As inter-relações familiares Flashcards

(53 cards)

1
Q

Grupo 1ário
1 afeta os demais
Todo afeta cada indivíduo

A

Unidade

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2
Q

Sistema

A

✓ Vivo
✓ semiaberto
✓ Se desenvolve
✓ Se transforma
✓ Não morre

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3
Q

Segundo a Sistêmica é…
Grupo de pessoas com vínculos afetivos, de consanguinidade ou de
convivência
* Inclui agregados, empregados

A

Valores, usos e costumes
Disputas e ambiguidade

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4
Q

Histórico
* 1950 – EUA
* Pós-guerra

A

2 grupos:
* Esquizofrênicos
* Crianças
Dependência
Ênfase no aqui e agora versus a necessidade de conhecer a história

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5
Q

Bowen (60 e 70)

A

Escola trigeracional de terapia
familiar
1 membro é suficiente

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6
Q

Whitaker e Satir

A

Escola existencial
Emoções e vivências no aqui e agora

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7
Q

Minuchin

A

Terapia familiar estrutural
Questões organizacionais da família
→ problemas

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8
Q

(Em Palo Alto)

A

Escola comunicacional
Comunicações interpessoais verbais e
não-verbais incongruentes

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9
Q

Haley

A

Escola estratégica
intervenções terapêuticas criativas
→ reestruturar funcionamento familiar

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10
Q

Nível de trabalho
1. Ênfase mínima nos assuntos familiares contato necessário
* razões práticas ou de natureza médico-legal
2. Colaboração com a família para trocar informações ou aconselhar
* informar - opções de tratamento
* angústias e preocupações
3. Abordagem de apoio
* desenv. familiar
* reações a estresse
4. Abordagem sistêmica
* sistemas familiares
* preparo - convocar e coordenar uma reunião de família - externar sentimentos
5. Terapia familiar
* tratamento sistemático de famílias

A
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11
Q

Cisões
Intrageracionais
▪ conflitos entre irmãos
▪ subsistemas familiares dentro de uma mesma geração

A

Intergeracionais
Diferentes gerações - pais e filhos

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12
Q

Família aglutinada

A

sistema voltado para si mesmo
* identidades pessoais acham-se fusionadas
* pautas de inclusão exacerbadas
* autonomia desencorajada.

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13
Q

Bom funcionamento
✓ Morfogênese
* flexibilidade para mudar com o passar do tempo
✓ Homeostase
* que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital

A

o = poder dos cônjuges
o Expressão de ideias e afetos
o Autonomia pessoal + respeito às necessidades
o Interdependência entre os membros da família
o História familiar compartilhada
o Uso do humor
o Grupos e movimentos sociais

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14
Q

Fases do Ciclo Vital da Família

A
  • Individuação do adulto
  • Casamento
  • Nascimento do primeiro filho
  • Família com filhos pequenos
  • Família com filhos adolescentes
  • Família da maturidade - “ninho vazio”
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15
Q

Diagnóstico da família

A
  • Nível socioeconômico
  • Características étnico-culturais
  • Crise vital ou uma crise situacional?
  • Estágio de desenvolvimento da família
  • Sintomas = bloqueio ao desenvolvimento
  • Estrutura e a organização familiar
  • Liderança da família- adultos?
  • Alianças e o estilo de funcionamento
  • Comunicação e resolução de problemas
  • Expressar de afeto
  • Comportamento disfuncional x história familiar trigeracional
  • A família tem motivação para o tratamento?
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16
Q

Promover o autoconhecimento em nível individual e familiar é um dos objetivos da terapia
familiar.

A

É na família que o mundo da criança adquire significado e ela começa a constituir-se como
sujeito

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17
Q

anaparental

A

De maneira simples, a família anaparental é aquela que existe sem a presença dos pais. Podem ser constituídas por outros parentes ou mesmo por pessoas sem grau de parentesco. Os critérios utilizados para o reconhecimento desse tipo de família são a afetividade e a convivência mútua.

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18
Q

monoparental

A

Família monoparental ocorre quando apenas uma pessoa assume a parentalidade de outra. Tal fenômeno ocorre, por exemplo, quando um pai biológico não reconhece o filho e abandona a mãe biológica.

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19
Q

pluriparental

A

As famílias pluriparentais resultam da pluralidade das relações parentais, fomentadas pelo divórcio, pela separação, pelo recasamento, seguidos das famílias não-matrimoniais e pelas desuniões.

