AINES + CORTICOIDES - FARMACOLOGIA CLÍNICA Flashcards

(64 cards)

1
Q

O QUE É O ÁCIDO ARAQUIDONICO E COMO ELE É FORMADO?

A

 Precursor comum dos eicosanóides.
 Liberado dos fosfolipídeos celulares pela Fosfolipase A2
primeira etapa na cascata do ác. Araquidônico, determina a
velocidade global de geração dos eicosanóides.
 Múltiplas isoformas de Fosfolipase A2

– regulação em

diferentes tecidos com respostas seletivas.
 Estímulos para a Fosfolipase A2

– citocinas (TNFalfa, GM-
CSF e IFNgama) fatores de crescimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Ciclooxigenases - COX-1 - O QUE É E ONDE É ENCONTRADA

A

Enzima essencial constitutiva; Encontrada na maioria das células e tecidos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Ciclooxigenases - COX-1 - FUNÇÃO E ESTÍMULO PARA PRODUÇÃO

A

*Produção de PGs para manutenção de funções
fisiológicas (citoproteção gástrica, proliferação da
mucosa intestinal, agregação plaquetária,
antitrombogênese, função e fluxo sanguíneo renal)

*Estimulada por hormônios e fatores de crescimento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Ciclooxigenases - COX-2 - ESTÍMULO PARA PRODUÇÃO E ONDE É ENCONTRADA

A
  • Formação induzida processo inflamatório e interleucinas - IL1
    , IL2 e TNF
  • Constitutiva no cérebro (hipocampo, hipotálamo, amigdala), rim,
    ossos e sistema reprodutor feminino

*Expressa nas células vasculares endoteliais que secretam
prostaciclina em resposta ao estresse de cisalhamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Ciclooxigenases - COX-2 - FUNÇÃO

A

Produz prostaglandinas que mediam inflamação, dor e febre, transdução
de estímulos dolorosos na medula, ovulação, placentação e
contrações uterinas no parto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

VISÃO GERAL DAS PROSTRAGLANDINAS

A

Grande família de compostos estruturalmente
semelhantes.
 Isoladas inicialmente nos sistema genitourinário de
carneiros.
 Todas as PGs compartilham uma estrutura química
= prostanóide.
 Distribuição nos tecidos determinada pela
expressão das enzimas envolvidas na síntes (PG
sintases)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

TIPOS DE PROSTRAGLANDINAS E ONDE SÃO ENCONTRADAS

A

 PGI2 (prostaciclina): predominantemente no endotélio
vascular, vasodilatação e inibição da agregação plaquetária.
Liberação de renina e natriurese (efeitos na reabsorção
tubular de sódio)

 Tromboxano (TXA2): predominantemente nas plaquetas,
agregação plaquetária e vasoconstrição.

 PGF2alfa: presente no musc liso uterino ( e outros), corpo
lúteo, produzindo contração uterina e luteólise.

 PGD2: deriva de mastócitos, causa vasodilatação e inibição
da agregação plaquetária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

FUNÇÃO GERAL E FUNÇÃO ESPECIFICA NOS RECEPTORES DAS PGE2

A

PGE2: destaca-se nas respostas inflamatórias e
mediador de dor e febre, além de:

 Receptor EP1: Contração do músc liso brônquico e
trato GI.
 Receptor EP2: Relaxamento do musc liso brônquico,
vasc e trato GI.
 Receptores EP3: Inibição da secreção ácida gástrica,
sec. gástrica de muco aumentada, contração do
útero na gravidez, inibição da lipólise e da liberação
autônoma dos neurotransmissores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

FUNÇÕES FISIOLOGICAS DAS PROSTRAGLANDINAS

A
  • Estimulação da agregação plaquetária (TXA2)
  • Inibição (PGI)
  • Proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI)
  • Relaxamento vascular (PGE2, PGI)
  • Contração (PGF, TXA)
  • Contração brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA)
  • Relaxamento (PGE)
  • Manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo
    de Na+ e K+ (PGE1, PGI2)
  • Indução contração uterina (PGE, PGF2)
  • Produção de febre (PGE2)
  • Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor (PGE2)
  • Sensibilização das terminações nociceptivas periféricas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

