Avaliação e Preparo Pré-Anestésico Flashcards

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1
Q

Cite os componentes da avaliação pré anestésica

A
  • História médica e anestésica
  • Medicações em uso
  • Exame físico focado
  • Revisão dos exames e consultorias disponíveis
  • Indicação de testes diagnósticos
  • Estratifcação do risco
  • Formulação do plano anestésico
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2
Q

Cite fatores de risco para o desenvolvimento de Injúria Renal Aguda em cirurgias não cardíacas

A

idade avançada
sexo masculino
insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
hipertensão arterial sistêmica (HAS)
doença hepática
IRC prévia
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
doença arterial periférica
cirurgia de urgência ou intraperitoneal

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3
Q

Descreva os escores de RIFLE e AKIN

A

RIFLE (risk, injury, failure, loss of function) e AKIN (Acute Kidney
Injury Network)
Escore de

RIFLE
- Risco: Aumento da Cr x 1,5 ou Redução da TFG > 25%
DU < 0,5 mL/kg/h x 6 h

  • Insufciência: Aumento da Cr x 2 ou Redução da TFG > 50%
    DU < 0,5 mL/kg/h x 12 h
  • Falência: Aumento da Cr x 3 ou Redução da TFG > 75% ou Cr > 4 mg/dL
    DU < 0,3 mL/kg/h x 24 h ou anúria por 12 h

AKIN
- Estágio 1: Aumento da Cr x 1,5 ou Redução da TFG > 25%
DU < 0,5 mL/kg/h x 6 h

  • Estágio 2: Aumento da Cr x 2 ou Redução da TFG > 50%
    DU < 0,5 mL/kg/h x 12 h
  • Estágio 3: Aumento da Cr x 3 ou Redução da TFG > 75% ou Cr > 4 mg/dL
    DU < 0,3 mL/kg/h x 24 h ou anúria por 12 h
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4
Q

A nefropatia por contraste é definida como um aumento de … acima do basal após a administração de contraste

A

25% do valor da creatinina

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5
Q

Cite medidas para prevenção da nefropatia por contraste

A
  • Descontinuar o uso de AINEs e outros fármacos nefrotóxicos
  • Interromper o uso de diuréticos no dia do procedimento e no dia seguinte
  • Iniciar hidratação venosa 3 horas antes da administração do contraste e mantê-la por 6 horas após
  • Administrar N-acetilcisteína,* 1.200 mg, VO, 2x/dia, um dia antes da cirurgia, e 1.600 mg, VO, 2x/dia, após a administração de contraste
  • O débito urinário alvo é de > 150 mL/h após o procedimento
  • Evitar contraste adicional pelos próximos 10 dias
  • A efetividade da N-acetilcisteína é controversa segundo
    estudos randomizados recentes
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6
Q

Em pacientes com doença de Parkinson, todas as medicações devem ser …, por que ….

Medicamentos como a … podem
exacerbar os sintomas, devendo ser evitados

A

mantidas

A interrupção abrupta de levodopa pode exacerbar os sintomas ou precipitar síndrome neuroléptica maligna

metoclopramida e os fenotiazídicos

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7
Q

Cite medidas para o manejo perioperatório de pacientes dialíticos

A
  • Dialisar preferencialmente no dia anterior à cirurgia
  • Caso a diálise tenha de ser realizada no dia da cirurgia, optar por diálise sem heparina. Se for usada anticoagulação, esperar 4 horas após o término da infusão de heparina para a normalização da coagulação. Se não for possível esperar, usar protamina
  • É ideal que os pacientes estejam no seu peso seco antes da cirurgia
  • Descontinuar IECA, BRAII e diuréticos. Nos pacientes estáveis, essas medicações podem ser reiniciadas no primeiro dia do pós-operatório
  • Solicitar hemograma, eletrólitos, glicemia, ureia, creatinina e albumina. Testes adicionais são individualizados para cada paciente
  • Tratar a anemia com eritropoietina
  • Há risco de sangramento variável por plaquetopatia funcional. O tempo de sangramento não é recomendado como teste de screening por não ser acurado
  • Após cirurgias maiores, a diálise com heparina deve ser evitada por 24-48 horas, principalmente se o sítio cirúrgico não for facilmente acessível ou se o sangramento resultar em consequências catastróficas
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8
Q

Cite medidas para o manejo de sangramentos em pacientes urêmicos

A
  • Transfusão de hemácias – Alvo de hemoglobina de 10 g/dL
  • Desmopressina intravenosa (IV) ou subcutânea (SC), 0,3 µg/kg ou 3 µg/kg intranasal
  • Crioprecipitado – 10 unidades a cada 12 ou 24 horas. O efeito dura de 8-24 horas
  • Diálise
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9
Q

