Ginecologia Flashcards
Mamas são anexos da pele e do sistema reprodutivo humano. São constituidas por:
(1) Parênquima de tecido glandular;
(2) Estroma de tecido conjuntivo;
(3) Pele;
Localização das mamas
- Parede anterior do tórax
- Tamanho médio de 10 a 12cm diâmetro;
- Espessura central de 5 a 7cm;
Cauda ou prolongamento axilar do conteúdo glandular das mamas
- Cauda de Spence;
- Processo lateral axilar;
Divisão das mamas + incídências do CA mama
- QSE (50%), QSI (15): 65% do quadrante superior;
- QIE (11%), QII (6%): 17% no quadrante inferior
- Aréola (18%)
Estrutura de suporte da glândula mamária
Ligamentos suspensórios de Cooper
Espaço de tecido adiposo das mamas
Fossas adiposas de Duret
Espaço retromamário de Chassaignac
Importante plano de dissecção entre mama e o grande peitoral;
Fáscia que também deve ser ressecada durante a mastectomia
Fáscia do músculo grande peitoral.
Parênquima mamário
Tecido glandular formado por sistema lobular e ductal
Estroma mamário
Ligamentos suspensórios de Cooper (conjuntivo) + fossas de Duret (adiposo).
Organização do parênquima mamário
(1) LÓBULO: unidade morfofuncional da mama;
(1) ALVÉOLO: unidade secretora em repouso;
(1) ÁCINO: unidade secretora desenvolvida totalmente na gravidez e na lactação;
- ——————————————————————————-
- PARÊNQUIMA: 15 a 20 LOBOS de tecido glandular túbulo-alveolar
- LOBOS: 20 a 40 LÓBULOS;
- LÓBULOS: 10 a 100 ALVÉOLOS (ácinos)
- cada LÓBULO possui o seu ducto principal com ramificações que chega até o mamilo;
- DUCTO: podem apresentar dilatações terminais chamadas SEIOS LACTÍFEROS SUBAEROLARES
(1) Tuberculos de Morgani
(2) Tuberculos de Montgomery
(1) Glândulas sebáceas modificadas em forma de nódulos subcutâneos
(2) Hipertrofia dos tubérculos de morgani para lubrificação do tecido aerolar
Mamilo (ou papila)
Emerge no centro da areola. 10 a 20 óstios que correspondem a desembocadura dos ductos galactóforos ou lactíferos. Possui terminações nervosas que incluem corpos de Ruffini e corpúsculos de Krause.
Complexo areolopapilar
Musculatura lisa em disposição radial e concêntrica. Ao se contrair provoca ↓ do tamanho, endurecimento, ereção da papila e ejeção de secreção contida nos seios lactíferos.
Telorismo
Ereção da papila
Suprimento sanguíneo da mama
ARTERIAL
- Artéria torácica interna (artéria mamária interna, ramo da artéria subclávia): MEDIAL E CENTRAL (60%)
- Artéria torácica lateral (r. a. axilar, toracoacromial ou subescapular): LATERAL (↑QSE) 30%
- Ramos anterioes e laterais das artérias intercostais posteriores: INFEROLATERAL
- Plexo aerolar subdérmico (r. terminal das a. intercostais posteriores): ARÉOLA
VENOSA
- Veias superficiais;
- Veias profundas;
Dranagem linfática da mama
A linfa drenada da mama vai maciçamente para a axila, e uma pequena parte vai para a cadeia mamária interna
Abordagem da axila
Só é possível após o afastamento dos músculos grande e pequeno peitorais.
Nervos axilares
- Nervo torácico longo;
- Nervo toracodorsal;
- Nervo intercostobraquial;
Nervo torácico longo
Inervação do músculo serrátil anterior.
LESÃO: escápula alada
Nervo toracodorsal
Inerva o músculo grande dorsal
LESÃO: não resulta em deficit funcional;
Nervo intercostobraquial
Sensibilidade da face medial do braço e da axila
LESÃO: alterações senstivas na face medial do braço: parestesias ou dor crônica.
Classificação dos linfonodos axilares (Berg)
NÍVEL I: localizados lateralmente à borda externa do músculo peitoral menor;
NÍVEL II: localizados sob e entre as bordas do músculo peitoral menor;
NÍVEL III: medialmente à borda interna do músculo peitoral menor;
Linfonodos interpeitorais (Rotter) situados entre os músculos grande e pequeno peitoral ao longo do nervo peitoral lateral;
Editar!!
Alterações cíclicas da mama na primeira fase do ciclo menstrual
FASE PROLIFERATIVA: ↑ ESTROGÊNIO → ↑MITOSE → ↑ EPITÉLIO,
Alterações cíclicas da mama na segunda fase do ciclo menstrual
FASE SECRETORA: ↑ PROGESTERONA → DILATAÇÃO DUCTOS + DIFERENCIAÇÃO ALVÉOLO EM ÁCINO (única camada)
Alterações cíclicas da mama no período pré-menstrual
P + E: ↑ VOLUME MAMÁRIO (↑CIRULAÇÃO LOCAL + EDEMA INTERLOBULAR + PROLIF. DUCTOACINAR)
Alterações cíclicas da mama na menstruação
↓ CÉLULAS GLANDULARES → ↓ VOLUME MAMÁRIO:
Alterações cíclicas da mama na após a menstruação
↓ Atividade secretora + ↓ edema local
Mama jovem
↑ tecido de sustentação + glandular
Mama adulta
Início da lipossubstituição mamária: atrofia do tecido intralobular e do estroma interlobular e ↑ tecido adiposo e conjuntivo.
Mama na menopausa
↓ função ovariana: regressão epitelial + estroma com ↓ mamária. Permanencia do sistema de ductos com com colapso e regressão dos lóbulos
Propedêutica mamária (HDA)
- DOR
- DERRAME
- NÓDULO
Prodedêutica mamária (HPP)
- TTO realiza e/ou realizados;
- EXAMES ANTERIORES (USG, MMG, PAAD e/ou biópsia)
- CC prévias;
Propedêutica mamária (HFi)
- MENARCA + HORMÔNIOS (TIPOS);
- MENOPAUSA + TRH (VIA e DURAÇÃO)
- ↑ PESO APÓS MENOPAUSA;
- PARIDADE
- IDADE DA PRIMEIRA GESTAÇÃO A TERMO;
- LACTAÇÃO + DURAÇÃO + INTERCORRÊNCIAS.
Propedêutica mamária (HFa)
- CA de mama, inclusive linhagem paterna;
- Ovário ou cólon?
- Bilateralidade?
Propedêuetica mamária (HS)
- Perfil psicossocial;
- TABAGISMO c/ carga
- ÁLCOOL + DROGAS
Exame físico das mamas
Inspeção estática, dinâmina e palpação
Inspeção estática das mamas
- VOLUME, FORMA, SIMETRIA;
- RETRAÇÃO OU ABAULAMENTOS;
- ALTERAÇÕES NA REDE VENOSA;
- ALTERAÇÕES DE PELE
Inspeção dinâmina das mamas
Elevar os braços acima da cabeça → apertar o quadril → inclinar o ombro para frente
- VOLUME, FORMA, SIMETRIA;
- RETRAÇÃO OU ABAULAMENTOS;
- ALTERAÇÕES NA REDE VENOSA;
- ALTERAÇÕES DE PELE
Palpação das mamas
- Palpação das fossas supraclaviculares e infraclaviculares;
- Avaliar axilar com movimentos de cima para baixo;
- Palpação das mamas com as mãos atrás da cabeça na região da nuca: sentido horário + iniciar pela mama normal. Face palmar dos dedos (Técnica de Velpeaux) e depois falanges distais do segundo e terceiro dedo (Técnica de Bloodgood)
- Expressão mamilar
Caracterizar o derrame papilar
Início, cor, uni ou multiductal, espontâneo ou provocado, uni ou bilateral, medicamentos.
SOMENTE O ESPONTÂNEO TEM VALOR SEMIOLÓGICO
Caracterizar um nódulo mamário
Localização, consistência, limites, contorno, mobilidade
AUTOEXAME
Rotineiramente realizado após os 25 anos e somente é capaz de identificar nódulo em fase clinica (> 1cm).
MENACME: deve preferêncialmente ser realizado APÓS a menstruação;
PÓS-MENOPAUSA + HISTERECTOMIZADAS: mensamente em um dia determinado.
Dor mamária, ingurgitamento mamário, sensibiidade mamária
Mastalgia
Mastalgia cíclica
(1) Associação c/ ciclo menstrual: fase lútea tardia (2 a 3 dias antes da menstruação)
(2) Bilateral + difusa;
(3) Em peso, hipersensibilidade;
(4) Exame físico inespecífico e pobre
(4) ↑QSE’s (↑ tecido glandular);
(5) Início na 3ra década;
↑ AFBM
Mastalgia acíclica
(1) S/ associação c/ ciclo menstrual;
(2) Unilateral e localizada (em atletas pode ser bilateral)
(3) Constante ou intermitente;
(4) 4ta década;
(5) queimação, pontada;
(6) Pode apresentar alguma alteração
↑ Ectasia ductal, adenose esclerosante, esteatonecrose, mastites agudas e crônicas.
Alterações funcionais benignas da mama (AFBM)
(1) TRÍADE CLÁSSICA: mastalgia acíclica + cistos + adensamentos mamários! descarga papilar não faz parte da tríade!
(2) Manifestações clínicas de um processo fisiológico comum;
(3) ↑ 25 aos 45a;
Conduta na AFBM
Orientar que não há riscos de CA de mama e evitar medicação. Se quadro grave, tamixifeno!