ATUAÇÃO DAS PLAQUETAS EM RELAÇÃO AO COX1

A

 Plaquetas (COX1): altos níveis de tromboxano sintase mas
não possuem prostaciclina sintase.
 Produzem Tromboxano TxA2
 meia vida de 10 a 20 minutos.
 Vasoconstritor e promotor da aderência e agregaçõa plaquetária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

ATUAÇÃO DO ENDOTÉLIO EM RELAÇÃO

A

 Endotélio: carece de tromboxano sintase e expressa
prostaciclina sintase

– PGI2 = vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária.
Antagonista fisiológico do TxA2
Equilíbrio local entre os níveis de TxA2 e PGI2 é crítico na
regulação da pressão arterial e trombogênese.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS AINES EM RELAÇÃO A MEIA VIDA

A

Classificação quanto a meia vida:
CURTA DURAÇÃO (< 6h): ibuprofeno,
diclofenaco, cetoprofeno, indometacina
LONGA DURAÇÃO (> 10h): naproxeno,
celecoxib, meloxican, nabumetona e
piroxican, salicilatos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS AINES EM RELAÇÃO A ORIGEM

A

Classificação quanto a origem:
* Derivados do ácido salicílico: AAS, diflunisal
* Derivados do para-aminofenol: paracetamol
* Ác. Indolacético: indometacina, etodolaco
* Ác. Heteroarilacético: tolmetina, diclofenaco,
cetorolaco
* Ác.Arilpropiônicos: Naproxeno, ibuprofeno,
fenoprofeno, cetoprofeno
* Ác. Enólico: piroxican, meloxicam
* Sulfonalinida: nimesulida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS AINES EM RELAÇÃO A ESPECIFICIDADE

A

Classificação quanto a especificidade:
Inibidores seletivos da COX2:
Celecoxibe, etoricoxibe, rofecoxibe*
Meloxican (7,5 mg/dia seletivo COX2, 15mg/dia
perda da seletividade e mais EA GI), etodolaco,
nimesulida

Inibidores não seletivos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

MECANISMO DE AÇÃO DOS AINES

A
  1. Inibição competitiva e reversível (exceto
    aspirina) periférica e central da atividade da
    enzima cicloxigenase e subsequente
    diminuição da biossíntese e liberação dos
    mediadores da inflamação, dor e febre
    (prostaglandinas).
  2. Bloqueio do canal hidrofóbico da
    cicloxigenase ao qual se liga o ácido
    araquidônico, impedindo assim o acesso do ac.
    Araq. ao sítio ativo da enzima.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

MECANISMO DE AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA DOS AINES

A
  • Bloqueio da formação de PGs por inibição da
    COX (Vane, 1971)
  • Inibição da liberação de histamina (Lewis e
    Whittle, 1977)
  • Diminuição da migração PMN e monócitos (Di
    Rosa et al., 1971; Higgs et al., 1980)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

MECANISMO DE AÇÃO ANALGÉSICA DOS AINES

A

Na periferia reduzem produção de PG que
sensibilizam nociceptores para os mediadores da
inflamação como bradicinina.

*Redução do efeito vasodilatador das PG sobre a
vasculatura cerebral (tto de cefaléias).

