Anatomia macroscópica do tronco encefálico e do cerebelo Flashcards

(56 cards)

1
Q

Tronco encefálico

A
  • Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo
  • Grupos de corpos de neurônios: núcleos
  • Grupos de fibras nervosas: tratos, fascículos ou lemniscos

OBS: Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos (10 de 12)

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2
Q

Divisão do tronco encefálico

A
  1. Bulbo (caudalmente)
  2. Mesencéfalo (cranialmente)
  3. Ponte (intermediário)
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3
Q

Bulbo ou medula oblonga

A
  • Forma de tronco de cone
  • A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos contínuos com os sulcos da medula
  • Estes sulcos delimitam as áreas anterior, lateral e posterior do bulbo (parece uma continuação direta dos funículos da medula)
  • Área ventral: fissura mediana anterior
  • Nas laterais: pirâmides
  • Área lateral: oliva (eminência oval)

OBS: A oliva é formada por uma grande massa de substância cinzenta (núcleo olivar inferior)

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4
Q

Pirâmides bulbares

A

Feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula (TRATO CORTICOESPINAL)

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5
Q

Decussação das pirâmides

A

Formada por fibras do trato corticoespinal que, na parte caudal do bulbo, cruzam obliquamente o plano mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior

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6
Q

Limites do bulbo

A
  • Não há uma linha de demarcação nítida entre medula e bulbo (considera-se que o limite entre eles é acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical = ao nível do forame magno do osso occipital)
  • Limite superior: sulco bulbo-pontino (sulco horizontal visível no contorno ventral do órgão) = margem inferior da ponte
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7
Q

Raízes dos nervos cranianos

A

SULCO LATERAL ANTERIOR
XII par - nervo hipoglosso

SULCO LATERAL POSTERIOR
IX par - nervo glossofaríngeo
X par - nervo vago
XI par - nervo acessório

LIMITE DO PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO
V par - nervo trigêmeo

SULCO BULBO-PONTINO
VI par - nervo abducente
VII par - nervo facial
VIII par - nervo vestíbulo-coclear

SULCO MEDIAL DO PEDÚNCULO CEREBRAL
III par - nervo oculomotor

COLÍCULO INFERIOR
IV par - nervo troclear

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8
Q

Metade caudal do bulbo

A
  • Também chamada de porção fechada do bulbo
  • Percorrida por um estreito canal
  • Continuação direta do canal central da medula
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9
Q

O que o canal central da medula formará?

A

IV Ventrículo (cujo assoalho é, em parte, constituído pela porção aberta do bulbo)

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10
Q

Sulco mediano posterior

A
  • Termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento de seus lábios
  • Resultado: contribui para a formação dos limites laterais do IV ventrículo
  • Entre este sulco e o sulco lateral posterior está situada a ÁREA POSTERIOR DO BULBO (continuação do funículo posterior da medula)
    Divisão (sulco intermédio posterior):
    a) Fascículo grácil
    b) Fascículo cuneiforme
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11
Q

Fascículos do bulbo

A

Fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta: núcleos grácil e cuneiforme

OBS: Os núcleos se encontram na parte mais cranial dos respectivos fascículos. RESULTADO: Aparecimento de duas eminências
1- Tubérculo do núcleo grácil (medial)
2- Tubérculo do núcleo cuneiforme (lateral)

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12
Q

Relação entre os tubérculos e o IV ventrículo

A

Com o aparecimento do IV ventrículo, os tubérculos afastaram-se lateralmente e gradualmente continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior

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13
Q

Ponte

A
  • Interposta entre o bulbo e o mesencéfalo
  • Ventralmente ao cerebelo
  • Repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide
  • Base: ventral, com estriação transversal (numerosos feixes de fibras transversais que convergem formando o PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO)
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14
Q

Sulco basilar

A
  • Na superfície ventral da ponte

- Aloja a artéria basilar

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15
Q

Nervo intermédio

A

Raiz sensitiva do VII par que surge entre os nervos VII e VIII (nervos relacionados intimamente)

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16
Q

Síndrome do ângulo ponto-cerebelar

A
  • Causa: tumor
  • Mecanismo: compressão das raízes nervosas (a riqueza de sintomas é fruto da presença de muitas raízes para uma área relativamente pequena)
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17
Q

Ângulo ponto-cerebelar

A
  • Espaço latente de forma irregular localizado na fossa posterior cerebral
  • Estruturas importantes:
  • Flóculo (pequeno lóbulo cerebelar)
    *Abertura lateral do IV ventrículo (forame de Luschka)
    *Artéria cerebelar ântero-inferior (ramo:artéria labiríntica - irriga a cóclea e o labitinto)
    *VII e VIII pares de nervos cranianos
  • Delimitação:
    anterior = superfície posterior do osso temporal
    posterior = superfície anterior do cerebelo medial = oliva inferior
    superior = borda inferior da ponte e do pedúnculo cerebelar
    inferior = tonsila cerebelar
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18
Q

