Outros temas Gastroenterologia Flashcards

1
Q

(…) é considerado(a) o critério padrão na avaliação da doença hepática, mas agora é menos necessária para o diagnóstico do que para classificação e estadiamento da doença

A

Biópsia hepática

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2
Q

Biópsia hepática ainda é necessária para o diagnóstico da doença hepática?

A

Pouco, mais útil para classificar e estadiar

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3
Q

Dupla irrigação hepática e percentagem correspondente aos vasos

A

A. hepática 20% (O2)

Veia porta 80% (nutrientes)

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4
Q

Como está morfologicamente organizado o fígado?

A

Lóbulos

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5
Q

Como está funcionalmente organizado o fígado?

A

Ácinos

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6
Q

Localização no lóbulo hepático de:

veias centrais e áreas portais

A

Veias centrais: centro de cada lóbulo

Áreas portais: periferia do lóbulo

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7
Q

Sangue nos lóbulos hepáticos flui de que zona para que zona?

A

Zona 1 -> 3

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8
Q

Bílis nos lóbulos hepáticos flui de que zona para que zona?

A

Zona 3 -> 1 (padrão de contracorrente, ao contrário do sangue)

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9
Q

Polaridade dos hepatócitos

A

Polo basolateral (espaço de Disse): microvilosidades para captação de nutrientes

Polo apical (canalículos): membranas canaliculares para secreção de componentes biliares

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10
Q

Maior grupo de macrófagos fixos do organismo

A

Células de Kupffer do fígado

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11
Q

Onde estão localizadas as céls de Kupffer no fígado?

A

Dentro do espaço vascular sinusoidal

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12
Q

Hemácias permanecem no espaço sinusoidal ou conseguem penetrar no espaço de Disse?

A

Permanecem no espaço sinusoidal, só os Leucócitos penetram o espaço de Disse

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13
Q

Que células conseguem sair do espaço sinusoidal e penetrar no espaço de Disse?

A

Leucócitos

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14
Q

Células estreladas hepáticas: onde estão localizadas?

A

Espaço de Disse

Mnemo: “eu Disse que o céu estava Estrelado”

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15
Q

Testes de função hepática mais commumente utilizados

A

Bilirubina sérica
Albumina sérica
Tempo de protrombina

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16
Q

Na insuficiência hepática franca as funções hepáticas são substituíveis?

A

Não

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17
Q

Padrões de doença hepática

A

Hepatocelular
Colestática
Mistas

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18
Q

Sintoma mais comum e característico de doença hepática

A

Fadiga

  • Intermitente
  • Intensidade variável
  • Fadiga vespertina /Fadiga da tarde (final do dia)
  • Após actividade física
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19
Q

Náusea indica doença hepática com que gravidade?

A

Severa

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20
Q

Anorexia e perda ponderal é comum na doença hepática aguda/crónica

A

Aguda. Raro na crónica (excepto cirrose avançada).

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21
Q

É frequente os doentes com doença hepática crónica terem anorexia com perda ponderal?

A

Não. Raro, excepto na cirrose avançada

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22
Q

Diarreia é comum/incomum na doença hepática

A

Incomum, excepto na icterícia grave

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23
Q

Prurido: doença hepática aguda/crónica/ambas?

A

Ambas

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24
Q

Prurido pode apresentar-se antes da icterícia nas doenças hepáticas de que tipo?

A

Colestáticas (CBP e CEP). São frequentemente sintoma inicial.

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25
Q

Prurido pode acontecer em qualquer doença hepática, particularmente, assim que a (…) aparece.

A

Cirrose

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26
Q

Hallmark symptom da doença hepática e marcador mais confiável da sua gravidade

A

Icterícia

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27
Q

Icterícia sem colúria indica…

A

Hiperbilirrubinemia indirecta (desconjugada)

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28
Q

Síndrome de Gilbert é comum, afectando que % da população?

A

5%

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29
Q

No Sdr. Gilbert a icterícia é mais proeminente em que situações?

A

Stress

Jejum

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30
Q

Icterícia é raramente detectável se Bilirrubina sérica for inferior a que valor?

