falso, rara

linas há muitas, génios são raros

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72
Q

Desenvolvimento fibrose colagénio geralmente devia-se a ….

A

Mieloftise/ burnout medular secundários à tx com bussulfano (menos comum hoje em dia porque é rara com TKIs

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73
Q

Avaliação mais sensível para estimar carga de LMC em doentes sob tx com TKIs?

A

FISH e PCR

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74
Q

Deve ser sempre realizada análise citogenética ao diagnóstico. V/F

A

Verdadeiro - permite detecção anomalias cromossómicas adicionais que podem não ser detectadas pelo FISH.

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75
Q

A que se deve o risco de falsos negativos com a PCR? Como solucionar este problema?

A

Existência e transcritos de RNA alternativos em 2-5% dos doentes.
Estudos moleculares em todos os doentes aquando do dx (para perceber quais são as alterações de base - monitorização depois mais dirigida)

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76
Q

Transcritos de mRNA BCR/ABL1 mais comuns?

A

e13a2, e14a2

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77
Q

Dx LMC deve sempre basear-se numa análise MO com citogenética de rotina. V/F

A

Verdadeiro

78
Q

Análise MO com citogenética de rotina permite obter que informações?

A
  • confirma presença Cr Ph
  • detecta evolução cloral
  • quantificação % blastos e basófilos
79
Q

___ dos doentes tem quantidade de blastos na MO ____ que em circulação.

A

10%; significativamente maior

80
Q

Standard practice para monitorização dos doentes sob tx com TKIs?

A

análise citogenética, FISH e estudos moleculares (PCR)

81
Q

Como se define resposta citogenética parcial?

A

< 35% Ph+

= 10% BCR/ABL1

82
Q

Como se define resposta citogenética completa?

A

0 Ph+

= 1% BCR/ABL1

83
Q

Como se define resposta molecular major?

A

= 0,1% BCR/ABL1

Diminuição carga LMC >/= 3 log

84
Q

Como se define resposta molecular completa?

A

= 0,0032% BCR/ABL1

Diminuição carga LMC >/= 4,5 log

85
Q

% de doentes em fase acelerada ou blástica à apresentação?

A

5-10%

86
Q

Como se define fase acelerada?

A
>15% blastos na MO
> 30% blastos e basófilos na MO
> 15% basófilos em circulação
Evolução clonal citogenética
Trombocitopénia (<100.000)
87
Q

Sobrevida com TKIs em doente em fase acelerada de novo?

A

75% a 8 anos

88
Q

Sobrevida com TKIs em doente em fase acelerada evoluindo de crónica?

A

70% a 4 anos

89
Q

Como se define fase blástica?

A

> 30% de blastos na MO ou sangue periférico
OU
doença extramedular

90
Q

% fase blática mielóide? E linfóide?

A

Mielóide: 60%

Linfóide: 25%

91
Q

% transformação blástica sob tx com TKIs? Características (quando, em quem, de que tipo)?

A

1-2% transformação plástica SÚBITA nos dois primeiros anos de tx com TKIs, em doentes jovens, geralmente linfoblástica

92
Q

Marcadores linfoblastos na transformação blástica linfóide? Em que % marcadores mielóides?

A
  • Positivos: transferase terminal dos desoxinucelótidos
  • Negativos: peroxidase
  • Marcadores linfóides: CD10+, CD20+, CD19+, CD22+
  • Marcadores mielóides: 50-80%
93
Q

Transformação plástica linfóide é altamente responsiva a tx com ____?

A

QT anti-LLA + TKIs

94
Q

A LMC é uma consequência precoce do tx com agentes alquilantes. V/F

A

Falso! Não tem associação

95
Q

A trombocitose não relacionada com a tx é um factor de mau px. V/F

A

Verdadeiro.

96
Q

A LMC é mais frequente no sexo masculino e corresponde a 15% de todas as leucemias. V/F

A

Verdadeiro.

