A.R. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Flashcards

(194 cards)

1
Q

Quais são os sintomas iniciais da AR?

A

Podem ser articulares e/ou sistêmicos.

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2
Q

Quais sintomas sistêmicos podem preceder as manifestações articulares?
5

A

Astenia, fadiga, mal-estar, febre baixa e dores musculoesqueléticas vagas.

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3
Q

Como a AR pode se manifestar inicialmente de forma articular?

A

Poliartrite aditiva, simétrica, associada a edema e rigidez articular.

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4
Q

A AR acomete mais pequenas ou grandes articulações?

A

Acomete ambas, mas tem preferência por pequenas articulações.

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5
Q

Quais articulações das mãos e punhos são mais afetadas?

A

Metacarpofalangeanas (MCF), interfalangeanas proximais (IFP) e punhos.

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6
Q

Quais articulações dos pés são mais acometidas?

A

Metatarsofalangeanas (MTF) da 2ª à 5ª (especialmente a 5ª).

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7
Q

Qual articulação metatarsofalangeana é mais afetada na gota?

A

A 1ª MTF (hálux).

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8
Q

Quais articulações podem ser acometidas com a progressão da AR?

A

Joelhos, ombros, cotovelos, IFP dos pés, articulação atlanto-axial (C1-C2), esternoclaviculares, temporomandibulares, coxofemorais, cricoaritenóideas e, raramente, articulações dos ossículos do ouvido.

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9
Q

Como a AR pode afetar os ombros?

A

Tendem a uma posição viciosa de adução e rotação interna.

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10
Q

Qual a principal deformidade que pode ocorrer no cotovelo na AR?

A

Rigidez em semiflexão com semipronação do antebraço, devido à inflamação.

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11
Q

Qual é a principal complicação da AR na coluna cervical?

A

Subluxação atlanto-axial (C1-C2).

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12
Q

O que acontece na subluxação atlanto-axial?

A

O processo odontoide de C2 passa por C1, podendo comprimir o bulbo cefálico.

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13
Q

Por que essa complicação é perigosa (subluxação atlanto-axial) ?

A

Pode levar a déficits neurológicos graves e risco de compressão medular.

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14
Q

Como é a dor articular na AR?

A

Ritmo inflamatório: pior pela manhã e à noite.

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15
Q

O que é a rigidez matinal na AR?

A

Sensação de rigidez articular ao acordar que dura mais de 1 hora.

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16
Q

Quais são os sinais locais de inflamação articular na AR?

A

Calor, edema, efusão (derrame articular), rubor leve e limitação de movimentos.

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17
Q

O que pode acontecer nos casos de AR não tratada ou de longa duração?

A

Instabilidades articulares e deformidades progressivas.

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18
Q

Quais são as principais deformidades das mãos na AR?

A

Dedos em fuso, mãos em dorso de camelo, desvio ulnar, dedos em pescoço de cisne, polegar em Z, dedos em botoeira.

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19
Q

O que caracteriza os “dedos em fuso” na AR?

A

Tumefação das interfalangeanas proximais (IFP), dando aspecto fusiforme aos dedos.

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20
Q

O que caracteriza as “mãos em dorso de camelo”?

A

Tumefação das metacarpofalangeanas (MCF) (principalmente 2ª e 3ª) e dos punhos, com hipotrofia dos músculos interósseos.

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21
Q

O que é o “desvio ulnar dos dedos”?

A

Desvio lateral dos dedos em direção à ulna devido à inflamação crônica das articulações MCF.

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22
Q

. O que são os “dedos em pescoço de cisne”?

A

Hiperextensão das interfalangeanas proximais (IFP) e flexão das interfalangeanas distais (IFD).

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23
Q

O que caracteriza o “polegar em Z”?

A

Flexão das MCF do polegar e hiperextensão das interfalangeanas.

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24
Q

O que são os “dedos em botoeira”?

A

Flexão das interfalangeanas proximais (IFP) e hiperextensão das interfalangeanas distais (IFD).

