Bloqueio Peridural Flashcards

1
Q
A

O espaço epidural é limitado anteriormente pelo ligamento longitudinal posterior, lateralmente pelos pedículos e forames intervertebrais e posteriormente pelo ligamento amarelo. O conteúdo do espaço epidural inclui as raízes nervosas e gordura, tecido areolar, linfáticos e vasos sanguíneos,incluindo o bem organizado plexo venoso de Batson.Sua rede de veias são desprovidas de válvulas e correm na porção anterior e lateral do espaço peridural.

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2
Q
A

O espaço peridural se estende do forame magno até o hiato sacral. Seus limites são: anteriormente pelo ligamento longitudinal posterior e posteriormente pela lâmina e pelo ligamento amarelo. Lateralmente ele se estende aos pedículos, e se comunica com o espaço paravertebral. O espaço peridural é mais largo na linha mediana e estreita-se lateralmente, além disso, ele se estreita de caudal para cranial. Assim, na região lombar tem 5 a 13 mm de largura na linha mediana, na região torácica média tem 2 a 4 mm de largura e na região cervical mede cerca de 0,4mm

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3
Q

Ao final de prostatectomia por via abdominal, realizada sob anestesia combinada geral-peridural com cateter, observou-se redução nos valores de capnografia (de 35mmHg para 28mmHg) 5 minutos após a administração de 10mL de bupivacaína 0,25% para analgesia pós-operatória. A causa mais provável é a diminuição do(a):

A

débito cardíaco;
diminuição da fração expirada de CO2,na circunstância em questão, é a diminuição do débito cardíaco consequente à diminuição do retorno venoso.

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4
Q

Característica do bloqueio peridural com lidocaína a 2%:

A

bloqueio motor mais intenso que a bupivacaína a 0,5%

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5
Q
A

A anestesia peridural com a lidocaína apresenta início de ação/latência média de 10 a 15 minutos

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6
Q
A

A bupivacaína e a ropivacaína apresentam latência média de 15 a 20 minutos.

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7
Q
A

A associação de alfa 2 agonistas, tais como a clonidina, à lidocaína em bloqueios peridurais aumentam a duração e a intensidade do bloqueio
os alfa 2 agonistas melhoram a analgesia, sem os efeitos deletérios de depressão ventilatória, retenção urinária e prurido dos opioides.

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8
Q
A

A lidocaína produz mais bloqueio motor do que sensitivo

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9
Q
A

Em relação à sensibilidade ao bloqueio dos anestésicos locais, sabemos que o bloqueio simpático está dois ou mais níveis acima do bloqueio sensitivo, que está dois níveis acima do bloqueio motor. Dessa forma, o bloqueio simpático é o último a regredir… E considerando o tempo de ação da lidocaína de 80 a 120 minutos, nas soluções sem adrenalina, e de 120 a 180 minutos, nas soluções com adrenalina, considera-se que a regressão do bloqueio simpático em 30 minutos não procede

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10
Q
A

A lidocaína, na concentração de 2%, apresenta latência entre 5-15 minutos. O bloqueio sensitivo seletivo é obtido a partir de concentração a 1%, e em concentração de 0,5%, consegue-se bloqueio simpático seletivo. O bloqueio simpático é o último a regredir. O tempo de ação aumenta na presença de opióides e de alfa2 agonistas. O bloqueio motor da lidocaína a 2% é mais intenso, quando comparado com a bupivacaína a 0,5%.

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11
Q

Em coronariopatas, a anestesia peridural em nível torácico (T1-T6) pode:

A

A anestesia peridural alta, T1-T6 pode contribuir para a redução do metabolismo miocárdico, por meio de vasodilatação coronariana + redução da demanda + redução da pós carga do ventrículo esquerdo, com manutenção da taxa de extração de oxigênio. Além disso, pode-se, ainda,reverter alterações isquêmicas prévias e as arritmias induzidas pela isquemia também melhoram, segundo estudosexperimentais

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12
Q
A

A clonidina epidural podeprolongar o bloqueio sensorialem maior extensão do que o bloqueio motor. O mecanismo parece ser mediado pela abertura dos canais de potássio e subsequente hiperpolarização da membrana. Também tem efeitos analgésicos através dos receptores α2 do corno dorsal da medula tanto em neurônios aferentes primários e quanto em interneurônios,bem como na via noradrenérgica descendente. Assim, a adição de clonidina reduz a necessidade de anestésico local peridural e deopioides. Outros benefícios da clonidina podem incluir redução do estresse imunológico e da resposta de citocinas.

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13
Q
A

A clonidina administrada no nível torácico baixo ou lombar produz efeitos sobre a pressão arterial semelhantes aos que ocorrem quando a clonidina é administrada por via venosa, porém,se a punção peridural é realizada em nível mais alto, a hipotensão arterial é bem mais intensapor causa do bloqueio das fibras nervosas cardioaceleradoras, e náuseas, vômitos e bradicardia intensa podem ocorrer.

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14
Q
A

B Inicia sua ação em 45 minutos e atinge seu pico farmacodinâmico de ação em 2 horas.
De acordo com o livro Bases do Ensino da Anestesiologia a clonidina é o fármaco não opioide, lipofílico, mais utilizado por via peridural. Os efeitos clínicos se iniciam20 minutosapós a administração e têmpico de ação em 1 hora.

