Analgesia peridural e cuidados com o cateter peridural Flashcards

1
Q

Contraindicações à analgesia peridural

A
  • Recusa do paciente
  • Sepse
  • Coagulopatia ou uso de anticoagulantes
  • Infecção no local da punção
  • Doença neurológica espinal ou central
  • Hipovolemia/instabilidade hemodinâmica
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2
Q

Sabendo-se que o principal fator de sucesso da analgesia por cateter peridural é a congruência do cateter, em que nível deve ser inserido o cateter peridural?

A

no espaço peridural correspondente ao dermátomo da incisão (abrangendo a aferência somática) e com o plexo do órgão operado (abrangendo aferência visceral)

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3
Q

Correlacione as seguintes estruturas/órgãos com o nível a ser bloqueado via cateter peridural

  • Traqueia, brônquios e pulmões
  • Esôfago
  • Aorta torácica
  • Aorta abdominal
A

Traqueia, brônquios e pulmões: T2-T6

Esôfago: T2-T4

Aorta torácica: T1-T6

Aorta abdominal: T5-L2

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4
Q

Correlacione as seguintes estruturas/órgãos com o nível a ser bloqueado via cateter peridural

  • Estômago, duodeno, vesícula e vias biliares, fígado, pâncreas
  • Intestino delgado, ceco e apêndice
  • Cólon ascendente e transverso
  • Cólon descendente e reto
A

Estômago, duodeno, vesícula e vias biliares, fígado, pâncreas: T5-T8

Intestino delgado, ceco e apêndice: T8-T12

Cólon ascendente e transverso: T10-L1

Cólon descendente e reto: L1-L2 e S2-S4

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5
Q

Correlacione as seguintes estruturas/órgãos com o nível a ser bloqueado via cateter peridural

  • Glândulas suprarrenais
  • Rins, dois terços superiores dos ureteres
  • Terço inferior dos ureteres
  • Vísceras pélvicas, bexiga
A

Glândulas suprarrenais: T7-L2

Rins, dois terços superiores dos ureteres: T7-T10

Terço inferior dos ureteres: T11-L2

Vísceras pélvicas, bexiga: T12-L2

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6
Q

Correlacione as seguintes estruturas/órgãos com o nível a ser bloqueado via cateter peridural

  • Útero
  • Testículos, ductos aferentes, epidídimo, vesículas seminais
    e próstata
A

Útero: T6-L2

Testículos, ductos aferentes, epidídimo, vesículas seminais
e próstata: T10-L1

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7
Q

Correlacione as seguintes estruturas/órgãos com o nível a ser bloqueado via cateter peridural

Membros inferiores

A

Membros inferiores T10-L2

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8
Q

Correlacione o local da incisão cirúrgica com a recomenção de nível do cateter peridural
- Torácico
- Abdominal superior
- Abdominal médio
- Abdominal inferior
- Extremidade inferior

A
  • Torácico ( Pneumectomia; Mastectomia; Toracotomia): T4-T8
  • Abdominal superior (Colecistectomia; Esofagectomia; Gastrectomia; Hepatectomia; Pancreatectomia): T6-T8
  • Abdominal médio (Cólon ascendente; Cistectomia; Nefrectomia): T7-T10
  • Abdominal inferior (Colectomia; Retossigmoidectomia; Prostatectomia; Histerectomia): T8-T11
  • Extremidade inferior (Bypass femoropoplíteo; Artroplastia femoral ou de joelho): L1-L2
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9
Q

A analgesia via CPD é equivalente entre os casos em que a analgesia iniciada antes da incisão ou após o término da cirurgia

V ou F

A

F

Nos casos em que a analgesia é iniciada somente após o término da cirurgia ou quando o cateter é posicionado abaixo do nível da incisão, os resultados da técnica são ruins. Além disso, a administração de doses excessivas de anestésicos
para compensar o mau posicionamento do cateter
promove hipotensão, bloqueio motor de membros
inferiores (imobilização) e retenção urinária

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10
Q

Descreva a Rotina de preparo da solução de bupivacaína
a 0,125% para analgesia pós-operatória (300 mL)

A
  • Materiais necessários
    1) 3 frascos de 20 mL de bupivacaína a 0,75% (7,5 mg/mL);
    2) 1 bolsa de soro fsiológico (SF) – Cloreto de sódio a 0,9%, 250 mL;
    3) seringa de 20 mL;
    4) luvas cirúrgicas;
    5) álcool a 70% para assepsia dos frascos
    6) Etiqueta para identifcação da solução
  • Preparo
    – Limpar e desinfetar a bancada ou a bandeja de preparo de medicamentos
    – Separar os materiais e insumos em quantidade necessária para a manipulação
    – Higienizar as mãos
    – Colocar luvas de procedimento, abrir os materiais necessários para o preparo e colocar sobre o campo da luva cirúrgica
    – Remover a tampa plástica e desinfetar as tampas butílicas com gaze embebida em álcool a 70%
    – Retirar luva de procedimento
    – Colocar luva cirúrgica
    – Aspirar 50 mL de bupivacaína a 0,75% (sem vasoconstritor) e adicionar em 250 mL de SF para obter uma solução a 0,125%
    – Rotular a solução adequadamente, informando nome completo do paciente, prontuário, medicamento, dose e volume de soro
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11
Q

Sobre o uso da morfina no espaço peridural
1- doses:
2 - Início de ação
3 - Pico de ação
4 - Monitoração
5 - Interações e efeitos adversos

A

1- doses: : 1 a 2 mg, a cada 12 a 24 horas.