A

<2.5mg/dL

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31
Q

Quando é que a icterícia pode ser detectável num doente com Bil<2.5mg/dL?

A

Quando o doente está em fase de recuperação da icterícia

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32
Q

Qual o consumo de álcool associado a aumento da DH alcóolica em ambos os sexos?

A

Mulheres: >2 bebidas/dia
Homens: >3 bebidas/dia

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33
Q

Hábitos etílicos em doentes com cirrose alcóolica

A
  • Consumo diário de álcool muito superior ao recomendado

- Consumo excessivo de álcool durante pelo menos 10 anos antes do aparecimento da doença

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34
Q

O que define alcoolismo?

A

Comportamentos e consequências derivadas do álcool (e não a quantidade)

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35
Q

Questionário que pode ajudar no dx de dependência e abuso do álcool

A
CAGE
C - Cut down
A - Annoyed
G - Guilt
E - Eye opener
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36
Q

Doença de Wilson

A

Doença hepática severa com início na infância/adolescência
+
Hx familiar de doença hepática ou distúrbio neuropsiquiátrico

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37
Q

Relações sexuais são uma forma comum de transmissão de Hepatite B?

A

Sim

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38
Q

É comum Hepatite C ser transmitida através de relações sexuais?

A

Não. Raro.

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39
Q

Factor de risco mais comum para Hepatite C

A

Injeção de drogas

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40
Q

Quando é que transfusões sanguíneas representam um FR importante para Hepatite?

A

Transfusões antes de ‘92 (HepC) ou ‘86 (HepB)

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41
Q

Hepatite E é uma causa comum/incomum de icterícia nos países desenvolvidos

A

Incomum

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42
Q

Hepatite E é uma das causas mais comuns de icterícia em que partes do mundo?

A

Ásia e África

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43
Q

A maioria dos casos de hepatite (?) ocorre em homens idosos sem hx de exposição e sem FR para hepatite

A

E

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44
Q

Exame objectivo na maioria dos doentes com doença hepática é normal a menos que a doença seja…

A

Aguda
Grave
Avançada

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45
Q

Aranhas vasculares e eritema palmar podem estar presentes na doença hepática aguda/crónica/ambas

A

Ambas

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46
Q

Em que situações, além da doença hepática, podem estar presentes as aranhas vasculares e o eritema palmar?

A

Indivíduos normais

Gestação (frequentemente)

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47
Q

Em que partes do corpo podemos encontrar aranhas vasculares?

A

Braços
Face
Torso superior

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48
Q

Achado físico mais confiável de doença hepática

A

Hipersensibilidade hepática

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49
Q

Hepatomegalia é um sinal confiável de doença hepática?

A

Não, não é muito confiável

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50
Q

Edema na DH pode ocorrer sem ascite?

A

Sim

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51
Q

Sinais de hiperestrogenemia são mais comuns em que doentes?

A

Homens com cirrose, especialmente alcoólica

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52
Q

Como podemos definir insuficiência hepática?

A

Quando o doente tem ssx de encefalopatia hepática no contexto de doença hepática aguda severa ou crónica

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53
Q

Critério major para diagnóstico de Hepatite Fulminante num doente com hepatite aguda

A

Aparecimento de Encefalopatia Hepática

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54
Q

Tríada da Sdr. hepato-pulmonar

A
  1. Doença hepática
  2. Hipoxemia
  3. Shunt pulmonar A-V
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55
Q

Características da Sdr. Hepato-pulmonar

A

Platipneia (dispneia na posição erecta)
Orteodexia (diminuição SatO2 na posição erecta)

Mnemo: os doentes hepáticos só estão bem deitados

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56
Q

Que doentes desenvolvem Sdr. hepato-pulmonar?

A

Cirrose + hipertensão portal (longa duração!)

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57
Q

Medição de SaO2 com oxímetro é um teste de screening confiável para Sdr. hepato-pulmonar?

A

Sim

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58
Q

Hepatite fulminante

A

Hepatite aguda com desenvolvimento de encefalopatia hepática

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59
Q

Alterações dermatológicas são comuns na doença hepática?

