Afecções da Mama Flashcards

1
Q

Em relação ao Derrame Papilar, responda:

  • Quais são os três tipos podemos encontrar?
  • O que cada tipo pode representar?
A

TIPOS DE DERRAME PAPILAR
1. Lácteo.
Causa: Hiperprolactinemia.
Condições com Hiperprolactinemia: Gestação; Prolactinoma; Hipotireoidismo; Medicamentos.

  1. Multicolor: Verde/Amarelo/Marrom
    Causas:
    - Alteração Funcional Benigna da Mama.
    - Ectasia Ductal: Sua etiologia é desconhecida. Não exige tratamento, desde que o sintoma não seja espontâneo e abundante. O tratamento é a exérese do sistema ductal, se necessário.
  2. Sanguíneo/Serossanguíneo
    Maior causa: Papiloma intraductal (benigno)
    Mas pode ser: Carcinoma papilífero (maligno)
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2
Q

Quando devemos investigar um derrame papilar para descartar neoplasia?

A

Quando o derrame papilar for suspeito de neoplasia:

  • Espontâneo
  • Uniductal
  • Unilateral
  • Aspecto de “Água de Rocha”
  • Sero/sanguinolento
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3
Q

Como investigar um derrame papilar suspeito?
A citologia da descarga negativa exclui o diagnóstico?
O que devemos fazer quando estivermos diante de uma paciente com derrame papilar suspeito, mas com exames complementares sem suspeita de neoplasia?

A

Investigação de derrame suspeito:
1°) Encontrar ducto suspeito por expressão radial
2°) Ressecar ducto para exame histopatológico

Citologia da descarga papilar: NÃO exclui diagnóstico

Na dissociação da suspeição clínica com os exames complementares: Manter conduta de ressecar o ducto suspeito para biópsia.

Obs¹: Caso haja nódulo palpável associado a descarga papilar, a investigação dominante é a do nódulo.

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4
Q

Em relação à investigação de Nódulo Palpável da Mama, cite a ordem de exames comumente usada na investigação diagnóstica.

A

1°) Exame Físico
2°) PAAF
3°) Exame de Imagem
4°) Biópsia

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5
Q

O que costumamos encontrar no exame físico de nódulo palpável suspeito de benignidade e malignidade?

A

SUSPEITA DE NÓDULO BENIGNO

  • Móvel
  • Regular
  • Fibroelástico

SUSPEITA DE NÓDULO MALIGNO

  • Aderido
  • Irregular
  • Pétreo
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6
Q

Após o exame físico, o próximo passo é a PAAF. Em relação à PAAF, responda:

  • Qual é o seu principal objetivo?
  • Qual resultado é esperado em nódulo suspeito de malignidade?
  • Qual é a conduta sequencial independente do resultado do PAAF?
A

Principal Objetivo: Diferenciar nódulo sólido de cisto.

Nódulo suspeito de malignidade:

  • Líquido sero/sanguinolento; OU
  • Nódulo sólido (nada foi aspirado); OU
  • Massa residual (ou seja, nódulo-cístico); OU
  • Mais de 2 recidivas.

Conduta sequencial: USG (até 35a)/Mamografia (> 35a)

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7
Q

Após a PAAF ou logo após o exame físico, é solicitado exame de imagem para avaliar o nódulo palpável da mama. Quais exames de imagem são úteis na investigação? Quais as indicações de cada exame e o que podemos encontrar em cada um deles?

A

USG DAS MAMAS
Indicações:
- Ajudar a diferenciar nódulo sólido do cístico
- MMG inconclusiva (Birads 0)
- Avaliação de nódulo em jovem e gestante

Sugere Benignidade do Nódulo:

  • Anecoico (cístico)/Homogêno/Bem delimitado
  • Com reforço acústico posterior

Sugere Malignidade do Nódulo:

  • Misto (sólido-cístico)/Heterogêneo/Mal delimitado
  • Sombra acústica posterior

Obs¹: Se o USG mostrar ser nódulo sólido e ainda não for feito o PAAF, este não deve ser a próxima conduta, pois o PAAF apenas diferencia nódulo sólido de líquido, o que já nos foi esclarecido pela USG. Além disso, o PAAF só teria açao terapêutica em caso de nódulo cístico.