2 - Início de ação: 30 a 60 minutos.

3 - Pico de ação: 1 a 4 horas.

4 - Monitoração: Incluir nos cuidados da prescricão a monitoração de sedação e de frequência respiratória (FR).

5 - Interações e efeitos adversos: s: Não administrar opioides via parenteral ou fármacos sedativos em regime de prescrição fixa na vigência de morfina neuroaxial (risco de depressão respiratória)

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12
Q

Sobre o uso do fentanil no espaço peridural
1- doses:
2 - Pico de ação
3 - Monitoração

A

1 - doses:
- Dose única: 50 a 100 µg.
- Infusão em solução com AL: 2 a 5 µg/mL.

2 - Pico de ação: 20 minutos.

3 - Monitoração após dose única: Contínua nos primeiros 20 minutos da administração e a cada hora nas próximas 4 horas. Recomendado o uso em unidades fechadas (sala de recuperação ou unidade de tratamento intensivo).

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13
Q

Complicações da analgesia peridural

A
  • Hipotensão
  • Parestesias/bloqueio motor
  • Depressão respiratória
  • Prurido
  • Náuseas e vômitos
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14
Q

Complicações relacionadas ao procedimento do PCD

A
  • Administração acidental intratecal ou intravascular
  • Perfuração de dura-máter e cefaleia pós-punção
  • Complicações neurológicas
  • Complicações infecciosas
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15
Q

V ou F

De forma geral, o bloqueio torácico apresenta maior repercussão hemodinâmica do que o lombar, já que promove vasodilatação importante dos vasos de capacitância

A

F

De forma geral, o bloqueio torácico apresenta menor repercussão hemodinâmica do que o lombar, já que não promove vasodilatação importante dos vasos de capacitância dos membros inferiores

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16
Q

Como manejar o bloqueio motor/parestesias associados ao CPD?

A
  • Nos casos de bloqueio motor, deve-se tracionar 1 a 2 cm o cateter com técnica asséptica e suspender a infusão para avaliar a regressão
    do bloqueio;
  • Nos casos de ocorrência de bloqueio motor bilateral, deve-se interromper a infusão para avaliar a regressão. Então se reinicia a infusão com menor volume ou se reduz a concentração da solução
  • Muitas vezes a sensação de parestesia acompanha o alívio da dor. Nos casos em que o sintoma for intenso ou gere desconforto para o
    paciente, a infusão ou a concentração da solução deve ser reduzida;
  • Na ausência de regressão da anestesia ou da parestesia ou bloqueio motor progressivo acompanhado ou não de dor lombar, deve-se descartar prontamente o hematoma peridural
17
Q

Particularidade da depressão respiratória associada ao uso de morfina no CPD

A

bifásica, podendo ser precoce em 30 a 90 minutos devido à absorção vascular sistêmica ou tardia (6-18 horas) devido à dispersão rostral e penetração no tronco cerebral.

18
Q

Descreva a Escala de Pasero para avaliação da depressão respiratória induzida por opioides

A

S (sleep) Dormindo, desperta fácil
1 Acordado, alerta
2 Levemente sonolento, desperta fácil
3 Sonolento, dorme durante conversa
4 Resposta mínima ao estímulo ou sem resposta

19
Q

Explique o prurido associado ao CPD

A

Ocorre normalmente em face e tronco, possui mecanismo multifatorial relacionado à ativação de receptores opiáceos em nível medular e à modulação pelo sistema serotonérgico no nível central

20
Q

Manejo do prurido associado ao CPD

A

Anti-histamínicos têm pouco efeito no tratamento do prurido, embora antagonistas H1, como difenidramina, produzam efeito sedativo e reduzam a sua intensidade

  • Nalbufina: 10 mg, SC, dose única, ou titulação de 2,5 mg, IV, até o total de 10 mg;
  • Difenidramina: 12,5 a 50 mg, IV, a cada 6 horas;
  • Naloxona: 0,25 µg/kg/h, IV, em infusão contínua;
  • Ondansetrona: a dose de 8 mg reduz a incidência e a intensidade do prurido relacionado à
    morfina, podendo ser usada para prevenção
21
Q

Como fazer a dose teste do CPD?

A

Consiste na administração de um bólus de AL potente e de curta ação (lidocaína 1-2%) com adrenalina na concentração de 5 µg/mL, sendo que 5 mL de anestésico no nível lombar e 3 mL no nível torácico são suficientes para identificação de analgesia segmentar da
área dermatomérica correspondente (1-2 dermátomos/
mL de anestésico no peridural). Caso o cateter esteja localizado no espaço subaracnóideo, haverá anestesia densa e rápida, e, caso o cateter esteja no espaço intravascular, ocorrerá alteração de frequência cardíaca e pressão arterial cerca de 2 minutos após a injeção

22
Q

Descreva um fluxograma de Manejo da analgesia no pós-operatório imediato de paciente com cateter peridural

A

1) Paciente com dor > Bólus 5-8 mL de bupivacaína a 0,125% + Iniciar infusão > se Ausência de bloqueio sensitivo > Dose-teste: Lidocaína 1-2% com adrenalina 5 µg/mL: 3 mL em nível torácico 5 mL em nível lombar

2) Paciente sem dor > Iniciar infusão de 3-8 mL/h de bupivacaína a 0,125%

23
Q

Em relação ao CPD, conduta na presença de sangue
ao aspirar o cateter

A
  • Retirar o cateter. Considerar reposicionar em caso de cirurgia recente (< 24 horas) e dor intensa
  • Avaliar coagulação e uso de anticoagulantes. Otimizar analgesia multimodal
24
Q

Em relação ao CPD, conduta na presença de líquido ao
aspirar o cateter

A

Se houver suspeita de liquor: realizar dose-teste. Opção de retirar e repassar o cateter em outro espaço, considerando a possibilidade de maior dispersão do anestésico no espaço subaracnóideo caso haja perfuração de dura-máter

25
Q

Em relação ao CPD, conduta na presença de Bloqueio unilateral

A

Tracionar o cateter, mantendo 4-5 cm no espaço peridural e realizar dose-teste para confrmar adequação da analgesia. Após, iniciar infusão-padrão. Na ausência de nível sensitivo, considerar reposicionar o cateter ou manter analgesia sistêmica. Considerar
analgesia controlada pelo paciente (PCA) com morfna IV

26
Q

Em relação ao CPD, conduta na ausência de bloqueio
sensitivo

A
  • Realizar dose-teste. Na ausência de nível sensitivo, considerar reposicionar o cateter em caso de cirurgia recente (< 24 horas) e dor intensa ou manter analgesia sistêmica otimizada
  • Considerar PCA com morfna IV
27
Q

Em relação ao CPD, conduta caso o nível da analgesia não
aborda toda a incisão

A
  • Aumentar o volume da infusão, considerando reduzir a concentração do AL conforme os parâmetros hemodinâmicos
  • Avaliar real benefício da manutenção do cateter nessa situação
28
Q

Em relação ao CPD, conduta na presença de Bloqueio sensitivo
bilateral, mas analgesia inadequada com a infusão de
anestésico

A
  • Pode-se aumentar o volume de infusão inicialmente
  • Avaliar presença de dor crônica, uso prévio de múltiplas medicações e perfl psíquico
  • Considerar aumentar concentração da solução (bupivacaína 0,2-0,25%) se houver
    estabilidade hemodinâmica
  • Manter esquema multimodal, considerar adjuvantes, como gabapentina, e avaliação com
    equipe de dor crônica se necessário
  • Considerar esquema de analgesia controlada pelo paciente via peridural (PCEA) que
    pode aumentar a extensão do bloqueio com bólus frequentes
29
Q

Em relação ao CPD, conduta na presença de dor
refratária no ombro após toracotomia

A
  • Avaliar se há contratura muscular ou pontos-gatilho e considerar técnicas não farmacológicas
    – estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), infltração de pontos-gatilho
  • Calor local
  • Anti-infamatórios se não houver contraindicação
30
Q

O CPD só pode ser removido 12 horas após a administração de heparina de baixo peso molecular.

V ou F

A

V

31
Q

Em paciente sob analgesia peridural com opioide no neuroeixo, deve-se atentar para …

A

sedação excessiva, depressão respiratória, dor aguda, hipotensão, retenção urinária (pacientes sem sondagem vesical)

32
Q

Como diluir a naloxona?

A

Diluir 1 amp (1 mL - 0,4 mg/mL) em 19 mL de água destilada e administrar 1 mL a cada 3 minutos em caso de sedação excessiva, depressão respiratória (FR < 10), prurido ou vômitos intensos

33
Q

Prescrição da bupivacaína para o CPD

A

Bupivacaína 0,125% (bupivacaína 0,75% 50 mL + soro fsiológico a 0,9% 250 mL) contínua em bomba de infusão. Manter a infusão de 3-8 mL/h em bomba com trava de segurança

34
Q

Descreva doses e ajustes da bupivacaína 0,0625 - 0,125% para analgesia peridural controlada pelo paciente (PCEA)

A

Dose de bólus: 4-8 mL da solução
Dose de demanda: 3-4 mL
Lock-out: 10-30 min
Infusão basal: 3-5 mL
Limite de dose 1 ou 4h: 40 mL