Alimentação na infância Flashcards

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Q

(SES-PE 2018 R3 PEDIATRIA) - “Garantir que a criança se encontra bem posicionada e confortável nos horários das refeições”; - “Estar atento aos sinais de fome e saciedade da criança”; - “Falar com a criança, bem como olhar em seus olhos durante as refeições”; - “Permitir que a criança possa comer sozinha, ao menos parte das refeições, utilizando seus próprios dedos”. Esses são comportamentos alimentares altamente incentivados, embasados em estudos científicos recentes, os quais devem ser ensinados aos cuidadores das crianças durante o processo de introdução alimentar. A essa prática ou comportamento alimentar inseridos no contexto da “Nova Pediatria/ Puericultura”, o melhor termo que podemos empregar é Alimentação ____________.

 A) Autoritária
 B) Indulgente
 C) Cognitivo-comportamental
 D) Permissiva
 E) Responsiva
A

Letra “E” - Responsiva

Estudos comprovam que crianças que apresentam a introdução alimentar não traumática, ou seja, com seus responsáveis permitindo que haja interação com o alimento, possuem uma influência significativa na relação construída com a alimentação naquele momento e que será carregada pelo resto da vida. Dessa forma, é importante que o menor esteja sentado durante as refeições, podendo sentir a textura da comida com as próprias mãos, sem distrações (como celulares e televisões), fazendo daquele, um momento de concentração e interatividade com a refeição. Essa prática diminui o desenvolvimento da seletividade alimentar, na qual a criança apresenta uma maior dificuldade para aceitar determinadas refeições. A essa técnica de orientações para a alimentação interativa dá-se o nome de Alimentação Responsiva. (ALTERNATIVA E – CORRETA)

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Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Amanda, 7 anos de idade, nascida de parto normal a termo, pesando 3.250 g, esteve em aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e continuará a ser amamentada na fase de transição alimentar. Mãe vem ao pediatra para orientação quanto à dieta e questiona sobre a necessidade de reposição de ferro. Sobre anemia ferropriva, assinale a alternativa CORRETA.

A) Os estoques de ferro dessa criança devem começar a cair, mas o leite materno ainda será a principal fonte desse micronutriente até os 2 anos de idade, uma vez que continuará a ser amamentada e não é necessária, neste caso, a reposição.
B) O ferro não heme, presente em alimentos de origem vegetal, apresenta baixa biodisponibilidade e tem sua absorção dificultada pelos fitatos, tanino e cálcio e facilitada pelo ácido ascórbico.
C) Está indicada a reposição profilática de ferro que deve ser realizada com 1 mg de ferro elementar/kg/dia até 12 meses de idade.
D) Esse lactente por ter sido amamentado exclusivamente até os 6 meses não necessitará de suplementação de ferro, independentemente de continuar recebendo leite materno.
E) A profilaxia da anemia com o ferro elementar está indicada, apenas, se houver história de prematuridade.

A

Letra “B” - O ferro não heme, presente em alimentos de origem vegetal, apresenta baixa biodisponibilidade e tem sua absorção dificultada pelos fitatos, tanino e cálcio e facilitada pelo ácido ascórbico.

Questão a respeito de anemia ferropriva na infância, considerando lactente na fase de transição alimentar, após seis meses de aleitamento materno exclusivo e que continuará sendo amamentada. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O leite materno não é uma boa fonte de ferro e, por esse motivo, crianças que continuam mamando, e não receberão mais de 500 mL de formula, são candidatas à reposição desse elemento, a partir dos três meses de idade. Vale lembrar que essa alteração sobre a reposição profilática de ferro foi realizada em 2018 e, como a questão é de 2015, ainda era preconizada a suplementação a partir dos seis meses de idade. ALTERNATIVA B – CORRETA: Assertiva correspondente ao metabolismo do ferro não heme, presente em alimentos de origem vegetal, que tem menor potencial de absorção que o ferro heme, presente em alimentos de origem animal. ALTERNATIVA C – INCORRETA: A reposição com ferro elementar é realizada até os 24 meses de vida. Vale lembrar que, durante o primeiro ano, a dose de ferro varia de acordo com o peso que o RN apresentou ao nascer, mas, no decorrer do segundo ano, todos recebem 1 mg/Kg/dia. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como dito anteriormente, a suplementação deve ser iniciada a partir dos três meses de vida. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Embora a dose realizada no RN pré-termo seja maior, o bebê que nasceu a termo também é candidato à suplementação.