# RM DAS MAMAS
Indicações: 
- Prótese mamária (quando MMG inconclusiva) 
- Múltiplas cirurgias prévias na mama 
- BI-RADS 0 

Desvantagens:

  • Não mostra lesões < 2mm
  • Não mostra microcalcificações

MAMOGRAFIA
Incidências: Mediolateral Oblíqua (avalia se é quadrante superior ou inferior) e Craniocaudal (avalia se é quadrante externo ou interno)
-> Classificação de BI-RADS:
- BI-RADS 0: MMG Inconclusiva (ex: Densa)
Conduta: Repetir c/ maior compressão; USG ou RM
- BI-RADS 1: Nenhuma alteração
Conduta: Repetir de acordo com a idade
- BI-RADS 2: Alterações benignas (Nódulo regular, homogêneo, calcificações grosseiras)
Conduta: Repetir de acordo com a idade
- BI-RADS 3: Provável benigna (duvidosa)
Conduta: Repetir em 6 meses no 1° ano e anual nos dois anos seguintes.
- BI-RADS 4 ou 5: Suspeita/Fortemente suspeita (Nódulo espiculado, microcalcificações esparsas pleomórficas agrupadas).
Conduta: Biópsia.

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8
Q

Mediante a um nódulo de mama suspeito, como devemos proceder? De que formas podemos fazer e com quais indicações?

A

BIÓPSIAS AMBULATORIAIS

1) Core Biopsy (Punção com Agulha Grossa):
- Mais simples e mais barata e difundida.
- Pode ser guiado por imagem (USG): Estereotaxia
- Em média 10 disparos da pistola
- Método de escolha quando possível

2) Mamotomia:
- Mais cara e pouco disponível
- Com apenas 1 disparo retira toda a amostra
- Melhor desempenho nas microcalcificações, esclarecendo melhor lesões não palpáveis
- Complica mais com pneumotórax
- Pode ser guiada por imagem (USH): Estereotaxia

# BIÓPSIA CIRÚRGICA (PADRÃO-OURO)
Ideal para quando houver dissociação de resultado dos exames anteriores com a biópsia feita ambulatorialmente. Há dois modos de realização. 

1) Incisional: Retira parte do tumor
- Ideal para lesões maiores

2) Excisional: Retira todo o tumor
- Ideal para lesões menores

Se lesão impalpável: Fazer estereotaxia pré-cirúrgica (marcação guiada por imagem). Para marcar a lesão, pode-se utilizar fio metálico ou marcador radioativo.

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9
Q

Quais são as afecções benignas mais comuns da mama que poderemos encontrar? Cite suas características e quais as condutas indicadas em cada caso?

A

PATOLOGIAS BENIGNAS

1) Fibroadenoma
- Tumor benigno mais comum da mama feminina.
- Típico de mulher jovem (20-35 anos)
- Nódulo sólido, fibroelástico e bem delimitado.
- Pode ser considerado um tumor misto: consiste em uma hiperplasia nodular do tecido do estroma e do componente glandular.
Conduta: Retirar o tumor se > 35 anos ou > 3,5-4,0 cm.

2) Papiloma Intraductal
- Gera um nódulo subareolar palpável.
- Descarga papilar uniductal serossanguinolenta.
Conduta: A ressecção do ducto para biópsia foi diagnóstico e terapêutico.

3) Tumor Filodes (relativamente raros)
-Simula fibroadenoma, mas tem crescimento rápido, grande volume e tendência a recorrência local.
Conduta: Excisão com margens livres.

4) Alteração Funcional Benigna da Mama
- Tríade: Adensamentos + Mastalgia cíclica + Cistos
- O pico de incidência ocorre dos 25-45 anos.
Conduta: Tranquilizar a paciente e orientar melhorar sustentação da mama. Em último caso: Tamoxifeno.

5) Esteatonecrose
- Nódulo após trauma na mama em mulher jovem

6) Lipoma
- Amolecido, bem delimitado, até grandes dimensões

7) Hamartoma
- Textura similar ao lipoma
Conduta: Retirada completa do tumor.