A

Sim

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60
Q

Qual o gold-standard na avaliação da doença hepática, particularmente se crónica?

A

Biópsia hepática

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61
Q

Na biópsia hepática qual o comprimento mínimo necessário para avaliar Fibrose

A

1,5-2cm

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62
Q

Na suspeita de icterícia obstrutiva, quais os exames de imagem de 1ª linha?

A

TC e Ecografia (altamente sensíveis a detectar dilatações dos ductos biliares)

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63
Q

Melhores exames de imagem para quantificar gordura hepática

A

TC e RMN

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64
Q

Quais os exames de imagem de escolha para avaliação de massas hepáticas?

A

TC e RMN contrastados

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65
Q

Existe algum método devidamente preciso na identificação de Cirrose?

A

Não

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66
Q

Quais os exames de escolha para visualizar a árvore biliar?

A

CPRE e CPRM

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67
Q

Qual é melhor para diagnosticar coledocolitíase: TC/Eco ou CPRM?

A

CPRM (mas menos específica)

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68
Q

Qual tem maior Sp no dx de coledocolitíase: TC/ECO ou CPRM?

A

TC/ECO

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69
Q

CPRM tem risco de pancreatite?

A

Não, ao contrário da CPRE (10% CPREs levam a pancreatite)

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70
Q

CPRE é mais valiosa do que CPRM no diagnóstico de que entidade?

A

CEP

Lesões ampulares

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71
Q

O que mede a elastografia por ecografia?

A

Rigidez hepática (permite estimar indirectamente o grau de fibrose hepática - Cirrose)

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72
Q

Elastografia por ecografia consegue eliminar a necessidade de biópsia hepática na avaliação de Cirrose?

A

Sim, se a única indicação para a biópsia for o estadiamento da doença

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73
Q

Qual o método mais preciso para determinar gravidade da doença hepática, especialmente crónica?

A

Biópsia hepática

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74
Q

Níveis de transamínases refletem a gravidade da doença hepática?

A

Nem sempre

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75
Q

Na esteatohepatite alcoólica e não-alcoólica as transaminases têm correlação com gravidade da doença?

A

Não

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76
Q

Qual é frequentemente a primeira indicação de agravamento da fibrose hepática?

A

Trombocitopenia grave

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77
Q

Estádios ligeiros e iniciais de fibrose são identificáveis apenas pela…

A

Biópsia hepática

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78
Q

Método mais preciso para determinar estadio da doença hepática

A

Biópsia hepática

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79
Q

Factores na classificação modificada de Child-Pugh

A
Bilirrubina sérica
Encefalopatia hepática
Albumina sérica
Tempo de protrombina
Ascite
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80
Q

Score Child-Pugh e classes correspondentes

A

5-15

5-6: Classe A (cirrose compensada)
7-9: Classe B
10-15: Classe C

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81
Q

Utilidade da classificação modificada de Child-Pugh

A
  • Preditor de sobrevida de doença hepática (prognóstico)

- Preditor da probabilidade de complicações major (ex: hemorragias de varizes, peritonite bacteriana espontânea)

82
Q

Score MELD

A
  1. Bilirubina sérica
  2. Tempo de protrombina/INR
  3. Creatinina sérica
83
Q

Score MELD tem maior ou menor variabilidade que a classificação Child-Pugh?

A

Menor

84
Q

Que score é utilizado para estabelecer a prioridade para transplante hepático?

A

MELD

85
Q

Score PELD

A
Crianças <12A com doença hepática
Bilirrubina sérica
Estado nutricional
Albumina sérica
Tempo de protrombina/INR
Idade

Mnemo: “Beati” para crianças no PELD, “Beata” para adultos no Child-Pugh

86
Q

Que vacina deve ser dada em TODOS os doentes com doença hepática?

A

Vacina hepatite A

87
Q

Além da vacina da Hepatite A, que outra vacina deve ser feita em doentes com doença hepática?

