Fundamentos da Anestesiologia Flashcards

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1
Q

Doses sedativas, vantagens e desvantagens do propofol

A

Infusão: 25-75 μg/kg/min
Bólus de 0,25-0,5 mg/kg

Vantagens: Rápido início de ação, rápida recuperação,
propriedades antieméticas; ótimo perfil para infusão contínua

Desvantagens: Tênue limite entre sedação e anestesia geral; grande depressor cardiovascular e respiratório quando em doses altas; não é
analgésico

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2
Q

Doses sedativas, vantagens e desvantagens do midazolam

A

0,01-0,1 mg/kg

Vantagens: Rápido início de ação; duração de 30-45 min;
produz amnésia; possui antagonista (flumazenil)

Desvantagens: Pode causar disfunção psicomotora prolongada, além de hipotensão, hipotonia e depressão respiratória, especialmente em idosos

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3
Q

Doses sedativas, vantagens e desvantagens da dexmedetomidina (agonista alfa 2)

A

Bólus de 0,5-1 μg/kg em 10 min, seguido de infusão contínua
de 0,2-0,7 μg/kg/h

Vantagens: Sedação que mimetiza sono fisiológico; não
ocasiona depressão ventilatória; tem propriedades analgésicas

Desvantagens: Pode causar bradicardia intensa e sedação residual; exige bomba de infusão e o anestesista deve estar familiarizado com o perfil do fármaco

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4
Q

Doses sedativas, vantagens e desvantagens do fentanil

A

Bólus de 0,5-2 μg/kg antes do estímulo

Vantagens: É um analgésico opioide forte; usado como adjuvante à anestesia local

Desvantagens: Risco de depressão respiratória, sobretudo se usado com sedativos

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5
Q

Doses sedativas, vantagens e desvantagens do Remifentanil

A

Infusão contínua de 0,025-0,3 μg/kg/min

Vantagens: Rápido início e término de ação; metabolismo
plasmático

Desvantagens: Ocasiona bradicardia; não proporciona analgesia residual; é necessário uso de infusão contínua em bomba de infusão

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6
Q

Descreva os componentes da anestesia geral e fármacos usados para promovê-los

A

1) Inconsciência
- Inalatórios
- Hipnóticos intravenosos

2) Analgesia
- Anestésicos locais
- Opioides
- Cetamina
- α2-agonistas
- AINEs

3) Supressão das respostas somáticas motoras
- Bloqueadores neuromusculares
- Analgésicos

4) Supressão das respostas autonômicas e hormonais
- β-bloqueadores
- α2-agonistas
- Analgesia adequada

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7
Q

Em relação ao mecanismo de ação, os benzodiazepínicos, o propofol e o etomidato aumentam essencialmente …;

já a … agem em receptores NMDA (N-metil D-Aspartato), AMPA (α-amino-3-hidroxi-metil-5-4-isoxazolpropiónico) e nicotínicos, produzindo hipnose, analgesia e certo grau de relaxamento muscular

Os agentes … modulam vários sistemas, agindo em receptores GABA, glicina, NMDA, AMPA, ACh (acetilcolina), produzindo hipnose e relaxamento muscular

A

a atividade inibitória do receptor GABA-A (ácido γ-aminobutírico A)

cetamina e o N2O

inalatórios e os barbitúricos

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8
Q

Definição de CAM

A

concentração alveolar de um inalatório que bloqueia o movimento ao estímulo doloroso em 50% dos pacientes

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9
Q

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia sugere o uso de monitores da atividade elétrica cerebral para pacientes de alto risco sob anestesia geral balanceada (recomendação de nível 2B). Para pacientes
sob anestesia venosa total, como não há análise da concentração dos gases expirados, o uso da monitoração da atividade elétrica cerebral não é necessário (1A)

V ou F

A

F

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia sugere
o uso de monitores da atividade elétrica cerebral
para pacientes de alto risco sob anestesia geral
balanceada (recomendação de nível 2B). Para pacientes
sob anestesia venosa total, como não há
análise da concentração dos gases expirados, o uso
da monitoração da atividade elétrica cerebral é altamente
recomendado (1A)

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10
Q

Correlacione o valor BIS com o nível de Hipnose

A

100 - Consciente
80 - Sonolento
70 - Hipnose superficial
55 - Hipnose intermediária
40 - Hipnose profunda
0 - Supressão da onda

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11
Q

A recomendação vigente indica que a pressão arterial deve ser aferida em intervalos não superiores a … durante o procedimento anestésico

A

dez minutos

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12
Q

Cite as circunstâncias mais comuns que indicam a canulação arterial para avaliação da PA

A
  • Instabilidade hemodinâmica ocasionada pela cirurgia, seja por perda sanguínea aguda ou variações pressóricas rápidas (p. ex., cirurgias
    vasculares de alto risco, trauma, neurocirurgia e cirurgias cardíaca e torácica);
  • Estado clínico do paciente e sua capacidade de tolerar desequilíbrio hemodinâmico;
  • Possibilidade de amostras sanguíneas seriadas para avaliação da função respiratória em casos de alteração na relação ventilação/perfusão e do estado metabólico em razão de perdas sanguíneas e reposições volêmicas;
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13
Q

O que o pulso bisferiens? Cite uma causa

A

Pulso amplo, com dois componentes tênues durante a
sístole.

Insuficiência aórtica

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14
Q

O que o pulso bífido? Cite uma causa

A

Pulso amplo, com dois componentes sistólicos: o primeiro componente é decorrente da fase de ejeção rápida, sendo limitado no momento em que se estabelece a obstrução dinâmica ao fluxo sanguíneo. Segue-se o segundo componente, de ejeção mais lenta

  • Quando presente, implica gravidade
  • Miocardiopatia hipertrófica
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15
Q

O que o pulso dicrótico? Cite causas

A

Raro; caracteristicamente apresenta um pico na diástole
* Pode ser diferenciado dos anteriores pelo maior intervalo entre os picos

  • Insuficiência de VE
  • Tamponamento cardíaco
  • Insuficiência cardíaca congestiva
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16
Q

A variação cíclica da pressão de pulso que ocorre de acordo com a fase da respiração é conhecida como variação da pressão sistólica (VPS). Ela é subdividida ainda nas fases inspiratória e expiratória, sendo suas elevações chamadas de ΔUp e suas quedas de ΔDown, relativas à pressão no …

Os valores normais para ΔUp são 2 a 4 mmHg;
para ΔDown, …;
e para VPS, 7 a 10 mmHg

A

final da expiração

5 a 6 mmHg

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17
Q

Pacientes com a VPS …, a administração de fluidos otimiza a pré-carga, levando a uma distensão maior do VD, e essa distensão aumenta a força de contração miocárdica com consequente aumento do volume sistólico e do DC (lei de Frank-Starling)

A

elevada

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18
Q

A variação da pressão de pulso (PPV) é calculada pela …

A

diferença entre os valores das pressões de pulso, pressão máxima e mínima (PPmáx- PPmín), durante um ciclo respiratório mecânico, dividido pela média desses dois valores.

ou

PPV = (PPmáx – PPmín)/([PPmáx + PPmín]/2)

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19
Q

Quando e em qual paciente a variação de pressão de pulso pode ser usada?

A

1- paciente em ritmo sinusal (se tiver arritmia como fibrilação atrial, a pressão de pulso irá mudar bastante apenas pelo fato dos batimentos serem irregulares, independente do status volêmico)

2- paciente em ventilação mecânica com volume corrente > 8 mL/kg (O volume corrente tem que ser este já que quanto maior o volume corrente, maiores as mudanças no débito cardíaco e assim mais fidedigno o método. Com volumes < 8 mL/kg, o método perde bastante acurácia).

3- Catéter de pressão arterial invasiva instalado

4- Monitor cardíaco que tenha entrada para catéter de artéria pulmonar

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20
Q

O valor médio da PVC, no indivíduo saudável em respiração espontânea, varia de …

A

1 a 7 mmHg

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21
Q

Descrevas as ondas da curva pressórica venosa

A

onda a: contração atrial
onda c: pulso carotídeo
descenso x: diástole atrial
onda v: enchimento atrial
descenso y: aberturar da tricúspide

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22
Q

Como as seguintes condições clínicas interferem nas ondas de pulso venosos:
Fibrilação atrial:
Dissociação atrioventricular:
Regurgitação tricúspide:
Estenose tricúspide:
Isquemia de ventrículo direito:
Derrame pericárdico:
Tamponamento cardíaco:

A

Fibrilação atrial: Perda de onda a e onda c proeminente

Dissociação atrioventricular: Onda a tipo canhão

Regurgitação tricúspide: Ondas c e v elevadas na sístole e atenuação de descendente x

Estenose tricúspide: Onda a elevada e atenuação de descendente y

Isquemia de ventrículo direito: Ondas a e v elevadas e descendentes x e y agudas

Derrame pericárdico: Ondas a e v elevadas e descendentes x e y agudas

Tamponamento cardíaco: Descendente x dominante e y atenuada

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23
Q

A oximetria de pulso baseia-se na lei de …, que postula que a concentração de um soluto em uma solução pode ser conhecida pela quantidade de luz transmitida e absorvida durante a passagem através
da solução.
O oxímetro utiliza o método de …

A

Lambert-Beer

espectrofotometria

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24
Q

Hb reduzida absorve … luz vermelha do que a oxiemoglobina;

A

mais

a oxiemoglobina absorve mais a luz infravermelha

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25
Q

O oxímetro de pulso perde acurácia a partir de queda na SpO2 de

A

80%

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26
Q

Descreva o que representa cada fase do capnograma

A

Fase I: espaço morto;
Fase II: mistura de ar do espaço morto e ar alveolar;
Fase III: platô do gás alveolar;
Fase 0 ou IV: inspiração

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27
Q

Uma fase III ascendente no capnograma indica …

A

obstrução ao fluxo expiratório (asma, doença pulmonar obstrutiva
crônica [DPOC] ou obstrução de tubo ou circuito respiratório)

  • imagem na galeria
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28
Q

Vales durante a fase III indicam …

A

esforço respiratório espontâneo pelo paciente

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29
Q

Dois picos no platô do capnograma são sugestivos sugestivos de …

A

esvaziamento distinto dos pulmões (transplante monopulmonar)

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30
Q

Platô mais baixo no início que se eleva como um pico no final sugere …

A

vazamento na linha do sidestream e pode confundir com padrão
obstrutivo

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31
Q

Causas de aumento da EtCO2 no capnógrafo

A

1) Produção de CO2: Febre, convulsões, estados de catabolismo (convulsões, crise tireotóxica e hipertermia maligna) e administração de bicarbonato

2) Ventilação alveolar: Curarização residual, depressão respiratória, DPOC

3) Falha do equipamento: Cal sodada esgotada, vazamentos no circuito
respiratório, falha de válvulas inspiratória e/ou expiratória

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32
Q

Causas de diminuição da EtCO2 no capnógrafo

A

1) Produção de CO2: Hipotermia, hipotensão, hipoperfusão
pulmonar, PCR, embolia pulmonar

2) Ventilação alveolar: Hiperventilação

3) Falha do equipamento: Desconexão do ventilador, intubação esofágica, obstrução de via aérea ou tubo de amostra e vazamentos

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33
Q

O BIS mostra relação direta com a dose dos anestésicos administrados e o nível de consciência, em particular …

As exceções são …

A … aumentam o estado de dessincronia do EEG, mais intenso com a primeira, e confundem o monitor, levando à interpretação de um sinal de consciência mesmo estando o paciente inconsciente.