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10
Q

Em relação à Mastalgia, como podemos classificá-la? Como cada uma se caracteriza?

A

MASTALGIA CÍCLICA
- Acompanha ciclo menstrual: predomina na fase lútea
- Bilateral em QSE
Causa comum: Alteração Funcional Benigna da Mama.

MASTALGIA ACÍCLICA
- Unilateral
- A primeira conduta é descartar causa não ginecológica (ex: angina pectoris)
Causas comuns: Mastite; Abscesso; Esteatonecrose.

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11
Q

Em relação à Mastite Aguda Puerperal, responda:

  • Qual é o agente mais comum?
  • Quais são os fatores precipitantes?
  • Como dar o diagnóstico?
  • Qual deve ser a conduta?
  • Qual complicação esperada e sua conduta?
A

Agente: Staphylococcus aureus
Causa: Pega incorreta e fissura mamária
Diagnóstico: Sinais flogísticos na mama + Febre
Conduta:
I. Melhorar sustentação da mama e Manter a amamentação
II. Antibioticoterapia: Cefalexina

Complicação: ABSCESSO MAMÁRIO

  • No geral deve continuar amamentando.
  • Interromper a amamentação apenas se houver drenagem purulenta pela papila OU incisão cirúrgica para drenagem de abscesso for muito próxima ao mamilo.
  • Conduta: Esvaziamento da mama (manter amamentação) + Drenagem do abscesso + ATB
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12
Q

Quais são os fatores de risco para o Câncer de Mama?

A
  • Sexo feminino
  • Idade: > 40 anos
  • História familiar: 1° grau
  • Nuliparidade: mais tempo exposta aos “ciclos”
  • Menacme longo: mais tempo exposta aos “ciclos”
  • Dieta rica em gordura
  • CA in situ e Hiperplasias atípicas (alto risco)
  • Mutação BRCA 1 e 2 (alto risco)
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13
Q

Como rastrear o Câncer de Mama?

A

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Rastreio: Mamografia Bienal de 50-69 anos.
- MS contraindica o autoexame
- MS considera que exame clínico tem benefício incerto
- Mulheres com 35a. ou mais com risco elevado (CA em pelo menos 1 parente de primeiro grau) devem ser submetida a exame clínico das mamas e mamografias anuais

FEBRASGO
Rastreio:
- Paciente de baixo risco: MMG anual de 40-69 anos
- Paciente de alto risco: MMG anual em < 40 anos
(Alto risco: Mutação BRCA ou Hiperplasia atípica)

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14
Q

Quais os 4 principais tipos histológicos do CA de mama? Dê uma característica para um dos citados. A quais marcadores de imunohistoquímica podemos recorrer que influenciam em tratamento e prognóstico? Quais são os principais sítios de metástase?

A

TIPOS HISTOLÓGICOS

1) Carcinoma Ductal Infiltrante: Tipo invasor + comum.
2) Carcinoma Lobular Infiltrante: Bilateral/Multicêntrico.
3) CA inflamatório: É o localmente avançado (aspecto de casca de laranja). Considerado estágio III.
4) Doença de Paget:
- Descamação unilateral, maligna, pouco pruriginosa. Destrói o complexo areolopapilar. Não responde ao corticoide. Pode ser acompanhada de descarga serosa ou sanguinolenta.
- DD: Descamação benigna, exsudativa e bilateral do complexo areolopapilar, acompanhada de prurido. Não destroi complexo areolopapilar. Responde bem ao corticoide.

Obs¹: A neoplasia (lobular ou ductal) in situ não devem ser consideradas neoplasias malignas verdadeiras, mas sim um marcador de risco para o desenvolvimento subsequente de carcinoma infiltrante. Ela costuma ser tratada por biópsia excisional seguida por acompanhamento rigoroso com mamografia. Eventualmente pode-se conduzir com mastectomia profilática bilateral ou tamoxifeno (quimioprevenção).

IMUNOHISTOQUÍMICA

1) Receptor de hormonal (de estrogênio)
2) Superexpressão HER: relação com pior prognóstico
3) Ki-67: relação com pior prognóstico

PRINCIPAIS SÍTIOS DE METÁSTASE

  • Esqueleto (principal)
  • Pulmão, fígado e cérebro
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15
Q

Em relação ao tratamento do CA de mama, cite as 5 abordagens combinadas que podem ser elencadas.

A

1) Cirurgia da mama
2) Avaliação linfonodal
3) Adjuvante
4) Hormonioterapia
5) Terapia Alvo-Dirigida

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16
Q

Quais os tipos de CIRURGIA podem ser feitas no CA de mama? Qual complicação temida após a conduta radical? E se for CA metastático, como proceder com o tratamento cirúrgico?

A

TIPOS DE CIRURGIA
-> CIRURGIA CONSERVADORA
Procedimentos: Segmentectomia ou Quadrantectomia
Indicação:
- Tumor até 3,5cm (T1: < 2cm)
- Tumor que corresponda até 20% da mama
- Capacidade de ressecção com margens livres
Contraindicações:
- Doença multicêntrica;
- Relação tumor-mama > 20% ou > 3,5cm
- Impossibilidade de radioterapia pós-operatória: Exemplos (gestação - relativa - e colagenoses)

  • > MASTECTOMIA RADICAL
  • Na impossibilidade da conservadora
  • Técnica mais utilizada: Patey (mama + peitoral menor)
  • Complicação pós-mastectomia: Angiossarcoma (síndrome de Stewart-Trevas)
# TUMOR METASTÁTICO (Estágio IV; M1)
- Contraindica a ressecção do tumor da mama.
17
Q

Como deve ser feita a AVALIAÇÃO LINFONODAL no CA de mama? Quais complicações esperadas na conduta mais radical?

A

TÉCNICA DO LINFONODO-SENTINELA x ESVAZIAMENTO COMPLETO

1°: Avaliar o Linfonodo-Sentinela:

  • Injetar contraste: É o que mais se cora
  • Retirar o linfonodo para o patologista avaliar no intra-operatório

Se não invadido: Fim da conduta linfonodal
Se invadido: Fazer esvaziamento linfonodal completo

Obs¹: Não precisa avaliar linfonodo sentinela se axila já estiver clinicamente positiva OU se houver lesões multicêntricas OU se houver tumor localmente avançado, pois já há indicação de esvaziamento completo nesses casos.
Obs²: O envolvimento dos linfonodos axilares permanece como o fator prognóstico mais importante para estimar risco de recidiva e sobrevida em pacientes com carcinoma de mama.

COMPLICAÇÕES DO ESVAZIAMENTO COMPLETO

  • Lesão do nervo torácico Longo (que inerva o m. serrátil anterior, responsável pela estabilidade da escápula). Clínica: Escápula Alada.
  • Linfedema
18
Q

Como deve ser feita a TERAPIA ADJUVANTE no CA de mama?

A

RADIOTERAPIA:

  • Adjuvante: Após cirurgia conservadora (obrigatório)
  • Neoadjuvante: Tumor > 4cm
QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE
- Tumor > 1cm 
- Linfonodo positivo (N1 ou >) 
- Metástase Hematogênica (M1) 
Obs¹: Uma possibilidade é fazer a QMT Neoadjuvante, no intuito de reduzir o tamanho do tumor antes do ato cirúrgico. Se for feita, não há necessidade de fazer a adjuvante.
19
Q

Quando está indicada e como deve ser feita a HORMONIOTERAPIA?

A

INDICAÇÃO: Receptor hormonal positivo no tumor.

CONDUTA:

  • Drogas: Tamoxifeno ou Inibidor da Aromatase
  • Tempo: 5 anos

Obs¹: Receptor hormonal negativo indica PIOR prognóstico. Ocorre geralmente em mulher jovem.

20
Q

Quando está indicada e como dever ser feita a TERAPIA ALVO-DIRIGIDA? Como é o nível de efeitos adversos dessa terapia?

A

INDICAÇÃO: Pacientes com superexpressão HER2.
DROGA: Transtuzumabe, por 1 ano, junto à QMT.
NÍVEL DE EFEITOS ADVERSOS: Baixo.