Cite os preditores de risco do paciente hepatopata no perioperatório

A
  • Escore de Child-Pugh classe C
  • MELD > 15
  • Hepatite aguda (viral ou alcoólica)
  • Hepatite ativa crônica com icterícia, encefalopatia, coagulopatia ou enzimas hepáticas elevadas
  • Procedimento cirúrgico abdominal
  • Prolongamento do TP não corrigido por administração de vitamina K
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10
Q

Quais são os valores plaquetários indicados:
– Neurocirurgia ou cirurgia ocular:
– Maioria das cirurgias:
– Anestesia neuroaxial:

A

100.000/mm3

50.000/mm3

80.000/mm3

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11
Q

O diagnóstico da doença de von Willebrand é feito pelo
teste da…

O FvW é uma … que sofre … durante a cirurgia, dificultando o diagnóstico no perioperatório.

A … é usada no pré-operatório. Nos pacientes com o tipo 2B da doença (qualitativa), o tratamento é feito com …

A

ristocetina e pela medida dos fatores VIII e FvW

proteína de fase aguda

aumento

desmopressina

crioprecipitado ou concentrado de fator VIII

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12
Q

Os BB reduzem eventos cardiovasculares e melhoram prognóstico em pacientes com doença cardiovascular e cerebrovascular
V ou F

A

F

A presença de doença cerebrovascular deve ser considerada na decisão de iniciar o tratamento com β-bloqueadores, pois essas medicações, embora reduzam o risco cardíaco perioperatório, aumentam
significativamente o risco de AVE após cirurgia não cardíaca

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13
Q

Particularidades dos pacientes com miastenia gravis na anestesia

A

Esses pacientes são extremamente sensíveis aos efeitos dos bloqueadores neuromusculares (BNMs) adespolarizantes,
razão pela qual deve-se evitar, se possível, o uso
destas medicações. Também são resistentes aos
efeitos da succinilcolina devendo-se aumentar a
dose para 1,5 mg/kg. As técnicas regionais são alternativas adequadas.

Plasmaférese e imunoglobulinas podem
ser usadas no preparo do paciente para a cirurgia.

Documentar as medicações em uso e mantê-las até
o dia da cirurgia são atitudes fundamentais. Pacientes em uso de azatioprina devem realizar HMG e provas de função hepática devido ao risco de supressão da medula óssea e disfunção hepática

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14
Q

Em pacientes com miastenia gravis, os anticolinesterásicos devem ser suspendidos 5 dias antes da cirurgia, a fim de não interferirem no BNM
V ou F

A

F

Os anticolinesterásicos, embora causem bradicardia, salivação e alteração da resposta aos bloqueadores neuromusculares, devem ser mantidos. Os anticolinesterásicos utilizados na reversão do
BNMs podem ser inefetivos nesses pacientes, pois a enzima acetilcolinesterase pode já estar completamente bloqueada pelo tratamento prolongado com anticolinesterásicos (neostigmina, piridostigmina)

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15
Q

O leite materno deve ser descartado por …após o término
da anestesia. Após esse período, a amamentação
pode ser reiniciada

A

24 horas

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16
Q

Manejo do uso de insulina durante o dia da cirurgia

A

Todos os pacientes devem interromper o uso das insulinas de curta ação (regular) no dia da cirurgia.

Para evitar a cetoacidose nos pacientes com DM1, deve-se aplicar um terço ou metade da dose usual matinal da insulina (intermediária ou lenta).

Para os pacientes com DM2, pode-se suspender a insulina matinal ou aplicar metade da dose da insulina (intermediária ou lenta).

Monitorar HGT de 4/4 horas e suplementar insulina regular se necessário. SG 5%, 100 mL/h, desde a manhã da cirurgia até o término do NPO

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17
Q

Quando suspender o AAS antes do ato cirúrgico? Quando manter?

A

Deve ser interrompida 7-10 dias antes se:
* Risco de sangramento > risco de trombose
* Procedimentos com sérias consequências caso ocorra sangramento (p. ex., intracraniano)
* Usada para proflaxia primária (sem doença vascular associada)

Deve ser mantida em caso de:
* Paciente com doença vascular
* Paciente com stents medicados com menos de 12 meses de implantação
* Pacientes com stent metálico com menos de 1 mês de implantação
* Cirurgia de catarata

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18
Q

Orientações sobre o uso de diuréticos no dia da cirurgia

A

Descontinuar no dia da cirurgia, com exceção dos tiazídicos usados para tratamento da hipertensão

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19
Q

Descreva o Manejo perioperatório de pacientes em uso
de corticoides

A
  • Para procedimentos de pequeno porte, tomar a dose matinal costumeira de corticoide. Não é necessário suplementação
  • Para procedimentos de porte moderado, tomar a dose matinal costumeira de corticoide. Administrar 50 mg de hidrocortisona IV antes
    da indução anestésica e 25 mg, de 8/8 horas, por 24 horas
  • Para procedimentos maiores, tomar a dose matinal
    costumeira de corticoide. Administrar 100 mg de hidrocortisona IV antes da indução anestésica e 50 mg, de 8/8 horas, por 24 horas
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20
Q