A … não produz inconsciência, mas hipnose moderada, porém os valores de BIS do paciente estarão abaixo do esperado na faixa de hipnose profunda

A

os inalatórios halogenados, o propofol e os benzodiazepínicos

a cetamina, o óxido nitroso e a dexmedetomidina

cetamina e o óxido nitroso

dexmedetomidina

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34
Q

O BIS não possui uma indicação formal para uso clínico, mas é desejável em algumas situações, como …, com o objetivo de
diminuir a dose dos anestésicos e permitir uma recuperação
mais rápida, e em …, nas quais a possibilidade de consciência
intraoperatória (CIO) é maior e em pacientes com história prévia de consciência intraoperatória

Em pacientes pediátricos,o BIS é menos confiável.

A

em pacientes com déficit cognitivo ou risco de delírio pós-operatório

cirurgias de urgência e emergência

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35
Q

A … é a mais nova modalidade de monitorização
da profundidade anestésica, e ela monitora a
profundidade pela análise da atividade dessincrônica

A

entropia

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36
Q

No método da entropia, utiliza-se … eletrodos colocados a partir da linha média frontal em direção à orelha. A análise do
EEG fornece dois valores que são semelhantes aos
valores do BIS na interpretação: a …, mais rápida e obtida em cerca de 2 segundos, e a …, esta atingindo valor máximo de 91

A

três

entropia de resposta (RE)

entropia de estado (SE)

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37
Q

No método da entropia, a … avalia as frequências mais altas relacionadas às atividades eletrencefalográfica cortical e eletromiográfica subcortical, enquanto a … consiste na avaliação de frequências mais baixas relacionadas à atividade elétrica cortical

A

RE

SE

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38
Q

Cite vantagens do sistema respiratório circular
com reabsorvedor de CO2

A
  • Conservação dos gases frescos
  • Redução do consumo anestésico
  • Aquecimento e umidificação dos gases inspirados
  • Estabilidade na concentração dos agentes inalatórios
  • Baixa poluição ambiental
  • Possibilidade de uso de anestesia de baixo fluxo
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39
Q

A … é o absorvedor mais utilizado. Contém um indicador de pH que muda de cor com a exaustão do absorvedor. O absorvente emprega o
princípio geral de uma base que neutraliza um ácido.

O … é uma opção mais moderna, que apresenta como vantagem menor formação de monóxido de carbono quando em contato com os anestésicos inalatórios, porém apresenta uma capacidade absortiva 50% menor e maior custo

A

cal sodada

hidróxido de cálcio (Amsorb)

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40
Q

A … é o absorvedor mais utilizado. Contém um indicador de pH que muda de cor com a exaustão do absorvedor. O absorvente emprega o
princípio geral de uma base que neutraliza um ácido.

O … é uma opção mais moderna, que apresenta como vantagem menor formação de monóxido de carbono quando em contato com os anestésicos inalatórios, porém apresenta uma capacidade absortiva 50% menor e maior custo

A

cal sodada

hidróxido de cálcio (Amsorb)

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41
Q

A … dos agentes inalatórios é considerada equivalente à fração sanguínea e cerebral, sendo utilizada como um índice de profundidade e recuperação anestésica

A

Fração alveolar

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42
Q

Um agente com um alto coeficiente sangue:gás (p. ex., …
= 1,46) apresentará um tempo prolongado de indução e recuperação quando comparado a um agente com menor coeficiente (p. ex., … = 0,65).

A indução é mais … com agentes mais solúveis (alto coeficiente sangue:gás), pois, nesses casos, a pressão parcial alveolar eleva-se lentamente.

A

isoflurano

sevoflurano

lenta

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43
Q

Em casos de débito cardíaco (DC) baixo (p. ex., hipovolemia), uma quantidade … de anestésico é absorvida a partir do alvéolo, e, assim, a pressão parcial alveolar do anestésico …

Os anestésicos voláteis que deprimem o DC exercem um feedback …, resultando em … da Fa, que, como consequência, … a profundidade anestésica e … mais o DC

A

menor

aumenta

positivo

aumento

aumenta

reduz

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44
Q

Definição de CAM

A

Pressão parcial (concentração alveolar a 1 atmosfera) que produz imobilidade em 50% dos pacientes submetidos a um estímulo
nociceptivo

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45
Q

Qual a CAM dos seguintes anestésicos
Isoflurano
Desflurano
Sevoflurano
Óxido nitroso

A

Isoflurano: 1,15
Desflurano: 6
Sevoflurano: 1,85
Óxido nitroso: 104

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46
Q

Cite fatores que reduzem a CAM

A

– Uso concomitante de agentes sedativos
– Uso concomitante de óxido nitroso
– Idade avançada
– Uso de fármacos que afetam a liberação de neurotransmissores: clonidina, pancurônio
– Gravidez
– Hipotermia
– Mixedema
– Ingestão aguda de álcool

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47
Q

Cite fatores que aumentam a CAM

A

– Jovens (abaixo de 1 ano de idade)
– Aumento do nível de neurotransmissores centrais (uso de inibidores da monoaminoxidase, cocaína)
– Tireotoxicose
– Ingestão crônica de álcool
– Hipertermia
– Hipernatremia

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48
Q

Os anestésicos inalatórios reduzem o consumo miocárdico de oxigênio e causam vasodilatação sistêmica dose-dependente e diminuição da pressão arterial. A dose deve ser reduzida em pacientes que apresentam instabilidade hemodinâmica.

… prolongam o intervalo QT, aumentando potencialmente o risco de tosarde de points

São potentes broncodilatadores com exceção do …, que pode apresentar atividade broncoconstritora, particularmente em altas doses ou em tabagistas

A

Isoflurano, desflurano e sevoflurano

desflurano

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49
Q

O isoflurano é um agente não inflamável de menor custo em comparação com o sevoflurano e o desflurano. É amplamente utilizado em anestesia. Apresenta odor pungente e é…, não sendo indicado, portanto, para indução inalatória em pediatria pelo risco de …

A

irritante para as vias aéreas

laringospasmo

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50
Q

Apenas …% do isoflurano administrado é metabolizado no organismo. O seu principal metabólito é o …

A

0,2

ácido trifluoroacético

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51
Q

O isoflurano produz diminuição dose-dependente na pressão arterial, principalmente pela …

Apresenta … depressão miocárdica (inotropismo negativo), e a manutenção do débito se dá por barorreflexo carotídeo.

Sob uso clínico, … o DC por elevação na frequência cardíaca, efeito dose-dependente, perceptível mesmo em concentrações inferiores a 1 CAM.

O isoflurano produz … coronariana em nível arteriolar. O uso desse agente poderia, teoricamente, produzir … Entretanto, esse
efeito ainda não foi comprovado em estudos clínicos

A

redução na resistência vascular sistêmica

mínima

mantém

vasodilatação

roubo coronariano com desvio de fluxo sanguíneo de áreas isquêmicas do miocárdio para áreas com perfusão normal, com prejuízo para pacientes com coronariopatia

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52
Q

Aproximadamente …% do sevoflurano absorvido são metabolizados, via citocromo P450-2E1, em …, seu principal metabólito, e íons fluoreto inorgânicos.

O … formado é rapidamente conjugado com … e eliminado como

A

5

hexafluoroisopropanol

hexafluoroisopropanol

ácido glicurônico

metabólito urinário

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53
Q

A anestesia com os agentes enflurano e sevoflurano produz aumento
transitório dos níveis séricos de …
Entretanto, muito raramente estão associados a …
Com o sevoflurano, ocorre elevação da concentração de fluoretos inorgânicos com um pico no …, com retorno aos níveis do pré-operatório dentro de 48 horas

A

fluoretos inorgânicos

injúria tubular renal

final da anestesia e nas duas primeiras horas do pós-operatório

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54
Q

O sevoflurano é um dos agentes anestésicos que mais aumentam a PIC

V ou F

A

F

Possui efeito mínimo na pressão intracraniana

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55
Q

Qual o agente inalatório que apresenta coeficiente de partição sangue:gás muito baixo (0,42), de forma que essa baixíssima solubilidade no sangue possibilita indução anestésica rápida e facilidade para titulação do agente, pois permite rápidos ajustes na concentração alveolar a partir de mudanças na concentração
inspirada?

A

Desflurano

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56
Q

O desflurano apresenta grande margem de segurança em anestesia para cirurgia cardiovascular, oferecendo boa estabilidade hemodinâmica, porém predispõe a arritmias ventriculares, uma vez que sensibiliza o coração aos efeitos arritmogênicos da adrenalina

V ou F

A

F

Apresenta grande margem de segurança em anestesia para cirurgia cardiovascular, oferecendo boa estabilidade hemodinâmica. Não
predispõe a arritmias ventriculares, nem sensibiliza
o coração aos efeitos arritmogênicos da adrenalina

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57
Q

O desflurano reage com absorvedores de CO2 ressecados produzindo concentrações potencialmente significativas de …

Essa reação é intensificada quando os absorvedores estão desidratados ou ressecados, como após períodos prolongados de uso
com alto fluxo de gás seco através do reservatório dos absorvedores de CO2. Nesse caso, os absorvedores devem ser substituídos antes da
administração do desflurano. Se a cal sodada estiver desidratada, deve-se colocar água na parte superior do reservatório (volume de …)

A

monóxido de carbono

5 mL de água para cada 100 mL de cal

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58
Q

O óxido nitroso tem capacidade de oxidar a … e inativar a enzima …, que controla inter-relações entre a…

Pacientes que recebem N2O a 50% por duas horas ou mais têm taxa superior a 50% de sua … hepática inativada.