*Ação central possivelmente medula – as PG facilitan a
transmissão das fibras de dor aferentes para os
interneurônios no corno posterior.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

MECANISMO DE AÇÃO ANTITERMICA DOS AINES

A
  • Bloqueio da formação de PGs por inibição da
    COX central (hipotálamo), a temperatura
    corporal do homem sadio não é afetada.
    (Milton e Wendlant, 1971/ PGE como modulador na regulação da
    temperatura e ação antipirética relacionada com interferência
    na liberação de PGs; Vane, 1971)
  • Ações adicionais por mecanismos
    desconhecidos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

FARMACOCINÉTICA DOS AINES

A

Maioria é absorvida completamente por VO, pouco alterada
pelos alimentos.
Efeito de primeira passagem
Alta ligação proteica
Pequeno volume de distribuição
Biotransformação hepática (CYP- 2C8, 2C9, 2C19) e
gluconidação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

ELIMINAÇÃO DOS AINES

A

*Eliminação mais importante renal
*Variações de excreção biliar e reabsorção (circulação entero
hepática).
*Todos penetram no líquido sinovial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

USO TERAPEUTICO DOS AINES

A

Usos:
Artrite reumatóide, espondilite anquilosante, gota
Cefaléias
Dismenorréia e síndromes dolorosas
Lesões traumáticas (?)
Analgesia
Efeito na prevenção de câncer de cólon (reduz proliferação celular,
aumenta apoptose)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

MECANISMO DE AÇÃO DO AAS

A

Protótipo do grupo, acetila e bloqueia
irreversivelmente a COX1 e 2.
Demais representantes não seletivos inibem
de forma competitiva e reversível.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

FARMACOCINETICA DO AAS

A

 absorção VO (estômago e intestino delgado)
 níveis plasmáticos em 30 min; pico em 2 horas
 fatores que influenciam a absorção:
 composição, velocidade de desintegração e dissolução,
 alimentos, pH, tempo de esvaziamento gástrico
 distribuição: livres e ligados a proteína plasmática
(albumina)
 BHE, B placentária, líquido sinovial, peritoneal, saliva,
fezes, leite, suor

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

EXCREÇÃO DO AAS

A

 excreção renal
- influenciada pelos fatores relacionados ao pH urinário e competição
com outros ácidos orgânicos