De uma forma geral, os psicotrópicos devem ser mantidos no dia da cirurgia, apesar das possíveis interações medicamentosas com anestésicos.
V ou F

A

V

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21
Q

Agentes inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não seletivos são raramente utilizados atualmente, mas deve-se estar
atento a pacientes que os utilizam em razão dos problemas de interação com a anestesia que eles causam. Historicamente, os IMAOs eram descontinuados … antes do procedimento. Essa recomendação se aplica aos inibidores irreversíveis da monoaminoxidase (MAO). Os agentes novos, como a moclobemida, causam inibição reversível e
seus efeitos duram menos de …; a interrupção desses agentes acarreta risco…, por isso o melhor é mantê-los e ajustar o
planejamento anestésico evitando …

A

três semanas

24 horas

(suicídio e depressão grave)

meperidina e vasopressores de ação indireta como a efedrina

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22
Q

Cite indicações de solicitação de RX de tórax na avaliação pré operatória

A

Anormalidades identificadas no exame cardiopulmonar ou na entrevista, como roncos, DPOC avançada, suspeita de lesão pulmonar ou mediastinal, aneurisma de aorta, cardiomegalia, hipertensão pulmonar, ICC descompensada, infecção pulmonar ativa
* Cirurgia aórtica abdominal ou abdominal alta
* Suspeita de infecção pulmonar ativa
* Avaliação de ICC caso haja suspeita de descompensação clínica
* Pacientes com mais de 50 anos candidatos a cirurgia aórtica abdominal ou cirurgia abdominal alta
* Pacientes obesos mórbidos (IMC > 40) com pelo menos 1 fator de risco para CI, capacidade funcional ruim ou suspeita de ICC não diagnosticada
* Procedimentos de cirurgia torácica
* Pacientes > 50 anos ou com doença cardiopulmonar candidatos a procedimentos de alto risco
* Pacientes com alteração no exame físico cardiopulmonar

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23
Q

Cite indicações de solicitação de exame de função pulmonar na avaliação pré operatória

A
  • Cirurgia torácica para redução pulmonar
  • Ressecção pulmonar oncológica
  • Cirurgia de correção de escoliose
  • Doença neurológica com componente restritivo pulmonar
  • Correção de aneurisma aórtico abdominal em pacientes com DPOC
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24
Q

Quais são considerados os líquidos claros? Até quantas horas antes da cirurgia eles podem ser ingeridos?

A

São considerados líquidos claros: café preto, chá, suco sem
polpa, solução de carboidratos.

Até 2h antes da Cx

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25
Q

Em pacientes obstétricas, antagonista H2 deve ser administrado na noite anterior e na manhã do procedimento eletivo. Antagonista H2 intravenoso (p. ex., ranitidina, 50 mg) deve ser aplicado no momento da indicação de uma cesariana de urgência
V ou F

A

V

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26
Q

A população pediátrica apresenta menor incidência
de laringospasmo e broncospasmo quando comparada
com a população adulta
V ou F

A

F

Maior incidência

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27
Q

Qual a condição clínica com maior associação à anafilaxia pelo látex?

A

Espinha bífida

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27
Q

Qual a definição de MET?

A

A capacidade funcional é estimada em equivalentes metabólicos
– METs. Um MET corresponde ao consumo basal de O2 de um adulto sentado em repouso. O risco cardíaco está aumentado nos pacientes
que não conseguem atingir 4 METs em suas atividades diárias

*1 MET = 3,5 mL O2/kg/min.

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28
Q
  • 1 MET = …
  • 4 METs = …
  • 4-10 METs = …
  • > 10 METs = …
A
  • 1 MET* – Comer, vestir-se, ir ao banheiro
  • 4 METs – Subir um lance de escada ou uma rampa
  • 4-10 METs – Trabalho pesado de casa (esfregar o chão, arredar móveis)
  • > 10 METs – Esportes extenuantes (corrida, natação, etc.)
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29
Q

Correlacione o tipo de cirurgia ao grau de risco cirúrgico

A
  • Alto risco* > 5%
    – Cirurgia aórtica ou outras cirurgias vasculares maiores
    – Cirurgia arterial periférica
  • Risco intermediário* 1-5%
    – Endarterectomia de carótida
    – Cirurgia de cabeça e pescoço
    – Cirurgia intratorácica e intraperitoneal
    – Cirurgia ortopédica
    – Cirurgia prostática
  • Baixo risco* < 1%
    – Cirurgia ambulatorial
    – Procedimentos endoscópicos
    – Procedimentos superficiais
    – Catarata
    – Mama

*Morte cardíaca ou IAM. Cirurgias de baixo risco geralmente não requerem testes cardíacos adicionais.