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Q

(SES-PE 2018 R3 PEDIATRIA) - Na Ciência Contemporânea, não há mais espaço para o Pensamento Reducionista/ Mecanicista do século passado, de tal sorte que o Pensamento Complexo deverá estar cada vez mais enraizado na formação dos profissionais de saúde. O pressuposto da complexidade reconhece que a simplificação obscurece as inter-relações dos fenômenos do universo. É a mudança de perspectiva das partes para o todo (holística, ecológica ou pensamento em rede)” Capra, 2014. Ao vislumbrarmos o Aleitamento Materno (AM), inserido no Pensamento Complexo, em qual das inter-relações no processo saúde-doença listadas abaixo, esse alimento encontra-se respaldado em evidências científicas fortes?

A) Rico em vitaminas essenciais como o complexo linoleico e linolênico, o AM contribui para um bom desenvolvimento da retina, e, dessa forma, como um fator importante na prevenção de transtornos visuais precoces.
B) Presentes em altos níveis no leite materno, citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina 10, poderão reduzir o risco de desenvolvimento de atopia, principalmente asma e eczema.
C) O elevado teor proteico e uma menor quantidade de lipídios, características marcantes do leite materno, trará um impacto positivo na redução de excesso de peso futuro, sendo essa relação inversamente proporcional ao período do AM exclusivo em lactentes.
D) A presença do ácido docosa-hexaenoico (ARA) no leite materno tem sido associada como um dos maiores protetores dos níveis pressóricos na infância e idade adulta.
E) A complexidade de nutrientes presentes no leite materno, entre os quais os oligossacarídeos, faz do AM um importante modificador da flora intestinal dos lactentes, com provável redução do número de infecções intestinais.

A

Letra “E” - A complexidade de nutrientes presentes no leite materno, entre os quais os oligossacarídeos, faz do AM um importante modificador da flora intestinal dos lactentes, com provável redução do número de infecções intestinais.

Sobre a composição do leite materno e o processo de aleitamento, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: O complexo linoleico e linolênico (ômega 6 e 3, respectivamente) corresponde a LCPUFAS, ou seja, ácidos graxos de cadeia longa poli-insaturados. Esses compostos são importantes para um bom desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina, na infância. ALTERNATIVA B – INCORRETA: O leite materno é um composto rico em substâncias anti-inflamatórias, como a interleucina 10, que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento de atopia. ALTERNATIVA C – INCORRETA: O leite materno tem elevado teor lipídico com baixo teor proteico. ALTERNATIVA D – INCORRETA: O ácido docosa-hexaenoico (DHA), que corresponde a uma forma de ômega-3, bem como o ômega-6, constituem os LCPUFAS. Como supracitado, essas substâncias são consideradas neuro e retino protetoras, não mantendo relação com proteção contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. ALTERNATIVA E – CORRETA: Os oligossacarídeos presentes no leite humano favorecem o desenvolvimento de bactérias mais saudáveis na microbiota intestinal.

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4
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - A alimentação complementar pode ser chamada de transição, quando especialmente preparada para a criança pequena até que ela possa receber alimentos na mesma consistência dos consumidos pela família (em torno dos 9 a 11 meses de idade). Sobre a introdução alimentar na infância, assinale a alternativa CORRETA.

A) O uso de condimentos na elaboração de preparações não é recomendado, exceto temperos “in natura”. como sal, manjericão, alecrim, dentre outros.
B) Há evidências e trabalhos publicados em quantidade e qualidade suficientes para afirmar que os métodos BLW (Baby-Led Weaning) ou BLISS (Baby-Led-Introduction to SolidS) sejam as únicas formas corretas de introdução alimentar.
C) As vísceras não deverão ser consumidas a fim de evitar possíveis contaminações de manipulação.
D) A introdução de certos alimentos, como ovo e peixe, pode ser realizada a partir do sexto mês de vida, mesmo em crianças com história familiar de atopia.
E) Antecipar a introdução de variedade de alimentos sólidos para crianças de 3 a 4 meses de vida parece diminuir o risco de eczema atópico e de alergia alimentar.