A

Se houverem FR - vacina da hepatite B

88
Q

Zumbido venoso umbilical

A

Hipertensão portal

89
Q

Sopro de elevada intensidade sobre o fígado é uma rara manifestação de…

A

Carcinoma hepatocelular

Hepatite alcóolica

90
Q

Ausência de macicez na percussão abdominal exclui ascite?

A

Não. Uma vez que só é detectada no EO se >1500mL

91
Q

A partir de que volume a ascites se torna evidente no exame objectivo?

A

1500mL

92
Q

Pulsações hepáticas à palpação ligeira estão presentes em…

A

IC direita, particularmente na insuficiência tricúspide

93
Q

Eco abdominal consegue detectar ascites a partir de que volume de líquido?

A

100mL

94
Q

Significado de um gradiente de pressão venosa hepática aumentado num doente com ascite

A

Confirma que ascite é causada por cirrose

95
Q

Achados no hemograma num doente com HT portal

A

Citopenias

96
Q

Qual a causa mais comum de ascite?

A

Cirrose (84%)

97
Q

Cirrose é responsável por que % dos casos de ascite

A

84%

98
Q

Ascite cardíaca, carcinomatose peritoneal e ascite mista são responsáveis por que % dos casos de ascite?

A

15%

99
Q

Doença renal pode dar ascite?

A

Sim, no sdr. nefrótico

100
Q

Quais os mecanismos que levam a um aumento da resistência intra-hepática e consequente HT portal?

A
  1. Fibrose hepática
  2. Activação das células estreladas (fibrose + contração do músculo liso)
  3. Diminuição da produção de NO síntase endotelial -> menos NO intra-hepática -> vasoconstrição intra-hepática
101
Q

Quais os dois factores que contribuem para a Ascite vista na Cirrose

A

HT portal + retenção renal de sal e água

102
Q

Porque é que na Cirrose vai haver retenção renal de sal e água?

A

Vasodilatação arterial esplâncnica (NO circulante) -> Hipovolémia Relativa -> ++ ADH e vasoconstrição compensatória -> ++ SNS & SRAA

103
Q

Como ocorre a ascite pancreática?

A

Leakage de enzimas pancreáticas para o interior da cavidade peritoneal

104
Q

Causas mais comuns de ascite na ausência de Cirrose

A
  • Carcinomatose peritoneal (células malignas produzem fluído rico em proteínas)
  • Infecção peritoneal (microorganismos produzem fluido rico em proteínas)
  • Doença pancreática (leakage de enzimas pancreáticas que atraem água)
105
Q

Confirmada a presença de ascite, qual o melhor método para determinar a etiologia?

A

Paracentese diagnóstica

106
Q

Síndrome hepatorrenal é uma complicação rara de que procedimento?

A

Paracentese

107
Q

Quais os locais preferidos para puncionar durante uma paracentese?

A

Quadrantes inferiores, especialmente QIE

108
Q

Paracentese é segura num doente com coagulopatia?

A

Sim

109
Q

Fluido ascítico turvo

A

Infecção

Neoplasia

110
Q

Fluido ascítico branco leitoso (ascite quilosa)

A

Rotura dos linfáticos por:

  • Cirrose
  • Trauma!
  • Tumor
  • TB
  • Anomalias congénitas
111
Q

Cirrose pode causar ascite quilosa?

A

Sim

112
Q

TG na ascite quilosa

A

> 200mg/dL

113
Q

Fluido ascítico castanho escuro

A

Perfuração do trato biliar (++ Bilirrubina)

114
Q

Fluido ascítico preto

A

Necrose do pâncreas

Méts de melanoma

115
Q

Fórmula do gradiente sero-ascítico de albumina (GASA)

A

Albumina sérica - Albumina no líquido ascítico

116
Q

GASA é modificado pela diurese?

A

Não

117
Q

Utilidade do GASA

A

Distinguir ascite por HT portal (GASA pelo menos 1.1 g/dL) vs. ascite não-portal (GASA <1.1g/dL)

118
Q

Se o GASA for maior ou igual a 1.1 g/dL, o que queremos ver a seguir?