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30
Q

Cite condições cardíacas ativas que contraindicam
procedimento eletivo

A
  • Síndrome coronariana instável
  • Insuficiência cardíaca congestiva descompensada
  • Arritmia grave (BAV de segundo grau, Mobitz tipo II, BAV de terceiro grau, arritmia supraventricular com FC descontrolada, bradicardia sintomática, taquicardia ventricular)
  • Valvopatia grave (estenose aórtica grave-gradiente médio > 40 mmHg, área valvular < 1 cm3 ou presença de sintomas; estenose mitral sintomática)
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31
Q

Quais são as recomendações sobre o uso de BetaBloqueadores?

A
  • Manter o medicamento em quem já faz uso por outros motivos, como hipertensão, controle de angina ou ICC
  • No pós-operatório, o uso deve ser feito pelas indicações clínicas, e não com o objetivo de reduzir o risco
  • Podem ser iniciados em pacientes com risco intermediário a alto ou em pacientes com três ou mais fatores no ICR
  • Nos casos em que se opte pela medicação, não se deve iniciá-la no dia da cirurgia, principalmente se em altas doses ou em formulações de longa ação
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32
Q

Qual o conduta em relação aos Agonistas alfa 2?

A

Não são recomendados para prevenção de eventos cardiovasculares no perioperatório. O uso de clonidina com esse objetivo aumentou o risco de hipotensão e parada cardíaca não fatal e não reduziu eventos cardíacos. Pacientes que fazem uso dessas medicações devem mantê-las, pois sua descontinuação abrupta está associada a hipertensão, cefaleia e tremores

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33
Q

Qual o conduta em relação ao AAS?

A

A decisão sobre a interrupção do uso de ácido acetilsalicílico
no perioperatório deve ser tomada pesando
o risco de complicações cardiovasculares e
o risco de hemorragia. É consenso que devem ser
interrompidos entre 7 e 10 dias antes das cirurgias
cujo risco de sangramento tenha efeito desastroso,
como cirurgias intracranianas, intraoculares e medulares.
Alguns grupos sugerem a interrupção por
5 a 7 dias antes de todos os procedimentos, exceto
para endarterectomia de carótida. Essa recomendação
baseia-se no estudo POISE 2, que identificou
aumento de sangramento nos pacientes que
mantiveram a medicação sem diferença na incidência
de morte e IAM.12 Outros autores defendem
que é razoável manter o uso do ácido acetilsalicílico
se o risco de eventos cardíacos for maior
do que o risco de sangramento, como nos casos de
alto risco para CI ou doença cerebrovascular. Assim,
a decisão da manutenção ou não deve ser individualizada
e discutida com o cirurgião e com o
médico assistente

34
Q

Indicações de ECG na avaliação pré operatória

A
  • História de CI, HAS, DM, IRC, arritmia, doença vascular periférica ou sintomas sugestivos de ICC, doença cerebrovascular ou outras doenças cardíacas estruturais
  • Paciente assintomático em cirurgias de alto risco
  • Paciente obeso mórbido com fatores de risco para DAC
  • Paciente com baixa capacidade funcional candidato a procedimento de risco intermediário ou alto
  • Paciente em uso de medicamentos que podem afetar o ECG como antiarrítmicos, metadona, entre outros
  • Qualquer paciente cujo ECG pré-operatório possa mudar o manejo perioperatório
35
Q

Indicações de testes não invasivos de isquemia miocárdica

A
  • Pacientes de alto risco e capacidade funcional excelente (> 10 METs) não precisam dos testes
  • Para pacientes de risco elevado e com capacidade funcional não avaliável ou ruim (< 4 METs), deve-se solicitar o teste caso o resultado possa mudar o manejo
  • Em pacientes de alto risco e com capacidade funcional moderada (entre 4-10 METs), pode-se optar pela não realização dos testes
  • Não está indicado de rotina para pacientes em procedimentos de baixo risco
36
Q

Descreva a escolha do teste não invasivo para avaliação de isquemia miocárdica

A
  • O TE é o preferido, pois fornece a capacidade funcional do paciente, que é a informação prognóstica mais importante
  • A ecocardiografia ou cintilografia com estresse (físico ou farmacológico) é a escolha em pacientes com alterações no ECG basal que impossibilitem a análise de mudanças no traçado
  • O estresse farmacológico está indicado para pacientes que não conseguem se exercitar
  • A escolha entre cintilografia miocárdica e ecocardiografia com dobutamina depende das particularidades do paciente:
    – A cintilografia com dipiridamol é a escolha em
    pacientes com arritmias cardíacas, já que a dobutamina pode induzir arritmias
    – A ecocardiografia com dobutamina é a melhor opção em pacientes com broncospasmo ou estenose carotídea e também em pacientes nos
    quais se deseja verificar a função ventricular e disfunções valvares
37
Q

Testes cardiológicos não invasivos normais nos últimos três anos
em pacientes com sintomas estáveis não precisam ser repetidos
V ou F

A

F

Testes cardiológicos não invasivos normais nos últimos dois anos
em pacientes com sintomas estáveis não precisam
ser repetidos

38
Q

A terapia de ponte com heparina não está recomendada para pacientes com stent que precisam interromper os antiplaquetários
V ou F

A

V

39
Q

Qual o tempo recomendado de manutenção da terapia dupla plaquetária após angioplastia com os diferentes stents ou com balão?