A

Letra “D” - A introdução de certos alimentos, como ovo e peixe, pode ser realizada a partir do sexto mês de vida, mesmo em crianças com história familiar de atopia.

Sobre o processo de introdução alimentar na infância, iniciado a partir dos seis meses de vida, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Não deve ser utilizado sal no preparo de alimentos para crianças menores de um ano. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Existem três medidas utilizadas para a introdução alimentar: No BLW, os alimentos são dispostos em pequenos pedaços e a criança vai se alimentando até o momento da saciedade; Na forma tradicional, o alimento amassado é ofertado para a criança, através de uma colher; No método participativo, existe um misto das técnicas anteriores e um maior envolvimento do cuidador da criança, que percebe quando deve oferecer os alimentos ou permitir que ela interaja com eles, conhecendo as demandas do menor. Estudos realizados acerca dessas técnicas não foram capazes de eleger superioridade de nenhuma delas. ALTERNATIVA C – INCORRETA: As vísceras podem ser oferecidas, desde que haja cuidado eficaz com a sua manipulação, para evitar contaminação. ALTERNATIVA D – CORRETA: Fontes mais antigas preconizam que alimentos alergênicos não devem ser ofertados a crianças pequenas, por conta do risco de predisposição de alergia alimentar. Entretanto, estudos mais recentes comprovam que, a introdução desses alimentos, na fase de transição alimentar, constitui fator protetor ao desenvolvimento de processos alérgicos contra aquelas substâncias. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Antecipar a introdução alimentar funciona como fator de elevação no risco de desenvolvimento de alergia alimentar.

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5
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Luana, 15 meses de idade, vai ao ambulatório de pediatria, encaminhada pela enfermeira do PSF por conta do ganho do peso inadequado. A família tem condições socioeconômicas muito desfavoráveis. Após exame, o pediatra verifica que a lactente encontra-se abaixo de -3 Z score nos indicadores peso para idade e altura para idade, sem edemas. Considerando o caso, assinale a alternativa CORRETA.

A) Trata-se de uma desnutrição leve.
B) Pode-se afirmar que se trata de Kwashiorkor.
C) A desnutrição, nesse caso, poderá interferir no sistema nervoso central.
D) Os dados são insuficientes para diagnóstico de desnutrição.
E) Os dados sugerem que trata de desnutrição aguda.

A

Letra “C” - A desnutrição, nesse caso, poderá interferir no sistema nervoso central.

Questão que aborda lactente de 1 ano e 3 meses em investigação para quadro de ganho de peso inadequado, apresentando-se abaixo de -3 Z score nos indicadores peso para idade e altura para idade, sem presença de edemas. É importante lembrar que os indicadores “peso x idade” e “estatura x idade” são mais antigos e que também podem ser usados “peso x estatura” e “IMC x estatura”. Vale salientar que a pontuação Z – 3 corresponde ao estado de desnutrição grave. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Como dito anteriormente, paciente apresenta desnutrição grave e, o comprometimento da estatura indica que o processo é crônico. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A ausência de edemas exclui o diagnóstico de Kwashiorkor. ALTERNATIVA C – CORRETA: A instalação de processo de desnutrição grave por um período prolongado, com comprometimento da estatura, pode apontar para possível comprometimento do perímetro cefálico, além da deficiência de micronutrientes. Dessa forma, instala-se um estado que predispõe ao surgimento de deficiência do SNC. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Não é só possível realizar o diagnóstico de desnutrição, como também classificar, através das informações que foram dadas. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Como dito anteriormente, o comprometimento da estatura aponta para um quadro crônico.