97
Q

O cromossoma Ph resulta da translocação recíproca entre os genes BCR (braço longo do cr 9) e ABL1 (braço longo do cr 22). V/F

A

Falso
BCR - cr 22
ABL1 - cr 9

98
Q

p190 surge raramente na LMC e confere pior prognóstico. V/F

A

Verdadeiro

99
Q

BCR/ABL1 está presente em cerca de 50% dos adultos normais. V/F

A

Falso, 25%

100
Q

A presença de doença extramedular indica transformação da LMC. V/F

A

Verdadeiro

101
Q

A anemia está presente em cerca de 1/2 dos doentes. V/F

A

Falso. 1/3

102
Q

A resposta citogenética completa define-se como ausência de Ph com =0,1% BCR/ABL1. V/F

A

Falso. =1% BCR/ABL1.

103
Q

Sobrevida média antes do aparecimento TKIs?

A

3 a 7 anos; =30% a 10 anos

104
Q

Taxa de mortalidade anual antes do aparecimento TKIs?

A

10-20%

105
Q

Taxa de mortalidade anual com TKIs?

A

2%

106
Q

Sobrevida média com TKIs?

A

85% a 10 anos (com o Imatinib)

107
Q

50% dos doentes morre de causas não relacionadas com LMC. V/F

A

Verdadeiro

108
Q

Mesmo sem atingir resposta citogenética completa, doentes podem manter-se em fase crónica durante muitos anos com tx com TKIs. V/F

A

Verdadeiro

109
Q

Incidência de transformação entre os 2º-3º anos de tx com TKIs e menor com os de 2ªG , quando comparados com Imatinib.

A

Verdadeiro

110
Q

Taxa de transformação anual sob tx a longo prazo com TKIs?

A

<1%/ano

111
Q

Como se manifesta aparecimento de resistências à tx com TKIs?

A

1º recidiva citogenética
2º recidiva hematológica
3º transformação (que, sendo assim, é previsível)

112
Q

Factores prognósticos relacionados com o tx são os mais importante na tx com TKIs. V/F

A

Verdadeiro

113
Q

Qual é o objectivo da tx com TKIs? Porquê?

A

Resposta citogenética completa - unico endpoint associado a aumento da sobrevida.

114
Q

Resposta molecular completa associa-se a aumento da sobrevida. V/F

A

FALSO! Só a resposta citogenética completa é que aumenta sbv

115
Q

Em doentes que alcancem resposta citogenética completa, a sobre vida é maior caso se atinja também resposta molecular completa. V/F

A

Falso! É igual, independentemente de alcançarem resposta molecular!

116
Q

Ausência de resposta molecular major ou completa deve ser encarada como falência terapêutica. V/F

A

Falso!
NÃO significa fracaso tx
NÃO implica mudança tx
NÃO implica transplante MO

117
Q

Vantagens resposta molecular completa?

A
  • cura molecular em contexto de investigação

- permite interrupção temporária TKIs em mulheres que queira engravidar

118
Q

Mecanismo de acção dos TKIs?

A

Ligação (e bloqueio) ao local catalítico da cinase ABL

119
Q

Mecanismo de resistência aos TKIs?

A

Mutação no domínio cinase do ABL - altera a conformação e impede a ligação dos TKIs ao local catalítico (local de ligação do ATP)

120
Q

Qual é o único TKI com eficácia selectiva para a mutação T315I? Respostas citogenéticas em que %?

A

Ponatinib - 50-70%

121
Q

Que fármaco pode ser usado na na tx das LMC sem ser TKIs? Mecanismo de acção? Administração? Indicações?

A

Omacetaxina - inibidor da síntese proteica
Subcutâneo
Apenas em fase crónica/ acelerada, após falência tx com 2 ou mais TKIs

122
Q

Qual é o único TKI que não pode ser administrado na fase blástica?

A

Nilotinib

123
Q

TKIs 1ª Linha?

A

Nilotinib, Dasatinib, Imatinib

Nilo Desagua no Mar

124
Q

TKI mais potente?

A

Dasatinib (300x mais potente que o Imatinib)

125
Q

% resposta citogenética completa aos 5 anos de follow-up com Imatinib?

A

60-65%

126
Q

Com Imatinib:

  • % resposta citogenética completa pelo menos 1x?
  • % sobrevida livre de eventos?
  • % sobrevida global?
A
  • 83%
  • 81%
  • 85%
    (SEMPRE POR VOLTA DE 80%)
127
Q

Vantagens TKI 2ªG?