A
  • 14 dias após angioplastia com balão
  • 30 dias após implante de stent metálico
  • Stent medicado:
    – Aguardar preferencialmente 12 meses após a colocação do stent
    – Pode-se reduzir para 180 dias se o risco de postergar a cirurgia for maior do que o risco de trombose do stent
40
Q

Descreva a graduação da gravidade da estenose aórtica

A

Grau / Gradiente de pressão média (mmHg) / Área valvar (cm2)

Leve < 25 ≥ 1,5

Moderado 25-40 1-1,5

Severo 40-50 0,7-1

Crítico > 50 < 0,7

41
Q

Quando realizar profilaxia para endocardite infecciosa?

A

1) Todos os procedimentos dentários que envolvem manipulação gengival ou da região periapical ou perfuração da mucosa oral em pacientes de alto risco
2) A antibioticoterapia profilática pode ser indicada nos pacientes de alto risco candidatos a procedimentos do trato respiratório, em região de pele infectada, ou em estruturas da pele ou de tecido
musculoesquelético

  • A antibioticoprofilaxia apenas para prevenção de EI em procedimentos do TGU e TGI não está indicada, porém, caso o paciente
    apresente dentes sépticos, o uso de profilaxia pode ser discutido em conjunto com a equipe

Pacientes de alto risco
* Presença de válvula cardíaca protética ou material protético usado em correção de defeitos valvares
* EI prévia
* Doença cardíaca congênita, como:
– Cardiopatia cianótica não corrigida, incluindo shunts e condutos paliativos
– Cardiopatia totalmente corrigida com presença de material protético durante os 6 primeiros meses após o
procedimento
– Cardiopatia cianótica parcialmente corrigida
– Transplantados cardíacos que desenvolveram valvopatia

42
Q

Fatores de risco para complicações pulmonares relacionados ao paciente

A
  • Idade > 70 anos
  • DPOC
  • Asma
  • Tabagismo
  • Capacidade funcional reduzida
  • Obesidade
  • SAHOS
  • HAP
  • ICC
  • Infecção de via aérea atual ou no mês anterior
  • Doenças metabólicas
  • Anemia
  • Hipoalbuminemia
43
Q

Fatores de risco para complicações pulmonares relacionados ao procedimento cirúrgico

A
  • Local da cirurgia
  • Tempo de cirurgia maior do que 3 horas
  • Cirurgias abdominais superiores e torácicas
  • Anestesia geral
  • Uso de BNM de longa ação
  • Reversão incompleta do bloqueio neuromuscular
  • Procedimento de urgência
44
Q

Estratégias do pré operatório para redução de complicações pulmonares

A
  • Parar de fumar por pelo menos 4-6 semanas
  • Tratar obstrução do fluxo expiratório
  • Tratar infecção com antibiótico
  • Ensinar manobras de expansão pulmonar para serem usadas no pós-operatório
45
Q

Estratégias do intraoperatório para redução de complicações pulmonares

A
  • Realizar cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica) se possível
  • Considerar anestesia regional
  • Evitar procedimentos com duração maior do que 3 horas
  • Evitar BNM de longa ação
  • Realizar reversão completa do BNM
46
Q

Estratégias do pós operatório para redução de complicações pulmonares

A
  • Evitar sonda nasogástrica
  • Instituir manobras de expansão pulmonar (inspiração profunda voluntária, espirometria de incentivo, pressão positiva contínua na via aérea [CPAP])
  • Otimizar analgesia e usar técnicas analgésicas que minimizem o uso de opioides
47
Q

Indicações de testes pulmonares no pré oeratório

A
  • Pacientes com DPOC ou asma nos quais a avaliação clínica não consegue definir se o quadro está otimizado (identificação de pacientes que se beneficiarão de manejo agressivo pré-operatório)
  • Pacientes com dispneia ou intolerância ao exercício que permanecem sem causa definida pós avaliação clínica
  • Pacientes com doença pulmonar crônica candidatos à cirurgia torácica para redução pulmonar ou pacientes candidatos à ressecção
    pulmonar oncológica
  • Pacientes candidatos à cirurgia de correção de escoliose
  • Pacientes com doença neurológica degenerativa com componente restritivo pulmonar
  • Pacientes com DPOC candidatos à correção de aneurisma aórtico abdominal
  • Não devem ser usados de rotina para estimar o risco pós-operatório de complicações pulmonares mesmo em cirurgias de alto risco
48
Q

Pacientes que fazem uso de doses de fluticasona inalatória maior que … μg/dia ou outro corticoide inalatório em dose maior que … μg/dia podem apresentar supressão

A

750

1.500

49
Q

Manejo das medicações para asma no pré operatório

A
  • O uso de agentes anticolinérgicos antes da indução deve ser individualizado, pois pode aumentar a viscosidade das secreções, além de não reduzir a resistência da via aérea.
  • Os pacientes devem fazer uso de seus agentes β-agonistas de curta ação 20 a 30 minutos antes da manipulação da via aérea.
  • Todas as medicações em uso devem ser mantidas, com exceção da teofilina, que deve ser interrompida na noite anterior.
    -A manutenção do uso de corticoide inalatório reduz as complicações pulmonares
50
Q

A intubação em um paciente asmático deve ser realizada com plano profundo. A lidocaína na dose de … , é efetiva em reduzir a incidência de broncospasmo

A

1-2 mg/kg, IV

51
Q

… podem ser usados para sedação no paciente asmático. Já o … libera histamina e aumenta a resistência da via aérea (evitar)

A

Propofol, cetamina e etomidato

tiopental

52
Q

Em relação ao paciente asmático, os agentes inalatórios de uma forma geral são broncodilatadores e podem ser usados. O … é o preferido, pois é o que proporciona maior broncodilatação
* O … é pungente e pode irritar a via aérea, aumentar as secreções, provocar tosse, laringospasmo e broncospasmo. Deve ser usado com cautela em asmáticos

A

sevoflurano

desflurano

53
Q
  • Os BNMs são os fármacos anestésicos que mais frequentemente causam reações alérgicas
  • … liberam histamina e podem precipitar broncospasmo (evitar em asmáticos)
  • A reversão do bloqueio com agentes anticolinesterásicos, como a neostigmina, pode aumentar as … e desencadear o …
A

Atracúrio e mivacúrio

secreções brônquicas

broncospasmo

54
Q

Em relação à analgesia do paciente asmatico:
* A … libera histamina e pode causar broncospasmo, principalmente se rapidamente administrada
* Os opioides sintético tendem a liberar menos histamina, com exceção da …, que pode liberar muito
* … são as escolhas
* Os anti-inflamatórios não esteroides devem ser evitados

A

morfina

meperidina

Fentanil, remifentanil, alfentanil e sufentanil

55
Q

Ventilação protetora para pacientes com asma grave

A
  • Ventilação com volume corrente reduzido (6 mL/kg)
  • Redução da resistência da via aérea com broncodilatadores inalatórios
  • Redução do tempo inspiratório
  • Cautela com o uso de PEEP (monitorar a hiperinsuflação e o alçaponamento de ar)
56
Q

Quando suspeitar de broncospasmo intraoperatório?

A
  • Sibilos
  • Alteração ou redução significativa da curva de EtCO2
  • Redução do volume corrente,
  • Pressões inspiratórias altas
  • Dessaturação
57
Q

Tratamento do broncospasmo intraoperatório?

A

– Oxigênio a 100% e ventilação manual
– Casos leves podem ser tratados apenas com o aprofundamento do plano anestésico
– Caso as medidas anteriores não resolvam, devem-se usar agentes β-agonistas de curta ação (salbutamol) com nebulizador conectado ao circuito ventilatório ou com inalador no tubo orotraqueal. Devem-se usar 10 jatos, pois muito da medicação fica condensado no tubo orotraqueal

58
Q

Manejo do broncospasmo intraoperatório grave

A

– Ipratrópio, 500 μg, via nebulização, ou 4-8 jatos
– Adrenalina, 10-50 μg, IV
– Sulfato de magnésio, 2 g, IV, por 20 minutos
– Hidrocortisona, 100 mg, IV, ou metilprednisona, 60-80 mg, IV (o efeito ocorre dentro de 6 horas e, por isso, as medicações de ação rápida supradescritas devem ser usadas)

59
Q

Indicação de teste pulmonar e consulta com pneumologista na DPOC

A
  • Hipoxemia com ar ambiente ou necessidade de oxigênio domiciliar
  • Bicarbonato > 33 mEq/L ou PaCO2 > 50 mmHg em pacientes que não fazem tratamento
  • Dispneia grave atribuída a causa pulmonar
  • Candidatos a pneumectomia
  • Necessidade de determinar a resposta a broncodilatador
  • Suspeita de hipertensão pulmonar
60
Q

Em pacientes com DPOC, deve-se evitar bloqueio sensorial acima de …, pois pode afetar os pacientes que apresentam …

A

T6

expiração ativa

61
Q

O … é o agente ideal para a indução em pacientes com HAP, e
uma técnica anestésica … em geral é bem tolerada

A

etomidato

balanceada

62
Q

Em pacientes diabéticos, a limitação da articulação atlanto-occipital (…)
é ocasionada pela …, que leva à formação anormal de proteínas, enfraquecendo a … e diminuindo a elasticidade.

No exame físico, o achado do … indica imobilidade
cervical e potencial para via aérea difícil

A

stiff joint syndrome

glicotoxicidade

junção endotelial

prayer sign (incapacidade de aproximar as superfícies palmares das articulações falângicas enquanto se pressionam as mãos juntas)

63
Q

Como fazer a profilaxia da aspiração pulmonar no ato cirúrgico em pacientes diabéticos?

A

agente bloqueador H2 antes da indução

64
Q

Paciente não insulinodependente
* A maioria não irá precisar de insulina em procedimentos de curta duração
* Monitorar a glicemia capilar de …
* Administrar insulina regular ou de ação rápida se houver …

A

2/2h

hiperglicemia (> 200 mg/dL)

65
Q

Paciente insulinodependente
Pré-operatório:
* Administrar … da dose da insulina regular ou NPH na noite anterior
* Administrar … da dose da insulina de ação intermediária ou longa na manhã da cirurgia
* Suspender insulina regular no dia do procedimento
* Se o paciente estiver em uso de bomba de insulina, … na noite anterior
* Se glicemia < 180 mg/dL – Considerar iniciar …

A

2/3

1/2

diminuir a taxa de infusão em 30%

solução de SG a 5% em infusão contínua, 75-125 mL/h, com ou
sem potássio para evitar hipoglicemia

66
Q

Paciente insulinodependente
Intra-operatório:
* Pacientes em uso de insulina de infusão contínua – Manter infusão
* Se glicemia < 180 mg/dL, considerar iniciar solução de SG a 5% em infusão contínua, 75-125 mL/h, com ou sem potássio para evitar hipoglicemia
* Se glicemia > 200 mg/dL e o procedimento for de grande porte, …
* Se glicemia > 200 mg/dL e o procedimento for de pequeno porte, …

A

iniciar insulina de infusão contínua no transoperatório e seguir no pós-operatório; realizar HGT de 1/1 h. Considerar HGT de 30/30 min se ocorrer hipoglicemia ou taxa de queda rápida da glicemia após início do tratamento

fazer uso corretivo com insulina SC de curta ação conforme glicoteste; realizar HGT de 1/1 h

67
Q

Se a insulina subcutânea a ser prescrita for de ação longa ou intermediária, deve- -se realizar a aplicação … horas antes da interrupção da insulina venosa; caso seja de ação rápida,
… horas antes

A

2 a 3

1 a 2

68
Q

Nos casos de pacientes que estão fazendo uso de insulina subcutânea no pós-operatório e ainda não restabeleceram a dieta via oral, deve-se manter a infusão de …

A

soro glicosado a 5% (5-10 g/h ou 100-200 mL/h).

69
Q

Cite alterações na fisiologia pulmonar de pacientes obesos

A

Os pacientes obesos apresentam aumento das necessidades
metabólicas (elevação do trabalho respiratório e do consumo de oxigênio). Apresentam também um defeito ventilatório restritivo com redução da capacidade residual funcional (CRF), assim como do volume de reserva expiratório (VRE). A redução da CRF é tão intensa que as pequenas vias aéreas podem apresentar colabamento durante a ventilação espontânea, levando a distúrbio na ventilação/perfusão (V/Q) e shunt. A redução da CRF acelera a taxa de captura de agentes
inalatórios.
Os volumes pulmonares pioram com a indução anestésica em todos os pacientes, sendo as alterações muito mais proeminentes em obesos
(50% de redução na CRF). A posição supina e a presença de apneia do sono pioram ainda mais o quadro

70
Q

Obesos apresentam taxa … de esvaziamento gástrico, e a incidência de refluxo gastresofágico … em comparação com a população geral

A

normal ou até acelerada

não muda muito

71
Q

Cálculo do peso corporal ideal e peso corporal magro

A
  • Peso corporal magro (PCM) = Peso corporal ideal (PCI) × 1,2
  • Peso corporal ideal (PCI)
    – Homens: Altura – 100
    – Mulheres: Altura – 105
72
Q

Que ajuste de dose deve ser feito na anestesia neuroaxial em obesos? Por que?

A

Os obesos apresentam volume menor de liquor e do espaço peridural por ingurgitamento venoso peridural. A dose dos anestésicos deve ser
reduzida em até 20%, e indica-se que a injeção de anestésicos peridurais seja realizada de forma titulada em vez de injeções únicas (single shot) para evitar altos níveis de bloqueio.