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6
Q

(SUS-SP 2013 ACESSO DIRETO) - A obesidade tem aumentado nas crianças e adolescentes. Nestes casos, é correto afirmar:

A) A fórmula para o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) difere na criança em relação às outras faixas etárias.
B) Nestas faixas etárias não se observa resistência periférica à insulina.
C) A síndrome metabólica não acomete estas faixas etárias, dependendo de vários anos para seu aparecimento.
D) Pode-se observar esteatose hepática nos adolescentes.
E) A obesidade secundária a causas tratáveis é a maior causa de obesidade nestas faixas etárias.

A

Letra “D” - D) Pode-se observar esteatose hepática nos adolescentes.

Sobre a obesidade na infância, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: A formula para o cálculo do IMC é a mesma independente da faixa etária. Entretanto, vale lembrar que, em crianças muito pequenas, as proporções de estatura e peso são diferentes e fazem curvas diferentes no gráfico. Por essa razão, o IMC não é considerado o melhor parâmetro para avaliação de obesidade em pacientes menores de cinco anos de idade. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A obesidade em crianças e adolescentes pode evoluir com resistência periférica a insulina, podendo apresentar, inclusive, acantose nigricans como sinal dessa complicação. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Além da resistência periférica a insulina, os pacientes podem desenvolver síndrome metabólica com esteatose hepática (ALTERNATIVA D – CORRETA), aumento de colesterol e triglicerídeos, bem como hipertensão. Entretanto, não existem valores de corte bem estabelecidos, adequados para uma avaliação laboratorial, que respaldem esse diagnóstico. Contudo, a partir dos 16 anos, são adotados os valores de referência usados para pacientes adultos. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Na infância, o erro alimentar corresponde à principal causa de obesidade primária.

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7
Q

(SES-PE 2010 ACESSO DIRETO) - Os achados de que crianças amamentadas ao seio materno apresentam maiores teores de LCPUFA e de fosfolípides no cérebro do que crianças que se alimentam por fórmula em mamadeira têm relação direta com:

A) melhor desenvolvimento cognitivo.
B) adequado desenvolvimento facial e oclusão dentária.
C) menor risco de desenvolver hipertensão arterial essencial na vida adulta.
D) menores níveis de colesterol total e LDL na vida adulta.
E) menor risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.

A

Letra “A” - melhor desenvolvimento cognitivo

O complexo linoleico e linolênico (ômega 6 e 3, respectivamente, ou ARA e DHA) corresponde a LCPUFAS, ou seja, ácidos graxos de cadeia longa poli-insaturados. Esses compostos são importantes para um bom desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina, na infância. Vale lembrar que, embora essas substâncias sejam utilizadas na fase adulta para proteção ao desenvolvimento de eventos cardiovasculares, não existe comprovação científica desse efeito nas crianças. ALTERNATIVA A – CORRETA.

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8
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - José tem 1 ano e 8 meses e nunca consultou-se com pediatras, até 2 meses atrás quando veio ao Posto de Saúde para o primeiro atendimento. Nasceu de parto normal, a termo, com peso adequado. Esteve em aleitamento materno exclusivo nos primeiros dois meses, sendo então introduzidos leite de vaca integral, sucos e sopas. Atualmente, come “tudo”, mas prefere mingau. Ao exame físico, apresenta-se com bom estado geral, hipocorado +/4, peso e comprimento entre percentis 15 e 50. Na primeira consulta, foram solicitados alguns exames com os seguintes resultados: hemoglobina 10,0 g/dL, hematócrito 31%, VCM 73µ3, RDW 18% , plaquetas 600.000. Considerando as informações acima, qual das seguintes afirmativas é a CORRETA?

A) Trata-se de uma criança com peso e comprimentos adequados, com exames normais, apesar da palidez encontrada no exame físico.
B) Provavelmente é um caso de anemia por deficiência de ferro, que poderia ser prevenida com a adequação da dieta e suplementação profilática de ferro por ocasião da introdução de alimentos complementares.
C) Como os exames sugerem o primeiro estágio da deficiência de ferro, a conduta correta é orientar dieta com alimentos ricos em ferro e repetir exames após 3 meses.
D) A suplementação profilática de ferro não estaria indicada nesse caso, pois a criança não foi prematura.
E) O RDW baixo encontrado nesse caso é típico das anemias ferroprivas.

A

Letra “B” - Provavelmente é um caso de anemia por deficiência de ferro, que poderia ser prevenida com a adequação da dieta e suplementação profilática de ferro por ocasião da introdução de alimentos complementares.

Questão a respeito de lactente que passou pelo processo e transição alimentar muito precoce, tendo recebido aleitamento materno exclusivo, apenas, por dois meses, quando começou a consumir leite de vaca, sucos e sopas. Agora, com 20 meses, apresenta-se hipocorado, com peso e estatura entre os percentis 15 e 50. Exames laboratoriais demonstram presença de anemia (Hb abaixo de 11 g/dL) microcítica (VCM 73), com presença de anisocitose (RDW elevado) e plaquetose (tentativa medular de compensação). Sendo assim, analisando a história do paciente e os exames laboratoriais, infere-se a presença de quadro de anemia ferropriva que, na infância tem como um dos principais fatores de risco a introdução precoce do leite de vaca. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Como supracitado, os exames do paciente estão alterados. ALTERNATIVA B – CORRETA: Como a questão é de 2012, essa assertiva foi considerada como verdadeira. Entretanto, vale lembrar que a reposição de ferro não é mais realizada, a partir do momento de transição alimentar que, idealmente, ocorre aos seis meses de idade. Fontes mais recentes (2018) indicam que a reposição do elemento deve ser iniciada aos três meses de idade, a fim de diminuir o risco de desenvolvimento de anemia ferropriva. ALTERNATIVA C – INCORRETA: A redução da hemoglobina indica que o paciente já ultrapassou o primeiro estagio da depleção de ferro, visto que para haver queda das células sanguíneas, já houve depleção dos estoques e do ferro sérico. Além disso, o paciente necessita de tratamento para a anemia ferropriva. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Embora a dose realizada no RN pré-termo seja maior, o bebê que nasceu a termo também é candidato à suplementação. ALTERNATIVA E – INCORRETA: O RDW encontra-se elevado, achado típico de anemia ferropriva.

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9
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - O aleitamento materno deve sempre ser estimulado, existindo poucas contraindicações. Devemos considerar como contraindicação ao aleitamento materno, quando:

A) a criança for portadora de galactosemia.
B) a mãe apresenta febre no puerpério imediato.
C) a mãe apresenta resultado de antígeno de superfície para hepatite B positivo, mesmo após a vacinação e o uso da gama específica.
D) a mãe faz uso de hormônios tireoidianos.
E) a mãe faz uso de cefalexina.

A

Letra “A” - a criança for portadora de galactosemia.

Questão que aborda contraindicações ao aleitamento materno. ALTERNATIVA A – CORRETA: A galactosemia corresponde à incapacidade de digestão da galactose, por erro inato do organismo. Portanto, a criança portadora dessa condição não deve receber nenhum leite que contenha lactose, incluindo o leite materno. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A febre no puerpério imediato está, principalmente, relacionada ao fenômeno da apojadura, ou chegada do leite. Esse fato corresponde a uma indicação à amamentação, para evitar o ingurgitamento mamário. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Mãe portadora de hepatite B pode amamentar desde que, ao nascimento, a criança tenha recebido vacina e imunoglobulina específicas contra o antígeno viral. ALTERNATIVA D – INCORRETA: A utilização de hormônios tireoidianos não corresponde a contraindicação à amamentação, que não deve ser motivo para suspender o tratamento da mãe, devendo ser mantido durante toda a gestação e puerpério. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Cefalosporinas de primeira geração não são consideradas contraindicação à amamentação, podendo ser utilizadas, até mesmo, no processo de mastite puerperal.

            Vale lembrar que correspondem a contraindicações absolutas a amamentação a infecção por HIV, ou HTLV, e a psicose puerperal. No caso de hanseníase e tuberculose, o aleitamento pode ser realizado desde que a mãe esteja em tratamento adequado e sejam tomadas medidas para proteção do bebê (como profilaxia, uso de máscaras, entre outras).
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10
Q

(SES-PE 2013 ACESSO DIRETO) - A OMS recomenda que o aleitamento materno (AM) seja mantido até 2 anos ou mais de vida. Em relação ao AM, assinale a alternativa FALSA.