A
  • Maiores níveis de resposta citogenética completa
  • Mais resposta molecular major
  • Maiores níveis de BCR/ABL1 indefectível
  • Menor % transformação nos 3 primeiros anos de tx
128
Q

Porque é que, apesar das claras vantagens dos TKIs 2ªG sobre o Imatinib, a sobrevida é igual em ambos?

A

Tx salvação com TKIs tem elevada eficácia, independentemente do TKI inicial

129
Q

Sobrevida com tx com os novos TKIs?

A

70-80% a 3-5 anos

130
Q

Mortalidade anual com TKIs?

A

= 5%/ano

131
Q

% resposta citogenética completa com novos TKIs?

A

30 a 60%

132
Q

% resposta citogenética completa com Ponatinib em doentes com mutação T315I?

A

50 a 70%

133
Q

Resposta a tx de salvação com TKIs depende de que factores?

A

Depende de:

  • doente em recidiva citogenética ou hematológica
  • resposta prévia a outros TKIs
  • Mutações na recidiva
134
Q

Indicadores de falência com tx TKIs?

A
  • Não atingir resposta citogenética completa aos 12m (Imatinib)/ 3-6m (2ªG)
  • Recidiva citogenética
  • Recidiva hematológica
  • Efeitos adversos inaceitáveis persistentes
135
Q

Objectivo da tx com Imatinib?

A

Resposta citogenética completa em 12 meses

136
Q

Objectivo da tx com novos TKI?

A

Resposta citogenética completa em 3-6 meses

137
Q

Tratamento de salvação com outro TKI, caso falência de tx inicial, tem bom outcome. V/F

A

Verdadeiro

138
Q

Na tx com Imatinib, deve ser mantida monitorização _____ até resposta citogenética completa e, a partir daí, com _________.

A

Na tx com Imatinib, deve ser mantida monitorização apertada até resposta citogenética completa e, a partir daí, com FISH e PCR 6/6 meses (3/3m se dúvidas sobre alterações transcritos BCR/ABL1).

139
Q

Estudos moleculares isolados para monitorização de tx com Imatinib se…

A

….doentes em resposta molecular major.

140
Q

Qual a abordagem se se verificar recidiva citogenética com TKI 1ª linha? Vantagens?

A

Análise de mutações

  • Indentifica mutações em 30-50% dos casos
  • Ajuda a seleccionar próximo TKI
141
Q

Devemos sempre realizar análise mutações, mesmo eu o doente se encontre em resposta citogenética completa. V/F

A

Falso! Não deve ser feita esta análise nesse caso, já que só são identificadas mutações em menos de 5% dos casos.

142
Q

Como se define resposta precoce ao tto com Imatinib?

A

resposta citogenética parcial em 3-6m

143
Q

Desvantagens de não atingir resposta citogenética completa em 3-6m com novos TKIs?

A
  • pior sbv livre de eventos
  • mais transformação
  • pior sbv overall
144
Q

Sobrevida com novos TKIs em doentes em que NÃO atingem resposta citogenética completa?

A

80-90% em 3-5 anos

145
Q

Transplante MO tem melhor sobrevida que TKIs caso não seja atingida resposta citogenética completa. V/F

A

Falso! Mesmo que não se atinja objectivo tx, TKIs têm melhor sbv

146
Q

% efeitos adversos graves com TKI?

A

menos de 5-10%

147
Q

Efeito adversos são mais frequentemente leves a moderados, pelo que nunca afectam a qualidade de vida. V/F

A

Falso! Se se mantiverem a longo prazo podem ser critério para falência tx.

148
Q

Efeitos adversos Imatinib? Em que %?

A
10-20% - efeitos leves a moderados 
(e tudo coisas muito inespecíficas - nada de especial:
- retenção de líquidos
- aumento de peso
- náuseas
- diarreia
- rash
- edema periorbital
- dores ósseas e articulares
- fadiga)
149
Q

Efeitos adversos Dasatinib?