Geralmente, a exposição ao N2O durante anestesia e a consequente inativação dessa enzima não trazem repercussões clínicas; entretanto, distúrbios graves no metabolismo do ácido fólico e distúrbios hematológicos podem ocorrer

A

vitamina B12

metionina sintetase

vitamina B12 e o metabolismo do ácido fólico

metionina sintetase

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59
Q

Contraindicações ao uso de N2O

A

contraindicações incluem embolismo aéreo, pneumotórax, obstrução intestinal aguda com distensão de alças, pneumoencéfalo, bolhas intraoculares e enxerto de membrana timpânica

  • aumenta o volume de ar em espaços fechados, como o ouvido médio
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60
Q

O compartimento central, também chamado de grupo ricamente vascularizado (GRV), é composto pelos tecidos que diluem o fármaco no primeiro minuto após a injeção: …

O compartimento intermediário é formado pelos …, e o pobremente vascularizado, pela …

A

volume sanguíneo dos grandes vasos, cérebro, coração, rins, fígado e pulmão

músculos

gordura

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61
Q

O que é a Constante Ke0

A

– É uma constante de velocidade de equilíbrio
– Velocidade na qual um fármaco deixa o compartimento central e entra no compartimento de ação (biofase)
– Quanto maior o Ke0, maior a velocidade de entrada de um fármaco no compartimento de ação

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62
Q

O que é a t½ Ke0

A

Meia-vida de equilíbrio
– É o tempo para que a concentração na biofase atinja 50% da concentração plasmática (metade do fenômeno de equilíbrio)
– t½ Ke0 = 0,693/Ke0 (min)
– Fármacos com t½ Ke0 curtos possuem Ke0 altos e início de ação rápido

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63
Q

Conceitue a meia-vida contexto-dependente

A

– Descreve o tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco caia em 50% após o término da infusão contínua

– Não pode ser prevista apenas pelo tempo de eliminação do fármaco, porque depende também do tempo de redistribuição entre os
compartimentos

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64
Q

O clearance de eliminação é definido como o …

Para a maioria dos fármacos, as enzimas hepáticas não sofrem saturação clinicamente relevante e a taxa de eliminação é proporcional à …
Nesse caso, o fármaco é eliminado em uma fração fixa por unidade de tempo e essa depuração depende do fluxo sanguíneo do órgão.
Fármacos como o propofol, por exemplo, apresentam seu
clearance limitado apenas pelo fluxo.

Quando altas concentrações plasmáticas são obtidas com infusões prolongadas, as enzimas hepáticas podem se tornar saturadas (capacidade limitada de metabolização), e a taxa de eliminação
torna-se independente da …

A

volume de distribuição que fica livre do fármaco por unidade de tempo

concentração plasmática da substância (cinética de primeira ordem)

concentração do fármaco (cinética de ordem zero).

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65
Q

Descreva as informações farmacocinéticas do propofol

A
  • Dose de indução (μg/kg IV): 1-2,5
  • Duração de ação (min)*? 3-8
  • VDee (L/kg): 2-10
  • T1/2α (min): 2-4
  • Ligação à proteína (%): 97
  • Clearance (μg/kg/min): 20-30
  • T1/2β(h): 4-23
  • tabela completa com demais fármacos na galeria
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66
Q

Osbarbitúricos apresentam metabolismo hepático (exceto …)
com formação de metabólitos inativos excretados na urina ou, após …

O uso crônico de barbitúricos causa …

Não devem ser administrados em pacientes com …

A

fenobarbital

conjugação, na bile

indução de enzimas oxidativas microssomais, aumentando
seu metabolismo

porfiria intermitente aguda, pois aumentam a produção de porfirinas

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67
Q

Como o tiopental afeta a PIC?

A

Provocam potente vasoconstrição cerebral, reduzindo o fluxo sanguíneo cerebral (FSC), o volume sanguíneo cerebral
(VSC) e a pressão intracraniana (PIC). Ocorre redução da taxa de metabolismo cerebral de oxigênio (CMRO2), de forma dose-dependente, podendo atingir supressão cerebral com eletrencefalograma (EEG) isoelétrico.

Como a redução da pressão arterial (PA) é menor do que a redução da PIC, o tiopental melhora a perfusão cerebral. Por essas características,
é útil em pacientes com lesões intracranianas com efeito de massa e fornece proteção contra isquemia cerebral focal (endarterectomia de carótida, compressão, clipes temporários em artérias cerebrais),
mas não protege contra isquemia global, como no tratamento após ressuscitação cardíaca

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68
Q

Qual as consequências da administração inadvertida de barbitúricos em uma artéria? Como manejar?

A

A injeção acidental intra-arterial causa dor intensa e vasoconstrição profunda, causando lesão tecidual grave e gangrena.

O tratamento consiste em infusão de solução salina na artéria, heparinização para prevenção de trombose e bloqueio simpático (bloqueio do gânglio estrelado ou do plexo braquial) para vasodilatação

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69
Q

Que populações devem ter a dose de barbitúricos ajustada?

A

A dose de barbitúricos para indução deve ser reduzida em pacientes pré-medicados, gestantes no primeiro trimestre e pacientes
ASA III e IV. Pacientes geriátricos requerem redução de 30 a 40% da dose usual devido à redução de volume do compartimento central

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70
Q

Dose de indução, manutenção e sedação do midazolam

A

Indução: 0,05-0,15 mg/kg

Manutenção:
* 0,05 mg/kg (bólus intermitente)
* 1 μg/kg/min em infusão contínua

Sedação: 0,5-1 mg (bólus intermitente)

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71
Q

Os BZDs ligam-se à subunidade …, hiperpolarizando os neurônios e reduzindo a excitabilidade neuronal

A

γ do receptor GABA-A

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72
Q
  • Rapidamente distribuído, com uma meia-vida de distribuição de 6 a 15 minutos;
  • Alta ligação às proteínas plasmáticas (94-98%);
  • Dentre os BZDs, é o que tem menor meia-vida contexto-dependente, sendo o único apto à infusão contínua
  • Meia-vida de eliminação prolongada em obesos, idosos e cirróticos;
  • O consumo habitual de álcool aumenta o seu metabolismo
A

Midazolam

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73
Q

O diazepam é metabolizado no fígado em metabólitos ativos (…), que contribuem para seu efeito prolongado

A

desmetildiazepam e oxazepam

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74
Q

Novo BZD de curta duração;
* Rapidamente degradado no plasma por esterases inespecíficas;
* Rápido início de ação, maior profundidade de sedação e uma recuperação mais rápida do que com midazolam

A

Remimazolam

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75
Q

Dose do flumazenil

A

Reversão de BZDs: 0,2 mg, repetidos, até 3 mg

Diagnóstico no coma: 0,5 mg, repetidos, até 1 mg

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76
Q

A cetamina, um derivado da …, metabolizada por …, sendo que o principal metabólito é a … (ativo). A cetamina … tem uma eliminação mais rápida e maior volume de distribuição do que a cetamina R(-)

A

fenciclidina

enzimas hepáticas

norcetamina

S(+)

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77
Q

A ação mais importante da cetamina é a inibição da …, que leva à inibição da atividade excitatória no …, resultando em inconsciência.

Ao nível da medula espinal, a cetamina tem efeitos potentes antinociceptivos no receptor … e inibe a liberação de …

A duração da anestesia após uma administração única intravenosa
é de … A recuperação ocorre dentro de 15 a 30 minutos

A

ativação do receptor NMDA pelo glutamato

sistema límbico e no córtex

NMDA

acetilcolina

10 a 15 minutos

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78
Q

Altereçaões oftálmicas da cetamina

A

Aumento da PIO
dilatação pupilar
nistagmo
lacrimejamento

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79
Q

Efeitos da cetamina no SNC

A

Promove aumento do metabolismo cerebral, do FSC e da PIC. Por seus efeitos excitatórios sobre o SNC, a cetamina aumenta a CMRO2. Com o aumento do FSC e o aumento da resposta do sistema nervoso
simpático, a PIC aumenta

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80
Q

Doses da cetamina

A

Indução da anestesia geral:
* 0,5-2 mg/kg, IV
* 4-6 mg/kg, IM

Manutenção da anestesia geral
* 0,5-1 mg/kg, IV
* 15-45 μg/kg/min, IV
* 30-90 μg/kg/min, IV, se agente único

Sedação e analgesia
* 0,2-0,8 mg/kg, IV, a cada 2-3 min
* 2-4 mg/kg, IM

Analgesia preventiva ou preemptiva
0,15-0,25 mg/kg, IV

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81
Q

Principais efeitos que desestimulam o uso de etomidato

A

risco potencial de supressão suprarrenal temporária, dor na injeção, tromboflebite, mioclonia e incidência de náuseas e vômitos

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82
Q

Mecanismo de ação do etomidato

A

A ação principal é por meio do receptor GABA-A, com hiperpolarização celular

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83
Q

Principais indicações do etomidato

A

Pacientes com doença cardiovascular, doença reativa das vias aéreas,
hipertensão intracraniana ou qualquer combinação de distúrbios que indicam a necessidade de um agente indutor que mantenha a estabilidade cardiovascular

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84
Q

O etomidato promove inibição reversível e dose-dependente da enzima …, que resulta na diminuição da biossíntese de …

A

11β-hidroxilase

cortisol

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85
Q

A dexmedetomidina é o enantiômero S da medetomidina.
É um….
Tem efeito …

A

α2-agonista seletivo

sedativo, ansiolítico, hipnótico, analgésico e simpatolítico

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86
Q

Descreva o efeito resultante da dexmedetomidina nos diferentes subtipos de receptores α2

A

Três subtipos de receptores α2 foram descritos: α2A, α2B e α2C, cada um relacionado a determinados efeitos.

α2A: analgesia, hipotensão, bradicardia, sedação, hipnose e potencialização dos
anestésicos;

α2B: vasoconstrição e hipertensão arterial.

α2C: analgesia e hipotermia

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87
Q

O propofol tem metabolismo hepático, sendo seu clearence limitado pelo fluxo sanguíneo hepático
V ou F

A

F

O clearance plasmático é alto e excede o fluxo sanguíneo hepático,
indicando importante metabolismo extra-hepático. O pulmão exerce papel importante, sendo responsável pela eliminação de até 30% da dose de bólus

88
Q

O propofol é o agente que induz maior queda da PA dentre os agentes indutores,
e promove intensa vasodilatação arterial e mínima vasodilatação venosa, levando à redução da pós-carga, além de depressão miocárdica.