A

Se PROTEÍNA na ascite <2.5 g/dL (mesmo muito pouca proteína) ou maior ou igual >2.5g/dL

119
Q

Gram e cultura de líquido ascítico são feitos por rotina?

A

Não, apenas se se suspeitar infecção

120
Q

O que é analisado no líquido ascitico?

A

Quando se faz punção:
- Cor

Analiticamente:

  • Albumina
  • Proteínas totais
  • Contagem global e diferencial de células
121
Q

Sinusóides normalmente deixam passar alguma quantidade de proteínas?

A

Sim

122
Q

Se proteína na ascite <2.5 g/dL, o que significa?

A

Níveis muito, muito baixos de proteína na ascite, logo:

- Sinusóides foram lesados e cicatrizaram de forma a não deixar passar proteínas

123
Q

Se proteína na ascite >2.5 g/dL, o que significa?

A

Sinusóides normais que permitem passagem de proteínas

124
Q

Proteínas na ascite <2.5 g/dL: causas

A

Cirrose
Sdr Budd-Chiari avançado
Mets hepáticas massivas

125
Q

Proteínas na ascite >2.5 g/dL: causas

A

IC/pericardite constritiva
Sdr Budd-Chiari inicial
Obstrução VCI
Sdr obstrução sinusoidal

126
Q

Causas de GASA <1.1g/dL

A

= Há mais Alb na ascite do que no soro

Leak biliar
Sdr nefrótico
Pancreatite
Carcinomatose peritoneal
TB
127
Q

Se após paracentese diagnóstica a etiologia da ascite permanece desconhecida, qual o gold-standard?

A

Laparotomia/laparoscopia com biópsias peritoneais para histologia + cultura

128
Q

Quais os níveis de Amilase no liquido ascitico na Ascite pancreática

A

> 1000mg/dL

129
Q

LDH ascítico vs LDH sérico na peritonite secundária

A

LDH ascítico > sérico

130
Q

Qual o volume mínimo de líquido ascítico que deve ser obtido para citologia?

A

50mL

131
Q

Peritonite tuberculosa consegue ser facilmente diagnosticada por paracentese?

A

Não.

Difícil diagnóstico por paracentese.

132
Q

ADA > 30-45 U/L em doente sem cirrose tem que Sn para peritonite TB?

A

> 90%

133
Q

Tratamento inicial para ascite cirrótica

A

Restrição do consumo de sal <2g/dia (=IC)

134
Q

Tratamento da ascite cirrótica quando restrição sódica é insuficiente

A

Diuréticos: Furosemida + Espironolactona

135
Q

Se doente com ascite cirrótica não tolera Espironolactona (ginecomastia dolorosa), por qual fármaco a podemos substituir?

A

Amilorido

136
Q

Ascite cirrótica refratária

A

Ascite que persiste apesar da restrição de Na e terapêutica com diuréticos em dose máxima

137
Q

Tratamento 1ª linha da ascite cirrótica refratária

A

1º) Tx médico
- Midodrina: antagonista alfa1
- Clonidina: antagonista alfa2
Causam vasoconstrição que contrabalança vasodilatação esplâncnica
(Cave! Erro do Harri, são ambas agonistas)

138
Q

Que medicamentos devem ser evitados nos doentes com ascite cirrótica refratária?

A

Beta-bloqueadores!

Diminuem sobrevida

139
Q

Uso de B-bloqueadores em doentes com ascite cirrótica refratária causa diminuição da sobrevida?

A

Sim

140
Q

Próximo passo se doente não responde a tx médico da ascite cirrótica refratária

A

Procedimentos invasivos:

  • Paracentese de grande volume repetidas
  • TIPS
141
Q

TIPS vs paracentese evacuadora: qual tem menor recidiva da ascite?

A

TIPS

142
Q

TIPS vs paracentese evacuadora: diferença nas taxas de mortalidade?

A

Não existe

143
Q

Complicação do TIPS

A

++ Encefalopatia hepática (toxinas que vêm dos intestinos passam directamente para a circulação sistémica)

144
Q

O que devemos administrar a um doente que faz paracentese evacuadora?