73
Q

Como fazer o adequado posicionamento para a IOT do paciente obeso

A

Posicionamento adequad da rampa para pacientes obeso, elevando-se o dorso do paciente de forma que o meato auditivo encontre-se alinhado com o manúbrio do esterno

74
Q

Descreva, em valores aproximados, o risco de acidente vascular encefálico ou de tromboembolismo em 1 ano de acoro com a pontuação no escore CHA2DS2-VASc

A

0 - 0,78%
1 - 2,01%
2 - 3,71%
3 - 5,92%
4 - 9,27%
5 - 15,26%
6 - 19,74%
7 - 21,5%
8 - 22,38%
9 - 23,64%

75
Q

Procedimentos cirúrgicos com alto risco de sangramento

A
  • Neurocirurgia (intracraniana)
  • Cirurgias espinais
  • Cirurgia cardíaca
  • Procedimentos urológicos (RTU, prostatectomia, biópsia renal)
  • Procedimentos de câmara posterior ocular
  • Cirurgias vasculares, intra-abdominais e intratorácicas maiores
  • Procedimentos com duração > 45 min
76
Q

Procedimentos cirúrgicos com baixo risco de sangramento

A
  • Catarata e outros procedimentos oftálmicos
  • Pequenos procedimentos cutâneos
  • Endoscopias sem polipectomia
  • Cirurgias videolaparoscópicas menores (p. ex., colecistectomia)
  • Extração dentária
  • Herniorrafias
  • Cirurgias ortopédicas menores (túnel do carpo)
  • Dissecção linfonodal
77
Q

Como fazer a ponte com heparina em procedimentos de altíssimo risco para tromboembolismo?

A

Se uso de HBPM
– Suspender o ACO com cinco dias de antecedência**
– Dosar INR no dia anterior ao do procedimento
– Se INR elevado (> 1,5), administrar vitamina K (1-2 mg), VO
– Alvo de INR ≤ 1,4
– Iniciar dose plena de enoxaparina, 1mg/kg, SC, 12/12 horas, 36 horas após a última dose do ACO e
suspender 24 horas antes do procedimento
– HBPM, SC, dose plena, por 12-24 horas após o procedimento (considerar risco de sangramento)
– Reiniciar o ACO 24 horas após o procedimento se hemostasia adequada

Se uso de HNF terapêutica:
– 80 UI/kg, IV, em bólus, após infusão a 18 UI/kg/h
– Diluição sugerida: 5.000 UI em 99 mL de SF a 0,9% = 50 UI/mL
– Preferência para pacientes instáveis, obesos ou com IRC
– Solicitar TTPa de controle 6 horas após e manter o TTPa entre 1,5-2,5 o normal
– Interromper 4 horas antes do procedimento devido à sua meia-vida de 45 minutos
– Solicitar TTPa e confirmar sua normalização antes do início do procedimento

78
Q

Como fazer a ponte com heparina em procedimentos de alto risco para tromboembolismo?

A

– Ponderar risco vs. benefício
– Pode-se optar por ponte de heparina (HBPM, SC, dose terapêutica, ou HNF, IV) ou HBPM, SC, dose profilática

79
Q

Como fazer a ponte com heparina em procedimentos de moderado risco para tromboembolismo?

A

– Não é necessário realizar transição para heparina

80
Q

Indicações de ponte com heparina

A

Pacientes de altíssimo risco que ficarão muito tempo sem usar o anticoagulante oral:
– AVE embólico ou evento embólico sistêmico nas últimas 12 semanas
– Válvula mecânica mitral
– Válvula mecânica aórtica associada a fatores de risco adicionais para AVE
– Fibrilação atrial com risco muito alto para TE (CHADS2 5-6)
– TE venoso nas últimas 12 semanas
– Stent coronariano recente
– Tromboembolismo prévio durante a interrupção da anticoagulação crônica

81
Q

Estratégias para minimizar o risco de interferência eletromagnética (IEM) em dispositivos cardíacos pelo eletrocautério

A
  • Ter sempre um ímã à disposição
  • Usar cautério bipolar sempre que possível
  • Utilizar a menor potência (corrente) efetiva do eletrocautério
  • Quando houver necessidade de cautério unipolar, usar surtos curtos (menos de 5 segundos), colocando a almofada de contato de corrente de retorno de maneira que não atravesse o gerador
  • Nunca posicionar a placa de aterramento do eletrocautério de modo que o gerador fique situado entre a placa-terra e o local da cirurgia
  • Direcionar a corrente para longe do gerador
  • Não ativar o eletrocautério até que se esteja pronto para utilizá-lo. O eletrodo ativo do eletrocautério não precisa estar em contato com o paciente para induzir interferências no gerador
  • Manter equipamento de resgate (marca-passo/ desfibrilador externo) disponível para uso imediato em todos os pacientes com dispositivos
82
Q

Em pacientes dependentes de MP, … devem ser evitados, pois podem levar a atividade muscular inapropriada e inibir ou aumentar a frequência. Os tremores também devem ser evitados

A

Succinilcolina e etomidato