A) O AM é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis.
B) O AM protege contra doenças infecciosas, e as células presentes no leite são funcionantes e ativas, incluindo macrófagos, polimorfonucleares e linfócitos com capacidade de fagocitar e destruir bactérias.
C) A concentração de gordura no leite materno diminui com o decorrer da mamada.
D) Evidências epidemiológicas sugerem possível associação entre o leite humano e a diminuição da pressão arterial em longo prazo.
E) A resposta imune ativa a antígenos vacinais específicos pode ser diferente em crianças amamentadas, com resposta aumentada a algumas vacinas.

A

Letra “C” - A concentração de gordura no leite materno diminui com o decorrer da mamada.

Com relação ao aleitamento materno, que deve ser exclusivo até o sexto mês de vida e, mantido, preferencialmente, até os dois anos de idade, seguem as assertivas. ALTERNATIVA A – CORRETA: O estímulo ao aleitamento materno foi responsável por uma queda importante na mortalidade infantil, principalmente, por doenças respiratórias e diarreicas. ALTERNATIVA B – CORRETA: O leite materno é um alimento dinâmico, constituído por elementos não vivos e vivos, capazes de agir ativamente na defesa do bebê contra a agressão de microrganismos. ALTERNATIVA C – INCORRETA: No início da mamada, o bebê tem acesso a um leite mais aquoso, que vai tornando-se mais gorduroso com o esvaziamento da mama. Essa mesma característica se observa ao longo do dia, sendo o leite da noite mais gorduroso que o da manhã. Também é um fato que ocorre à medida que o leite evolui durante o puerpério, passando de colostro ao leite de transição e deste ao leite maduro (após 15 dias de vida), aumentando a concentração de gordura. ALTERNATIVA D – CORRETA: O leite humano é um fator protetor contra obesidade e todas as suas consequências. ALTERNATIVA E – CORRETA: Estudos comprovam que crianças que usam o leite materno apresentam melhor resposta imune à administração de vacinas.

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11
Q

(UFPE 2014 ACESSO DIRETO) - Ana tem cinco meses de idade e alimenta-se exclusivamente com leite materno. O pediatra da criança deve orientar a genitora para suplementar a alimentação de Ana com uma das seguintes vitaminas:

 A) vitamina B.
 B) vitamina D.
 C) vitamina E.
 D) vitamina C.
 E) vitamina A.
A

Letra “B” - vitamina D.

Para paciente de cinco meses de idade, com alimentação exclusiva por aleitamento materno, seguem assertivas sobre a reposição de vitaminas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Se a mãe apresentasse bem nutrida, não há necessidade de reposição de vitaminas do complexo B durante o aleitamento. ALTERNATIVA B – CORRETA: O leite materno não tem grandes concentrações de vitamina D e a ausência de reposição dessa substância está associada a elevação no risco de desenvolvimento de osteoporose e raquitismo. Portanto, atualmente, recomenda-se reposição rotineira dessa vitamina, até os dois anos, administrando-se 400 UI, no primeiro ano de vida, e 600 – 800 UI, no segundo. ALTERNATIVA C – INCORRETA: O leite materno é uma substância rica em vitamina E. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Não é realizada reposição de rotina de vitamina C, sendo esta indicada apenas em casos de escorbuto, que é uma complicação de sua hipovitaminose. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Além de o leite materno ser uma substância rica em vitamina A, a reposição desse nutriente só está indicada em regiões em que há alta prevalência de deficiência dessa substância, para crianças com dificuldade de acesso a uma boa alimentação.

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12
Q

(UFPE 2013 ACESSO DIRETO) - Pedro é um lactente de cinco meses de idade, alimentado exclusivamente com leite de cabra. Ao exame, apresenta déficit de peso para a idade, anemia leve, hipoatividade e discreta taquicardia. A causa mais provável dessas manifestações é:

A) deficiência de vitamina B12.
B) deficiência de ácido fólico.
C) deficiência de ferro.
D) deficiência de vitamina E.