 metabolização e excreção
- esterases mucosa GI (hidrólise)
- conjugação com glicina e ácido glicurônico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
DOSE E USO TERAPEUTICO DO AAS
 Dose baixa: 75 a 81 mg/dia – efeito antitrombótico, acetila irreversivelmente a serina 530 da ciclooxigenase (COX)-1.  Dose intermediária: 650 a 4 g/dia – efeito analgésico e antipirético.  Dose alta: 4 – 8 g ao dia – efeito antinflamatório com efeitos dependentes e independentes das PG. Risco de toxicidade (zumbido, perda auditiva e intolerância gástrica)
26
INDICAÇÕES CLINICAS DO AAS
INDICAÇÕES CLÍNICAS  Analgesia - dores leves a moderadas  Cefaléia, dismenorréia, mialgias, artralgias, neuralgias, desconforto pós-operatório, pós-parto, cirurgias odontológicas, procedimentos ortopédicos  Antitérmico (atenção síndrome de REYE)  Antiagregante plaquetário  Antiinflamatório - 3,2 – 4 g/dia em adultos, 50-75 mg/kg/dia em crianças  Queratolítico
27
TOXICIDADE DO AAS NO TGI
TOXICIDADE TGI, mais freqüente com tratamento prolongado e elevadas doses  Intolerância gástrica (dor, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, anorexia)  Ulceração da mucosa com sangramento  Exacerbação na presença de etanol
28
NEFROTOXICIDADE DO AAS
 Nefrotoxicidade  Ingestão crônica de AAS, fenacetina e paracetamol  21 a 28% incidência de necrose papilar e nefrite intersticial nos pacientes artríticos  AAS, paracetamol, pirazolônicos, ácido propiônico, derivados do indol.  Diminuição da função renal
29
HEPATOTOXICIDADE DO AAS
 Hepatotoxicidade  Aumento níveis de transaminase  Dose-dependente  Pct doenças do tecido conjuntivo  Reversíveis
30
EFEITOS ADVERSOS RESPIRATÓRIOS DO AAS
Hiperreatividade das vias aéreas induzida pela aspirina: congestão nasal e ocular e broncoespasmo.  Sensibilidade a aspirina pode estar presente em até 10% dos paciente asmáticos. Estes pacientes podem reagir com outros AINE (indometacina, naproxeno, ibuprofeno).
31
CONTRA-INDICAÇÕES DO AAS
CONTRA-INDICAÇÕES  Pelos efeitos anticoagulantes  Terapia anticoagulante  Alterações na coagulação (hemofilia, hipoprotrombinemia, deficiência vitamina K)  Cirurgias  Pelos efeitos sobre aparelho GI  Úlcera péptica  Gastrite ou sangramento gastrintestinal Gravidez  Fechamento prematuro do ductus arteriosus  Gestação prolongada  Trabalho de parto prolongado  Risco sangramento materno  Febre crianças etiologia infecções varicela e outros vírus tipo influenza -> Síndrome de Reye (lesão hepática severa e encefalopatia)  Cuidado na associação com warfarina
32
MECANISMO DE AÇÃO DO PARACETAMOL
 Analgésico e antipirético (1955)  Destituído de ação antinflamatória e antiagregante plaquetária clinicamente significante.  Fraco inibidor de COX1 e 2 em tecidos periféricos  Inibidor central de COX2 e COX3 (vairante de COX1) ??  Ativação de vias descendentes serotoninérgicas e opióides (??) – depleção de serotonina central reduz o efeito analgésico do paracetmol.
33
USO TERAPEUTICO DO PARACETAMOL
 Efeito analgésico por ação indireta em receptores canabinóides tipo I (?)  Efeito antitérmico por inibição de COX central, com bloqueio de síntese de PG no hipotálamo.  Ação dependente dos níveis de peróxido no ambiente próximo – maior eficácia se baixas concentrações de peróxido por isso mais efetivo no cérebro (?).
34
POSOLOGIA DO PARACETAMOL
 Dose terapêutica: 10 – 15 mg/kg/dose em crianças e 325 a 1000mg/dose em adultos (4 a 6 doses dia)  Dose máxima diária: 80 mg/kg crianças ou 4 g/dia adultos  Dose tóxica (variável): > 150 mg/kg/crianças e > 7,5 – 10 g/dia (> 250mg/kg/dia ou 12g)
35
EFEITO ADVERSO DO PARACETAMOL
Hepatotoxicidade: ingestão crônica de álcool, idade avançada, medicações que afetam o CYP2E1 e desnutrição.
36
MECANISMO DE AÇÃO DO DIPIRONA
Grupo das fenazonas (fenilpirazolonas) – derivado da pirazolona. Uso controverso no mundo (usado na Rússia, Espanha, África e América do Sul)  Analgésico e antitérmico, desprovido de ação antinflamatória.  Mecanismo de ação incerto.  Inibição de COX3 no corno dorsal da medula espinhal (?)
37
EFEITOS ADVERSOS DO DIPIRONA
 Reações alérgicas graves – edema de glote e anafilaxia.  Reações idiossincráticas – agranulocitose potencialmente fatal.
38
USO TERAPEUTICO DO DIPIRONA
Indicação:  febre intensa não controlada por outras medidas  analgesia  Eficácia analgésica similar a ibuprofeno e cetoprofeno para tto de dor pós operatória, cólica renal.
39
FISIOPATOLOGIA DA TOXICIDADE NO TGI PELOS AINES
 Gastrointestinal:  Inibição da COX1 reduz produção de PGs gastroprotetoras:  Estimula secreção de mucina, bicarbonato e fosfolipídios pelas céls epiteliais.  Aumenta o fluxo sanguíneo e oxigenação das céls epiteliais pela vasodilatção local.  Migração de céls epiteliais para superfície luminal  Proliferação de céls epiteliais
40
FATORES PARA CLASSIFICAR UM PACIENTE COMO ALTO RISCO DE TOXICIDADE TGI POR AINES
pacientes com os seguintes fatores são considerados de alto risco de toxicidade gastrointestinal por AINEs * História de úlcera ou complicação da úlcera * Em terapia antiplaquetária dupla * Em terapia anticoagulante * Tenha dois ou três dos seguintes:  Idade ≥60 anos  Uso de glicocorticóides  Sintomas de dispepsia ou doença do refluxo gastroesofágico
41
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES QUE TOMAM AINES - TOXICIDADE GASTRODUODENAL
Em diretrizes separadas do ACG em 2009, os pacientes que tomam AINEs foram classificados como de alto, moderado ou baixo risco de toxicidade gastroduodenal: * Alto risco foi definido como história de úlcera complicada ou ≥3 fatores de risco * Risco moderado foi definido como a presença de um ou dois fatores de risco * Baixo risco foi definido como nenhum dos quatro fatores de risco Os quatro fatores de risco são: * História de uma úlcera não complicada Idade >65 anos * Terapia com AINEs em altas doses * Uso concomitante de aspirina (incluindo dose baixa), glicocorticóides ou anticoagulantes O uso de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) também tem sido associado a um risco aumentado de sangramento gastrointestinal
42
FATORES DE RISCO PARA TOXICIDADE GASTROINTEST POR AINES
 Fatores de risco descritos acima.  Status de Helicobacter pylori ( H. pylori ) do paciente  Tipo e dose específicos de AINE. A toxicidade gastrointestinal (GI) significativa geralmente não começa dentro de várias semanas, embora possa aparecer já no dia 7 com alguns AINEs, como indometacina ou cetorolaco
43
ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO DO TGI EM USO DE AINES
Estratégias de proteção  Uso curto/ escolha adequada do AINE  Coxibe (perda do efeito protetor com uso concomitante de AAS profilático)  Uso associado com inibidor de bomba de prótons: lansoprazol (15 ou 30 mg por dia) e esomeprazol (20 ou 40 mg por dia)  Misoprostol – análogo da prostaglandina E (200 mcg quatro vezes ao dia)  Testar e tartar Helicobacter (pacientes com úlcera previa)
44
FISIOPATOLOGIA DA TOXICIDADE CARDIOVASCULAR POR AINES
Risco aumentado de eventos trombóticos incluindo Insuf. cardíaca, IAM, AVE e óbito. Bem documentado para COXIBs mas também para outras classes. Interfere com a regulação renal e pode induzir aumento da pressão arterial com retenção de sódio e água.
45
FATORES DE RISCO PARA TOXICIDADE CARDIOVASCULAR POR AINES