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25
Qual deformidade comum no punho na AR?
Semiflexão e tumefação do punho, com saliência da cabeça da ulna e hipotrofia dos músculos interósseos.
26
O que caracteriza a artrite erosiva na AR?
Destruição articular e óssea, com osteólise e sinovite crônica.
27
Como diferenciar a artrite reumatoide da artrite psoriásica no raio-X?
AR: erosão (osteólise) sem neoformação óssea. → Artrite Psoriásica: erosão com neoformação óssea (osteogênese).
28
Quais são as principais deformidades reumatológicas das mãos na AR?
Dedo em botoeira, dedo em martelo, dedo em pescoço de cisne, desvio ulnar e mão em ventania.
29
O que caracteriza o "dedo em botoeira"?
Flexão da interfalangeana proximal (IFP) e hiperextensão da interfalangeana distal (IFD).
30
O que caracteriza o "dedo em martelo"?
Flexão fixa da interfalangeana distal (IFD).
31
O que caracteriza o "dedo em pescoço de cisne"?
Hiperextensão da interfalangeana proximal (IFP) e flexão da interfalangeana distal (IFD).
32
O que é o "desvio ulnar dos dedos"?
Desvio progressivo dos dedos em direção à ulna devido à destruição das articulações metacarpofalangeanas (MCF).
33
O que é a "mão em ventania"?
Desalinhamento irregular dos dedos, causado pela perda do suporte ligamentar e articular.
34
Como essas deformidades impactam a funcionalidade da mão?
Dificultam a preensão, os movimentos finos e reduzem a força muscular, levando à incapacidade progressiva.
35
Quais são as principais deformidades articulares na AR avançada?
Desvio ulnar, deformidade do polegar, dedos em pescoço de cisne, pannus e anquilose dos carpos.
36
O que é o desvio ulnar na AR?
Deslocamento lateral dos dedos em direção à ulna, causado pela destruição das articulações metacarpofalangeanas (MCF).
37
O que é o pannus e como ele impacta a articulação?
Hipertrofia da sinóvia, causando inflamação crônica e destruição progressiva da cartilagem e do osso subjacente.
38
O que é a anquilose dos carpos na AR?
Fusão óssea das articulações do punho, levando à perda completa de mobilidade.
39
Quais são os principais achados radiográficos na AR?
Osteopenia periarticular, erosões ósseas, perda da cortical óssea, anquilose e desvio ulnar.
40
Qual é o primeiro achado radiográfico da AR?
Osteopenia periarticular (visualizada como linhas pretas entre as MCF e IFPs).
41
O que acontece com os ossos do carpo na AR avançada?
Perda da cortical óssea e anquilose, tornando-os indistinguíveis no raio-X.
42
O que a AR pode causar nos ossos além da destruição articular?
Osteoporose, devido à inflamação crônica e ao uso de corticoides no tratamento.
43
Como a AR pode levar a neuropatia periférica?
O pannus hipertrofiado pode comprimir os nervos, causando síndromes compressivas.
44
Quais síndromes compressivas podem ocorrer na AR?
Síndrome do túnel do carpo (compressão do nervo mediano) e compressão do nervo ulnar no canal de Guyon.
45
Quais são os sintomas da neuropatia periférica na AR? 4
Dor, parestesia e dormência nas mãos, podendo evoluir para fraqueza muscular.
46
O que é o padrão palindrômico da artrite reumatoide (AR)?
Uma forma menos frequente da AR, caracterizada por episódios de artrite intermitente, com períodos de remissão completa.
47
Como a artrite se manifesta no padrão palindrômico da AR?
Artrite mono ou oligoarticular, com início súbito, forte intensidade, calor, edema e rubor.
48
Qual a duração típica de um episódio no padrão palindrômico da AR?
Em média, de 12 horas a alguns dias, seguido de períodos sem sintomas.
49
Como diferenciar o padrão palindrômico da AR da artrite gotosa aguda?
Ambas podem ter início súbito e sintomas intensos, mas na artrite gotosa há deposição de cristais de urato, enquanto na AR palindrômica não há essa evidência.
50
. O que acontece entre os episódios da AR palindrômica?
O paciente pode ter remissão completa dos sintomas articulares, sem sinais inflamatórios entre as crises.
51
A AR palindrômica pode evoluir para AR clássica?
Sim, em alguns casos, pode progredir para artrite reumatoide persistente e erosiva.
52
Qual a prevalência das manifestações extra-articulares na AR?
Acometem cerca de 40% dos pacientes com AR.
53
O que as manifestações extra-articulares indicam sobre a gravidade da AR?
Estão relacionadas a formas mais graves da doença e maior risco de complicações sistêmicas.
54
Quais são algumas das manifestações extra-articulares graves da AR?
Vasculite, neuropatia associada à vasculite, síndrome de Felty, glomerulonefrite associada à amiloidose, pericardite, pleurite e esclerite.
55
Qual a incidência anual e o impacto na mortalidade das manifestações extra-articulares da AR?
Incidência de 1:100/ano, com mortalidade 5x maior do que na AR com acometimento apenas articular.
56
Qual manifestação extra-articular da AR não é considerada grave?
Nódulos subcutâneos.
57
Como as manifestações cutâneas podem se apresentar na AR? 5
Hipotrofias, eritemas, alterações secundárias a vasculites, fenômeno de Raynaud (menos frequente) e unhas quebradiças.
58
Qual é o tratamento indicado para manifestações extra-articulares graves da AR?
Tratamento agressivo com corticoides em altas doses e pulsos de ciclofosfamida.
59
Qual a principal manifestação ocular na artrite reumatoide?
Ceratoconjuntivite sicca (secura ocular).
60
Qual a estrutura ocular mais acometida na artrite reumatoide?
Esclera.
61
Quais são as possíveis complicações oculares da AR?
Esclerite, episclerite, uveíte, úlcera de córnea, nodulose episcleral, ceratite filamentar, descolamento de retina exsudativo, edema macular e toxicidade por fármacos.
62
Como a AR pode levar a perda visual grave?
A inflamação intensa pode causar úlceras profundas na córnea, expondo a coróide e formando pontos pretos na esclera.
63
Quais fármacos usados no tratamento da AR podem causar complicações oculares?
Antimaláricos (hidroxicloroquina) podem se depositar na retina e córnea, enquanto corticosteroides aumentam o risco de catarata e glaucoma.
64
O que caracteriza a síndrome de Sjögren secundária na AR?
Associação da ceratoconjuntivite sicca com xerostomia (boca seca) devido à inflamação das glândulas salivares.
65
Quais são os achados laboratoriais comuns na síndrome de Sjögren secundária à AR?
Positividade para FAN, anti-RO e anti-LA, além de infiltração linfocitária nas glândulas afetadas.
66
Qual a relação da pleurite com a artrite reumatoide?
Pode ocorrer isoladamente ou associada à doença intersticial pulmonar.
67
Como são os nódulos pulmonares na AR e seu principal diagnóstico diferencial?
São nódulos parenquimatosos pleurais ou subpleurais, de diâmetro variável, podendo cavitar. O principal diagnóstico diferencial é a tuberculose (TB).
68
Histologicamente, os nódulos pulmonares da AR são semelhantes a quais outros nódulos?
Aos nódulos encontrados nos tecidos subcutâneos da AR.
69
Quais são os diagnósticos diferenciais dos nódulos pulmonares na AR?
Nódulos necrobióticos e infecções atípicas (fúngicas, micobacterianas).
70
O que é a Síndrome de Caplan e sua relação com a AR?
AR associada a múltiplos nódulos pulmonares periféricos e pneumoconiose (exposição a sílica ou asbesto).
71
. Qual a importância das manifestações pulmonares na mortalidade da AR?
Representam 10-20% da mortalidade da AR, independente do quadro articular.
72
. Qual o perfil típico dos pacientes com derrame pleural na AR?
Mais comum em homens, com fator reumatoide (FR) em altos títulos e nódulos subcutâneos.
73
Quais são as características clínicas e semiológicas do derrame pleural na AR?
Unilateral, com dispneia e dor torácica que piora na inspiração. Na ausculta há murmúrio vesicular (MV) diminuído ou abolido, percussão com macicez, palpação com menor expansibilidade ipsilateral e frêmito toracovocal (FTV) reduzido.
74
Quais são as características laboratoriais do líquido pleural na AR? 5
Exsudato com pH baixo, glicose baixa, DHL elevada e estéril. FR geralmente elevado.
75
Qual doença pode ser um diagnóstico diferencial da AR por também causar nódulos pulmonares?
Sarcoidose – doença granulomatosa sistêmica que pode acometer pulmões, linfonodos, pele, olhos e articulações.
76
Qual a principal característica histológica da sarcoidose?
Granuloma não caseoso com depósito de proteína.
77
Qual é o quadro clínico pulmonar mais comum na sarcoidose?
Acometimento pulmonar e linfonodomegalia (90%), podendo ser assintomática ou causar tosse, dispneia e dor torácica.
78
Quais são as formas agudas da sarcoidose? 2
Síndrome de Heerfordt-Waldestrom: Uveíte anterior + parotidite + febre + paralisia do nervo facial. Síndrome de Löfgren: Linfonodomegalia hilar bilateral + artrite + eritema nodoso.
78
Como a sarcoidose pode se manifestar na pele e nos olhos?
Pele: Eritema nodoso, nódulos e placas. Olhos: Uveíte, pseudotumor periorbitário.
79
A artrite reumatoide pode começar pelos membros inferiores?
Sim! Em cerca de 20% dos casos, a AR pode iniciar pelos pés, especialmente do 5º metatarso para o 2º ao 5º. O início no tornozelo é mais raro.
80
Qual achado pulmonar na sarcoidose deve sempre ser lembrado no diagnóstico diferencial?
Acometimento perihilar bilateral (linfonodomegalia hilar e infiltrado intersticial).
81
Qual é a maior causa pulmonar de mortalidade na AR?
Doença intersticial pulmonar (DIP).
82
O que caracteriza a doença intersticial pulmonar na AR?
Inflamação do interstício pulmonar, levando à fibrose pulmonar.
83
Qual é o padrão mais comum de doença intersticial pulmonar na AR?
Pneumonia intersticial usual (PIU), diferentemente de outras doenças do tecido conjuntivo, onde a pneumonia intersticial não específica (PINE) é mais comum.
84
Como é feito o diagnóstico da doença intersticial pulmonar na AR?
Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) evidenciando faveolamento (aspecto de favo de mel), vidro fosco e/ou fibrose.
85
Qual a principal característica do acometimento pulmonar na AR?
Predileção por áreas periféricas e subpleurais, especialmente nos lobos inferiores.
86
Quais são os achados clínicos da doença intersticial pulmonar na AR?
Padrão restritivo (diminuição da capacidade pulmonar) e crepitações em velcro na ausculta pulmonar.
87
Qual o tratamento para a doença intersticial pulmonar associada à AR?
Corticosteroides e imunossupressores.
88
Qual achado laboratorial pode estar elevado em pacientes com DIP na AR?
Altos títulos de fator reumatoide (FR).
89
. O que é a pneumonia intersticial não específica (PINE)?
Um padrão de doença intersticial pulmonar caracterizado por vidro fosco difuso e inflamação do parênquima pulmonar, sem a fibrose predominante da pneumonia intersticial usual (PIU).
90
Com qual doença autoimune a PINE está mais associada?
Lúpus eritematoso sistêmico (LES).
91
Como a PINE se apresenta na tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR)? 3
Áreas de vidro fosco, espessamento liso dos septos interlobulares e faveolamento leve.
92
Como a PINE difere da pneumonia intersticial usual (PIU)?
A PINE tem predomínio inflamatório (vidro fosco), enquanto a PIU tem mais fibrose e faveolamento.
93
Quais são as principais manifestações clínicas da PINE? 3
Tosse crônica, dispneia progressiva e padrão restritivo na espirometria.
94
Qual é o tratamento principal da PINE?
Corticosteroides e imunossupressores devido ao caráter inflamatório predominante.
95
. Qual a prevalência do acometimento das vias aéreas na AR?
Até 60% dos casos.
96
. O que são bronquiectasias e qual sua relação com a AR?
Dilatação e destruição dos brônquios de grosso calibre, causada por infecção e inflamação crônicas.
97
. O que é bronquiolite constritiva (obliterante) e qual sua importância na AR?
Doença inflamatória dos bronquíolos que leva à obstrução irreversível. Indica mal prognóstico e é comum em pacientes tratados com D-penicilamina ou sais de ouro.
98
O que caracteriza a bronquiolite folicular na AR?
Inflamação dos bronquíolos associada à proliferação linfoide, podendo causar dispneia e tosse crônica.
99
Como se manifesta a hiperreatividade das vias aéreas na AR?
Sensibilidade excessiva dos brônquios, levando a estreitamento e dificuldade respiratória (semelhante à asma).
100
Qual achado tomográfico é comum na AR com envolvimento das vias aéreas? 3
Perfusão em mosaico, espessamento peribrônquico e bronquiectasias nos lobos inferiores.
101
Qual complicação vascular pulmonar pode ocorrer na AR?
Hipertensão pulmonar, mas é rara.
102
Quais são os achados na ausculta cardíaca da hipertensão arterial pulmonar (HAP)?
B1 normal ou inaudível se houver regurgitação tricúspide. B2 desdobrada e hiperfonética no foco pulmonar.
103
Qual é o padrão-ouro para diagnóstico da HAP?
Cateterismo de câmara direita – avalia pressão pré e pós-capilar, além da circulação pulmonar.
104
Qual exame indireto pode ser usado para avaliar a pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP)?
Ecocardiograma transtorácico com Doppler, avaliando a regurgitação tricúspide.
105
Como classificar a gravidade da HAP de acordo com a PSAP?
🔹 Leve: 40-50 mmHg. 🔹 Moderada: 51-60 mmHg. 🔹 Grave: >60 mmHg.
106
Qual é o principal medicamento usado no tratamento da HAP?
🔹 Sildenafil (Viagra) – inibidor da fosfodiesterase 5, promovendo vasodilatação pulmonar.
107
Qual a incidência da pneumonite por metotrexato (MTX) na AR?
Até 50% dos casos relacionados a drogas na AR.
108
Quais são as apresentações clínicas da pneumonite por MTX?
Pneumonia em organização, pneumonia intersticial aguda, fibrose pulmonar, derrame pleural e pleurite sintomática.
109
Qual achado tomográfico pode ser causado pelo MTX?
Vidro fosco e inflamação pulmonar.
110
Qual achado laboratorial pode estar presente na pneumonite por MTX?
Eosinofilia em até 50% dos casos.
111
Qual é a conduta diante da suspeita de pneumonite por MTX?
Suspender o MTX e trocar por outra medicação como leflunomida ou agentes biológicos.
112
. Como diferenciar pneumonite por MTX de doença pulmonar intersticial da AR?
Suspender MTX e reavaliar em 30 dias com nova TC. Se a inflamação diminuir, provavelmente era induzida pela medicação.
113
Em quanto tempo após o início do MTX os sintomas pulmonares costumam surgir?
Normalmente após 2-3 semanas do início do tratamento.
114
Qual é a principal causa de óbito em pacientes com AR?
Doenças cardiovasculares crônicas.
115
Qual a manifestação cardiovascular mais comum na AR?
Pericardite, ocorrendo em mais de 50% dos pacientes, frequentemente assintomática.
116
. Qual exame pode detectar efusão ou espessamento pericárdico na AR?
Ecocardiografia, que pode mostrar derrame pericárdico em até 30% dos pacientes.
117
Em qual perfil de pacientes com AR a pericardite é mais comum?
Pacientes soronegativos e com nódulos subcutâneos.
118
Qual quadro clínico pode surgir em casos graves de pericardite na AR? 3
Tamponamento cardíaco, caracterizado pela Tríade de Beck: ✅ Bulhas cardíacas abafadas ✅ Hipotensão ✅ Distensão venosa jugular
119
Quais são os achados bioquímicos do derrame pericárdico na AR? 4
🔹 Aumento de proteínas e LDH, diminuição da glicose e do complemento, e presença de fator reumatoide.
120
Como a AR influencia o risco de doença arterial coronariana (DAC)?
🔹 A mortalidade por DAC/infarto agudo do miocárdio (IAM) é 59% maior em pacientes com AR.
121
Qual condição metabólica é altamente prevalente na AR e agrava o risco cardiovascular?
🔹 Síndrome metabólica.
122
Como a AR afeta o risco de insuficiência cardíaca (IC)?
🔹 Aumenta o risco em 2x em comparação à população geral.
123
Quais são as principais causas da insuficiência cardíaca na AR?
🔹 Doença arterial coronariana (DAC) 🔹 Uso de medicamentos (corticosteroides, anti-inflamatórios) 🔹 Deposição de amiloide 🔹 Cardiomiopatia isquêmica
124
Por que pacientes com AR têm um risco cardiovascular aumentado?
🔹 A inflamação crônica sistêmica e o estresse oxidativo promovem aterosclerose acelerada, aumentando o risco de IAM, AVC e IC crônica (ICC).
125
O que é a amiloidose secundária (AA)?
🔹 Depósito de proteínas amiloides em órgãos e tecidos, secundário a doenças inflamatórias crônicas, como AR, doença inflamatória intestinal e febre mediterrânea familiar.
126
. Qual é o primeiro órgão acometido na amiloidose secundária?
🔹 Rim, levando à síndrome nefrótica.
127
. Qual o perfil clínico do paciente com amiloidose secundária na AR? 7
🔹 Doença de longa duração, mal controlada, evoluindo para síndrome nefrótica (proteinúria ≥3,5 g/dia, hipoalbuminemia, edema e hiperlipidemia).
128
Qual exame confirma o diagnóstico de amiloidose?
🔹 Biópsia periumbilical (gordura abdominal) ou retal, corada com "vermelho Congo", apresentando birrefringência verde na microscopia polarizada.
129
. Como a amiloidose pode afetar o coração?
🔹 Pode causar cardiomiopatia infiltrativa, levando a insuficiência cardíaca e espessamento difuso do miocárdio.
130
Quais são os achados cardíacos típicos na amiloidose?
🔹 Espessamento e realce tardio do miocárdio em ressonância magnética, incluindo paredes atriais.
131
Como classificar um paciente com cardiomiopatia por amiloidose?
🔹 Perfil B – insuficiência cardíaca congestiva, úmida e quente, indicando boa perfusão, mas com congestão.
132
O que é a amiloidose secundária (AA)?
🔹 Depósito anômalo de proteínas amiloides em órgãos e tecidos, secundário a processos inflamatórios crônicos. 🔹 Associada a doenças como AR, doença inflamatória intestinal e febre mediterrânea familiar.
133
Como a amiloidose secundária se desenvolve na AR?
🔹 Ocorre após anos de inflamação crônica ativa, devido à deposição de amiloide A sérico (SAA) em tecidos.
134
Quais são as características da síndrome nefrótica na amiloidose secundária?
✅ Proteinúria ≥3,5 g/dia ✅ Hipoalbuminemia ✅ Edema generalizado ✅ Hiperlipidemia ✅ Aumento ou não do tamanho renal em exames de imagem
135
Como diferenciar a amiloidose renal de outras doenças renais?
🔹 A glomerulonefrite na amiloidose progride rapidamente e apresenta espessamento da membrana basal glomerular. 🔹 Biópsia renal com coloração vermelho Congo revela birrefringência verde na microscopia polarizada.
136
Quais são os principais tipos de amiloidose além da secundária (AA)?
🔹 AL (cadeia leve) – Associada ao mieloma múltiplo. 🔹 ATTR (transtirretina) – Pode ser hereditária ou selvagem, afeta coração e nervos. 🔹 Aβ2-microglobulina – Relacionada à doença renal crônica (DRC) e hemodiálise.
137
Qual doença hematológica está associada à amiloidose AL?
🔹 Mieloma múltiplo – câncer de plasmócitos, que produz proteínas monoclonais.
138
. Quais são as manifestações da amiloidose AL?
✅ Cardiopatia – Insuficiência cardíaca restritiva, arritmias. ✅ Neuropatia – Polineuropatia sensitivo-motora. ✅ Nefropatia – Síndrome nefrótica e insuficiência renal. ✅ Sangramento periorbital (olhos de guaxinim). ✅ Macroglossia – Língua aumentada com aspecto infiltrado.
139
Como diagnosticar a amiloidose AL?
🔹 Eletroforese de proteínas séricas e urinárias para detectar cadeias leves monoclonais.
140
Como a amiloidose ATTR pode ser classificada?
🔹 Hereditária – Mutação na transtirretina, com mais de 120 fenótipos conhecidos. 🔹 Selvagem (tipo senil) – Sem mutação genética, mais comum em idosos.
141
Quais são as principais manifestações da amiloidose ATTR?
✅ Cardiopatia infiltrativa – Insuficiência cardíaca e arritmias. ✅ Polineuropatia – Degeneração progressiva dos nervos periféricos.
142
Com qual condição a amiloidose β2-microglobulina está associada?
🔹 Doença renal crônica (DRC) e hemodiálise prolongada.
143
. Por que a amiloidose Aβ2M ocorre em pacientes dialíticos?
🔹 A β2-microglobulina não é eficientemente filtrada pelos rins ou dialisadores convencionais, levando ao seu acúmulo e depósito em tecidos.
144
. Qual é a manifestação clínica mais comum da amiloidose Aβ2M?
🔹 Depósitos em articulações e ossos, causando síndrome do túnel do carpo, artralgias e fraturas patológicas.