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20
Q

“Estudos baseados em evidências demonstram a eficácia da terapia
familiar em transtornos do desenvolvimento, em psicopatologias e na
alteração de doenças crônicas.
O processo psicoterapêutico envolve todo o grupo familiar ou parte dele no
tratamento de problemas individuais e/ou das relações.
A terapia frequentemente é focal e de curta duração, com grande poder
preventivo.
Pode, também, envolver outros sistemas importantes como a escola, a
vizinhança e as instituições.”

A
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21
Q

Prevenção

A
  • Primária (“normais”)
    – Promoção
  • Secundária (“vulneráveis”)
    – Prevenção
    – Evitar: doença sintomática
  • Terciária (“deficientes”)
    – Reabilitação
    – Controle de causas e efeitos
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22
Q

Intersetorialidade

A
  • espaços compartilhados
    – decisões entre instituições e diferentes setores do
    governo
    – produção da saúde
    – formulação, implementação e acompanhamento
    de políticas públicas
23
Q

Fases do estresse - Síndrome Geral da Adaptação

A
  • Alarme
    – agente estressor
    – corpo perde o seu equilíbrio.
  • Resistência
    – corpo tenta voltar ao seu equilíbrio
    – adaptar ao problema ou eliminá-lo.
  • Exaustão
    – comprometimentos físicos: doença
24
Q

Alarme

A
  1. Mãos e/ou pés frios
  2. Boca seca
  3. Dor no estômago
  4. Aumento de sudorese
  5. Tensão e dor muscular
  6. Aperto na mandíbula,
    ranger os dentes ou roer
    unhas
  7. Diarreia passageira
  8. Insônia
  9. Taquicardia
  10. Respiração ofegante
  11. Hipertensão súbita e passageira
  12. Mudança de apetite
  13. Agitação
  14. Entusiasmo súbito
25
Resistência
1. Problemas com a memória 2. Mal-estar generalizado 3. Formigamento nas extremidades 4. Sensação de desgaste físico constante 5. Mudança de apetite 6. Problemas dermatológicos 7. Hipertensão arterial 8. Cansaço constante 9. Gastrite prolongada 10. Tontura 11. Sensibilidade emotiva excessiva 12. Obsessão com o agente estressor 13. Irritabilidade excessiva 14. Desejo sexual diminuído
26
Exaustão
1. Diarréias frequentes 2. Dificuldades sexuais 3. Formigamentos nas extremidades 4. Insônia 5. Tiques nervosos 6. Hipertensão arterial confirmada 7. Problemas dermatológicos prolongados 8. Mudança extrema de apetite 9. Taquicardia 10. Tontura frequente 11. Úlcera 12. Impossibilidade de trabalhar 13. Pesadelos 14. Apatia 15. Cansaço excessivo 16. Irritabilidade 17. Angústia 18. Hipersensibilidade emotiva 19. Perda do senso de humor
27
Consultório de Ruas
→ respeitar a autonomia do indivíduo, é uma pessoa maior de idade, a escolha é toda dele; → planejar ações do serviço em conjunto e em articulação com a área de saúde, de acordo com a rede instalada no território, como os consultórios de rua. → ações interdisciplinares com as políticas públicas, levando o atendimento até eles ou facilitando esse atendimento
28
Matriciamento
Horizontalização * Sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes: 1. equipe de referência 2. equipe de apoio matricial
29
Clínica Ampliada
* Diretriz - Política Nacional de Humanização * Qualificar o modo de se fazer saúde. * Aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da comunidade. * Integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. * Vulnerabilidade, risco , diagnóstico – somente saber dos especialistas clínicos – história de quem está sendo cuidado.
30
Estratégia Saúde na Família
* 1º nível de atenção no SUS * Acompanhamento de famílias – área geográfica delimitada – ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. * Equipes multiprofissionais – médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental. * Estabelecem vínculo com a população – conhecer a realidade das famílias
31
Rede de Atenção Psicossocial
Respeito aos direitos humanos Cuidado em liberdade Combate a estigmas e preconceitos Cuidado Integral Diversificação das Estratégias de Cuidado Promoção de Autonomia Estratégias de Redução de Danos Controle Social dos Usuários e de seus familiares Estratégias de Educação Permanente Construção do projeto terapêutico singular
32
Matricialidade Sociofamiliar
A matricialidade sociofamiliar é uma das diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004), colocando a família na condição de sujeito de direitos, conforme a Constituição Federal de 1988 e demais normativas baseadas nesta nova concepção de proteção social e garantia de direitos, tais como ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente e LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social Considera a família em sua totalidade, reconhecendo o indivíduo como parte desse grupo para implementação de serviços, programas e projetos
33
Matricialidade Sociofamiliar
A centralidade na família é pressuposto fundamental para o fortalecimento do convívio familiar e comunitário e para a garantia dos direitos violados Ao eleger a matricialidade sociofamiliar como uma de suas bases estruturantes, o SUAS organiza toda a rede socioassitencial para o apoio às famílias
34
Matricialidade Sociofamiliar
Para assegurar a toda a população o direito à convivência familiar, seguindo o pressuposto de que para a família prevenir, proteger e manter seus membros é necessária a ação efetiva do poder público A centralidade na família é pautada no seu reconhecimento como um locus privilegiado de atenção, cuidado e solidariedade, nos quais seus integrantes encontram apoio contra as vicissitudes e inseguranças da existência
35
Conceito de família
“A família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida. Todavia, não se pode desconsiderar que ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência é marcada por conflitos e geralmente, também, por desigualdades, além de que nas sociedades capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social.” PNAS – 2005 BRASIL, Sistema Único de Assistência Social – (SUAS). Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Brasília, 2005, p.09
36
Conceito de família
O conceito de família deve ir além das configurações tradicionais, respeitando e assumindo como legítimos os diversos arranjos familiares existentes na atualidade Devem ser reconhecidas como núcleos primários de afetividade, acolhida, convívio, sociabilidade, autonomia, sustentabilidade e referência no processo de desenvolvimento e exercício da cidadania; mas também enquanto espaço de violação de direitos É necessária a identificação e o respeito ao código cultural e valores das famílias, bem como, a leitura do território onde se inserem, para a compreensão da rede de relações solidárias e comunitárias e busca de soluções para a superação das fragilidades e desenvolvimento das suas potencialidades
37
A família como espaço de direitos
Dentro da concepção do trabalho social, a família constitui a base da sociedade, por meio da qual se busca fortalecer sua função protetiva, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de seus membros e prevenindo a ruptura dos vínculos (familiares e comunitários) Possibilita-se assim o desenvolvimento de ações e estratégias para a superação de situações de fragilidade social vivenciadas pela família
38
A família como espaço de direitos
O atendimento e o acompanhamento familiar, consideram, para a formulação e implementação de ações, a família em sua totalidade, reconhecendo o indivíduo como parte desse grupo, e não isoladamente, conforme prediz a Política Nacional de Assistência Social E a família aqui deve ser entendida em suas mais diversas configurações e como espaço de proteção, desenvolvimento da sociabilidade, do afeto, da autonomia, do exercício da cidadania A família e o território também se apresentam como espaço de violação de direitos, e por esta razão, são nestes espaços que eles devem ser resgatados e restabelecidos
39
A oferta da Assistência Social pré-PNAS
Antes do estabelecimento da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, a oferta de ações em assistência social era centrada nas demandas imediatas e pontuais dos indivíduos Não eram considerados o contexto familiar e social em que esse indivíduo se inseria, nem outras vulnerabilidades que o indivíduo pudesse apresentar Esta se mostrou uma estratégia de pouca efetividade diante dos graves e complexos problemas socioeconômicos brasileiros O foco da proteção social no âmbito do SUAS passa a ser a família, a matricialidade familiar
40
Orientação às famílias - estratégias de atendimento e acompanhamento – SUAS
A proposta da Assistência Social atualmente, é centrar suas ações na família, mas não se limita apenas em atender as demandas das famílias e comunidades Busca reconhecer e investir nas potencialidades das famílias, dos indivíduos e dos territórios, fortalecendo o protagonismo e a autonomia, através da oferta de proteção social e desenvolvendo ações focadas nos serviços socioassistenciais. Para tanto, estes precisam ser tecnicamente qualificados, seguindo pressupostos éticos, diretrizes teórico metodológicas, conhecimento do território e das famílias que ali residem A inserção das famílias nos serviços socioassistenciais pode se dar por meio de dois processos que, embora diferentes entre si, são complementares e dão materialidade ao trabalho social com as famílias : o atendimento e o acompanhamento
41
Diferenças entre atendimento e acompanhamento
Atendimento se referem as ações imediatas de prestação ou oferta atenção, visando responder as demandas da família ou do território, de forma qualificada Acompanhamento se refere ao conjunto de intervenções continuadas e pactuadas, em uma parceria estabelecida entre família e profissionais, que por meio do Plano de Acompanhamento Familiar, traça os objetivos a serem alcançados em busca da superação gradativa das vulnerabilidades vivenciadas Devem ser pautados nos seguintes princípios: reconhecimento do papel da família, de suas potencialidades e necessidades (individuais e coletivas) como direitos; compreensão da família como espaço de cuidado e proteção, mas também de conflito e até mesmo de violações; ações que fortaleçam as famílias em sua capacidade protetiva, buscando seu protagonismo, suas capacidades e potencialidades, sem responsabilizá-las pela sua condição de vulnerabilidade Estes conceitos se aplicam tanto para a Proteção Social Básica quanto para a Proteção Social Especial, já que ambas, a partir das suas especificidades, realizam acompanhamentos dos indivíduos e famílias e atendimentos não continuados, tais como orientações e alguns tipos de encaminhamentos
42
Atendimento Familiar
Consistem na inserção dos indivíduos ou, de um ou mais membros das famílias, em ações do serviço socioassistencial, tais como: acolhida, ações particularizadas, ações comunitárias, oficinas e encaminhamentos Os atendimentos devem se pautar pelo princípio da matricialidade famíliar e por ações que envolvam e referenciem o trabalho socioassistencial com as famílias Embora o atendimento seja uma resposta imediata a uma demanda, requer planejamento e um olhar atento do profissional Atender uma demanda não significa que não existam outras vulnerabilidades a serem consideradas, que podem indicar a necessidade de novas ações, o encaminhamento a outros serviços da rede socioassistencial ou de outras políticas públicas Se durante os atendimentos for observado o agravamento das situações de vulnerabilidade vivenciadas, pode haver a necessidade de uma atenção diferenciada, de modo que o técnico deve discutir com a família e propor a oferta do acompanhamento
43
Atendimento Familiar
Durante o processo de Atendimento Familiar deve ser feita a Acolhida, momento no qual o técnico deverá promover segurança para a continuidade do atendimento junto à família A identificação e caracterização da situação socioeconômica da família O diagnóstico familiar, que por meio da escuta qualificada da família, verifica a precariedade do acesso a direitos constitucionalmente assegurados, impossibilitando a inclusão social e a autonomia na condução de suas vidas Análise técnica, etapa na qual a demanda familiar indicará a necessidade de ação imediata e aquelas de curto, médio e longo prazos O plano de metas, acompanhamento e avaliação permitirá o controle das ações executadas Este processo irá indicar a necessidade de realização de um Plano de Acompanhamento Familiar ou somente o desenvolvimento de ações e encaminhamentos pontuais
44
Acompanhamento Familiar
O acompanhamento no âmbito do SUAS é destinado a indivíduos e famílias que apresentam situações de vulnerabilidade, risco social ou de violência ou violação de direitos A oferta da proteção social, por meio do acompanhamento, promove a garantia dos direitos socioassistenciais e o acesso aos direitos sociais Busca ampliar a capacidade de proteção das famílias a seus membros mais vulneráveis Construindo estratégias para evitar que uma situação de vulnerabilidade se torne de risco social e de violação de direitos No âmbito da Proteção Social Especial deve contribuir para eliminar as violências ou violações e, para diminuir a incidência da violência O processo de acompanhamento, continuado e planejado, não tem prazo determinado e objetivos definidos a partir das vulnerabilidades, demandas e potencialidades da família
45
Acompanhamento Familiar
