ABDOME AGUDO - INFLAMATÓRIO - APENDICITE Flashcards

1
Q

Quais as principais etiologias de abdome agudo inflamatório?

A

Apendicite, diverticulite, colecistite, pancreatite e doença inflamatória pélvica.

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2
Q

A febre está sempre presente em um abdome agudo inflamatório?

A

Não, a febre é um sintoma tardio, podendo não estar presente.

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3
Q

No que consiste a apendicite aguda, por que ocorre?

A

Obstrução da luz apendicular, geralmente por fecalito, mas pode ser por corpo estranho, hiperplasia linfoide, parasitas, tumores.

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4
Q

Como é a fisiopatologia e as fases da apendicite aguda?

A

Fase 1 - inflamatória/edematosa: com a obstrução, há aumento de secreção pela mucosa, porém sem drenagem da mesma, favorecendo um crescimento bacteriano. Isso provoca um aumento da pressão intraluminal, que provoca obstrução venosa e linfática, gerando um apêndice inflamado e edemaciado.

Fase 2 - supurativa/purulenta: progressivamente, o apêndice se torna mais edematoso e isquêmico, gerando úlceras na mucosa, que se estendem até à serosa, liberando secreção purulenta para a cavidade, irritando o peritônio e levando à dor localizada.

Fase 3 - gangrenosa/necrótica: com o aumento da pressão intraluminal, há menor aporte arterial para o órgão, além de trombose venosa, que leva a uma maior isquemia e infarto do apêndice.

Fase 4 - perfurativa: perfuração.

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5
Q

Como costuma evoluir o quadro em pacientes imunocompetentes e imunocomprometidos?

A

Em indivíduos imunocompetentes, previamente saudáveis, haverá um bloqueio por parte das alças intestinas, do omento, gerando, portanto, um abscesso periapendicular (95%), porém, em alguns casos, principalmente em indivíduos debilitados, imunocomprometidos, crianças e idosos, a perfuração se dará em peritônio livre (5%).

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6
Q

Como as variações anatômicas do apêndice influenciam no quadro?

A

A base do apêndice fica no ceco, porém sua ponta tem posições variáveis, o que pode gerar diferentes clínicas (e não dor em flanco direito). A sua localização mais comum é retrocecal (não confundir com retroperitoneal). Em gestantes, o útero pode mover as estruturas abdominais para cima.

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7
Q

Como é a clínica?

A

Dor abdominal mal definida (epigástrica, periumbilical), que migra para fossa ilíaca direita, acompanhada de hiporexia/anorexia, náuseas e vômitos (poucos episódios), podendo ter febre baixa em fases mais tardias.

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8
Q

Quais as três principais manobras semiológicas na apendicite aguda?

A
  • Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.
  • Sinal de Rovsing – palpação do quadrante inferior esquerdo, com dor referida no flanco direito (por movimentação do gás, comprimindo o apêndice inflamado).
  • Sinal de Dunphy – compressão do ponto de McBurney, pedindo para o paciente tossir, levando à dor.
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9
Q

Como é a apendicite retroperitoneal?

A

Quadro atípico, geralmente com dor lombar, inclusive com Giordano positivo.

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10
Q

O que é o sinal do Psoas e qual sua relação com a apendicite?

A

Quando o paciente está em decúbito lateral esquerdo, com perna direita esticada, com extensão da mesma, esticando o psoas, levando à dor. Sinal de apendicite retroperitoneal quando há suspeita.

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11
Q

Qual o laboratório esperado em um caso de apendicite?

A

Pode haver leve/moderada leucocitose, ou até mesmo leucograma normal com desvio.

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12
Q

Qual o primeiro exame a ser considerado em um caso suspeito de apendicite? Quais as alterações encontradas?

A

USG. Mostra alça em fundo cego, apêndice aumentado (> 6mm de diâmetro), às vezes com presença de fecalito, líquido ou massa periapendicular, além de dor à descompressão com transdutor. USG normal não exclui apendicite.

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13
Q

Quando usamos TC? Quais os achados?

A

É usada para casos duvidosos, pacientes que já fizeram uso de antibióticos ou obesos. Mostra apêndice distendido e espessado, abscesso periapendicular, borramento da gordura mesentérica, presença de fecalito.

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14
Q

Qual o tratamento para apendicite aguda?

A

Apendicectomia, combinada com antibioticoterapia (profilática, com uma dose de cefoxitina para apendicite não perfurada; amplo espectro - cefalosporina 3ª com metronidazol - para apendicite perfurada, com abscesso).

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15
Q

No caso de cirurgia laparotômica, quais incisões podem ser realizadas?

A

A incisão pode ser pequena e localizada (Incisão de McBurney, incisão de Rocker-Davis), desde que não haja peritonite/abscesso ou que ele seja localizado, ou pode ser por laparotomia mediana, quando a peritonite/abscesso é generalizada, porque as incisões menores não possibilitam a lavagem da cavidade.

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16
Q

Qual a principal causa de óbito na apendicite?

A

Sepse.

17
Q

Qual a principal complicação?

A

Infecção da parede abdominal.

18
Q

Como é o tratamento da apendicite em gestantes?

A

Apendicite em gestantes é a principal emergência cirúrgica não ginecológica. É possível operar, mas é mais complicado a partir do quinto mês e em casos de perfuração. Em caso de dúvida diagnóstica, pode usar a RM como exame de imagem.