Abdome Flashcards
(12 cards)
Circulação colateral da aorta descendente
No caso de uma obstrução de aorta descendente lenta e progressiva existem diversas anastomoses que podem permitir um fluxo alternativo de sangue.
a anastomose entre a artéria epigástrica superior (continuação da artéria torácica interna, originária da primeira parte da artéria subclávia, proximal a uma obstrução de aorta descendente) e a artéria epigástrica inferior (originária da artéria ilíaca externa);
entre a artéria musculofrênica (continuação da artéria torácica interna) e a artéria circunflexa ilíaca profunda (originária da artéria ilíaca externa).
Podem ocorrer anastomoses horizontais também, entre as artérias intercostais anteriores (originárias da artéria torácica interna) e as artérias intercostais posteriores (originárias da aorta).
circulação colateral entre veia cava superior e inferior ??
Existem anastomoses correspondentes ao que ocorre com as artérias. Isto é, há uma anastomose entre a veia epigástrica superior e a veia epigástrica inferior (veia ilíaca externa).
No entanto, existem também anastomoses sem correspondência arterial:
entre a veia torácica lateral e a veia circunflexa ilíaca superficial (ou também veia epigástrica superficial, ambas ramos da veia femoral), há a veia toracoepigástrica.
Existem também anastomoses entre o plexo venoso sacral (veia ilíaca interna) e a veia ázigo e hemiázigo e entre veias lombares ascendentes e veia ázigo/hemiázigo.
Irrigação da parede anterior do abdome
A parte lateral da parede do abdômen é suprida pelas artérias circunflexa ilíaca superficial (a. femoral), a. epigástrica superficial (a. femoral) e a. circunflexa ilíaca profunda (a. ilíaca externa). A parte medial, por sua vez, é inervada pelas artérias epigástrica superior (continuação da a. torácica interna) e a. epigástrica inferior (a. ilíaca externa).
Dê os parâmetros anatômicos para o ponto de McBurney e importancia clinica
O ponto de McBurney é dado por uma linha entre a espinha ilíaca antero-superior e o umbigo. Esta linha é divida em terços. A junção entre o terço inferior e o terço intermédio é o ponto de McBurney. Este ponto corresponde à localização mais comum da base do apêndice.
Dê os parâmetros anatômicos para o ponto cístico
O ponto cístico é dado pela intersecção da linha hemiclavicular com a linha subcostal. O ponto cístico é a localização mais provável da vesícula biliar, e tem importância na avaliação do sinal de Murphy (colecistite) e do sinal de Courvoisier-Terrier, clássico para tumores de cabeça de pâncreas
Dê os parâmetros anatômicos para o ponto para encontro da cabeça do pancreas
o ponto para encontro da cabeça de pâncreas está no ponto médio de uma linha entre o ponto
cístico e o umbigo.
Hernia umbilical: tipos e causas
Hérnias umbilicais podem ser congênitas ou adquiridas.
As hérnias umbilicais congênitas se devem a uma incapacidade do intestino primitivo médio de retornar para o abdômen no começo da vida fetal.
Já a hernia adquirida pode ocorrer em de aumento de pressão intra-abdominal, como obesidade, levantamento de pesos, história crônica de tosse ou paciente multípara.
A proeminência da hérnia aumenta em momentos de esforço, choro ou tosse, por consequência de aumento de pressão intra-abdominal
Estojo do reto: o que é e como é dividida
O estojo do reto ou bainha do reto é uma estrutura formada pelas aponeuroses do m. oblíquo externo do abdômen, m. oblíquo interno do abdômen e m. transverso do abdômen.
A formação do estojo do reto depende da altura abdominal, mais precisamente da linha arqueada. A linha arqueada é uma linha em forma de crescente que delimita o ponto onde não há mais formação de lâmina posterio do estojo do reto.
Formação do estojo do reto acima da linha arqueada
Acima da linha arqueada, temos uma lâmina anterior e uma lâmina posterior da bainha do reto. A aponeurose do m. oblíquo interno divide-se em um V que envia contribuição anterior e posterior. Assim, a lâmina anterior é formada pela aponeurose do m. oblíquo externo e do m. oblíquo interno. A lâmina posterior é formada pela aponeurose do m. transverso do abdômen e do m. oblíquo interno.
Formação do estojo do reto abaixo da linha arqueada
Abaixo da linha arqueada, não há mais formação da lâmina posterior da bainha do reto. O m. reto abdominal terá posteriormente a si a fáscia transversalis e o peritôneo. Anteriormente, a lâmina anterior da bainha do reto será formada pela aponeurose do m. oblíquo externo, m. oblíquo interno e m. transverso do abdômen.
Conteudo do estojo do reto
Além do m. reto abdominal, a bainha do reto contém os vasos epigástricos superiores e inferiores, além dos ramos ventrais primários dos nervos T7 a T12.
Sinais de obstruçao venosa/circ colateral e seus tipos??
Existem três tipos clássicos de circulação colateral, muito estudados nas aulas de semiologia: circulação tipo cava superior, tipo cava inferior e tipo porta (cabeça de medusa). O tipo cava superior é característico por sua direção caudal. Já o tipo cava inferior é característico dela direção craniana em vasos abdominais, O fenômeno da cabeça de medusa, caracterizado por uma distensão de veia epigástrica superficial (originária da veia femoral), que potencialmente realiza anastomos com a veia torácica lateral, é sinal clássico de hipertensão portal. Este fenômeno ocorre porque a veia( epigástrica superficial é também conectada à veia porta hepática através da veia paraumbilical.