V ou F

A

F

O propofol é o agente que induz maior queda da PA dentre os agentes indutores,
e promove intensa vasodilatação, tanto venosa como arterial, levando à redução da pré e pós-carga, além de depressão miocárdica. Pode levar à hipotensão profunda, principalmente em idosos com depleção do volume intravascular. Inibe a
resposta barorreflexora

89
Q

O propofol é um depressor respiratório potente, promovendo apneia após a dose de indução e reduzindo a resposta ventilatória à hipóxia e à hipercarbia

V ou F

A

V

90
Q

No modelo farmacocinético Marsh, a concentração plasmática estimada após um bólus é proporcional ao …, enquanto a taxa de declínio da concentração plasmática é …

A

peso do paciente

a mesma para todos os pacientes

91
Q

No modelo de Schnider, os compartimentos V1 e V3 são fixos, enquanto o volume de V2 é influenciado …

A

apenas pela idade, diminuindo conforme se aumenta a idade

92
Q

Em pacientes jovens não obesos, o uso do modelo de … pode ser seguro e justificado.

Em todas as outras situações, a opção mais segura é usar o …

A

Marsh modificado (Ke0 1,2 min-1) no efeito

modelo de Marsh no modo plasma ou o modelo Schnider no modo efeito

93
Q

A maioria dos anestesiologistas não coloca o peso real dos pacientes obesos mórbidos no modelo de Marsh e utiliza preferencialmente o peso calculado pela seguinte fórmula:

A

Peso = Peso ideal + 0,4 (peso real – peso ideal)

94
Q

Os opioides são metabolizados …, mas alguns opioides podem sofrer conjugação hepática e posterior excreção renal.

O … é uma exceção, pois é metabolizado por esterases plasmáticas

A

pelo sistema microssomal hepático citocromo P450

remifentanil

95
Q

O … é o opioide ideal para a infusão contínua, pois apresenta uma pequena meia-vida contexto-dependente, de modo que seu efeito termina de forma rápida e previsível mesmo após o término de infusões prolongadas

A

remifentanil

96
Q

É uma constante de velocidade de equilíbrio e corresponde a velocidade na qual um fármaco deixa o compartimento central e entra no compartimento de ação (biofase).

Quanto maior essa constante, maior a velocidade de entrada de um fármaco no compartimento de ação

A

Ke0

97
Q

É o tempo para que a concentração na biofase atinja 50% da concentração plasmática (metade do fenômeno de equilíbrio)

A

T1/2 Ke0 (meia-vida de equilíbrio)

*A fórmula de cálculo é T1/2 Ke0 = 0,693/Ke0 (min).
Fármacos com T1/2 Ke0 curtos possuem Ke0 altos e início de ação rápido.

98
Q

Quais são os tipos de receptores opioides?

A

mi (μ), kappa (κ) e delta (δ)

  • Tabela com informações completas na galeria
99
Q

Os opioides podem aumentar o tônus muscular e causar rigidez por interação com receptores …, dificultando a ventilação manual durante a indução;

  • A rigidez da musculatura esquelética, especialmente torácica e abdominal, é comum quando grandes doses intravenosas são administradas rapidamente;
  • A maior parte da rigidez torácica é causada pela contração da musculatura …;
  • O tratamento pode ser realizado com …
A

dopaminérgicos e γ-aminobutíricos

laríngea

a administração de bloqueadores neuromusculares (BNMs) ou antagonistas opioides

100
Q

Quais os efeitos dos opioides no trato biliar? Como reverter?

A

Ocorre aumento do tônus da musculatura lisa da vesícula biliar e do esfincter de Oddi (espasmo biliar) de forma dose-dependente

O espasmo pode ser revertido com o uso de naloxona (0,001-0,002 mg/kg) ou de glucagon (2 mg, IV).

101
Q

Qual medicamento consegue reduzir ou prevenir a constipação causada pelos opioides sem reverter a analgesia?

A

A metilnaltrexona, derivada da naloxona, que não cruza a barreira hematencefálica

102
Q
  • Os opioides promovem estimulação direta (dopaminérgica) da…, causando náuseas e vômitos;
  • Os sintomas pioram com … e têm maior incidência em pacientes ambulatoriais;
  • Quando comparados em doses equipotentes, fentanil, sufentanil e alfentanil apresentam … incidência de náuseas e vômitos pós–operatórios do que a morfina.
A

zona-gatilho quimiorreceptora no assoalho do quarto ventrículo

a movimentação (componente vestibular associado)

menor

103
Q

Quais efeitos dos opioides não apresentam tolerância (necessidade de doses maiores para produzir o efeito)?

A

miose e constipação

104
Q

Cite mecanismos propostos para explicar a hiperalgesia induzida por opioides? Como manejar?

A

Três mecanismos têm sido propostos para explicar a HIO: ativação NMDA, aumento da liberação de neuropeptídeos excitatórios e facilitação das vias nociceptivas.

Pode ocorrer tanto com o uso crônico quanto com o uso agudo.

A HIO deve ser considerada quando o aumento repetido da dose falha em promover efeito analgésico, provoca exacerbação da dor ou diminui o efeito do opioide de forma inexplicável.

Tanto na tolerância como na HIO, a analgesia multimodal e os antagonistas NMDA (cetamina) são úteis

105
Q

A morfina é metabolizada no fígado em …

O … é o metabólito predominante (45-55%), tem pouca afinidade pelos receptores μ e, portanto, não tem poder analgésico, tendo sido associado a efeitos como tolerância, alodinia e neurotoxicidade.

O … tem alta afinidade pelos receptores μ, sendo mais potente que a morfina,
contribuindo, assim, para os efeitos analgésicos após administração de morfina

Tanto os metabólitos como os 10% do fármaco não modificado têm eliminação …

A

morfina-6-glicuronídeo (M6G) e morfina-3-glicuronídeo (M3G)

M3G

M6G

renal

106
Q

A codeína sofre, no fígado, O-desmetilação pela enzima … , sendo 10% convertida
em …
A maior parte de seu efeito analgésico deve-se a essa conversão.

A … está ausente em cerca de … da população branca, o que torna o fármaco ineficaz nesses pacientes

A

CYP2D6

morfina

CYP2D6

10%

107
Q

Enquanto a disfunção hepática aumenta a meia-vida do remifentanil, a disfunção renal não altera sua meia-vida.

V ou F

A

F

A meia-vida não é alterada por disfunção hepática ou renal, mas pode ser prolongada na hipotermia

108
Q

Qual a dose do remifentanil na analgesia do neuroeixo?

A

Não deve ser utilizado no neuroeixo pelo fato de conter glicina na sua formulação

109
Q

Os diversos grupos musculares apresentam graus diferentes de sensibilidade aos BNMs. O … são os músculos mais resistentes ao bloqueio. É necessário ter quase
90% dos receptores bloqueados para que sua força contrátil comece a diminuir.

O músculo … começa a ter sua força diminuída com 75% de ocupação.

A

diafragma e a musculatura da laringe

adutor do polegar

  • Por esse motivo, a recuperação da musculatura envolvida na ventilação ocorre antes do adutor do polegar, tornando a monitoração por meio desse músculo muito confiável
110
Q

A potência dos BNMs é medida a partir da relação dose-resposta no músculo adutor do polegar. Assim, a dose que deprime a contração máxima em 50% é chamada de DE50. A potência dos BNMAs costuma ser expressa como …

A

DE95.

  • A DE95 representa a dose efetiva em diminuir 95% da força muscular (depressão de 95% da resposta ao estímulo único) do paciente anestesiado. Para efeitos práticos, é a dose a ser empregada para se obter um bom relaxamento cirúrgico após a traqueia já
    ter sido intubada
111
Q

Como é desejável ter um bloqueio completo para realizar a intubação traqueal, é aconselhável utilizar uma dose fr BNM de … para assegurar que mesmo os pacientes relativamente resistentes desenvolvam um bloqueio adequado

A

duas vezes a DE95

112
Q

A musculatura respiratória é mais resistente ao bloqueio, porém sua localização no compartimento central faz ela ser irrigada primeiro e, por isso, o pico de ação dos BNMs na musculatura da laringe e diafragma ocorre cerca de 1 minuto antes que no
músculo adutor do polegar.

V ou F

A

V

113
Q

Quando se utiliza duas vezes a DE95, a intubação em boas condições pode ser realizada
em 2 minutos para o … e em 3 minutos para os outros BNMs de duração intermediária (…)

O aumento da dose do … para quatro vezes a DE95 (1,2 mg/kg) permite intubação sob boas condições em 60 a 90 segundos

A

rocurônio

Vecurônio, Atracúrios, Cisatracúrio

rocurônio

113
Q

Quando se utiliza duas vezes a DE95, a intubação em boas condições pode ser realizada
em 2 minutos para o … e em 3 minutos para os outros BNMs de duração intermediária (…)

O aumento da dose do … para quatro vezes a DE95 (1,2 mg/kg) permite intubação sob boas condições em 60 a 90 segundos

A

rocurônio

Vecurônio, Atracúrios, Cisatracúrio

rocurônio

114
Q

Como fazer o controle das doses de manutenção dos BNMs?

A

Costuma ser realizada por injeção de doses suplementares de BNM conforme as necessidades clínicas ou pela monitoração da JNM. Essas doses devem ser utilizadas quando 2 a 3 respostas do TOF forem visíveis. O ideal é manter o bloqueio com
apenas 1 a 2 respostas.

115
Q

Quando se necessita relaxamento muscular intenso, o TOF …

O grau de bloqueio, nesses casos, é avaliado pela …

A

não deve apresentar nenhuma resposta

contagem pós-tetânica (PTC), que deve ficar entre 0 e 1

116
Q

Qual a dose suplementar dos BNMs?

A

A dose suplementar em geral é de 20 a 30% da DE95 para BNM de longa duração, e de 30 a 50% da DE95 para BNM de duração intermediária e curta

117
Q

Para se acelerar o pico de ação dos BNMAs, pode-se empregar a técnica de priming, que consiste em…

A

administrar uma pequena dose de BNMA (20% DE95) 3 a 5 minutos antes da dose total.
Essa técnica encurta o pico de ação dos BNMAs de maneira variável, mas, em geral, permite intubar em um tempo mais curto
A dose priming pode causar complicações semelhantes à pré-curarização.
É uma técnica cada vez menos usada

118
Q

A taquicardia por bloqueio de receptores muscarínicos no nodo
sinusal (bloqueio vagal) pode ocorrer com qual BNM?

