Antídotos Flashcards
(35 cards)
Dimercaprol
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante nas intoxicações por chumbo, arsénio e mercúrio inorgânico. Usado na encefalopatia. É eliminado com o chumbo na urina (que deve ser previamente alcalinizada). No mercúrio e no arsénio é suplementado com o succimer, exceto quando há atingimento do TGI. Preparado em óleo de amendoim. Via IM
Succimer
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante nas intoxicações por chumbo, arsénio e mercúrio. Pode ser usado em doentes com deficiência da desidrogénase do fosfato de glicose em 6. Não provoca redistribuição do chumbo para o SNC. Via oral
Unitiol
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante hidrossolúvel análogo do dimercaprol. Não parece causar redistribuição do mercúrio ou do chumbo para o SNC
Edetato de cálcio dissódico - EDTA
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante para intoxicações por chumbo capaz de reverter as alterações hematológicas induzidas pelo mesmo. Associado ao dimercaprol, é fundamental para tratar o saturnino grave e a encefalopatia pelo chumbo.
Desferroxamina
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante para o tratamento parentético de intoxicações agudas pelo ferro, fixa o ferro livre e o que está em trânsito entre a transferrina e a ferritina, sem afetar o ferro da hemoglobina, hemossiderina ou ferritina. Também se usa na quelação do alumínio. Nas intoxicações agudas pelo ferro causa hipotensão. Nos doentes com sobrecarga crónica de ferro, associa-se a efeitos tóxicos auditivos, oculares, pulmonares e infeções por promoção do crescimento bacteriano
Edetato de dicobalto
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Quelante de cianeto. Muitos efeitos tóxicos como hipotensão, arritmias e angioedema.
Protamina
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Reverte o efeito anticoagulante da heparina não fracionada. Deve ser usada apenas se houver hemorragia persistente com TTPa prolongado, riscos como a hipotensão, anafilaxia, arritmias, leucopenia e lesão pulmonar aguda
Pralidoxima
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Reativador das colinesterases nas intoxicações por organofosfardos, provocando a sua dissociação das colinesterases. Usa-se em todos os doentes sintomáticos independentemente da demora no início do tratamento. É sobretudo eficaz a reverter o bloqueio neuromuscular. Se a ministrarão for elevada podem ocorrer tonturas, visão enevoada e hipertensão
D-penicilamina
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Intoxicações por cobre. Muitas reações adversas.
Idarucizumab
Antídoto que forma um complexo inerte com o tóxico. Liga-se fortemente ao dabigatran e anula a sua atividade anticoagulante
Dabigatram
Anticoagulante oral
N-acetilcisteína
Antídoto por aceleração da intimação metabólica. Tratamento da hepatotoxicidade provocada pelo paracetamol. Gera ou substitui o glutatião. Administrado via oral ou IV (eficaz mais rapidamente e importante por exemplo em grávidas, em que o fígado do feto também precisa)
Cianeto
Tóxico pela inalação do fumo de incêndios industriais, ingestão suicida, acidente ou crime. Ligação ao ião férrico do complexo IV da cadeia respiratória levando à depleção de ATP, acumulação de H+ e acidose.
Nitrito de amila (inalatório) e nitrito de sódio (endovenoso)
Presente nos estojos de antídotos do cianeto. Causam vasodilatação e aumento da metemoglobina no sangue. Podem causar hipotensão e taquicardia.
Tiossulfato de sódio (endovenoso)
Presente nos estojos de antídotos do cianeto. Aumenta a atividade da rodanase que converte o cianeto em tiocianato
Hidroxicobalamina
Percurssor da vit B12. Quelante que fixa muito rapidamente o cianeto sem comprometer a saturação de oxigénio e sem provocar hipotensão. Tratamento empírico ideal para doentes que inalaram fumo de incêndios, em que há hipótese de intoxicação simultânea pelo CO e pelo cianeto.
Metanol
Convertido pela desidrogénase alcoólica em ácido formico, provocando acidose metabólica grave com Gap aninónico aumentado. Toxicidade à retina irreversível
Etilenoglicol
Convertido pela desidrogénase alcoólica em ácido glicólico e oxálico, leva a acidose metabólica grave com Gap aninónico aumentado e formação de cálculos renais
Fomepizole e etanol
Antídotos do metanol, etilenoglicol e dietilenoglicol. Inibidores competitivos da desidrogénase alcoólica. Se o fomepizole for administrado antes do começo de lesões graves impede o seu aparecimento. Quando já estão presentes impede a progressão.
Naloxona
IV. Intoxicação por opiáceos. Pode desencadear síndrome aguda de abstinência e edema pulmonar.
Flumazenil
IV. Intoxicação por benzodiazepinas ou agonias dos seus recetores como o zolpiden e o zoplicone. Antagonista do recetor das benzodiazepinas com ligação ao recetor GABAa.
Oxigénio hiperbárico
Intoxicação por CO
Atropina
Intoxicações por agonistas muscarínicos ou iniciadores das colinesterases. Inútil para reverter as ações nicotínocas. Antagonismo competitivo.
Cálcio
Intoxicações pelos bloqueadores dos canais de cálcio ou pelos beta bloqueadores. Eficaz nas intoxicações moderadas. Necessário vigiar cuidadosamente os valores de cálcio sério ionizado, risco de hipercalcemia. Deve evitar-se a ministrarão de cálcio nos doentes com intoxicações pela digoxina, porque agrava as suas ações tóxicas e pode causar assistolia