Bases Epistemológicas Da Psico Flashcards
(7 cards)
Johannes Gutenberg
• Democratização do Acesso ao Conhecimento: ele revolucionou a produção de livros com sua prensa tipográfica, tornando-os mais acessíveis e baratos. Isso permitiu que mais pessoas tivessem acesso à leitura e ao conhecimento, contribuindo para o surgimento de uma classe média instruída.
• Disseminação Acelerada de Ideias e Desenvolvimento Científico: A imprensa de Gutenberg acelerou a disseminação de ideias, permitindo que textos científicos, filosóficos e religiosos alcançassem um público maior. Isso impulsionou a Revolução Científica e contribuiu para o florescimento cultural durante o Renascimento.
• Transformação de Sociedades e Culturas: desafiou as estruturas sociais tradicionais ao promover mudanças culturais significativas. A Reforma Protestante, por exemplo, foi impulsionada pela capacidade de imprimir e disseminar textos religiosos rapidamente.
• Renascimento e Iluminismo: Gutenberg preparou o terreno para o Renascimento ao tornar o conhecimento mais acessível. O Iluminismo ocorreu também, a base estabelecida pela imprensa contribuiu para a disseminação de ideias que defendiam a razão e o progresso.
Método escolástico
• Durante a Idade Média, a Escolástica foi um movimento filosófico e teológico. Seu objetivo principal era unir a fé cristã com a razão filosófica, especialmente a tradição aristotélica. A Escolástica não estudava a psicologia como uma disciplina autônoma moderna, mas discutia conceitos relacionados à alma e à mente humana. Os escolásticos, influenciados por Aristóteles, classificavam a alma em três níveis: alma vegetativa, sensitiva e racional.
• O método escolástico baseava-se em:
- Argumentação Rigorosa: Utilização de lógica e raciocínio para defender ideias.
- Interpretação de Textos Clássicos: Análise detalhada de obras de Aristóteles e outros filósofos gregos, além de textos religiosos.
- Harmonização entre Fé e Razão: Tentativa de reconciliar os ensinamentos cristãos com a filosofia grega, especialmente aristotélica.
Rudolph Goclenius
• um filósofo escolástico do século XVI, é conhecido por ter cunhado o termo “psicologia” em 1590.
• A Natureza da Alma: Goclenius investigou a essência da alma, suas características e sua distinção do corpo físico.
• As Faculdades da Alma: Ele explorou as diferentes capacidades da alma, como a razão, a vontade e a sensibilidade
• Relação entre Alma e Corpo: Goclenius buscou entender como a alma e o corpo se influenciam mutuamente.
• A Perfeição do Homem: Suas reflexões sobre a perfeição humana envolviam tanto os aspectos físicos quanto os espirituais. O homem alcança seu potencial máximo, integrando corpo e alma de forma harmoniosa.
• A Origem da Alma: Goclenius também se dedicou a compreender como a alma surge e se conecta ao corpo humano. Ele defendeu a ideia de que a alma é criada por Deus.
Declínio da Escolástica e surgimento do Racionalismo
• Afastamento da Explicação Religiosa da Mente: o pensamento começou a se afastar das explicações religiosas sobre a mente (psychê). A ênfase na fé e na autoridade religiosa deu lugar a uma abordagem mais racional e científica.
• Racionalismo e Dedução Lógica: o racionalismo surgiu como uma corrente que destacava a razão e o pensamento lógico como os meios mais confiáveis para alcançar o conhecimento. A verdade passou a ser buscada por meio da dedução lógica, em vez da observação empírica ou da autoridade religiosa.
• Antropocentrismo: Antes, tudo era centrado na teologia e na fé. Depois, o ser humano passou a ser o centro da reflexão filosófica e científica, o que permitiu um foco mais profundo na natureza humana e na mente.
• Subjetividade: A subjetividade, incluindo pensamentos, sentimentos e percepções individuais, ganhou destaque. Isso abriu caminho para o estudo psicológico da mente.
René Descartes
• Cogito, Ergo Sum: ele percebeu que não podia duvidar de que estava duvidando, pois para duvidar é necessário pensar. Assim, se ele pensa, ele existe. Essa conclusão foi o ponto de partida para sua filosofia, estabelecendo a mente pensante como a única certeza que temos.
• Os Animais: os animais não possuíam a capacidade de pensar como os humanos. Ele os via como autômatos complexos, desprovidos de mente ou consciência.
• Subjetividade: Descartes valorizou a subjetividade ao destacar a experiência individual e a separação entre mente e corpo. Isso levou ao empoderamento dos indivíduos, promovendo o individualismo e a autonomia pessoal.
• Aspectos Socioculturais: O individualismo cartesiano contribuiu para mudanças culturais significativas, como a valorização da liberdade de pensamento, da autonomia pessoal e dos direitos individuais.
Surgimento do Empirismo
• O empirismo surgiu como uma contraposição ao racionalismo, enfatizando a experiência sensorial como a principal fonte de conhecimento
• Origem e Definição: O termo “empirismo” vem do grego empeiria, que significa experiência. Essa corrente filosófica defende que o conhecimento vem exclusivamente da experiência sensoria.
• John Locke: em seu “Ensaio sobre o Entendimento Humano”, ele argumentou que a mente humana nasce como uma “folha em branco”, sem ideias inatas. Segundo ele, todo conhecimento é adquirido por meio da experiência sensorial.
• George Berkeley: levou o empirismo a um extremo ao argumentar que “ser é ser percebido”. Isso significa que a realidade existe apenas na medida em que é percebida por nossos sentidos.
• David Hume: afirmou que nossa compreensão do mundo é baseada em associações que fazemos a partir da experiência. Ele questionou a noção de causalidade, sugerindo que não há conexão necessária entre eventos, apenas uma sequência temporal observada (desenvolvemos um hábito mental de acreditar que há uma relação causal entre eles. No entanto, essa crença não é baseada em uma conexão necessária objetiva, mas sim em nossa experiência e percepção).
Frenologia
• desenvolvido por Franz Joseph Gall
• O frenologista fazia perguntas básicas sobre idade, profissão, interesses e histórico pessoal do cliente.
• O profissional realizava um exame tátil, passando as mãos sobre a cabeça do paciente para identificar elevações, depressões e irregularidades. Utilizava-se um mapa craniano que dividia o crânio em regiões associadas a diferentes traços psicológicos, como percepção moral, criatividade, propensão à liderança, tendências agressivas e capacidade emocional.