Insuficiência venosa crônica Flashcards

1
Q

Insuficiência venosa crônica

A

Conjunto de manifestações clínicas causadas por anormalidades do sistema venoso periférico, geralmente acometendo membros inferiores

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Q

Mecanismos responsáveis pelo retorno venoso (6)

A
  1. Pressão cardíaca – coração como bomba de sucção
  2. Baixa pressão abdominal
  3. Atuação da “esponja venosa” das plantas dos pés
  4. Inspiração - Princípio de Valsalva
  5. Contração da musculatura da perna
  6. Valvas venosas
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Q

A IVC é mais comum em que sexo?

A

Feminino

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4
Q

Telangiectasias

A
  • Capilares, arteríolas ou vênulas dilatadas e aparentes
  • < 2 mm
  • Assintomáticas
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Q

Microvarizes/veias reticulares

A
  • Veias dilatadas entre 2 e 4 mm
  • Sem elevação no plano da pele
  • Geralmente assintomáticas
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6
Q

Varizes

A
  • Veias dilatadas do sistema venoso SUPERFICIAL > 4 mm
  • Elevadas em relação ao plano da pele
  • Geralmente sintomáticas (dor, queimação)
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7
Q

IVC primária​/Varizes primárias

A

IVC primária do sistema venoso superficial sem nenhuma causa relacionada ao sistema venoso profundo

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8
Q

IVC secundária​/Varizes secundárias

A
  • Efeitos no sistema venoso superficial (varizes) por problemas no sistema venoso profundo
    • Síndrome pós-trombótica
    • Fístula arteriovenosa
    • Agenesia congênita de sistema venoso profundo (SVP)

Geralmente secundária a TVP

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9
Q

Fisiopatologia

IVC/varizes primárias

A
  1. Disfunção/enfraquecimento da parede venosa, gerando afastamento das cúspides e refluxo
  2. Aumenta a pressão hidrostática, causando edema
  3. Edema gera inflamação que gera mais edema
  4. Maior permeabilidade vascular promove extravasamento de hemácias (sendo que a degradação da HB em hemossiderina gera alterações na pele e lesão tecidual).
  5. O edema também impede a difusão adequada de nutrientes para as células assim, os músculos ficam doloridos e fracos, e a pele se torna gangrenosa e ulcerada.
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10
Q

IVC
Fatores predisponentes

A
  • 30% fatores ambientais
    • Longos períodos parado em ortostatismo
    • Idade
    • Sexo feminino
    • Obesidade
    • Gestações repetidas
    • Salto alto (não há contração da panturrilha)
  • 70% PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
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11
Q

IVC
Quadro clínico

(sintomas habituais + sintomas ocasionais)

A

Sintomas habituais nos MMII

  • Dor
  • Cansaço
  • Sensação de peso ou de latejamento
  • Desconforto

Sintomas ocasionais

  • Ardor/queimação
  • Prurido cutâneo
  • Formigamento
  • Inchaço
  • Cãibras musculares
  • Pernas inquietas
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12
Q

IVC

Dor característica

A

Dor bilateral, vespertina, piora no final do dia e melhora com a elevação dos membros inferiores

(peso nas pernas, latejamento, piora nos dias que trabalha mais, fica mais em pé, pode piorar no pré menstrual ou período menstrual, ou no calor)

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13
Q

Complicações da IVC

Varicorragia

A

Sangramento de uma veia superficial, ulceração da veia, com abertura do lúmen para o exterior

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14
Q

Complicações da IVC

Varicotrombose/Tromboflebite superficial

A

Coágulo dentro de uma veia varicosa causando inflamação

De acordo com a região faz-se um tratamento com o uso de trombolíticos pelo risco de cair no sistema venoso profundo, mas geralmente os cuidados são locais como anti-inflamatório, analgesia, compressa morna

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15
Q

Complicações da IVC

Úlceras

A

Estágio mais avançado da insuficiência venosa crônica

O edema impede a difusão adequada de nutrientes dos capilares para as células cutâneas; assim a pele se torna gangrenosa e ulcerada

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16
Q

Classificação CEAP

A
  • Clínica (0-6)
  • Etilogia
  • Anatomia
  • Patofisiologia
17
Q

Classificação CEAP

C - Clínica

A
  • 0 – Sem sinais clínicos (mas pode ter algum sintoma)
  • 1 – Telangiectasias e veias reticulares
  • 2 – Varizes
  • 3 – Varizes com edema
  • 4 – Varizes + edema + alterações de pele
  • 5 – Varizes + úlcera cicatrizada
  • 6 – Varizes + úlcera ativa
18
Q

Classificação CEAP

E - Etiologia

A
  • Congênita
  • Primária
  • Secundária (geralmente pós-trombose; a trombose lesa as válvulas e essas perdem sua função)
19
Q

Classificação CEAP

A - Anatomia

A
  • Superficial, profunda, perfurantes
20
Q

Classificação CEAP

P - Patofisiologia

A

Refluxo, obstrução (TVP ativa), ambos

21
Q

IVC

Diagnóstico

A

Clínico!

História clínica

  • Pesquisa de causas secundárias

Exame físico

  • Em pé e deitado!!
  • Inspeção
  • Manobras especiais para testar o refluxo venoso (porém hoje com o USG são pouco utilizadas)
22
Q

IVC

Exame padrão-ouro

A

USG Duplex Scan (Ecodopller)

  • Padrão – ouro
  • Localização de refluxos
  • Safenas, perfurantes
  • Fazer exame em pé
  • Planejamento cirúrgico
23
Q

IVC

Exames complementares

A

USG ECODOPPLER - PADRÃO OURO

Flebografia

  • Situações especiais
  • Punção femoral ou de veia do pé para investigação de causas secundárias

Tomografia computadorizada

  • Avalia síndromes compressivas abdominais

Pletismografia

  • Registro da variação do volume do membro pela entrada e saída de sangue

Pressão venosa ambulatorial

  • Monitorização hemodinâmica da insuficiência venosa – aferição do valor da pressão do refluxo venoso no interior dessa veia
24
Q

Tratamento IVC

Medidas não medicamentosas

A
  • Repouso com elevação de membros inferiores
  • Evitar sapatos altos
  • Corrigir obesidade
  • Realizar atividade física adequada
  • Cama em Tredelemburg
25
Q

Tratamento IVC

Flebotônicos

A
  • Terapia complementar (para pacientes com sintomas, sem indicação cirúrgica ou com persistência dos sintomas pós cirurgia)
  • Minimizam sintomas e edema dos membros inferiores na IVC

Ações

  • Reforçam a parede venosa
  • Melhora a microcirculação
  • Melhora a drenagem linfática
  • Diminui a permeabilidade capilar
    • Diosmina
    • Hesperidina
    • Geralmente associação usados em associação (Perivasc: Diosmina + Hesperidina)
    • Dobesilato de cálcio
    • Cumarina
    • Troxerrutina
    • Castanha da índia
26
Q

Tratamento IVC

Funções da terapia compressiva

A
  • A compressão equilibra o aumento patológico da pressão venosa
  • Promove absorção do edema e retorno dos líquidos para o sistema venolinfático
  • Alivia/trata os sintomas da IVC

*Não comprimir de forma a interferir com suprimento arterial

27
Q

Tratamento IVC

Meias de compressão

A
  • Terapia compressiva elástica
  • Compressão graduada
    • 15-20 mmHg: profilaxia, viagens de longa distância
    • 20-30 mmHg: CEAP 2 e 3
    • 30-40 mmHg: CEAP 3, 4 e 5, linfedemas leves
28
Q

Tratamento IVC

Terapia compressiva elástica para úlceras varicosas

A

Os sistemas inelásticos são os melhores para tratar úlceras (principalmente as não cicatrizadas) - IVC avançada

  • Bota de Unna
  • Bandagens multiextrato
29
Q

Tratamento das telangiectasias

A

Escleroterapia química

  • Glicose 75%, Ethamolin®, polidocanol
  • Irritação endotelial produzindo oclusão e fibrose

Escleroterapia térmica

  • Laser transdérmico – queima o vaso
  • Usado com ou sem associação à escleroterapia química
30
Q

Tratamento das varizes

A

Flebectomia

  • Ligadura de veias perfurantes

Safenectomia convencional

  • Exérese com fleboextrator e incisões da safena

Termoablação (laser ou radiofrequência)

  • “queima a safena por dentro” (não precisa de incisão)
  • Menor tempo de recuperação
  • Maior satisfação cosmética

Escleroterapia com espuma

  • Ablação química de veias de grosso calibre
  • Polidocanol + ar = espuma
  • Concentrações diferentes de acordo com a veia
  • A espuma potencializa o químico
31
Q

Qual é a patologia vascular mais prevalente na população?

A

INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA!