Infecção do Trato Urinário Flashcards

1
Q

Epidemiologia

A

Mais comum em meninas > 6 meses
Meninos < 6 meses
Incidência bimodal: pré-escolares (3-5 anos) e adolescentes

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2
Q

Fatores de risco

A
Sexo feminino
Idade < 1 ano
Brancos
Meninos não circuncidados
Constipação
Malformações urinárias
Anormalidades funcionais do trato urinário
Imunossupressão
Atividade sexual
Predisposição genética
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3
Q

Principal enterobactéria responsável pela ITU

A

Escherichia coli

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4
Q

Etiopatogenia

A

Flora intestinal (gram negativas) → bactérias da região periuretral → ascensão (uretra até bexiga)

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5
Q

Fatores de virulência da E. coli

A

Adesão ao tecido uroepitelial: fímbrias tipo P e hemolisinas

Evasão das defesas do hospedeiro: flagelos, fator neutralizante 1 citotóxico, antígeno polissacarídeo capsular

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6
Q

Etiologia

A
Escherichia coli
Proteus mirabilis
Klebsiella pneumoniae
Enterococcus
Pseudomonas
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7
Q

Fatores de risco para infecção por pseudomonas

A

Imunossupressão

Pós-manipulação cirúrgica do trato urinário

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8
Q

Fatores de risco para infecção por staphylococcus saprophyticus

A

Adolescente do sexo feminino com vida sexual ativa

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9
Q

Fatores de risco para infecção por candida (e outros fungos)

A

Imunossupressão
Antibioticoterapia de amplo espectro prolongada
Cateteres urinários

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10
Q

Fatores de risco para infecção por proteus mirabilis

A

Lactentes não circuncidados

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11
Q

Fatores de risco para disseminação hematogênica

A
RARA
Recém-nascidos
Crianças com imunodeficiência
Sepse
Anomalias obstrutivas do trato urinário
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12
Q

Microrganismos mais comuns na disseminação hematogênica da ITU

A

Streptococcus do grupo B
Staphylococcus aureus
Candida
Salmonella

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13
Q

Etiologia viral

A

Adenovírus (cistite hemorrágica)

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14
Q

Cistite hemorrágica

A
Adenovírus
Meninos pré-escolares
Autolimitada
ITU com coágulos de sangue
Apenas imunossuprimidos evoluem com pielonefrite viral
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15
Q

Quadro clínico em RN

A

Febre
Baixo ganho ponderal
Irritabilidade
Grave: distensão abdominal, vômitos e icterícia

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16
Q

Quadro clínico em lactentes

A

Febre sem sinais localizatórios
Baixo ganho poderal
Choro às micções
Alteração de odor da urina

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17
Q

Fatores de risco para ITU com febre sem sinais localizatórios em MENINOS

A

Etnia não-negra
T ≥ 39°C
Febre ≥ 24 horas
Ausência de outra causa de febre

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18
Q

Fatores de risco para ITU com febre sem sinais localizatórios em MENINAS

A
Branca
T ≥ 39°C
Febre ≥ 2 dias
Ausência de outra causa de febre
Idade < 1 ano
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19
Q

É possível diferenciar cistite de pielonefrite em RN e lactentes?

A

Apenas com sintomatologia NÃO

SEMPRE considerar e tratar como pielonefrite

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20
Q

Quadro clínico em pré-escolares, escolares e adolescentes

A

TÍPICO

Permite diferenciar cistite e pielonefrite

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21
Q

Achados clínicos típicos de cistite

A
Disúria
Polaciúria
Urgência miccional
Incontinência urinária
Dor suprapúbica
Febre baixa
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22
Q

Achados clínicos típicos de pielonefrite

A
Queda do estado geral
Inapetência
Febre alta
Calafrios
Vômitos
Dor lombar (sinal de Giordano +)
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23
Q

Conduta na suspeita de ITU

A

SEMPRE solicitar urina tipo 1 e urocultura

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24
Q

Diagnóstico laboratorial

A

Leucocitúria + urocultura positiva

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25
Q

Coleta de urina em criança com controle esfincteriano

A

Jato médio

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26
Q

Coleta de urina em criança não continente

A

Sondagem vesical ou punção supra-púbica

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27
Q

Confiabilidade do saco coletor

A

APENAS se vier NEGATIVO

Alto grau de contaminação

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28
Q

Leucocitúria positiva

A
≥ 10 leucócitos/mm³
ou
≥ 10.000 leucóticos/mL
ou
Esterase leucocitária
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29
Q

Bacteriúria

A
Bacterioscopia
ou
Nitrito positivo
ou
Urocultura (padrão-ouro)
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30
Q

Critérios de positividade da urocultura

A

≥ 50.000 UFC/mL
Única bactéria
Uropatogênica

31
Q

Critérios de contaminação da urocultura

A

< 10.000 UFC/mL

Bactéria não-uropatogênica

32
Q

Achados laboratoriais da pielonefrite

A

Leucocitose
Desvio à esquerda
Elevação de PCR e VHS
Elevação de ureia e creatinina

33
Q

Nitrito positivo na urina sugere o quê?

A

Bactérias gram-negativas

34
Q

Início da antibioticoterapia após resultado da urina tipo 1

A

Iniciar precocemente
Empírico
Eficácia VO = EV

35
Q

Antibiótico VO

A

Sulfametoxazol/trimetoprim
Cefalosporinas 1ª geração
Amoxicilina
SE RESISTÊNCIA: amoxicilina-clavulanato ou cefuroxima

36
Q

Nitrofurantoína

A

Serve apenas para tto da cistite
Não tem boa penetração no parênquima renal
NÃO USAR em lactentes com ITU febril

37
Q

Indicação de internação

A
Idade < 3 meses
Má aceitação oral
Sepse
Doenças obstrutivas e malformações
Insuficiência renal aguda
Imunossupressão
38
Q

Antibiótico EV

A

Cefalosporinas 3ª geração
Aminoglicosídeos
RN: associar ampicilina (cobrir estreptococos grupo B e enterococos)

39
Q

Antibioticoterapia após resultado da urocultura

A

ESCALONAR ou DESCALONAR

40
Q

Duração do tratamento

A

Cistite: 3-7 dias
Pielonefrite: 7-14 dias

41
Q

Medidas de suporte

A

Hidratação adequada
Micções frequentes
Manejo de febre e dor
Tratamento da constipação

42
Q

Definição de má evolução clínica

A

Febre > 72h após ATB

43
Q

Conduta na má evolução clínica

A

Nova urocultura
+
USG rins e vias urinárias

44
Q

Recidiva

A

ELEVADA
30-40%
Principalmente no primeiro ano de vida e sexo feminino

45
Q

Indicação de seguimento

A

TODOS os pacientes após primeiro quadro de ITU

46
Q

Exames de imagem

A

USG rins e vias urinárias
Cintilografia renal DMSA
Uretrocistografia miccional

47
Q

Indicação de USG rins e vias urinárias

A

< 2 anos com ITU febril, após 1-2 semanas do término do tratamento
Evolução desfavorável na fase aguda

48
Q

PRIMEIRO exame de investigação nas crianças que tiveram ITU

A

USG rins e vias urinárias

49
Q

Indicação de cintilografia renal com DMSA

A

Evolução desfavorável na fase aguda

< 2 anos com ITU febril ou com diagnóstico de refluxo vesico-ureteral, após 4-6 meses do término do tto

50
Q

PADRÃO OURO para diagnóstico de pielonefrite e cicatrizes renais

A

Cintilografia renal DMSA

51
Q

Indicação de uretrocistografia miccional

A

< 2 anos com ITU febril
Alteração USG e/ou cintilografia renal
ITU febril recorrente
NUNCA realizada na fase aguda, sempre após 2-3 semanas do tratamento

52
Q

PADRÃO OURO para diagnóstico de refluxo vesico-ureteral

A

Uretrocistografia miccional

Serve para diagnóstico e graduar a gravidade

53
Q

Causa mais comum de recorrência de ITU em > 2 anos

A

Disfunção das eliminações

54
Q

Disfunção das eliminações

A
Mais comum > 2 anos
ITU recorrente
Incontinência urinária
Constipação
Alterações SNC
55
Q

Conduta na disfunção das eliminações

A

Tratamento da constipação
Ingestão hídrica adequada
Micções frequentes

56
Q

Quimioprofilaxia da ITU

A

Baixo custo-efetividade
Não está associada a menor lesão renal
Aumenta o risco de resistência bacteriana

57
Q

Indicação de quimioprofilaxia

A

Refluxo vesico-ureteral ≥ grau III
Cicatriz renal na cintilografia
Disfunção miccional até correção cirúrgica

58
Q

Antibióticos usados na quimioprofilaxia

A
Nitrofurantoína
ou
Sulfametoxazol/trimetoprim
ou
Cefalexina
1/4-1/3 da dose habitual, 1xdia de uso contínuo
59
Q

Fatores de risco para cicatriz renal na presença de ITU

A
Crianças < 1 ano
Atraso no início do tto > 72h
Crianças com alto grau de refluxo vesico-ureteral
Malformações de caráter obstrutivo
ITU recorrente
60
Q

Definição de refluxo vesico-ureteral (RVU)

A

Fluxo retrógrado de urina da bexiga para o ureter e pelve renal

61
Q

Anatomia normal da ligação entre ureter e bexiga

A

Ureter está ligado à bexiga em uma direção oblíqua, perfurando o detrusor lateralmente e criando um mecanismo de válvula unidirecional (túnel submucoso)

62
Q

Causa de refluxo vesico-ureteral

A

Túnel submucoso entre a mucosa e o detrusor CURTO ou AUSENTE

63
Q

RVU primário

A

Congênito
Antecedente familiar
Isolado ou associado a outras malformações da junção ureterovesical

64
Q

RVU secundário

A

Aumento da pressão intravesical (bexiga neurogênica)
Processo inflamatório (cistite bacteriana grave)
Procedimentos cirúrgicos

65
Q

Quadro clínico do RVU

A

ITU por ascensão bacteriana
Pielonefrite
Nefropatia de refluxo: hipertensão arterial e insuficiência renal

66
Q

Grau I do RVU

A

Refluxo para ureter não-dilatado

67
Q

Grau II do RVU

A

Refluxo para sistema coletor superior sem dilatação

68
Q

Grau III do RVU

A

Refluxo para ureter dilatado e/ou embotamento do fórnice no cálice renal

69
Q

Grau IV do RVU

A

Refluxo para um ureter bastante dilatado

70
Q

Grau V do RVU

A

Refluxo massivo, com dilatação ureteral significativa, tortuosidade e perda da impressão papilar (dolicoureter)

71
Q

Conduta após diagnóstico de RVU

A

SEMPRE avaliar lesão renal pela cintilografia renal com DMSA

72
Q

Melhor prognóstico do RVU

A

Resolução espontânea 90% dos casos, entre 2-3 anos
Graus I e II uni/bilateral
Grau III unilateral

73
Q

Tratamento do RVU

A

Quimioprofilaxia ITU até resolução (≥ grau III ou com nefropatia de refluxo)
Micções frequentes
Tratamento da constipação

74
Q

Indicação de cirurgia no RVU

A

ITU recorrente
Lesão renal
Sem melhora com tto clínico