`Dor extramamária (ou origem musculoesquelética)
(1) Nevralgia intercostal;
(2) Contratura muscular;
(3) Espondiloartrose vertebral;
(4) Angina;
(5) Colelitíase;
(6) Síndrome de Tietze (costocondrite)
(7) Doença de Mondor;
Dor torácica com irradiação para mama + pontos dolorosos à compressão das articulações costoesternais (↑ segundo e terceiro espaço intercostal)
SÍNDROME DE TIETZE
(1) Costocondrite;
(2) Inflamação da articulação costocondral;
Dor aguda no trajeto de veia trombosada em parede torácica anterior + cordão fibroso local
DOENÇA DE MONDOR
(1) Tromboflebite das veias superficiais do tórax e da parte superior do abdome (↑ veia torácica lateral)
(2) Traumatismo local (espontâneo ou cirúrgico);
(3) Autolimitado: dor regride em 2 ou 3 semanas e em 6 a 8 semanas não há mais qualquer sinal.
(4) Biópsia é dispensável
(5) Analgésicos e anti-inflamatórios raramente são usados;
Mastalgia leve
(1) NÃO interfere na QUALIDADE DE VIDA (sono e relações sx);
(2) NÃO interfere nas ATIVIDADES DIÁRIAS;
! ANSIEDADE
Mastalgia moderada
(1) INTERFERE na QUALIDADE DE VIDA (sono e relações sx);
(2) NÃO interfere nas ATIVIDADES DIÁRIAS;
! ANSIEDADE
Mastalgia grave
(1) INTERFERE na QUALIDADE DE VIDA (sono e relações sx);
(2) INTERFERE nas ATIVIDADES DIÁRIAS;
! ANSIEDADE
Desconforto mamário pré-menstrual com duração de dois a três dias.
Mastoidínia. É normal.
Fatores de risco para mastalgia
(1) Estresse: ↑ serotonina ↓ dopamina ↑ (PRL);
(2) Tabagismo: dor mamária cíclica;
(3) Retenção hídrica;
(4) Cafeína e metilxantinas:
(5) Atividades diárias;
(6) Medicamentos: antidepressivos e ansiolíticos;
Medicamentos relacionados à mastalgia
(1) Hormônios;
(2) Antidepressvios;
(3) Ansiolíticos;
Exames complementares na mastalgia
(1) EXCLUIR CÂNCER: USG ou MMG;
(2) mastalgia acíclica + dor extramamária: rx de tórax;
Mastalgia + CA
Ocorre em menos de 1% dos casos
Estratégia terapeutica da mastalgia
(1) A maioria dos casos não requer tratamento medicamentoso;
(2) Orientar a paciente de que ela não é portadora de doença maliga + melhorar a sustentação mecânica das mamas! (sutiã mais adequados!)
Tratamento medicamentoso da mastalgia
(1) Sintomas > 6 meses ou alteração da qualidade de vida e/ou atividades diárias. EVITAR < 6 MESES!
(2) Nenhum dos fármacos cura completamente a mastalgia: ↑ períodos de remissão;
Mastalgia está associado a quais outras condições?
Níveis elevados de depressão e ansiedade!
Medicamento mais eficaz no tratamento da mastalgia grave
(1) Tamoxifeno 10mg ao dia por 2 a 6 meses
(2) Danazol é o único liberado pela FDA
Efeitos colaterais do tamoxifeno
(1) Alterações menstruais;
(2) Náuseas;
(3) Fogachos;
(4) Eventos tromboembólicos;
(5) Câncer de endométrio;
Principais causas de dor mamária
(1) Dor mamária;
(2) Ingurgitamento;
(3) Sensibilidade;
Menacme + mastalgia cíclica + cistos + espessamentos mamários
AFBM
Adensamento mamário
(1) Área de endurecimento localizado;
(2) Sempre excluir CA;
Cistos mamários
(1) Tumor de aparecimento rápido;
(2) Móvel;
(3) Elásticos;
(4) Indolores (↑)
(5) ↑ central;
Tratamento de cisto mamário
PAAF ambulatorial
Conduta em múltiplos cistos
Não há necessidade de puncionar todos desde que seja feito acompanhamento ultrassonográfico dos cistos.
Cistos na USG
(1) anecoica;
(2) margens bem definidas;
(3) redonda ou oval;
(4) reforço acústico posterior;
Tratamento cirúrgico de cisto mamário
(1) Cisto complexo;
(2) Exclusão de neoplasias dos cistos com várias recidivas que apresentem massa residual pós-punção OU cujo líquido seja sanquinolento
Lesões que sinalizam a passagem de um estado fisiológico para o patológico
Grau de hiperplasia e presença de atipia
Descarga papilar fisiológica
(1) Provocada;
(2) Multiductal;
(3) Bilateral;
(4) Multicolorida;
(5) Esporádica
Descarca papilar patológica
(1) Espontânea;
(2) Uniductal;
(3) Unilateral;
(4) Aquosa / sanguinolenta;
(5) Profusa e persistente
Descarga papilar seroesverdeado
AFBM
Descarga papilar leitosa
Galactorreia
Descarga papilar amarelo-esverdeado espesso
Ectasia Ductal
Descarga papilar sanguinolento ou serossanquinolento
Papiloma intraductal
Desacarga papilar em água de rocha ou sanquinolento
Carcinoma