A
  • Mielossupressão: ++ trombocitopénia
  • Derrame pleural
  • Derrame pericárdico
  • QT longo
  • HTPulmonar
    (D de derrame e diminuição plaquetas)
150
Q

Características derrame pleural 2ário a tx com dasatinib=

A

Líquido rico em eosinófilos (vide Pneumo)

151
Q

Efeitos adversos Nilotinib?

A
  • Hiperglicémia e DM
  • Prurido
  • Rash
  • Pancreatite
  • Cefaleias
  • QT longo
  • Eventos vaso oclusivos/ vasoespáticos
    (Perca do Nilo)
152
Q

TKIs que se associam a aumento do QT?

A

Dasatinib e Nilotinib

Danilo

153
Q

Efeitos adversos Bosutinib?

A

Diarreia (50-70%)

só faz BOSta

154
Q

Efeitos adversos Ponatinib?

A
  • Rash
  • Aumento da amilase e lipase
  • Pancreatite
  • Eventos vasospásticos/ vasoclusivos
    (Perca do Nilo outra vez)
155
Q

Quais os TKIs que se associam a eventos vasospásticos/ vasoclusivos?

A

Nilotinib e Ponatinib

perca do Nilo

156
Q

Qual o TKI MAIS associado a eventos vasospásticos/ vasoclusivos?

A

Ponatinib (10-20%)

vs. menos de 5% com Nilotinib

157
Q

Efeitos adversos TKIs são frequentemente _______ e revertem com _______ ou ________.

A

Efeitos adversos TKIs são frequentemente dose dependentes e revertem com diminuição da dose ou interrupção tx.

158
Q

% disfunção e falência renal? Solução?

A

2-3% - reverte com mudança de TKI.

159
Q

Dose mínima eficaz TKIs? (sim, lol, eu sei)

A

Imatinib - 300 mg/dia (1ªG, é o mais fraco, maior dose)
Nilotinib - 200 mg/2xdia (este é a princesa das excepções - é o único que não se dá na fase blástica, é o único que é 2x dia)
Dasatinib - 20 mg/dia (é o de 2ªG que é mais potente logo, 2ª menor dose)
Bosutinib - 300 mg/dia (BOSta logo também tem que ser com doses maiores)
Ponatinib - 15 mg/dia (é o único de 3ªG, logo é o mais potente, o que precisa de menores doses)

160
Q

Sbv a longo prazo se transplante MO?

A

40-60% (se realizado na fase crónica)

161
Q

Mortalidade no 1º ano após transplante MO?

A

5-30%

162
Q

% cura com transplante MO?

A

sobrevida 50-60%

163
Q

% mortalidade nas 2 primeiras décadas após transplante MO? Causa?

A

10-15% - complicações do transplante

164
Q

Complicações a curto e longo prazo associadas ao transplante MO?

A
  • DEVH
  • Disfunção orgânica
  • Novas neoplasias
  • Maior risco mortalidade (vs população normal)
  • Infertilidade
  • Complicações imunológicas crónicas
  • Cataratas
  • Necrose anca
165
Q

Transplante MO apresenta melhores taxas cura num doente que se apresente em fase crónica vs. numa 2ª fase crónica (regressão se acelerada ou blástica). V/F

A

Verdadeiro

166
Q

Cura e mortalidade precoce na LMC em fase crónica submetida a transplante MO dependem de que factores?

A
  • idade do doente
  • duração da fase crónica
  • dador relacionado ou não relacionado
  • taxa de compatibilidade
  • regime de preparação
167
Q

Quais as estratégias possíveis caso recidiva molecular ou citogenética/ transformação após transplante?

A
  • TKI
  • Infusão de linfócitos do dador
  • 2º transplante MO
168
Q

TKIs são muito eficazes a re-induzir remissões moleculares/citogenéticas em caso de recidiva pós-transplante. V/F

A

Verdadeiro

169
Q

Em que situações deve ser feita indução remissão rapidamente com QT+TKI seguida de TCTH o mais depressa possível?

A
  • Fase blástica de novo
  • Evolução para fase blástica
  • Evolução para fase acelerada
170
Q

Estratégia tx caso fase acelerada de novo/ à apresentação?