A

6-8g Albumina IV/L (líquido ascítico removido)

145
Q

Quais os benefícios de administrar Albumina a um doente submetido a paracentese evacuadora?

A

Diminui risco de morte

Diminui risco de disfunção circulatória

146
Q

Ascite neoplásica responde à restrição de sódio e diuréticos?

A

Geralmente não

147
Q

Qual o tratamento do hidrotórax hepático?

A

Igual ao da Ascite Cirrótica (evitar dreno torácico)

148
Q

A peritonite bacteriana espontânea é uma complicação comum da ascite?

A

Sim

149
Q

Definição peritonite bacteriana espontânea

A

pelo menos 250 PMN/mm3 no líquido ascítico + 1 único agente patogénico na cultura

150
Q

Peritonite bacteriana secundária

A

PMN elevados + vários agentes patogénios na cultura

151
Q

PBE é frequente na ascite neoplásica?

A

Não, é rara.

Mnemo: céls malignas consomem Glicose logo não há Glicose para as bactérias sobreviverem

152
Q

Hipersensibilidade abdominal ocorre em que % dos doentes com PBE?

A

40%

153
Q

Dor à descompressão na peritonite bacteriana espontânea

A

Rara

154
Q

Tratamento peritonite bacteriana espontânea

A

Cefotaxima IV (5d)

155
Q

Quem deve fazer profilaxia da peritonite bacteriana espontânea?

A

Doentes com cirrose e:

  • Hx de PBE
  • Concentração de proteínas no liquido ascítico <1g/dL
  • Hemorragia GI activa
156
Q

Profilaxia peritonite bacteriana espontânea

A

Norfloxacina PO diária

157
Q

Diurese aumenta ou diminui o risco de PBE?

A

Diminui

158
Q

Qual é mais comum: hemorragia digestiva alta ou baixa? Quantas vezes?

A

HDA é 2x mais comum

159
Q

Mortlidade hemorragia digestiva

A

<5%

160
Q

Causas mais comuns de hemorragia digestiva alta

A

DUP 50%
Varizes esofágicas 40%
Mallory-Weiss 10%

161
Q

Hemorragia digestiva devido a úlcera de base limpa costuma recorrer?

A

Não. Taxa de recorrência é quase 0% sendo que os doentes podem ter alta após EDA.

162
Q

À excepção das úlceras de base limpa, os doentes com úlceras hemorrágicas permanecem no hospital durante quanto tempo?

A

3d (é quando acontecem a maioria das recorrências)

163
Q

Úlceras de alto risco hemorrágico

A

Hemorragia ativa
Vaso visível sem sangramento
Coagulo aderente (sentila)

164
Q

Que proporção dos doentes com úlceras de alto-risco têm recidiva quando tratados conservadoramente?

A

1/3

165
Q

Úlceras hemorrágicas de alto risco devem ser tratadas como?

A

Terapia endoscópica + IBPs em altas doses (bólus 80mg + perfusão 8 mg/h)

166
Q

Benefícios dos IBPs em altas doses em doentes com úlceras hemorrágicas de alto risco

A
  • Diminuição de hemorragia adicional

- Diminuição da mortalidade

167
Q

Efeitos dos IBPs em altas doses por infusão contínua em doentes com hemorragia digestiva por úlcera

A
  • Mantêm pH intragástrico >6

- Aumentam estabilidade do coágulo

168
Q

Úlceras baixo risco (hemorragia digestiva)

A
  • Base limpa

- Mancha pigmentada plana

169
Q

Úlceras de baixo risco necessitam de tratamento endoscópico

A

Não, apenas as de alto risco.

170
Q

Tratamento de úlceras de baixo risco

A

IBPs em dose standard

171
Q

Recidiva de hemorragia em doentes com úlceras hemorrágicas se não forem tomadas medidas preventivas

A

1/3 volta a sangrar em 1-2 anos

172
Q

Medidas preventivas para evitar ressangramento de úlcera

A

Depende do factor envolvido na patogénese da úlcera:

  1. H pylori: erradicar
  2. AINEs: descontinuar no doente com hemorragia ou dar IBP + Coxib se não for possível descontinuar
  3. Ácido (não 1 nem 2): IBP ad eternum
173
Q

Doentes cardiovasculares a tomar Aspirina e com úlcera hemorrágica devem retomar Aspirina passado quanto tempo?