145
Como a incidência da amiloidose Aβ2M mudou nos últimos anos?
🔹 Atualmente é rara devido ao avanço das técnicas de diálise (uso de dialisadores de alta permeabilidade).
146
Qual é a principal causa de mortalidade na AR?
Doenças cardiovasculares.
147
Por que os pacientes com AR têm maior risco de infecção?
🔹 O sistema imune hiperestimulado ataca células saudáveis, e o uso de imunossupressores para controle da doença aumenta a vulnerabilidade a infecções graves.
148
Quanto a AR aumenta o risco de mortalidade total em comparação à população geral?
🔹 40% maior do que na população sem AR.
149
Como o comprometimento pulmonar influencia a mortalidade na AR?
🔹 60% maior risco de mortalidade quando há envolvimento pulmonar.
150
. Em qual grupo a mortalidade por AR é mais elevada?
🔹 Mulheres com AR soropositiva (presença de fator reumatoide e/ou anti-CCP).
151
Quais cânceres apresentam maior risco em pacientes com AR?
✅ Linfoma – O risco pode ser até 20x maior em pacientes com Síndrome de Sjögren. ✅ Câncer de pulmão – Associado ao tabagismo e à inflamação crônica.
152
Qual a relação entre medicamentos biológicos e o risco de câncer na AR?
🔹 Maior risco de linfoma e, possivelmente, câncer de pulmão, devido à modulação do sistema imunológico.
153
O que é a vasculite reumatoide?
Complicação grave da AR, geralmente associada à doença ativa e de longa evolução. Tem prognóstico ruim.
154
Qual o impacto da vasculite na progressão da AR?
Pode evoluir rapidamente e se tornar uma vasculite sistêmica, acometendo múltiplos órgãos.
155
Quais vasos são mais afetados na vasculite reumatoide?
Pequeno e médio calibre.
156
Quais manifestações cutâneas podem ocorrer na vasculite reumatoide? 5
✅ Ulceração cutânea (malleolar) ✅ Pioderma gangrenoso ✅ Hemorragias periungueais ✅ Gangrena e osteólise digital ✅ Púrpura palpável
157
Quais são os principais acometimentos sistêmicos da vasculite reumatoide?
✅ Neuropatia periférica ✅ Vasculite retiniana, episclerite e esclerite ✅ Pericardite e pleurite ✅ Comprometimento intestinal, renal e hepático
158
Como é feito o diagnóstico da vasculite reumatoide?
Biópsia de tecido afetado.
159
Qual o tratamento da vasculite reumatoide?
Terapia imunossupressora agressiva (corticosteroides em altas doses, ciclofosfamida).
160
Qual é o maior risco para um paciente evoluir com vasculite na AR?
Suspensão abrupta do corticoide – pode desencadear uma crise inflamatória grave. O desmame deve ser feito de forma controlada.
161
Qual é o padrão histopatológico da vasculite reumatoide?
Varia de vasculite leucocitoclástica a pan-arterite de arteríolas e artérias de pequeno e médio calibre.
162
O que é o Eritema Indurado de Bazin (EIB)?
Forma de tuberculose cutânea caracterizada por nódulos e úlceras, geralmente em membros inferiores.
163
Como diferenciar Eritema Indurado de Bazin de vasculite reumatoide?
Ambas podem causar úlceras maleolares, mas a EIB é uma infecção tuberculosa e a vasculite reumatoide é uma doença autoimune.
164
Como evitar o erro diagnóstico entre vasculite reumatoide e infecção cutânea?
Sempre considerar infecções no diagnóstico diferencial antes de iniciar corticoides ou imunossupressores. 🔹 Solicitar biópsia para confirmação do diagnóstico.
165
O que acontece se um paciente com Eritema Indurado de Bazin receber corticoides sem tratar a tuberculose?
🔹 A lesão pode melhorar temporariamente, mas a infecção persistirá e pode se agravar.
166
Qual foi a conduta correta nesse caso?
✅ Reduzir gradualmente o corticoide (desmame para evitar efeitos de retirada abrupta). ✅ Iniciar tratamento para tuberculose com esquema padrão (RIPE: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol).
167
O que é a mononeurite múltipla na AR?
🔹 Neuropatia periférica isquêmica causada por vasculite de pequenos vasos que nutrem os feixes neuronais.
168
. Como se manifesta a mononeurite múltipla na AR?
🔹 Perda sensitiva difusa em uma ou mais extremidades, podendo evoluir para fraqueza motora.
169
O que causa neuropatia periférica compressiva na AR?
🔹 Compressão dos nervos periféricos devido à sinovite edemaciada (pannus).
170
Qual a neuropatia compressiva mais comum na AR?
🔹 Síndrome do túnel do carpo – compressão do nervo mediano, causando sinal de Tinel positivo.
171
Além do túnel do carpo, qual outra neuropatia compressiva pode ocorrer?
🔹 Compressão do nervo tibial anterior ao nível do tarso.
172
Por que a artrite reumatoide acomete a articulação entre C1 e C2?
🔹 Essas são as únicas vértebras cervicais com articulação sinovial, podendo sofrer destruição inflamatória e instabilidade.
173
Quais são os sintomas da subluxação atlanto-axial?
✅ Dor cervical alta ✅ Rigidez de pescoço ✅ Sinais neurológicos de compressão medular
174
. O que acontece se a subluxação C1-C2 progredir?
🔹 Pode levar à compressão do tronco encefálico (bulbo), que pode ser fatal.
175
Como é diagnosticada a subluxação atlanto-axial?
🔹 Se a distância entre a apófise odontoide de C2 e o arco anterior de C1 for ≥ 3 mm.
176
Quais são as manifestações do SNC na AR?
✅ Paquimeningite granulomatosa difusa ✅ Vasculite do SNC ✅ Deposição de amiloide no plexo coroide e dura-máter
177
. Qual a relação entre depressão e AR?
🔹 Pacientes com AR têm maior risco de depressão devido à dor crônica e impacto na qualidade de vida.
178
Como a AR pode levar à demência?
🔹 Associada a doença cerebrovascular (AVC), levando à demência vascular.
179
Quais são as principais manifestações musculares na AR?
✅ Caquexia reumatoide ✅ Miopatia inflamatória associada à AR ✅ Miopatia induzida por corticoides ✅ Neuromiopatia por cloroquina ✅ Atrofia muscular por corticoides
180
. O que é caquexia reumatoide?
🔹 Perda de massa muscular e aumento da gordura corporal, causada pela inflamação crônica e liberação de citocinas.
181
Como a caquexia reumatoide impacta o paciente?
🔹 Fraqueza muscular, fadiga e piora da funcionalidade.
182
O que é miopatia inflamatória associada à AR?
🔹 Inflamação muscular crônica, causando fraqueza progressiva nos músculos proximais (ombros e coxas).
183
Quais são os sintomas da miopatia induzida por corticoides?
✅ Fraqueza muscular proximal ✅ Sem dor muscular significativa ✅ Atrofia muscular progressiva
184
Como diferenciar miopatia por corticoides de miopatia inflamatória?
🔹 Na miopatia por corticoides, não há elevação de enzimas musculares (CPK normal), ao contrário da miopatia inflamatória.
185
Qual medicamento pode causar miopatia e neuropatia em pacientes com AR?
🔹 Cloroquina e hidroxicloroquina.
186
. Como se manifesta a neuromiopatia por cloroquina?
✅ Fraqueza muscular proximal ✅ Diminuição dos reflexos ✅ Alteração na condução nervosa
187
Como os corticoides levam à atrofia muscular?
🔹 Catabolismo muscular aumentado devido ao efeito glicocorticoide prolongado.
188
Como prevenir a atrofia muscular induzida por corticoides?
✅ Uso da menor dose eficaz de corticoide ✅ Fisioterapia e fortalecimento muscular ✅ Suporte nutricional adequado
189
O que é a Síndrome de Felty?
🔹 Tríade clássica: ✅ Artrite Reumatoide (AR) ✅ Esplenomegalia (avaliada pela Escala de Boyd) ✅ Neutropenia
190
. Quais são as complicações associadas à Síndrome de Felty?
✅ Maior risco de infecções devido à neutropenia. ✅ Maior risco de doenças linfoproliferativas (ex: linfoma). ✅ Pode cursar com plaquetopenia (redução de plaquetas).
191
. Como a neutropenia na Síndrome de Felty é classificada?
🔹 Leve: 1.000 a 1.500/mcL 🔹 Moderada: 500 a 1.000/mcL 🔹 Grave: Abaixo de 500/mcL
192
Qual é o principal tratamento para a Síndrome de Felty?
🔹 Metotrexato (MTX) – usado para controlar a AR e melhorar a neutropenia. 🔹 Em casos graves, pode ser indicada esplenectomia (remoção do baço).
193
Pode-se usar corticoides em pacientes com Síndrome de Felty?
🔹 Não, pois os corticoides aumentam o risco de infecções, já que o paciente já está imunossuprimido devido à neutropenia.