ATLS Flashcards

1
Q

Trauma

A
  • O trauma é um importante problema
  • Terceira causa de morte, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares e do câncer
  • Trauma é uma doença: epidemiologia, fisiopatologia, morbidade e mortalidade conhecidas
  • Mais de 130.000 brasileiros morrem vítimas de trauma/ano
  • Brasil é o quito país com maior número de vítimas no trânsito (índia, China, EUA, Rússia)
  • STF passou a considerar um crime dirigir alcoolizado, mesmo que nenhum crime seja cometido
  • No nosso meio as principais causas de trauma são: violência urbana, acidentes de trânsito e quedas
  • O atendimento ao politraumatizado era feito de forma incongruente; em 1978 iniciou-se um estudo privado de cirurgiões em Nebraska visando sistematizar o atendimento ao paciente traumatizado – Surgindo o ATLS – Suporte avançado de vida no trauma
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2
Q

Em qual população o trauma é a principal causa de morte?

A

Menores de 40 anos

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3
Q

ATLS

A

Suporte avançado de vida no trauma
• As lesões traumáticas causam a morte numa sequência temporal previsível
• Surgiu o estabelecimento do ABCDE: forma mnemônica a sequência de avaliação e intervenção que deve ser

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4
Q

A morte por trauma ocorre em três momentos ou picos:

A

1) Logo após o trauma (primeiros segundos e minutos)
2) Primeira hora após o trauma
3) Dias ou semanas após o trauma inicial

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5
Q

50% das mortes ocorrem imediatamente após o trauma

Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

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6
Q

30% das mortes ocorrem na primeira hora

Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

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7
Q

20% das mortes ocorrem dias ou semanas após o trauma

Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

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8
Q

Frente a um doente traumatizado grave é fundamental:

A

1) Avaliar rapidamente a condição do paciente
2) Fazer a reanimação e estabilização baseada em prioridades
3) Determinar a necessidade de transferir o doente
4) Providenciar a transferência de forma segura e sem perda de tempo
5) Garantir o melhor cuidado até o tratamento definitivo

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9
Q

Atendimento pré-hospitalar

A

Deve haver um sistema de trauma que integre o atendimento hospitalar e pré-hospitalar
“HORA DE OURO”: Começa quando o indivíduo é ferido, o atendimento adequado nessa primeira hora do evento traumático e as cirurgias feitas dentro desse intervalo de tempo aumenta a sobrevida dos pacientes

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10
Q

HORA DE OURO

A

Começa quando o indivíduo é ferido, o atendimento adequado nessa primeira hora do evento traumático e as cirurgias feitas dentro desse intervalo de tempo aumenta a sobrevida dos pacientes

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11
Q

No ambiente pré-hospitalar

A
  • Acesso fácil ao serviço de atendimento pré-hospitalar por telefone – serviço disponível 24h
  • As vítimas de trauma não devem receber tratamento definitivo no ambiente pré-hospitalar
  • A classificação rápida na cena das vítimas em críticas e estáveis deve ser feita para definir conduta e prioridade de transporte
  • Somente intervenções críticas devem ser feitas em campo
  • A maioria de mortes evitáveis decorre do retardo da chegada ao hospital e do tratamento cirúrgico
  • Levar o paciente para o hospital mais próximo que tenha condição de atendê-lo
  • Notificar o hospital acerca da vitima que está sendo levada
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12
Q

Na fase pré-hospitalar deve-se dar ênfase

A

1) Manutenção da via aérea
2) Controle de hemorragia externa e do choque
3) Imobilização do doente
4) Transporte imediato do hospital

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13
Q

ATENDIMENTO HOSPITALAR AO POLITRAUMATIZADO

A
  • Avaliação rápida em segundos da gravidade do paciente
  • Organização adequada da sala do trauma
  • Triagem: classificação do paciente de acordo com o tratamento necessário
  • Avaliação primária ABCDE
  • Reanimação
  • Medidas auxiliares à avaliação primária e a reanimação
  • Avaliação secundária e história
  • Medidas auxiliares a avaliação secundária
  • Tratamento definitivo
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14
Q

Exame primário

A

ABCDE

As condições que implicam risco de morte devem ser identificadas e seu tratamento deve ser instituído simultaneamente.

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15
Q

A – AIRWAY: VIAS AÉREAS COM PROTEÇÃO CERVICAL

A
  • Manutenção da perviedade das vias aéreas é a prioridade
  • Procurar sinais de obstrução
  • Principais causas de obstrução: queda da língua, trauma direto das vias aéreas, corpo estranho, edema de glote
  • Manobras para garantir a perviedade das vias aéreas: aspiração, manobras de elevação do mento ou tração da mandíbula com devida proteção da coluna cervical
  • Obtenção de via aérea definitiva: apneia, impossibilidade de tornar a via aérea pérvia por outro método, ECG < 8
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16
Q

B – BREATHING: RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO

A
  • A permeabilidade por si só não garante uma ventilação adequada
  • Uma adequada troca de gases é necessária para que seja possível a oxigenação e a eliminação de CO2
  • Uma boa ventilação: funcionamento adequado do pulmão, parede torácica e do diafragma
  • Avaliar a respiração e ventilação: inspeção do tórax, palpação, percussão e ausculta torácica
  • As lesões que podem comprometer de imediato a ventilação devem ser identificadas na avaliação primária
17
Q

C – CIRCULATION: CIRCULAÇÃO E CONTROLE DA HEMORRAGIA

A

• Os fatores circulatórios a considerar incluem: volume sanguíneo, débito cardíaco e hemorragias
• A hemorragia é a principal causa de morte evitável no doente traumatizado
• Choque: alteração da perfusão e da oxigenação
• Elementos clínicos:
 Nível de consciência
 Pulso
 Cor da pele
• Obter acessos venosos com cateter de grosso calibre e reposição volêmica com cristaloides
• Choque hipovolêmico: mais comum no trauma
• Choque neurogênico
• Choque cardiogênico
• Choque séptico

18
Q

Indicadores de choque no paciente traumatizado

A
  • Agitação, confusão
  • Taquicardia
  • Taquipneia
  • Diaforese (transpiração excessiva por hiperatividade do simpático)
  • Extremidades mosqueadas, frias
  • Pulsos distais fracos
  • Pressão de pulso diminuída
  • Débito urinário diminuído
  • Hipotensão
19
Q

D – DISABILITY: INCAPACIDADE, ESTADO NEUROLÓGICO

A
  • Avaliar nível de consciência
  • Tamanho e reação da pupila a luz
  • Presença de sinais de lateralização
  • Sinais de lesão medular
  • Hipoglicemia, álcool, narcóticos – podem alterar o nível de consciência
  • TCE fechado (intervalo lúcido hematoma epidural agudo)
20
Q

E – EXPOSURE/ENVEIROMENTAL CONTROL: EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DO AMBIENTE

A
  • Despir o paciente para que seja completamente examinado

* Cobrir com roupa aquecida para prevenir hipotermia

21
Q

REANIMAÇÃO DO POLITRAUMATIZADO

A

Adoção de medidas agressivas de reanimação e o tratamento de todas as lesões potencialmente fatais a medida que são identificadas
A reanimação segue o ABC

22
Q

Medidas auxiliares a avaliação primária e a reanimação

A
  • Monitorização eletrocardiográfica
  • Sondas urinárias
  • Sondas gástricas
  • FR
  • Gasometria arterial
  • Oximetria de pulso
  • PA
  • Radiografias e procedimentos diagnósticos
  • FAST
  • LPD (lavado peritoneal diagnóstico)
23
Q

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

A

• Iniciada quando se termina a avaliação primária (ABCDE)
• Quando as medidas de reanimação já tiverem sido adotadas
• Doente demonstrar tendência para normalização das funções vitais
• Consiste na avaliação detalhada do doente (da cabeça aos pés): história e exame físico
• História completa – AMPLA
• Exame físico
o Cabeça e face
o Pescoço
o Tórax
o Abdome
o Pelve e períneo
o Sistema músculo esquelético
o Exame neurológico

24
Q

História completa – AMPLA (Avaliação secundária do politraumatizado)

A
A – Alergias
M – Medicações
P – Passado médico e prenhez 
L – Líquidos e alimentos ingeridos recentes
A – Ambiente relacionado ao trauma
25
Q

Medidas auxiliares a avaliação secundária

A

Testes diagnósticos especializados para identificar lesões específicas: radiografias, TCs, urografia excretora, arteriografias, USG transesofágicas, broncoscopias, broncoscopias, esofagoscopia e outros.

26
Q

REAVALIAÇÃO E ENCAMINHAMENTO PARA O TRATAMENTO DEFINITIVO

A
  • O paciente traumatizado deve ser continuamente reavaliado
  • A transferência para unidade de maior suporte deve ser feita com contato médico a médico
  • Sem perder tempo com exames que vão retardar o tratamento definitivo
  • Fazer o registro sequencial de todo o atendimento importante para a evolução do doente e para problemas médico legais