Assoalho do IV ventrículo

A

Parte dorsal da ponte + Parte dorsal da porção aberta do bulbo

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19
Q

IV Ventriculo

A
  • É a cavidade do rombencéfalo
  • Situada entre o bulbo e a ponte, ventralmente, e o cerebelo, dorsalmente
  • Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral
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20
Q

Aqueduto cerebral

A

Cavidade do mesencéfalo através do qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo

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21
Q

Recessos laterais

A
  • Resultante do prolongamento lateral do IV ventrículo
  • Comunicam-se com o espaço subaracnoideo de ambos os lados por meio das aberturas laterais do IV ventrículo (forames de Luschka)

OBS: A abertura mediana do IV ventrículo (forame de Magendie) está situada no meio da metade caudal do teto do ventrículo

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22
Q

Importância das aberturas laterais e mediana do IV ventrículo

A

Por meio dessas cavidades, o liquor, que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnoideo

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23
Q

Assoalho do IV ventrículo

A
  • Forma losângica
  • Parte dorsal da ponte + porção aberta do bulbo
  • Limita-se ínfero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares inferiores e pelos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme
  • Limita-se súpero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares superiores (feixes de fibras nervosas que convergem para penetrar no mesencéfalo)
24
Q

Assoalho do IV ventrículo

A
  • Percorrido em toda a sua extensão pelo sulco mediano

- Cada lado deste sulco tem uma eminência lateral que é limitada lateralmente pelo sulco limitante

25
Sulco limitante
- Separa os núcleos motores derivados da lâmina basal e situados medialmente dos núcleos sensitivos derivados da lâmina alar e localizados lateralmente - Alarga-se para constituir: a) 2 depressões b) As fóveas superior e inferior (metades cranial e caudal do IV ventrículo respectivamente)
26
Eminência medial
- Na parte caudal, observa-se, de cada lada, uma pequena área triangular de vértice inferior: O TRÍGONO DO NERVO HIPOGLOSSO (núcleo do nervo hipoglosso) - Lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso e caudalmente à fovea inferior, existe outra área triangular: O TRÍGONO DO NERVO VAGO (núcleo dorsal do vago) - Dilata-se para constituir, de cada lado, uma elevação arredondada: COLÍCULO FACIAL OBS: Este colículo é formado por fibras do nervo facial que contornam o núcleo do nervo abducente neste nível
27
Funiculus separans
- Lateral ao trígono do nervo vago | - É uma estreita crista oblíqua que separa este trígono da área postrema
28
Área postrema
Região relacionada com o mecanismo do vômito desencadeado por estímulos químicos
29
Área vestibular
- Lateral ao sulco limitante - Estende-se de cada lado em direção aos recessos laterais - É uma grande área triangular que corresponde aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear - Existem cordas finas cordas de fibras nervosas que constituem as estrias medulares do IV ventrículo
30
Lócus-ceruleus
- Área de coloração ligeiramente escura | - Localização dos neurônios mais ricos em noradrenalina do encéfalo
31
Teto do IV ventrículo
- A metade cranial é composta por fina lâmina de substância branca: VÉU MEDULAR SUPERIOR (estende-se entre os dois pedúnculos cerebelares superiores) - A metade caudal é composta pela tela corioide (epitélio ependimário + pia-máter) OBS: O epitélio ependimário reveste internamente o ventrículo e a pia-máter reforça externamente este epitélio
32
Tela corioide
Emite projeções irregulares bem vascularizadas que se invaginam na cavidade ventricular para formar o PLEXO CORIOIDE DO IV VENTRÍCULO
33
Importância do plexo corioide
Produção do liquor
34
Como o liquor se acumula na cavidade ventricular?
- O liquor passa ao espaço subaracnoideo pelas aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo - Através das aberturas laterais (próximas do flóculo do cerebelo exterioriza-se uma pequena porção do plexo carioide do IV ventrículo
35
Mesencéfalo
- Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo - Atravessado pelo aqueduto cerebral - Dorsal ao aqueduto cerebral há o teto do mesencéfalo - Ventral ao teto estão os pedúnculos cerebrais - 2 Sulcos longitudinais (marcam o limite entre base e tegmento do pedúnculo cerebral): a) sulco lateral do mesencéfalo b) sulco medial do mesencéfalo OBS: Do sulco medial emerge o nervo oculomotor (III par)
36
Pedúnculo cerebral
- Parte dorsal = tegmento (predominantemente celular) - Parte ventral = base do pedúnculo (fibras longitudinais) OBS: O tegmento é separado da base pela substância negra (formada por neurônios que contêm melanina)
37
Teto do mesencéfalo
- Eminências arredondadas: COLÍCULOS SUPERIORES E INFERIORES - Caudalmente a cada colículo inferior emerge o IV par craniano (nervo troclear) - Os colículos se ligam aos corpos geniculados (pequenas eminências ovais do diencéfalo) através dos braços dos colículos (feixes de fibras nervosas) - COLÍCULO INFERIOR = FAZ PARTE DA VIA AUDITIVA - COLÍCULO SUPERIOR = FAZ PARTE DA VIA ÓPTICA Colículo inferior -> Braço do colículo inferior -> Corpo geniculado medial Colículo superior -> Braço do colículo superior -> Corpo geniculado lateral
38
Nervo troclear
- Único dos pares cranianos que emerge dorsalmente | - Contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre a ponte e o mesencéfalo
39
Colículo superior
- Tem parte de seu trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial - Faz parte da via auditiva OBS: Dica para achar o corpo geniculado - procurar na extremidade do trato óptico
40
Pedúnculos cerebrais
- Ventrais - Grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro - Delimitam uma profunda depressão triangular: FOSSA INTERPEDUNCULAR - Face medial: sulco medial do pedúnculo - nervo oculomotor
41
Fossa interpeduncular
- Limitada anteriormente pelos corpos mamilares (eminências do diencéfalo) - Seu fundo apresenta pequenos orifícios para a passagem de vasos = SUBSTÂNCIA PERFURADA POSTERIOR
42
Cerebelo
- Dorsal ao bulbo e à ponte - Contribui para a formação do IV ventrículo - Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital - Está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter: TENDA DO CEREBELO - Funções motoras + funções cognitivas
43
Pedúnculos cerebelares
``` INFERIOR = liga o cerebelo à medula e ao bulbo SUPERIOR = liga o cerebelo ao mesencéfalo MÉDIO = liga o cerebelo à ponte ```
44
Importância do cerebelo
- Manutenção da postura - Equilíbrio - Coordenação dos movimentos - Aprendizagem de habilidades motoras
45
Vérmis
- Porção ímpar e mediana - Ligado aos hemisférios cerebelares (massas laterais) - Pouco separado dos hemisférios na face dorsal do cerebelo (diferente da face ventral = sulcos bem evidentes que o separam das partes laterais)
46
Folhas de cerebelo
- Superficiais | - São lâminas finas delimitadas por sulcos de direção predominantemente transversal
47
Fissuras do cerebelo
- Sulcos mais pronunciados - Delimitam lóbulos OBS: Um lóbulo pode conter várias folhas
48
Importância dos sulcos , fissuras e lóbulos do cerebelo
Aumentam consideravelmente a superfície do cerebelo sem grande aumento de volume
49
Organização cerebelar
CENTRO: substância branca = corpo medular do cerebelo (irradiam lâminas brancas do cerebelo) CÓRTEX: substância cinzenta (revestimento externo)
50
Corpo medular
- Núcleos (centrais) de substância cinzenta: a) Denteado b) Interpósito (subdividido em emboliforme e globoso) c) Fastigial
51
Importância dos núcleos centrais do cerebelo
Deles saem todas as fibras nervosas eferentes do cerebelo
52
Lóbulos
- 1 lóbulo do vérmis = 2 lóbulos nos hemisférios - Total: 17 lóbulos - Lóbulos importantes: Nódulo, flóculo e tonsila ``` Nódulo = último lóbulo do vérmis (acima do teto do IV ventrículo) Flóculo = lóbulo do hemisfério com folhas pequenas (atrás do pedúnculo cerebelar inferior) Tonsilas = evidentes na face ventral do cerebelo (medial à face dorsal do bulbo) -> PODE FORMAR UMA HÉRNIA DE TONSILA (penetra no forame magno, comprime o bulbo, podendo ser fatal) ``` OBS: O pedúnculo do flóculo une o nódulo e o flóculo, formando o lobo flóculo-nodular (separado do corpo do cerebelo pela fissura posterolateral) = RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO
53
Fissuras
- Total: 8 fissuras | - Fissuras: posterolaterais e prima -> Separam os LOBOS
54
Fissura posterolateral
Divide o cerebelo em : 1- lobo flóculo-nodular 2- corpo do cerebelo OBS: O corpo do cerebelo é dividido em lobo anterior e lobo posterior pela fissura prima
55
Pedúnculos cerebelares | feixes de fibras
- São eles: a) superior (cerebelo + mesencéfalo) b) inferior ( cerebelo + medula) c) médio (cerebelo+ponte)
56
Ponto de emergência do nervo trigêmeo
Limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar