aula 7 Flashcards
(20 cards)
Descreva os músculos que participam na mastigação
Os músculos que participam na mastigação são os músculos mastigadores e alguns outros músculos que os auxiliam.
Os músculos mastigadores são derivados do processo mandibular do primeiro arco branquial e são inervados pela raíz motora do n. mandibular, que é ramo do V par craniano (n. trigémio).
O m. masséter é elevador da mandibula, e lateralizador quando só contrai de um dos lados, com origem no arco zigomático e crista facial e inserção na fossa massetérica da mandibula. Tem uma porção superficial e uma porção profunda.
O m. temporal tem origem na fossa temporal do crânio e inserção no processo coronóide da mandibula. As suas fibras mais rostrais são elevadoras e as mais caudais são retropulsoras da mandibula.
O m. pterigoideu medial tem origem na apófise pterigóide do basiesfenóide, osso palatino e fossa pterigopalatina e inserção na fossa pterigóide da mandibula, tendo como função a elevação e lateralização da mandibula.
O m. pterigoideu lateral tem origem na apófise pterigóide do basiesfenóide, e insere-se na fóvea pterigóide do colo da mandibula, e é um propulsor e lateralizador da mandibula.
Os depressores da mandibula são a porção rostral do m. digástrico, com origem na interceção tendinosa do m. digástrico e inserção no corpo da mandibula, e o m. milohioideu com origem na linha milohióideia da mandibula e inserção no basihióide, este tem seu próprio ramo do n. mandibular (ramo milohióideu).
Os mm. que colaboram na mastigação mas não são mastigadores são as outras porções do m. digástrico e o m. geniohióideu.
A porção caudal do m. digástrico tem origem na apófise paracondilar do occipital e insere-se na interceção tendinosa. No caso dos equinos as porções rostral e caudal do digástrico são separadas por um tendão que atravessa o m. estilohióideu. É inervado, assim como a porção occipitomandibular, pelo ramo digástrico do n. facial.
A porção occipitomandibular do m. digástrico é exclusiva dos equinos e tem origem na apófise paracondilar do occipital, inserindo-se no ramo da mandibula, assim como a porção caudal, é depressor da mandibula.
O m. geniohióideu também é depressor da mandibula e é inervado pelo n. hipoglosso, com origem na porção incisiva da mandibula e inserção no basihióide.
Descreva os músculos faciais profundos
Os mm. faciais profundos são derivados do segundo arco branquial e inervados por ramos do n. facial (XII).
O m. occipitohióideu tem origem na apófise paracondilar do occipital e inserção no estilohióide, é inervado pelo ramo digástrico e desloca o aparelho hióide caudalmente e dorsalmente.
O m. estilohióideu tem origem no ângulo do estilohióide e inserção no tirohióide, é inervado pelo ramo estilohióide e desloca o aparelho hióide dorsalmente e caudalmente.
A porção caudal do m. digástrico tem origem na apófise paracondilar do occipital e inserção na interseção tendinosa do m. digástrico, sendo um tendão que atravessa o m. estilohióideu no caso dos equinos. É inervado pelo ramo digástrico e é depressor da mandibula.
O m. occipitomandibular é exclusivo dos equinos, sendo uma porção do m. digástrico com origem na apófise paracondilar do occipital e inserção no ramo da mandibula. Também é inervado pelo ramo digástrico e é depressor da mandibula.
Descreva os músculos cutâneos da face
Os mm. cutâneos da face são derivados do segundo arco branquial e inervados por ramos do n. facial, sendo eles o m. esfíncter superficial do pescoço; esfíncter profundo do pescoço, exclusivo dos carnívoros e com duas porções: intermédia e palpebral; platisma, exclusivo dos carnívoros e contínuo com o m. cutâneo da face que cobre o m. masséter e retrai a comissura labial; e o m. frontal, presente em ruminantes e carnívoros na zona do osso frontal.
Descreva os músculos faciais a serviço do olho
Os músculos faciais a serviço do olho são derivados do segundo arco visceral e inervados por ramos do n. facial (VII).
O m. orbicular do olho forma um anel em volta da abertura ocular e tem como função semifechar o olho, sendo inervado pelo ramo zigomático.
O m. elevador do ângulo medial do olho, como o nome indica, eleva o ângulo medial do olho, tendo origem na fáscia frontal e inserção no ângulo medial do olho. É inervado pelo ramo zigomático.
O m. retrator do ângulo lateral do olho não existe em equinos e seu nome indica a sua função. Tem origem na fáscia do m. temporal e inserção no ângulo lateral do olho, é inervado pelo ramo zigomático.
O m. malar, as vezes considerado como parte do m. esfíncter profundo do pescoço, tem origem na fáscia da face e inserção na pálpebra inferior, tendo como função a sua depressão. É inervado pelos ramos bucolabiais do ramo bucal dorsal.
Descreva os músculos faciais a serviço da boca
Os músculos faciais a serviço da boca são derivados do segundo arco branquial e são inervados pelos ramos bucolabiais do n. facial, exceto o m. zigomático, que é inervado pelo ramo com o mesmo nome.
O m. orbicular da boca forma um anel ao redor da boca, tendo como função o fechamento da abertura bucal e a realização de movimentos como a sucção e mastigação. Tem uma porção maxilar e uma porção mandibular.
O m. buccinador tem origem nos bordos alveolares da mandibula e maxilar, inserindo-se na face profunda do m. orbicular da boca. Tem uma porção molar profunda e uma porção bucal superficial e a sua função é completar as paredes da cavidade bucal e realizar movimentos como sucção e mastigação.
O m. elevador do lábio superior tem origem no maxilar, nos equinos os mm. dos dois lados têm um tendão comum, e inserção no lábio superior. A sua função é elevar o lábio superior.
O m. depressor do lábio superior é exclusivo dos ruminantes e tem origem na crista facial, inserindo-se no lábio superior para a sua depressão.
O m. depressor do lábio inferior tem origem no bordo alveolar da mandibula e inserção no lábio inferior, tendo como função a sua depressão. Não existe em carnívoros.
O m. zigomático tem origem na crista facial e arco zigomático, inserindo-se na comissura labial para a sua retração.
Os mm. incisivos superiores e inferiores têm origem nos bordos alveolares da mandibula e maxilar, com inserção no m. orbicular da boca para tracionar esta região, importante nos equinos para o reflexo de Flehmen.
O m. mentoniano tem origem na porção incisiva da mandibula e inserção no lábio inferior, tendo como função a realização de movimentos do queixo.
Descreva os músculos faciais a serviço do nariz
Os músculos faciais a serviço do nariz são derivados do segundo arco branquial e são inervados por ramos do n. facial.
O m. lateral do nariz preenche a incisura nasoincisiva, sendo presente em ruminantes e equinos, extendendo-se desde o osso nasal e apófise nasal do osso incisivo até uma rafe comum à ambas as porções. É inervado pelos ramos bucolabiais e também é dilatador das narinas.
O m. dilatador apical das narinas é exclusivo dos equinos e une as cartilagens alares das narinas dos dois lados, sendo inervado por ramos bucolabiais e tem como função a dilatação das narinas.
O m. elevador nasolabial tem origem no osso nasal e inserção no lábio superior e asa nasal, sendo separado em duas porções pelo m. canino nos equinos, é inervado pelo ramo zigomático e tem como função elevar o lábio superior e dilatar as narinas.
O m. canino tem origem no maxilar e inserção no lábio superior e asa nasal, tendo a mesma função que o m. anterior.
Descreva os músculos do pavilhão auricular
Os músculos do pavilhão auricular são derivados do segundo arco branquial e são inervados pelo n. auricular caudal ou ramos do n. auriculopalpebral, incluindo o n. auricular rostral. A sua origem e inserção são indicadas pelos seus nomes.
Os músculos responsáveis pela rotação medial do pavilhão auricular são os mm. escuteloauricular (com uma porção superficial e uma porção profunda), zigomaticoescutelar, zigomaticoauricular e frontoescutelar.
Os músculos responsáveis pela rotação dorsal do pavilhão auricular são os mm. interescutelares, parietoauricular e parietoescutelar
Os músculos responsáveis pela rotação lateral do pavilhão auricular são os mm. cervicoescutelares e cervicoauriculares (com uma porção profunda, média e superficial)
Os músculos responsáveis pela rotação ventral do pavilhão auricular são os mm. parotideoauricular, e estiloauricular.
Trajeto até os cornos em ruminantes e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » a. temporal superficial » a. cornual » corno » v. cornual » v. temporal superficial » v. maxilar » v. jugular externa » v. cava cranial
Trajeto até ângulo do olho em carnívoros e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » a. carótida comum » a. carótida externa » a. maxilar » a. infraorbitária » a. angular do olho » ângulo do olho » v. angular do olho » v. infraorbitária » v. maxilar » v. jugular externa » v. braquiocefálica » v. cava cranial
Trajeto até lábio inferior em equinos e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » tronco linguofacial » a. facial » a. labial inferior » lábio inferior » v. labial inferior » v. facial » v. linguofacial » v. jugular externa » v. cava cranial
Trajeto até queixo nos carnívoros e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » a. carótida comum » a. carótida externa » a. maxilar » a. alveolar inferior » a. mentoniana » queixo » v. mentoniana » v. alveolar inferior » v. maxilar » v. jugular externa » v. braquiocefálica » v. cava cranial
Trajeto até língua em ruminantes e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » tronco linguofacial » a. lingual » lingua » v. lingual » v. linguofacial » v. jugular externa » v. cava cranial
Trajeto até lábio superior em carnívoros e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » a. carótida comum » a. carótida externa » a. facial » a. labial superior » lábio superior » v. labial superior » v. facial » v. linguofacial » v. jugular externa » v. braquiocefálica » v. cava cranial
Trajeto até palato duro em ruminantes e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » a. maxilar » a. palatina descendente » a. palatina maior » palato duro » v. palatina maior » v. facial profunda » v. maxilar » v. jugular externa » v. cava cranial
Trajeto até cartilagem alar em equinos e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » tronco linguofacial » a. facial » a. lateral do nariz » cartilagem alar » v. lateral do nariz » v. facial » v. linguofacial » v. jugular externa » v. cava cranial
Trajeto até porção caudal do pavilhão auricular em carnívoros e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » a. carótida comum » a. carótida externa » a. auricular caudal » pavilhão auricular » v. auricular caudal » v. maxilar » v. jugular externa » v. braquiocefálica » v. cava cranial
Trajeto até porção rostral do pavilhão auricular em ruminantes e de volta
aorta ascendente » arco aórtico » tronco braquiocefálico » tronco bicarotídeo » a. carótida comum » a. carótida externa » a. temporal superficial » a. auricular rostral » v. auricular rostral » v. temporal superficial » v. maxilar » v. jugular externa » v. cava cranial
Descreva os linfocentros da cabeça inspecionados em matadouro nos suínos
O linfocentro parótido localiza-se no bordo rostral da glândula parótida e drena a pele, os ossos do crânio e mm. mastigadores, é constituído pelos lnn. superficial e profundo que têm eferentes para os lnn. retrofaríngeos lateral e medial.
O linfocentro mandibular relaciona-se com a v. linguofacial e drena estruturas superficiais da face e os mm. faciais. Tem um ln. mandibular palpável e inspecionado, e um ln. mandibular acessório que não é palpável nem inspecionado. Os eferentes deste linfocentro também são os lnn. retrofaringeos lateral e medial.
O linfocentro retrofaríngeo tem um ln. medial que se relaciona com a a. carótida interna, e um ln. lateral que se relaciona com a a. carótida externa. Drena estruturas profundas da cabeça e seus eferentes drenam para o ducto traqueal.
Descreva os linfonodos da cabeça palpáveis em bovinos
O ln. parótido superficial é palpável em bovinos e faz parte do lc. parótido, que drena os ossos do crânio e mm. mastigadores, e seus eferentes drenam para os lnn. retrofaríngeos medial e lateral.
O ln. mandibular é palpável em bovinos e faz parte do lc. mandibular, que drena estruturas superficiais da face incluindo os mm. faciais. Seus eferentes também drenam para os lnn. retrofaríngeos medial e lateral.
No lc. retrofaríngeo, em bovinos só é palpável o ln. retrofaríngeo medial, que se relaciona com a a. carótida interna. Este lc. drena estruturas profundas da cabeça e seus eferentes drenam para o ducto traqueal.
Enumere os linfonodos da cabeça específicos dos bovinos
ln. hióideu rostral, parte do lc. retrofaríngeo
ln. hióideu caudal, parte do lc. retrofaríngeo
ln. pterigóide, parte do lc. mandibular
Nenhum destes linfonodos é palpável ou inspecionado no matadouro.