A

Letra “B” - deficiência de ácido fólico.

Classicamente associa-se a alimentação por leite de cabra à deficiência de ácido fólico (vitamina B9). ALTERNATIVA B – CORRETA.

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13
Q

(UFPE 2010 ACESSO DIRETO) - Valéria, de 18 meses de idade, encontra-se com 83cm de estatura e peso de 16 quilos, acima do percentil 95% e a genitora pergunta se ela pode receber leite desnatado. Qual a melhor orientação para esse caso?

A) O sobrepeso nesta idade não é preocupante e a paciente deve receber leite integral, para que haja o pleno desenvolvimento do sistema imune.
B) Nesta idade, pode ocorrer a hiperplasia e hipertrofia de adipócitos, que tende a ser permanente, mas mesmo assim não é recomendado o uso de leite desnatado pelos riscos de danos ao sistema nervoso.
C) Os ácidos graxos são essenciais nesta idade em que há o desenvolvimento pleno do sistema nervoso, mas se existe obesidade há um indicativo do seu excesso e o leite desnatado pode ser plenamente utilizado sem qualquer risco.
D) Paciente está acima do percentil 95% em peso, mas uma única aferição não permite classificá-la como obesa. De qualquer forma, deve ser estimulada a realizar atividades físicas e a usar leite desnatado desde os 9 meses de idade, especialmente se houver história de infarto do miocárdio em familiares.

A

Letra “B” - Nesta idade, pode ocorrer a hiperplasia e hipertrofia de adipócitos, que tende a ser permanente, mas mesmo assim não é recomendado o uso de leite desnatado pelos riscos de danos ao sistema nervoso.

É importante lembrar que até o sétimo ano de vida, período crucial para o desenvolvimento cerebral, não existe indicação de dietas restritivas para crianças, por risco de obesidade. O manejo dessa condição deve ser realizado através de orientações para mudanças comportamentais, diminuindo o tempo de tela, aumentando as atividades físicas ao ar livre e estimulando uma alimentação saudável, sem que haja necessidade de indicação de alimentos light ou diet. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Sobrepeso é uma condição preocupante, independente da faixa etária. ALTERNATIVA B – CORRETA: Mesmo diante da proliferação de adipócitos associada ao sobrepeso, não há indicação de poupar a criança dos lipídeos essenciais para o desenvolvimento eficiente do sistema nervoso central, utilizando-se leite desnatado. ALTERNATIVA C – INCORRETA: A ausência dos ácidos graxos, oferecidos de forma adequada, é um importante fator de risco ao desenvolvimento de complicações neurológicas. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como dito anteriormente, não deve ser iniciado o leite desnatado.

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14
Q

(UFPB 2013 ACESSO DIRETO) - Para amamentação adequada, a técnica deve ser adequada. Faz parte da boa técnica de amamentação do RN:

A) Rosto e nariz posicionados lateralmente à mama.
B) Pescoço torcido lateralmente.
C) Aréola um pouco mais visível abaixo da boca do bebê.
D) Queixo pouco afastado da mama.
E) Lábio inferior virado para fora.

A

Letra “E” - Lábio inferior virado para fora.

Questão que aborda a correta técnica de amamentação, constituída em pega e posição. Quanto à pega é importante que aréola seja, praticamente, toda envolvida podendo-se visualizar apenas uma pequena parte acima do lábio superior da criança, não visualizando a parte inferior. Deve haver também, eversão dos lábios do bebê, estando o queixo encostado na mama da mãe. Também é importante que não haja encurvamento das bochechas para dentro ou som de estalidos, podendo-se ouvir apenas a deglutição. Quanto à posição, é importante que a criança seja mantida apoiada, em posição na qual se sinta segura, com a cabeça alinhada ao tronco, estando de frente para a mãe (“barriga com barriga”). ALTERNATIVA E – CORRETA.

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15
Q

(SURCE 2019 ACESSO DIRETO) - Dona Marta traz o seu filho de 45 dias de vida à unidade básica de saúde por notar muito choro nos últimos dois dias. Questiona se está produzindo pouco leite e solicita a prescrição de fórmula láctea. Na anamnese e exame físico, o profissional não identifica obstáculos à amamentação, considera boa a técnica de aleitamento e constata bom ganho de peso. Qual a conduta adequada para esta situação?