A

Logo que possível (máx 7 dias)

174
Q

Doente com úlcera hemorrágica por H. pylori: se erradicarmos H. pylori diminuimos a recorrência para… %

A

<5%

175
Q

Hemorragia por laceração de Mallory-Weiss cessa espontaneamente em que %?

A

90%

176
Q

Recidiva hemorragia por Laceração de Mallory-Weiss

A

0-10%

177
Q

Laceração Mallory-Weiss: localizada mais no lado esofágico ou gástrico?

A

Gástrico

178
Q

De todas as causas de hemorragia digestiva alta, qual a que tem piores outcomes?

A

Varizes esofágicas

179
Q

Um doente com cirrose que desenvolve hemorragia digestiva alta deve fazer endoscopia dentro de quanto tempo?

A

12H

180
Q

Como tratar HDA por varizes esofágicas?

A

Ligação endoscópica + fármacos vasoativos IV (ex: octreotido) + B-Bloq não selectivo

181
Q

Tratamento varizes gástricas por cirrose

A

Cianoacrilato (cola)

182
Q

Varizes esofágicas: quem tem indicação para TIPS?

A
  • DH avançada (Child Pugh classe C)

- Hemorragia persistente/recorrente

183
Q

Na gastropatia erosiva e hemorrágica as lesões confinadas à mucosa causam hemorragia major?

A

Não. Vasos sanguíneos estão na submucosa e não na mucosa.

184
Q

Que % dos doentes que tomam AINEs cronicamente têm erosões gástricas

A

50%

185
Q

Gastrite por stress: mortalidade

A

Muito elevada pela doença de base

186
Q

Nos doentes com gastrite por stress, quais são mais eficazes na redução da HDA clinicamente importante: IBPs ou antagonistas H2?

A

IBPs

MAS, sem diferença na mortalidade

187
Q

Qual a origem da maior parte das hemorragias de origem obscura?

A

Delgado

188
Q

Hemorragia do delgado é comum/incomum/rara

A

Rara

189
Q

Qual a principal causa de hemorragia digestiva baixa clinicamente significativa em crianças?

A

Divertículo de Meckel

190
Q

Causas mais comuns de hemorragia do delgado em adultos

A

<50A: tumores

>50A: erosões/úlceras por AINEs, ectasias vasculares

191
Q

Causa mais comum de hemorragia digestiva baixa

A

Hemorroidas

192
Q

Além de hemorroidas e fissuras anais, quais as causas mais comuns de Hemorragia Colónica em adultos?

A
  • Divertículos
  • Ectasias vasculares
  • Neoplasias
  • Colite
  • Hemorragia pós-polipectomia
193
Q

Causas de hemorragia COLÓNICA em crianças

A
  • DII
  • Pólipos juvenis

Cave! Causa + comum de HDB clinicamente significativa é diverticulo de Meckel

194
Q

Características hemorragia diverticular

A
  • Abrupta
  • Idolor
  • Pode ser massiva
  • +++ Cólon dto
  • Maioria cessa espontaneamente (80%)
195
Q

% de hemorragias diverticulares que cessam espontaneamente

A

80%

Mnemo: semelhante às lacerações de Mallory-Weiss

196
Q

% de hemorragias diverticulares que recidivam

A

25%

197
Q

Diagnóstico de divertículo de Meckel

A

Cintigrafia com Pertecnato 99mtc

198
Q

PSOF para rastreio de CCR inicia em que idades…

A

50A: se risco intermédio

40A: se parente 1º grau com CCR e mais de 60A ou 2 parentes 2º grau com CCR

199
Q

Procedimento inicial para investigação de hemorragia obscura maciça

A

Angiografia

200
Q

Procedimento inicial para investigação de hemorragia obscura não-maciça

A

Endoscopia por cápsula