Fatores de risco: duração do uso e doença pré existente Risco cardiovascular Individual deve ser avaliado antes da administração Ibuprofeno e potencialmente todos os AINES não seletivos, podem interferir com o efeito cardioprotretor da aspirina. Contra indicado o uso de AINES no tratamento da dor perioperatória de cirurgia cardíaca. Evitar na Insuficiência cardíaca, cuidado em hipertensos. Menor dose efetiva pelo menor período / Naproxeno/ Ibuprofeno
46
FISIOPATOLOGIA DA NEFROTOXICIDADE POR AINES
PGE2 (estimulada por COX 1 e 2)  Estimula receptores tubulares (EP1) inibindo o transporte de sódio e cloro na alça ascendente de Henle e ductos coletores, levando a natriurese.  Antagoniza o ADH induzindo diurese PGI2: estimula células justaglomerulares a produzir renina. Prostaciclina, PGE2 e PGD2: vasodilatadoras da arteríola aferente, aumenta perfusão renal e distribuição do fluxo do córtex para néfrons medulares
47
EFEITOS ADVERSOS - AINES
 Diarréia e hemorragia gastrointestinal  Dispepsia e úlcera péptica  Disfunção e falências renal (necrose papilar aguda, nefrite intersticial crônica, diminuição do fluxo sangüíneo renal e do ritmo de filtração glomerular e retenção de sal e água)  Inibição da agregação plaquetária e aumento do tempo de sangramento (exceto inibidores da COX2)  Alteração hepática e icterícia  Reações alérgicas – rashes cutâneos leves, fotossensibilidade até casos graves com Sind. Stevens-Johnson .
48
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS AINES
 Antihipertensivos  AINES x AAS  Anticoagulantes:  AAS -desloca a varfarina da ligação das proteínas plasmáticas aumentando sua concentração efetiva além do efeito sobre as plaquetas.  AAS antagoniza ação de uricosúricos e reduz a elinminação de uratos - cuidado na Gota AINES + metotrexate. (Evitar ) * AINES aumentam os níveis séricos de metotrexate por reduzir a excreção renal. Administração concomitante de AINES com altas doses de Metotrexate tem sido relacionadas com níveis séricos elevados e prolongados resultando em morte por toxicidade GI e hematológicas graves pois AINES podem reduzir a secreção tubular de metotrexate.
49
DEFINIÇÃO E FISIOLOGIA DOS CORTICOIDES
 Glicocorticóides – hormônios produzidos e secretados pela córtex adrenal  Regulação fisiológica e adaptação em situações de stress  Controle pelo eixo Hipotálamo (Hormônio liberador de Corticotrofina) – Hipófise Anterior (ACTH) – Suparrenal (cortisol).
50
APLICAÇÃO CLÍNICA DOS CORTICOIDES
 Tem aplicação clínica em: - terapias de reposição - necessidades de imunossupressão - efeito antiinflamatório
51
CLASSIFICAÇÃO DOS CORTICOIDES QUANTO A DURAÇÃO DE AÇÃO
 Quanto à duração de ação, são classificados como de curta, média ou longa ação, de acordo com o tempo de supressão do ACTH após uma única dose equivalente a 50 mg de prednisona.
52
MEDIDA DE POTENCIA DOS CORTICOIDES
 A potência relativa dos GC vai depender da sua afinidade pelo receptor.  Entretanto, a medida dessa potência se baseia não apenas na potência biológica intrínseca mas, também, na duração da ação.
53
HIDROCOTISONA X CORTISONA
Pró droga (metabolismo hepático): cortisona , deflazacort, prednisona. Hidrocortisona: droga de escolha para reposição Cortisona: Pró droga, efeitos mineralocorticóides presentes.
54
PREDNISOLONA X PREDNISONA
Prednisolona: droga de escolha para efeito antinflamatório e imunossupressor. Prednisona: pró droga, convertido em metilprednisolona.
55
DEXAMETASONA X FRUDROCORTISONA
Dexametasona:Pouco efeito minerocorticóide. Fludrocortisona: escolha para efeitos mineralocorticóides
56
DOSE DE CORTICOIDE EM PACIENTES REUMATOLÓGICOS