A) Prescrição de fórmula láctea adaptada ao 1° semestre.
B) Prescrição de domperidona para a mãe para aumentar a produção de leite.
C) Estímulo ao aleitamento materno exclusivo em horários de 3 em 3 horas, inclusive à noite.
D) Estímulo ao aleitamento materno exclusivo e explicação sobre os períodos de aceleração do crescimento de lactente.

A

Letra “D” - Estímulo ao aleitamento materno exclusivo e explicação sobre os períodos de aceleração do crescimento de lactente.

Uma das principais causas de desmame precoce é a ausência de acolhimento materno. Durante o período da amamentação, é comum que a mãe sinta-se insegura e, por falta de orientação, acredite que seu leite é insuficiente para o filho e que está falhando no processo do cuidado. Entretanto, na questão apresentada, existe um dado objetivo do bom desenvolvimento alimentar do lactente, que é o ganho de peso eficiente. Essa é uma das informações que pode ser dada a mãe como forma de conforto e evidência de que o aleitamento materno é suficiente para o filho naquela fase, lembrando-a que fome é apenas uma das situações que leva ao choro do bebê. ALTERNATIVA A – INCORRETA: A prescrição de fórmula funcionaria como um desestímulo ao aleitamento. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A mãe não apresenta pouca produção de leite, então não há necessidade de estímulo à produção. ALTERNATIVA C – INCORRETA: O aleitamento materno deve ser estimulado em livre demanda. ALTERNATIVA D – CORRETA: Como dito anteriormente, a melhor conduta para o caso é o acolhimento materno, com as devidas orientações.

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(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Recém-nascido de parto cesárea apresenta-se irritado, chorando muito, sem ganho ponderal no 15º dia de vida. É amamentado exclusivamente ao seio, em regime de livre demanda. A mãe tem boa produção de leite, e as mamas, túrgidas. A observação da amamentação revela pega incompleta. Além de orientação quanto ao posicionamento e pega do mamilo, será necessário:

A) associar uso de fórmula láctea complementar.
B) fazer compressas mornas e ordenha manual.
C) fazer massagem e ordenha manual.
D) interromper a lactação com uso de metoclopramida.
E) estimular a liberação de leite com uso de ocitocina spray nasal.

A

Letra “C” - fazer massagem e ordenha manual.

A observação de uma boa produção de leite, associada a um déficit no ganho de peso, indica que há dificuldade de esvaziamento mamário, que foi observada pela pega incompleta do bebê, que levou ao ingurgitamento das mamas. Sendo assim, além das orientações quanto pega e posição para a amamentação, deve-se auxiliar a mãe no esvaziamento mamário. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Como a mãe apresenta uma boa produção de leite, não há porque indicar fórmula ao lactente, até porque essa medida funciona como um desestímulo ao aleitamento. ALTERNATIVA B – INCORRETA: A compressas mornas são utilizadas para estimular a produção de leite, sendo também uma medida terapêutica em vigência de abcesso mamário. Alguns profissionais indicam banhos mornos para auxiliar na saída do leite. Entretanto, como a mãe já apresenta uma produção adequada de leite, estando as mamas túrgidas, a utilização de compressas mornas pode gerar um acúmulo ainda maior na quantidade de leite daquela mama, desenvolvendo mais incomodo. Nesse caso, a utilização das compressas mornas pode prejudicar mais que auxiliar. Dessa forma, em se tratando da turgência mamária, muitas vezes, indica-se que, APÓS A MAMADA, a mãe aplique compressas frias na região, para diminuir a produção de leite. ALTERNATIVA C – CORRETA: A massagem e a ordenha manual são duas técnicas utilizadas para auxiliar o esvaziamento mamário. ALTERNATIVA D – INCORRETA: A amamentação não deve ser interrompida se não houver contraindicação absoluta. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Não há comprovação no uso de ocitocina spray nasal como auxiliador na saída do leite.