A

pancurônio e rocurônio

119
Q

Os BNMs causam … das anafilaxias durante a anestesia
O … é o BNMA com maior incidência

A

40-80%

rocurônio

120
Q

Qual a principal vantagem do atracúrio em relação aos demais BNMs?

A

É degradado pela reação de Hofmann (degradação química espontânea
que ocorre em pH e temperatura fisiológica) e por hidrólise esterásica (degradação enzimática por esterases plasmáticas inespecíficas). Esse tipo de eliminação, que não depende nem do fígado nem do rim, é a principal vantagem do atracúrio
sobre os outros BNMs

121
Q

A reação de Hofmann no atracúrio produz …, um metabólito estimulante do
sistema nervoso central (SNC) que é excretado lentamente na urina e na bile. Nas doses clínicas usadas em anestesia, a … não atinge concentrações tóxicas (convulsões), mesmo em pacientes com insuficiência renal ou hepática

A

laudanosina

laudanosina

122
Q

Que fatores alteram o tempo de duração do atracúrio?

A

pH alcalino e a hipertermia aceleram a reação de Hofmann, diminuindo o tempo de duração.

Hipotermia, principalmente abaixo de 34 °C, e acidose prolongam a duração

123
Q

Por que o mivacúrio tem curto tempo de duração?

A

Sua meia-vida curta e depuração rápida ocorrem por hidrólise pela pseudocolinesterase
plasmática (95-99% da dose injetada).

124
Q

Indicações de uso da succinilcolina

A
  • Entubação rápida
  • Tratamento do laringospasmo
  • Necessidade de relaxamento muscular na ausência de acesso venoso
  • Procedimentos de duração muito curta, como eletroconvulsoterapia,
    cardioversão, redução de fraturas
  • Via aérea difícil
125
Q

Qual a dose da succinilcolina IM? Quanto tempo após a aplicação IM permite a IOT? Qual a duração do efeito?

A

Na dose de 2 a 4 mg/kg, IM, permite intubar em 2 minutos, atingindo um
pico sanguíneo em 3 a 4 minutos, com uma duração total de 20 a 30 minutos

126
Q

Cite alguns efeitos colaterais da scucinilcolina

A
  • Mialgias – Ocorrem principalmente em adultos jovens submetidos a cirurgias ambulatoriais. Iniciam 12-24 h após o procedimento e duram em média 1-2 dias. Podem ser evitadas com o uso prévio de uma pequena dose de BNMA (pré-curarização com 20% da DE95)
  • Espasmo de masseter (trismo) – Em casos graves, pode ser impossível abrir a boca do paciente. Pode ser um fenômeno isolado ou estar associado à hipertermia maligna
  • Aumento da pressão intraocular (PIO) e da pressão intracraniana (PIC) – Pequenos e variáveis aumentos na PIO e na PIC que não contraindicam a succinilcolina em cirurgias oftálmicas de urgência nem em pacientes com PIC elevada. Nesses casos, o mais importante é a intubação em plano adequado de anestesia para evitar o
    bucking (tosse)
  • Aumento na pressão intragástrica (PIG) – Aumento variável na PIG compensado por um aumento ainda maior na pressão no nível do esfincter esofágico inferior elevando o gradiente de pressão esofagogástrico. Por esse motivo, o risco de regurgitação não é aumentado pelo uso da succinilcolina
  • Hiperpotassemia
  • Liberação de histamina – Eritema cutâneo no pescoço e no tórax de curta duração. Reações anafiláticas com broncospasmo e colapso cardiocirculatório são raras, embora a succinilcolina seja um dos BNMs mais envolvido nessa complicação
  • Hipertermia maligna – É desencadeada pela succinilcolina em pacientes suscetíveis, principalmente quando associada ao uso de um agente inalatório
  • Rabdomiólise – Ocorre em crianças com miopatia não diagnosticada, na maioria das vezes distrofia muscular de Duchenne subclínica. O uso de succinilcolina, nesses casos, leva a contraturas musculares, hiperpotassemia e arritmias com parada cardíaca. Por esse motivo, o uso de succinilcolina em crianças sofre importantes restrições
    em diversos países
  • Bradicardia – Ocorre devido à estimulação de receptores muscarínicos cardíacos, ou após doses repetidas, devido a uma sensibilização do miocárdio pelos seus metabólitos (succinilmonocolina e colina). O tratamento consiste na administração de atropina
127
Q

Alguns pacientes podem apresentar … e ter a duração do efeito da succinilcolina prolongada por 2 a 4 horas. Essa alteração genética ocorre em aproximadamente 1:3.200 casos e, muitas vezes, só é diagnosticada quando um paciente experimenta um bloqueio prolongado inexplicável.

A conduta é manter o paciente anestesiado e em respirador até a completa recuperação espontânea do bloqueio. A transfusão de plasma ou sangue pode acelerar a recuperação. Uma alternativa mais recente é a utilização da …, que é muito eficiente e não apresenta os riscos da transfusão.

O diagnóstico definitivo é feito por meio de um teste denominado…

A

pseudocolinesterase atípica

colinesterase plasmática humana purificada

número de dibucaína

128
Q

Quais são as situações que contraindicam o uso de succinilcolina, uma vez que ocorre
uma proliferação de receptores colinérgicos anormais por toda a superfície da membrana da fibra muscular (up regulation), podendo haver um aumento exagerado na liberação de potássio (até 13 mEq/L) após o uso desse BNMd?

A

Traumas com denervação – Traumatismo espinal, hemiplegia, paraplegia – depois de
48 horas

  • Doenças neurológicas com déficits motores
    – Esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson severa, síndrome de Guillain-Barré, polineuropatia
  • Miopatias – Distrofia muscular de Duchenne, miotonias
  • Grandes queimaduras (acima de 30%) – Depois de 48 horas
  • Politraumatismos – Depois de 48 horas
  • Imobilização corporal total prolongada
  • Infecção grave com produção de exotoxinas
    – Tétano, botulismo
129
Q

Nos pacientes normais, a fasciculação causada pela succinilcolina gera um aumento no potássio sérico de…

Esse aumento não causa problemas se o potássio sérico estiver dentro dos
limites da normalidade

A

0,5 a 1 mEq/L

130
Q

Cite fármacos que, no contexto da anestesia, potencializam o bloqueio dos BNM e fármacos que aumentam a resistência aos BNM

A
  • Potencializam o bloqueio
    – Anestésicos inalatórios, antibióticos (polimixinas, clindamicina, lincomicina, aminoglicosídeos, tetraciclinas), sulfato de magnésio, anestésicos locais, lítio, dantrolene
  • Aumentam a resistência ao bloqueio
    – Anticonvulsivantes
131
Q

Dose dos BNMs em obeso

A
  • Succinilcolina: dose baseada no peso real;
  • BNMA em obesos (índice de massa corporal [IMC] entre 30-40): dose baseada no peso real;
  • BNMA em obesos mórbidos (IMC ≥ 40): dose baseada no peso ideal.
132
Q

Em pacientes com miastenia grave, o uso de anticolinesteásicos deve ser suspenso no dia da cirurgia, uma vez que eles aumento o tempo de duração dos BNMs.

V ou F

A

F

O uso de anticolinesterásicos deve ser mantido inclusive no dia da cirurgia

133
Q

Cite particularidade das doses dos BNMs e monitorizaçãos dos paciente com miastenia grave

A

A succinilcolina pode ser utilizada, mas a resposta é imprevisível. Em geral, os pacientes são resistentes, necessitando doses de 1,5 a 2 mg/kg. A duração é prolongada e pode ocorrer bloqueio de fase II;

  • Pacientes muito sensíveis aos BNMAs: as doses iniciais devem ser baixas (10-25% da
    dose normal) e aumentadas de acordo com a resposta ao estimulador de nervos periféricos;
  • A reversão do bloqueio ao final da cirurgia pode ser ineficaz, pois grande parte da AChE já está inibida pelo uso crônico de piridostigmina. A melhor conduta é esperar pela recuperação espontânea do bloqueio, deixando o paciente em respirador enquanto necessário;
  • Devido ao risco de insuficiência ventilatória, esses pacientes devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância no pós-operatório. A terapia com anticolinesterásicos deve ser reiniciada com cuidado no pós-operatório, pois a cirurgia e a anestesia muitas vezes alteram o curso da doença.
134
Q

As miotonias contraindicam o uso de BNMD e BNMA.

V u F

A

F

São contraindicação absoluta à succinilcolina (contratura prolongada, tornando a ventilação muito difícil); porém os BNMAs podem ser usados com segurança (atenção para a duração é prolongada).

135
Q

Cite as particularidades do tempo de duração dos BNMs em paciente pediátricos

A

Em geral, em RNs e lactentes, a depuração dos BNMAs é mais lenta. Com isso, quando se usa a mesma dose do adulto, a duração do bloqueio é um pouco mais prolongada.

Nas crianças acima de 1 ano, a DE95 é 20 a 30% maior, pois a sensibilidade é igual à do adulto (a JNM atinge a maturidade após os 6 meses), mas o volume de distribuição ainda é um pouco maior. Quando se usa a mesma dose do adulto, a duração é menor nessa faixa etária, tornando necessário o uso mais frequente de doses suplementares

136
Q

O vecurônio e o rocurônio, quando usados nas mesmas doses do adulto, apresentam uma duração bastante … nos RNs e lactentes devido à …

Comportam-se como …

A

prolongada

deficiência no metabolismo e/ou eliminação hepáticos

BNMAs de longa duração

137
Q

RNs e lactentes necessitam doses … de succinilcolina (… mg/kg) do que o adulto, em consequência do …

Em crianças acima de 1 ano, a dose é … à do adulto

A

maiores

2

maior volume de distribuição

igual

138
Q

Inicialmente, os ALs dependem de sua forma … para se difundirem e atravessarem
as membranas neurais e, posteriormente, de sua forma … para agirem nos sítios de ligação.

O pKa é específico para cada fármaco e representa o pH em que …

Os ALs com pKa …, em geral, têm latência menor

A

não ionizada

ionizada

a quantidade de substância ionizada e não ionizada é igual

mais próximo do pH fisiológico

139
Q

O sítio de ação dos ALs é …, e a maioria dos ALs liga-se nesse sítio no interior da célula, impedindo a …, e, por conseguinte, na despolarização da membrana, prejudicando a geração do potencial de ação e abolindo a propagação de impulsos

A

o canal de sódio

sua ativação/abertura e interferindo no influxo de íons

140
Q

Os ALs também podem bloquear canais de …

Diferenças nessas ações adicionais podem ser responsáveis pelas diferenças clinicamente observadas entre os agentes

A

cálcio e de potássio e os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA)

141
Q

Como é feita a metabolização dos ALs?

A

Ésteres – Sofrem metabolização, especialmente por pseudocolinesterase. A hidrólise dos ésteres é rápida, e os metabólitos solúveis em água são eliminados na urina. Pacientes com pseudocolinesterase geneticamente anormal apresentam risco elevado de efeitos colaterais tóxicos, já que seu metabolismo é mais lento;

Amidas – Esses ALs são metabolizados por enzimas microssomais no fígado, e a taxa de
metabolismo depende do agente específico (prilocaína > lidocaína > mepivacaína > ropivacaína > bupivacaína), porém é muito mais lenta que a hidrólise dos ésteres. Recém-nascidos, por exemplo, têm sistema imaturo de enzimas hepáticas e, por isso, o tempo de eliminação de lidocaína, bupivacaína e ropivacaína é prolongado

142
Q

Sinais e sintomas associados à intoxicação por ALs

A

formigamento de língua e lábios, zumbido, distúrbios visuais, agitação, dificuldades
de fala, abalos musculares, convulsões, inconsciência, coma, parada respiratória e depressão cardiovascular

143
Q

Descreva o tratamento inicial da intoxicação por ALs

A

Manter a oxigenação cerebral e a correção da acidose pela interrupção da infusão do AL, oxigenoterapia, suporte ventilatório adequado e manobras de reanimação. A convulsão pode ser tratada com benzodiazepínicos

144
Q

A bupivacaína tem importante efeito depressor no inotropismo e na condução elétrica do coração, podendo causar graves arritmias e assistolia. Nas arritmias ventriculares, a … é o fármaco de escolha. A reanimação é difícil e demorada

A

amiodarona

145
Q

A terapia com … reduz a concentração plasmática de bupivacaína e ativa a remoção
dela do miocárdio e do tecido de condução cardíaco.

A infusão de … é fornecida em bolsas de 1 litro e deve ser administrada em bólus (1 minuto) de 1,5 mL/kg e em infusão contínua de 0,25 mL/kg/min por 10 minutos
até a estabilização hemodinâmica

A

emulsão lipídica

emulsão lipídica a 20%

146
Q

A terapia com … reduz a concentração plasmática de bupivacaína e ativa a remoção
dela do miocárdio e do tecido de condução cardíaco.

A infusão de … é fornecida em bolsas de 1 litro e deve ser administrada em bólus (1 minuto) de 1,5 mL/kg e em infusão contínua de 0,25 mL/kg/min por 10 minutos
até a estabilização hemodinâmica

A

emulsão lipídica

emulsão lipídica a 20%

147
Q

Doses máximas dos ALs

A

Sem vaso constritor Com vasoconstritor

Lidocaína 4 mg/kg 7 mg/kg
Bupivacaína 2 mg/kg 3 mg/kg
Ropivacaína 3 mg/kg -

148
Q

Descreva os ligamentos que compõem a coluna vertebral

A
  • Supraespinhoso – de T7 ao sacro;
  • Interespinhoso – entre o processo espinhoso e o ligamento supraespinhoso;
  • Ligamento flavum (amarelo);
  • Ligamento longitudinal anterior;
  • Ligamento longitudinal posterior
149
Q

Descreva as principais alterações nos diferentes sistemas fisiológicos que podem decorrer da anestesia no neuroeixo

A

Sistema cardiovascular
Hipotensão arterial, bradicardia e redução da contratilidade cardíaca

  • Sistema respiratório
    Geralmente ausente ou mínimo, exceto em pneumopatas submetidos a bloqueios torácicos altos (bloqueio de musculatura acessória)
  • Sistema digestivo
    Aumento do peristaltismo e relaxamento de esfincteres, devido ao tônus vagal
  • Sistema urinário
    Perda do controle autonômico da bexiga, resultando em retenção urinária
  • Endócrino/metabólico
    Devido à atenuação da resposta ao estresse, há uma redução na liberação de catecolaminas, cortisol e ACTH
150
Q

Na anestesia subaracnoide, qual a velocidade de administração do anestésico?

A

0,2 ml/s

151
Q

Descreva os niveis ideias para bloqueio nas seguintes cirurgias
Cesariana
Cirurgia abdominal alta
RTU de próstata
Cirurgia de quadril
Cirurgia de joelho/tornozelo

A

Cesariana T4-T6
Cirurgia abdominal alta T4
RTU de próstata T10
Cirurgia de quadril T10
Cirurgia de joelho/tornozelo L2

152
Q

Cite fatores que influenciam a altura do bloqueio

A
153
Q

A baricidade é definida pela ….

A

razão entre a densidade do anestésico e a densidade liquórica

154
Q

Os dois anestésicos mais utilizados na anestesia espinal em nosso meio são a ….

A

bupivacaína a 0,5% hiperbárica e a bupivacaína a 0,5% isobárica

155
Q

A bupivacaína hiperbárica tem um tempo de duração para bloqueio
motor e analgesia em nível T10 a T12 … e produz relaxamento muscular para cirurgia
abdominal de …

A bupivacaína isobárica pode ser utilizada para cirurgias de abdome inferior e membros inferiores, com tempo de analgesia e bloqueio motor em nível T10 a T12 de …

A

de 2 a 3 horas

45 a 60 minutos

3 a 4 horas

156
Q

A lidocaína a 5% teve seu uso descontinuado na anestesia espinal devido a uma associação com …

A

o aparecimento de sintomas neurológicos transitórios e lesão neurológica permanente

157
Q

A … é o opioide hidrofílico mais utilizado no espaço espinal, especialmente visando à analgesia pós-operatória. Tem ínicio de ação lento e efeito analgésico que pode durar até … horas.

Podem ser utilizadas doses de … , sendo que doses acima de … têm maior incidência de efeitos colaterais com pouco incremento na analgesia em pacientes
obstétrica

A

morfina

24

60 a 200

100 μg

158
Q

A … pode ser utilizada como adjuvante na anestesia espinal. Doses relatadas de 15 a 225 μg prolongam o bloqueio motor em uma hora e reduzem a necessidade de morfina no pós-operatório em 40%

A

clonidina, fármaco α2-agonista,

159
Q

Antes da administração do anestésico local na anestesia peridural, é recomendável administrar uma dose-teste no intuito de descartar a possibilidade de injeção intravascular ou espinal.

Recomenda-se a administração de …

A administração de … é suficiente para produzir alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial (variações a partir de 10 bpm e 15 mmHg, respectivamente)

A

3 mL de lidocaína a 2% com epinefrina (5 μg/mL)

15 μg de epinefrina

160
Q

Se o cateter peridural for inserido, este deverá ficar entre … dentro do espaço peridural

A

4 e 6 cm

161
Q

Fatores mais importantes da altura do bloqueio na anestesia peridural

A

Nível da punção e dose de anestésico

162
Q

Descreva os anestésicos, inicio de ação e duração para a anestesia peridural

A

Anestésico Início Duração Com adrenalina
Lidocaína 2% 10-15 min 80-120 min 120-180 min
Bupivacaína 0,375-0,5% 15-20 min 160-220 min > 180 min
Ropivacaína 0,5-0,75% 15-20 min 140-180 min > 140 min

163
Q

Complicações cardiovasculares da anestesia do neuroeixo

A

– Hipotensão arterial
– Bloqueio simpático
– Parada cardíaca

164
Q

Complicações pulmonares da anestesia do neuroeixo

A

– Hipoventilação
– Bloqueio de músculos acessórios

165
Q

Complicações urológicas da anestesia do neuroeixo

A

– Retenção urinária
– Dor e agitação pós-operatórias

166
Q

Complicações neurológicas da anestesia do neuroeixo

A

– Cefaleia pós-punção da dura-máter
– Lesões medulares (progressivas ou permanentes)
– Síndrome da cauda equina
– Aracnoidite adesiva crônica
– Síndrome da artéria espinal anterior
– Irritação radicular transitória
– Abscesso, meningite séptica e asséptica
– Hematoma peridural

167
Q

Fatores de risco para parada cardíaca associada à anestesia do neuroeixo

A

Frequência cardíaca < 60 bpm
Idade > 50 anos
Uso de β-bloqueadores e intervalo PR longo
Bloqueio sensitivo > T6

168
Q

Parada cardíaca pode ocorrer em … das anestesias espinais e … das peridurais

A

0,07%

0,01%

169
Q

Sintomas da cefaleia pós punção

A
  • Cefaleia frontal, occipital ou difusa, posicional
  • Náuseas e vômitos
  • Diplopia
  • Fotofobia
  • Hipoacusia
170
Q

Causa da cefaliea pos punção

A

perda de LCS para o espaço peridural, levando a um estiramento dos III,
IV e VI pares cranianos, sendo o abducente (VI) o mais atingido.

171
Q

Início e duração da cefaleia pós punção

A

Sintomas normalmente se iniciam em 48 horas epossuem uma duração autolimitada de 5 a 7 dias

172
Q

Fatores associadas à cefaleia pós punção

A
  • calibre das agulhas utilizadas no bloqueio (principalmente de 16G T e 22G Q
  • múltiplas punções
  • pacientes jovens
  • sexo feminino
  • gestantes
173
Q

Descreva a Síndrome da artéria espinal anterior

A

É o hipofluxo da artéria radicular magna, a artéria de Adamkievicz. Ocorre hipotensão prolongada asso ciada ao uso de anestésicos locais com vasoconstritores
(> 1:120.000), aterosclerose e idade avançada, normalmente em cirurgias torácicas e
de abdome superior. Cursa com bloqueio motor após a recuperação da sensibilidade

174
Q

Os abscessos são mais comuns em pacientes imunocomprometidos com o uso de cateter peridural, sendo o … o agente mais comum

O agente mais comum pós-punção de dura-máter é o … (coloniza o trato respiratório), que causa meningite asséptica por não ter crescimento bacteriano em culturas

A

Staphylococcus aureus

Streptococcus tipo salivarius

175
Q

Sintomas do hematoma peridural

A
  • Início agudo de dor lombar e/ou radicular
  • Fraqueza de membros inferiores
  • Parestesias
  • Disfunção vesical e intestinal
176
Q

Contraindicações à anestesia de neuroeixo

A
  • Coagulopatia
  • Infecção no local da punção
  • Hipovolemia grave
  • Aumento da pressão intracraniana
  • Estenose aórtica e mitral graves
  • Déficit neurológico preexistente
  • Deformidade da coluna
  • Sepse
  • Paciente não cooperativo
177
Q

Qual a conduta em relação aos fitoterápicos em relação À anestesia do neuroeixo

A

Isoladamente não apresentam risco adicional de desenvolvimento de hematoma espinal. Seu uso associado a outros anticoagulantes aumenta o risco

  • Ginseng: Aumento do tempo de protrombina e tromboplastina – suspender 24 horas antes do bloqueio
  • Alho: Atividade antiplaquetária – suspender 7 dias antes
  • Gingko biloba: Atividade antiplaquetária – suspender 36 horas antes
178
Q

É o ramo terminal do fascículo lateral. O nervo perfura o músculo coracobraquial para descer entre os músculos braquial e bíceps braquial, fornecendo inervação motora para ambos (responsáveis pela flexão do antebraço sobre o braço). Dá origem ao
nervo sensitivo cutâneo lateral do ante braço

A

Nervo musculocurtâneo

179
Q

O nervo mediano é formado pelas raízes derivadas dos fascículos … na borda lateral da artéria axilar.
Continua … à artéria braquial e, na metade do braço, cruza para a frente desse vaso.
Na fossa cubital, situa-se … ao tendão do bíceps e à artéria braquial.
No antebraço, passa entre os dois feixes do músculo … e corre entre os músculos flexores superficiais e profundo dos dedos.
Ao nível do punho, situa-se entre os tendões dos músculos …
Fornece ramos motores para os flexores da mão e do punho e a sensibilidade palmar da região do 1o, 2o, 3o e metade lateral do 4o dedo

A

medial e lateral

lateral

medialmente

pronador redondo

palmar longo e flexor radial do carpo

180
Q

O nervo ulnar é um ramo terminal do …
Até a metade do braço, encontra-se … à artéria braquial.
Ao nível do cotovelo, passa entre o olécrano e o epicôndilo medial e entra no antebraço.
Segue o trajeto da artéria … até o punho.
Nervo e artéria seguem profundamente ao tendão do músculo flexor do carpo e
entram na mão.
Emite ramos motores para a articulação do cotovelo, músculos do antebraço e mão.
Fornece inervação sensorial para a borda ulnar do …

A

fascículo medial

medial

ulnar

4o dedo e todo o 5o dedo

181
Q

O nervo radial é um ramo terminal do …
Desce da axila em um trajeto espiralado ao redor do úmero, entre as porções medial e lateral do tríceps. Emerge na parte lateral do braço entre os músculos braquial e braquiorradial e, ao nível anterior do cotovelo, divide-se em dois feixes, profundo (…) e superficial (…).
Inerva a musculatura extensora de antebraço, punho e dedos.
Responsável pela sensibilidade do dorso do braço (nervo …), dorso do antebraço (nervo …) e dorso do 1o, 2o, 3o e metade radial do 4o dedo

A

fascículo posterior

motor

sensitivo

cutâneo posterior do braço

cutâneo posterior do antebraço

182
Q

Descreva a resposta motora avaliada para os seguintes nervos
Musculocutâneo
Radial
Ulnar
Mediano

A

Musculocutâneo: Flexão do antebraço sobre o braço

Radial: Extensão do cotovelo, extensão do polegar e dedos, supinação da
mão

Ulnar: Flexão do 4o e 5o dedos, adução do polegar

Mediano: Flexão do punho e dedos, pronação da mão

183
Q

Na via interescalênica, o bloqueio do nervo … e a consequente paralisia do diafragma ipsolateral ocorrem em aproximadamente 100% dos casos quando são usados volumes maiores que … de AL

A

frênico

20 mL

184
Q

Devido à proximidade da cadeia simpática cervical e do nervo laríngeo recorrente,
os pacientes podem desenvolver …

A

rouquidão e síndrome de Horner

185
Q

Descreva indicações, AL e dose e complicações do bloqueio interescalênico

A

Indicações: ombro e braço proximal

AL: Ropivacaína, 0,5-0,75 mg/mL. Volume: 15-25 mL

Complicações:
Bloqueio do nervo frênico
Risco de punção do neuroeixo
Risco de punção da artéria vertebral
Pode ocorrer rouquidão e síndrome de Horner

  • Tabela completa bloqueis MMSS na galeria
186
Q

Descreva indicações, AL e dose e complicações do bloqueio interescalênico

A

Indicações: ombro e braço proximal

AL: Ropivacaína, 0,5-0,75 mg/mL. Volume: 15-25 mL

Complicações:
Bloqueio do nervo frênico
Risco de punção do neuroeixo
Risco de punção da artéria vertebral
Pode ocorrer rouquidão e síndrome de Horner

  • Tabela completa bloqueis MMSS na galeria
187
Q

O plexo lombar é formado pelos ramos anteriores de L1 a L4. Frequentemente, um pequeno
ramo de T12 e ocasionalmente de L5 fazem parte. O plexo dá origem aos nervos

A
  • ílio-hipogástrico (T12-L1)
  • ilioinguinal (T12-L1)
  • genitofemoral (T12-L1-L2)
  • cutâneo femoral lateral (L2-L3), femoral (L2-L3-L4)
  • obturatório (L2-L3-L4)
188
Q

As raízes de … unem-se formando o tronco lombossacral, que fará parte do plexo sacral, juntamente com os ramos de…

Dessa divisão, originam-se os nervos … (S1-S2-S3) e … (L4-L5-S1-S2-S3)

A

L4 e L5

S1, S2 e S3

cutâneo posterior da coxa

isquiático

189
Q

Quais são os preditores de ventilação difícil sob máscara
facial?

A

– M: Mask seal (vedação da máscara)
– O: Obstrução; obesidade
– A: Age (idade > 55 anos)
– N: No teeth (sem dentes)
– S: Stiff (rigidez do tórax)

190
Q

Quais são os preditores de ventilação difícil com dispositivos
supraglóticos?

A

– R: Restrição da abertura da boca
– O: Obstrução; obesidade
– D: Deformidades da VA
– S: Stiff (rigidez do tórax e/ou da coluna)

191
Q

Quais são os preditores de difculdades para laringoscopia e
intubação traqueal?

A

– L: Look externally (proporções, aparência geral)
– E: Evaluate (aplicar a regra 3-3-2)
– M: Mallampati
– O: Obstrução; obesidade
– N: Neck mobility (mobilidade cervical)

192
Q

Situações que indicam possível extubação difícil

A
  1. VA difícil durante a intubação em sala de cirurgia
  2. Múltiplas tentativas de intubação
  3. Sangramento de VA
  4. Choque anafilático no transoperatório
  5. Malformação envolvendo a VA
  6. Cirurgia de grande porte de cabeça, pescoço ou bucomaxilofacial
  7. Cirurgias que envolvam a VA (assoalho da boca, laringe e faringe)
  8. Radioterapia o cirurgia prévia em VA
193
Q

Descreva o teste do cuff

A
  1. Com o paciente em respiração espontânea, desinsufla-se o balonete,
    desconectando o tubo do ventilador mecânico
  2. Após, oclui-se o tubo com o dedo
  3. A presença do fluxo aéreo peritubo, indica via aérea patente, com teste
    negativo
  4. A ausência de fluxo aéreo é preditor importante de edema de VA, configurando
    um teste positivo
  • Teste com baixa sensibilidade (ao redor de 60%) e alta especificidade (maior que
    90%): um teste positivo guarda forte relação com edema, havendo risco até 18 vezes maior de reintubação nesse grupo
194
Q

Em casos em que se espera extubação difícil, pode-se fazer corticoterapia previamente. Descreva as doses e fármacos.

A
  • Metilprednisolona 20 mg, IV, de 4 em 4 horas, desde a chegada na sala de
    recuperação, até o momento da extubação
  • Realizar por, no mínimo, 12 horas (3 doses) antes da extubação
195
Q

Como estimar a fração de O2 proporcionada pela CN de oxigênio?

A

[4 x o fluxo de O2 em L/min] + 21%

196
Q

Cite causas de hiponatremia hiposmolar euvolêmica com concentração urinária de sódio > 20 mEq/L

A
  • Defciiência de glicocorticoides
  • Hipotireoidismo
  • Aumento da atividade simpática
  • Fármacos
  • SIADH
197
Q

Cite medidas para prevenir a hiponatremia associada a procedimentos urológicos

A

RTU de próstata, histeroscopia, cistoscopia:
- usar cautério bipolar (permitido com solução fsiológica como fuido de irrigação)
- evitar água destilada e altas pressões de irrigação (até 25 mmHg),
- minimizar tempo de irrigação
- monitorar a absorção de fuido (fuido instilado – removido)
- encerrar o procedimento caso a absorção seja > 1. 500 mL para mulheres e > 2.000 mL para homens

198
Q

Como corrigir o Ca Total em paciente com hipoalbuminemia?

A

aumento do cálcio total em 0,8 mg/dL para cada 1 g de albumina abaixo de 4 g

199
Q

Quais são as reações transfusionais imunomediadas e não infecciosas

A
  • Reações transfusionais hemolíticas
  • Reações febris não hemolíticas
  • Reações alérgicas
  • TRALI (tranfusion-related acute lung injury)
  • Imunomodulação relacionada à transfusão (TRIM)
200
Q

Quais são as reações transfusionais não imunomediadas e não infecciosas

A

– Anormalidades metabólicas
– Complicações relacionadas ao citrato
– Coagulopatia
– Complicações relacionadas ao armazenamento do sangue

201
Q

Descreva as Reações febris não hemolíticas associadas à transfusão de hemocomponentes

A

o aumento da temperatura corporal em, no mínimo, 1 °C após transfusão sanguínea. É a reação mais comum pós-transfusão, ocorrendo em 0,3 a 1% dos pacientes. Como próprio nome sugere, não ocorre o processo de hemólise nesse tipo de complicação. Existem 2 mecanismos fisiopatológicos principais de ocorrência, os quais são: aloimunização contra antígenos HLA( sistema antígeno leucocitário humano) de leucócitos presentes nas hemácias e plaquetas e a formação de citocinas (geralmente oriundas das plaquetas recebidas) como o pirogênio endógeno e a Interleucina-1.
O tratamento é sintomático, já que a RFNH tem evolução benigna, embora, inicialmente, recomenda-se a suspensão da transfusão e investigação quanto a possíveis outras reações, como a reação hemolítica aguda e contaminação bacteriana. Para tratamento da febre são utilizados antipiréticos como Paracetamol e Dipirona (vide casos de alergia), para o rash cutâneo, usa-se Difenidramina, e para os tremores, a Meperidina. Quanto à profilaxia, recomenda-se a pré-medicação com antipiréticos e também a transfusão de hemácias pobres em leucócitos (leucodepleção por filtração)

202
Q

Descreva a TRALI

A

Ocorre por transferência de aloanticorpos do plasma doador através da tranfusão, ocorrendo a reação contra os anticorpos do receptor (principalmente neutrófilos), induzindo agregação e adesão no endotélio dos alvéolos, consequentemente, liberando citocinas e aumentando a permeabilidade vascular. Esse aumento de permeabilidade ocasiona o edema pulmonar inflamatório. É uma condição rara, mas de importância clínica por apresentar altos índices de mortalidade.

Os principais sintomas costumam aparecer até 6 horas após a transfusão e incluem febre, calafrios, taquidispeneia, hipóxia, cianose, hipotensão arterial, edema pulmonar, e à radiografia aparecimento de infiltrados difusos. O quadro pode se agravar e tornar-se Síndrome da Angústia Respiratória, com grave hipoxemia e óbito.

O tratamento inclui manutenção do equilíbrio hemodinâmico do paciente, suporte ventilatório e evitar uso de Diuréticos (geralmente os pacientes estão hipotensos e hipovolêmicos). A principal forma de prevenção é a utilização de sangue de doadores do sexo masculino, porque as mulheres são expostas a variados tipos de antígenos HLA durante a gestação

203
Q

O neurotransmissor liberado no terminal pré-ganglionar simpático é … e o receptor presente no neurônio pós-ganglionar é …

A noradrenalina (NA) é o neurotransmissor liberado pelo neurônio pós-ganglionar na sinapse com o órgão-alvo e justifica o nome adrenérgico dado às ações desse sistema

A

a acetilcolina (ACh),

do tipo nicotínico

204
Q

A vasopressina age nos receptores … , causando vasoconstrição

A

de ocitocina e nos receptores V1 do músculo liso vascular

205
Q

Trata-se de potente estimulador β-adrenérgico
puro (não seletivo). Promove aumento da FC, da
contratilidade e do DC. A PA sistólica pode aumentar
ou permanecer inalterada, mas a estimulação
β2 causa redução da resistência vascular pulmonar
(RVP) e da PA diastólica. O resultado final
é o aumento do consumo e redução da oferta de
oxigênio, sendo uma opção ruim de inotrópico.
É um agente que vem caindo em desuso devido ao
sur gimento de novos fármacos inotrópicos com
me nores efeitos taquicardizantes e arritmogênicos.
É usado atualmente como agente cronotrópico em
pacientes após transplante cardíaco ou em situações
de baixo DC, em que a taquicardia não é detrimental,
como em pacientes pediátricos com volume
sistólico fixo e após ressecção de aneurisma
de ventrículo

A

Isoproterenol

206
Q

É um agonista seletivo dos receptores adrenérgicos α1. Promove vasoconstrição com aumento da RVP e da PAM. A bradicardia reflexa vagal pode ocasionar redução do DC. É usada no tratamento
da hipotensão arterial associada à anestesia espinal. Possui rápido início de ação e curta duração (5-10 minutos) quando administrada
na via intravenosa. Atua também como midriático e descongestionante nasal. Pode ser utilizada topicamente para preparo da intubação nasal

A

Fenilefrina

207
Q

Possui efeitos semelhantes aos da adrenalina, mas
com potência muito menor e com maior duração.
Promove aumento da PAM, da FC, da contratilidade
e do DC, além de ter efeito broncodilatador.
Apesar de apresentar ação direta, seus efeitos indiretos
predominam (aumento de liberação e redução
da recaptação de NA). É muito utilizada para
tratamento de hipotensão durante a anestesia, mas
seu uso deve ser temporário enquanto a causa da
hipotensão está sendo identificada.
A taquifilaxia desenvolve-se rapidamente devido à
depleção de estoques de NA.
Diferentemente dos α1-agonistas diretos, não diminui o fluxo sanguíneo uterino, sendo muito usada para tratamento de hipotensão
arterial em obstetrícia. Devido ao seu efeito estimulante
β1-adrenérgico, é indicada para tratar
hipo tensão moderada associada à bradicardia

A

efedrina

208
Q

Inibe seletivamente a fosfodiesterase III, apresentando efeito inotrópico e vasodilatador (redução da pré e pós-carga). Não apresenta efeito em α ou β-receptores. Potente dilatador da vasculatura pulmonar. Seu efeito
hemodinâmico depende da dose utilizada, da reserva
inotrópica e da quantidade de adenosina monofosfato
cíclico (AMPc) existente. Diminui a
RVP e a pressão da artéria pulmonar com menor
efeito sobre a demanda de oxigênio pelo miocárdio.
Pode ser usada por via oral ou parenteral em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva
(ICC) refratária ou antes do desmame da circulação
extracorpórea (CEC). A melhora do DC ocorre
pelo efeito inotrópico associado ao efeito vasodilatador.
A dose deve ser ajustada para pacientes
com falência renal. O pico de ação ocorre em
5 minutos e não há tolerância com o uso até 24 horas.
Apresenta efetividade em pacientes que estão
recebendo β-bloqueadores

A

Milrinone

209
Q

Promove α-bloqueio competitivo e não seletivo
(α1 e α2), resultando em vasodilatação periférica e
redução da pressão arterial sistólica. A ativação de
barorreceptores, assim como o bloqueio de receptores
α2, leva a taquicardia reflexa e aumento
do DC, o que pode precipitar angina ou arritmias.
Seu principal uso é para tratar emergências hipertensivas
intraoperatórias, como, por exemplo, a
hipertensão durante a manipulação de feocromocitoma.
Pode ser usada para tratar a vasoconstrição
causada por extra vasamento vascular acidental
de simpatomiméti cos. Nesse caso, realiza-
-se infiltração local com do ses de 5 a 15 mg em
10 mL de SF 0,9%.

A

Fentolamina

210
Q

É usada no tratamento de hipertensão e hiperplasia
prostática benigna. É um bloqueador seletivo α1
pós-sináptico. Promove relaxamento da próstata e
da musculatura lisa vascular. É usada para o manejo
pré-operatório no feocromocitoma. Pode causar
hipotensão postural.

A

Doxazosina

211
Q

Trata-se de potente α1-antagonista seletivo. Dilata
arteríolas e vênulas resultando em redução da RVS
e do retorno venoso. Como não atua em receptor
α2, causa menos taquicardia reflexa. Tem efeito
antiarrít mico

A

Prazosina

212
Q

Dilata principalmente as vênulas (menor efeito em arteríolas) e, assim, em baixas doses, produz vasodilatação sem causar redução significativa da RVS. A PA e o DC diminuem pela redução do
retorno venoso. Em doses maiores, dilata as arteríolas, reduzindo também a pós-carga, e estimula a taquicardia reflexa. Melhora o balanço miocárdico
por ação vasodilatadora coronariana direta (aumento da entrega de oxigênio) e devido aos efeitos hemodinâmicos sistêmicos (redução da demanda). Aumenta a perfusão subendocárdica, inibe o vasospasmo coronariano e reduz o consumo
miocárdico de oxigênio. É um fármaco de primeira linha para pacientes com isquemia miocárdica, mas cautela deve ser tomada em pacientes
hipotensos, pois, nesses casos, pode piorar a isquemia. Pode ser usada por via sublingual ou IV para tratamento de angina. Pode produzir metemoglobinemia

A

Nitroglicerina

213
Q

É um vasodilatador direto não seletivo (tanto arterial como venoso) de ação ultracurta e sem efeitos inotrópicos que rapidamente reduz a PA. Reduz a pré-carga e a pós-carga do VE, sendo de primeira linha para urgências hipertensivas. Seu uso está associado à dilatação vascular de zonas
não isquêmicas e ao direcionamento do fluxo para longe das áreas isquêmicas (roubo coronariano),
devendo, assim, ser utilizado com cautela em pacientes isquêmicos. A taquicardia reflexa é mais pronunciada e pode aumentar o consumo miocárdico de oxigênio. Seu uso prolongado ou em altas doses associa-se ao acúmulo de metabólitos tóxicos, metemoglobinemia e acidose lática. Deve ser usado em infusão contínua e precisa de lenta titulação associado à monitoração arterial invasiva

A

Nitroprussiato de sódio

214
Q

Uso por tempo prolongado de nitroprussiato de sódio pode levar a um acúmulo de …
Essa intoxicação se manifesta com …
Se dose acima de … mcg/kg/min por mais de … dias, deve-se monitorizar níveis de … diariamente.

O tratamento da intoxicação por cianeto pode ser feito com o uso da …

Uma alternativa de tratamento é a administração de …

A

cianeto

acidose metabólica (láctica), hiperoxemia venosa, falta de ar, confusão mental e até morte

2

3

tiocianato

hidroxicobalamina

tiossulfato de sódio

  • A hidroxicobalamina é um precursor de vitamina B12, que contém uma porção de cobalto que se liga avidamente ao cianeto intracelular, formando a cianocobalamina. Utiliza-se a dose de 70mg/kg de hidroxicobalamina (em adulto, aproximadamente 5g) endovenosa. Pode-se repetir metade dessa dose se necessário. Efeitos colaterais da hidroxicobalamina são: erupções de pele, cefaleia, náuseas, linfopenia, disfagia.
    ** Tiossulfato de sódio aumenta a capacidade orgânica de eliminar íons cianeto. O tiossulfato de sódio tem apresentação de 250mg/ml; em geral, em adultos, se administra primeiro 300mg de nitrito de sódio (10ml da solução a 3%) EV em 20 minutos. Depois, administra-se 12,5g EV lento (em mais de 10 minutos) de tiossulfato de sódio. Se necessário, repetir após 30 minutos metade da dose do tiossulfato de sódio. Contraindicado o uso associado a hidroxicobalamina.
215
Q

É um vasodilatador direto que reduz a concentração
de cálcio intracelular na musculatura lisa vascular.
Promove dilatação direta de pequenas artérias
e arteríolas nos leitos coronariano, cerebral,
esplâncnico e renal levando à queda da RVS e da
PA. A pré-carga fica relativamente mantida, pois
não atua nos vasos de capacitância. Promove taquicardia
reflexa, que pode desencadear isquemia
em pacientes com estenose coronariana

A

hidralazina