DOSE BAIXA: ≤ 7,5 MG/DIA DE PREDNISONA DOSE MÉDIA: > 7,5 - 30 MG/DIA DE PREDNISONA DOSE ALTA: > 30 - 100 MG/DIA DE PREDNISONA PULSOTERAPIA: ≥ 250 A 1 G/DIA DE METILPREDNISOLONA POR 1 DIA OU POUCOS DIAS (CONTÍNUO OU ALTERNADOS)
57
VIAS DE ADM DOS CORTICOIDES
Formas de administração: Sistêmica – oral e parenteral (pulsoterapia metilpred. 15-20 mg/kg/dose por 3 dias) Inalatória Tópica Intrarticular
58
MECANISMO DE AÇÃO DOS CORTICOIDES
* Receptor citosólico -> formação do complexo receptor/hormônio e transportado para o núcleo. * Liga-se a elementos promotores de genes -> elementos de resposta aos glicocorticóides (GRE) – intensificam ou inibem a expressão de genes específicos. * Efeitos sobre a expressão do mRNA em torno de 10% de todos os genes humanos. * Eixo hipotálamo hipófise suprarenal
59
MECANISMO DE AÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS DOS CORTICOIDES
Efeitos Metabólicos: Aumenta a disponibilidade de nutrientes com elevação dos níveis de glicose, aminoácidos e triglicerídeos.  Antagoniza a ação da insulina e faz gliconeogênese.  Aumenta o catabolismo de proteínas musculares liberando aminoácidos para fígado (gliconeogênese)  Potencializa a ação do horm crescimento em adipócitos, aumenta a tividade da lipase sensível ao hormônio e a liberação de ácidos graxos livres (lipólise)
60
MECANISMO DE AÇÃO DOS EFEITOS ANTI-INFLAMARÓRIO DOS CORTICOIDES
Efeitos antiinflamatórios: Induzem as lipocortinas (proteínas dependentes de cálcio e de fosfolipídios) que interferem na ação da fosfolipase A2, limitando a liberação de ácido araquidônico. Inibem a liberação de citocinas – diminuem a ação da IL-1, Il-2, IL-6 e TNF alfa.
61
PRINCIPAIS 7 REAÇÕES ADVERSAS DOS CORTICOIDES
1. Aumento da suscetibilidade a infecções 2. Elevação dos níveis séricos de glicose: antagonizam a ação da insulina e promovem gliconeogênese. Podem desencader diabete em pcte suscetível. 3. Inibem a absorção de cálcio mediada por Vitamina D, suprimem a função de osteoblastos = osteoporose. 4. Baixa estatura em crianças 5. Atrofia seletiva de fibras musculares de contração rápida, resultando em catabolislo e fraqueza de musculos proximais. 6. Perda periférica de reservas de gordura e obesidade central. 7. Deposição excessiva de gordura na nuca (giba de búfalo) e na face (face de lua cheia).
62
EFEITOS ADVERSOS POR SISTEMAS DOS CORTICOIDES
 Cutâneos: Pele fina, púrpura, aparência cushincóide, alopécia, acne, hirsutismo, estrias, hipertricose, tumores de pele.  Oculares: Catarata subcapsular posterior, elevação da pressão intraocular / glaucoma, exoftalmia.  Cardiovascular: Hipertensão, dislipidemia, doença ateroesclerótica prematura, arritmias durante infusões em pulso.  Gastrointestinal: Gastrite, úlcera péptica, pancreatite, esteatose hepática, perfuração de vísceras.  Renal: Hipocalemia, retenção de líquidos.  Ósseo muscular: Osteoporose, necrose avascular, miopatia.  Neuropsiquiátrico: Depressão, disforia, euforia, insônia, acatisia, psicose, pseudo tumor cerebral.  Endocrinológico: Diabetes mellitus, insuficiência hipotalâmica.  Doenças infecciosas: Infecções oportunistas, herpes zoster.  Reprodutivo: Retardo de crescimento intra uterino, infertilidade, amenorréia.  Adaptado de Saag and Furst, 2010.
63
CUIDADOS EM RELAÇÃO A PRESCRIÇÃO E DESPRESCRIÇÃO DE CORTICOIDES
 Avaliar possibilidade de infecções  Minimizar tempo de uso.  Otimizar doses.  Cuidados na retirada – supressão no eixo Hipotálamo Hipófise Supra Renal.
64
COMO DESPRESCREVER CORTICOIDES
Para pacientes em uso de dose ≥ a 40 mg/dia de prednisona ou equivalente, a redução de 10 mg por semana. Para dose diária de 20 a 40 mg/dia, seriam reduzidas 5 mg/semana e, em usuários de dose ≤ 20 mg/dia, a redução seria ainda mais lenta.