Verificada a necessidade do Acompanhamento Familiar, será elaborado o Plano de Acompanhamento Familiar O plano será construído no momento que o profissional observar, por meio da análise técnica, riscos e vulnerabilidades expostas pelos membros da família, que demandam intervenções de curto, médio e longo prazo O Plano de Acompanhamento será construído conjuntamente entre família e o técnico de referência, sendo ambos corresponsáveis pelas metas estabelecidas Trata-se de um instrumento de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas com as famílias
46
Acompanhamento Familiar
Deve conter os objetivos a serem alcançados, a periodicidade dos encontros entre profissionais e indivíduos/famílias, a inserção dos indivíduos ou famílias em ações do serviço socioassistencial e demais informações e ações necessárias para buscar a superação gradativa das vulnerabilidades identificadas em conjunto Deve prever também a avaliação e realinhamento das ações, quando necessário, a fim de alcançar as metas e objetivos estabelecidos O acompanhamento dos indivíduos ou famílias é um processo que tem como foco a garantia das seguranças afiançadas nos serviços socioassistenciais e não tem caráter obrigatório O acompanhamento é um direito dos indivíduos e famílias, que podem aceitar ou não participar desse processo Essa decisão deve sempre ser respeitada
47
Proteção social e o recursos psicossociais
A proteção social básica do SUAS objetiva a prevenção de vulnerabilidades e riscos sociais Busca desenvolver as potencialidades presentes na família e na comunidade, através do uso de recursos psicossociais e assistenciais Deste modo, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, das identidades pessoais e coletivas, do senso de responsabilidade permitem o enfrentamento das situações de risco social sob uma perspectiva não relacionada a culpa, mas que explora as responsabilidades de todos
48
Vulnerabilidade
Vulnerabilidade refere-se a capacidade limitada (do indivíduo, família ou grupo social) de controlar as forças que afetam seu bem-estar, sua qualidade de vida e a posse (ou não) dos recursos necessários para usufruir das condições para uma vida de direitos Entre estes requisitos podemos destacar: moradia; acesso a serviços de saúde, educação e segurança; renda;trabalho; socialização; respeito à dignidade humana Portanto, estar em condição de vulnerabilidades significa estar alienado dos princípios básicos de cidadania, sendo uma obrigação do Estado e da sociedade prevenir, enfrentar e corrigir estas situações de riscos
49
Mudando paradigma
É importante romper com os estigmas acerca das famílias em situação de vulnerabilidade As idéias de passividade, dependência, comodismo estabelecem uma concepção fatalista e contribui para a “naturalização” da pobreza e dos riscos sociais As ações desenvolvidas junto às famílias não devem reforçar condições que promovam desigualdades ou discriminação O processo de fortalecimento e empoderamento das família passa pela compreensão das questões sócio-históricas e a mudança do paradigma da culpa pelo conceito da responsabilidade
50
Trabalho social com famílias
Para desenvolver o trabalho social com famílias, é necessário envolver, como estratégia, os recursos do território e da rede de atendimento das diversas políticas públicas e Sistema de Garantia de Direitos, durante a elaboração de um Plano de Acompanhamento construído gradualmente com e pela família Assim é possível reconhecer o protagonismo da família (em qualquer configuração) e a sua capacidade de enfrentamento e superação das limitações vivenciadas, desde que dadas as condições para atingir esta autonomia
51
Trabalho psicossocial
O trabalho psicossocial com famílias deve ter por finalidade: apoiar e fortalecer as famílias como protagonistas; garantir que tenham apoio para cumprir as suas responsabilidades; promover acesso a direitos e estimular a participação social Os recursos psicossociais atendem a percepção das necessidades humanas de maneira integral, onde tanto os aspectos pessoais quanto socioculturais devem ser considerados Para isso, são utilizados, entre outros recursos psicossociais e assistenciais: a acolhida, o convívio familiar e comunitário, o desenvolvimento da autonomia, da renda e do protagonismo
52
Cultura
As ações culturais são recursos psicossociais fundamentais para a Proteção Social Básica Por meio destas é possível estabelecer, (re)afirmar e valorizar identidades das famílias e seus territórios, propiciando um sentido de pertencimento e domínio da sua realidade social, do seu mundo, através das suas próprias experiências Entre as diversas ações culturais, podemos destacar: apresentações musicais, teatrais, dança, exposições de artes plásticas, fotografia, grafite e artesanato Esta ações permitem o desenvolvimento criativo, fortalecendo as subjetividades e a expressão como forma de explorar percepções e sentimentos, possibilitando reflexões acerca da sua história, ancestralidade, identidade coletiva, manifestação de desejos, constituindo-se como uma poderosa ferramenta de empoderamento, autonomia e autoestima
53
Redes sociais de apoio
As redes sociais de apoio são compreendidas como as relações de amizade, vizinhança, apadrinhamento, entre outros tipos de vínculos de caráter simbólico e afetivo, que pressupõem relações de cuidado estabelecidas por acordos espontâneos Mesmo sem relações consanguíneas de parentesco, são um fator importante no território, como uma estrutura de enfrentamento de dificuldades, solidariedade e socialização Auxiliam na construção de uma identidade coletiva, sob a qual as famílias e a comunidade podem estabelecer referências de proteção e pertencimento O fato das redes sociais de apoio serem um importante recurso dentro do território e estas serem incentivadas a se constituírem (inclusive pelo trabalho socioassistencial), isso não desobriga o Estado do seu dever de oferecer políticas para cumprir sua função de garantia de direitos