A

TKI a longo prazo

171
Q

Em que situações TCTH é mais urgente?

A
  • evolução cloral
  • mutações desfavoráveis
  • sem resposta citogenética (major ou completa) após 12m de tx de salvação com TKI
172
Q

Em que situação TCTH em 3ª linha?

A

Recidiva sem evolução citogenética + resposta citogenética completa com TKI

173
Q

Em que situações deve rejeitar-se tx com TCTH?

A

> 65-70 anos

se alto risco mortalidade

174
Q

Tx evolução fases acelerada/ blástica?

A

QT e TKI + TCTH

175
Q

Taxas resposta tx fases acelerada/ blástica?

A

30-50% se fase acelerada

20-30% se fase blástica

176
Q

Tx das fases acelerada/blástica permite alcançar resposta citogenética em apenas 10-20% dos doentes, sendo no entanto, completa e duradoura. V/F

A

Falso! Incomum, sobretudo completa, e passageira na fase blástica.

177
Q

Tx LMC fase blástica mielóide? % respostas completas? Sbv?

A

Qt anti-LMA + TKI
30-50%
9-12 meses

178
Q

Tx LMC fase blástica linfóide? % respostas completas? Sbv?

A

QT anti-LLA + TKI
60-70%
2-3 anos

179
Q

Que outros agentes tx podem ser considerados na tx LMC? Em que situações?

A
  • IFNalfa (+TKI se falência se TKI isolado, na gravidez ou para tingir cura molecular)
  • Hidroxiureia (redução carga inicial LMC ou +TKI para manter respostas completas)
  • Bussulfano (preparação para TCTH)
180
Q

Indicações para esplenomegália na LMC?

A

Alívio sintomas por esplenomegália/ hiperesplenismo

181
Q

Estratégia para controlo leucocitose?

A
  • Citarabina (1x dose alta)
  • Hidroxiureia (doses altas)
    (- Leucaférese já não se usa, mais incómodo e mais efeitos adversos)
182
Q

Tx LMC em grávidas?

A
  • leucaferese no 1ºT se leucocitose grave e sintomática

- Hidroxiureia até ao parto

183
Q

Doentes em tx com TKIs podem desenvolver anomalias cromossómicas em células Ph-. Quais são? Consequências?

A
  • Perda do Y
  • Trissomia do 8
  • 20q-
  • Anomalias do 5 ou 7
    Maioria desaparece ao longo do tempo, excepto anomalias do 5 ou 7 que, raramente, podem levar a evolução para SMD ou LMA.
184
Q

A sbv a 10 anos com Imatinib é cerca de 85%. V/F

A

Verdadeiro

185
Q

Com tx contínua com TKIs a transformação para fase acelerada ou blástica é <10% no follow-up em 4-8 anos. V/F

A

Falso. <1%/ano

186
Q

O tratamento de salvação com novos TKIs tem mau prognóstico, com apenas 20-30% sbv a 3-5 anos. V/F

A

Falso! Sbv 70-80% neste caso

187
Q

A falência e disfunção renal ocorrem em 2-3% dos casos revertendo com a mudança de TKI. V/F

A

Verdadeiro

188
Q

Surgindo um doente em fase acelerada de novo, devemos imediatamente realizar tx com TKI+QT de forma a que o TCTH possa ser feito o mais rapidamente possível. V/F

A

Falso! Seria verdade se fase acelerada a evoluir de fase crónica. Fase acelerada de novo tem boas respostas com TKI.

189
Q

Se falência tx com Imatinib em 1ª linha deve de imediato alterar-se o TKI já que tx salvação com outro TKI apresenta bons resultados. V/F

A

Verdadeiro

190
Q

Se LMC em fase blástica não linfóide, o tratamento deve passar por QT anti-LLA + TKI. V/F

A

Falso! QT anti-LMA+TKI

191
Q

Deve evitar-se o IFNalfa nas grávidas dado o risco de teratogenecidade. V/F

A

Falso! Risco de aborto, não é teratogénico.

192
Q

Imatinib apresenta teratogenecidade ocular, esquelética e renal. V/F

A

Verdadeiro.