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15
Q
A

A bradicardia induzida pela clonidina tem duas explicações. A primeira é que a clonidina tem efeitos parassimpaticomiméticos. A segunda é que a clonidina diminui a liberação de noradrenalina de núcleos supraespinhais (locus coeruleus).
Os alfa 2 agonistas suprimem a ação inibitória do locus ceruleus (mediada por noradrenalina) sobre núcleo pré-óptico ventrolateral que, uma vez liberado, aumenta a liberação de GABA no SNC

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16
Q
A

A clonidina epidural tem uma variedade deefeitos colaterais, incluindo hipotensão, bradicardia, xerostomia e sedação. Hipotensão e bradicardia são ambas dose-dependentes.

17
Q

Paciente em uso de enoxaparina 1mg.kg-1, escalado para cirurgia ortopédica sob anestesia
peridural. Tempo em horas necessário para realização do bloqueio após a ultima dose do fármaco:

A

12h se anticoagulação profilática (0,5 mg.kg-1)
24h se anticoagulação terapêutica (1 mg.kg-1)

18
Q
A

O espaço epidural é um reservatório flexível e distensível através do qual os fármacos se propagam e são removidos por difusão, transporte vascular e vazamento. A propagação do anestésico dentro do espaço epidural e a subsequente altura do bloqueio estão relacionadas a vários fatores, nem todos os quais podem ser manipulados pelo anestesiologista.
O volume e a massa total injetados são os fatores mais importantes que afetam a altura do bloqueio e que se relacionam com o medicamento depois da administração do anestésico local no espaço epidural. Como princípio geral, devem ser injetados de 1 a 2mL da solução por segmento a ser bloqueado.
O nível da injeçÃo é o fator mais importante na altura do bloqueio epidural relacionado ao procedimento. Na região cervical alta, a propagação do injetado é principalmente caudal, na região torácica media a propagação é igualmente cranial e caudal, e na região torácica baixa a propagação é principalmente cranial. Depois de uma anestesia epidural lombar, a propagação é mais cranial do que caudal. Alguns estudos sugerem que o número total de segmentos bloqueados seja menor na região lombar, em comparação com os níveis torácicos para um dado volume injetado.
De maneira objetivo o espaço peridural torácica é mais estreito que o lombar e na realização de anestesia peridural torácica entre T4 e T8, o volume de anestésico local necessário para bloquear um mesmo número dedermátomos é 30 a 50% menor do que na anestesia peridural lombar.

19
Q
A

A anestesia peridural torácica pode ser usada com segurança como técnica única para operações plásticasda mama. Pelo bloqueio seletivo das fibras simpáticas (T1-T5), ocorre tendência à bradicardia, com melhorado balanço entre consumo e suprimento de oxigênio do miocárdio.
O volume de solução do anestésico localadministrado deve levar em consideração a menor dimensão do espaço peridural torácico, comparado aolombar. Menor volume da solução é necessário para bloquear o mesmo número de dermátomos na regiãotorácica, relativamente à lombar. Assim, quando se pratica punção torácica média ou alta, deve-se reduzir ovolume da solução em 30 a 50% em relação ao utilizado, quando a punção é lombar.
A diminuição dapressão arterial é resultado da redução da pré-carga e da resistência vascular sistêmica, tanto no bloqueioperidural torácico quanto no lombar, e também devido à diminuição da contratilidade miocárdica secundáriaao bloqueio das fibras simpáticas do coração, no caso do torácico.
A anestesia peridural torácica, comotécnica única para procedimentos, como mamoplastia, na posição sentada, deve ser evitada, pois podeocasionar complicações graves em função da somação de efeitos da peridural com o da posição.

20
Q

segundo o consenso sobre anestesia regional e tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (HBPM):

A

com base na última atualização publicada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) - 2020, os intervalos preconizados são:
- Intervalo entre a administração da HBPM e a execução do bloqueio (o que representa o intervalo AB da questão) deve ser maior do que 12 horas para usuários de dose profilática de HBPM e maior de 24 horas para aqueles em uso de doses terapêuticas.
- Intervalo entre a última dose e a retirada do cateter (o que representa o intervalo CD da questão) deve ser maior do que 12 horas para usuários de dose profilática de HBPM e maior de 24 horas para aqueles em uso de doses terapêuticas.
- Intervalo entre o bloqueio de neuroeixo e a próxima dose da HBPM deve ser de mais de 24 horas, se o procedimento cirúrgico for de baixo risco de sangramento e de mais de 48 horas, se o procedimento for de alto risco de sangramento ->Para acúmulo de conhecimento - Não foi cobrado esse intervalo na questão!
-Intervalo entre a retirada do cateter e o reinício do uso da HBPM (o que representa o intervalo DE) deve ser de mais de 4 horas.

21
Q
A

É compreensível haver preocupações quanto à segurança dos procedimentos neuraxiais em indivíduos infectados pelo HIV, devido tanto ao risco teórico de inoculação do vírus no SNC.70 No entanto, o SNC é infectado precocemente no curso da infecção pelo HIV, e não há evidências de que a instrumentação neuroaxial,incluindo o blood patch para o tratamento da cefaleia pós-punção, confira risco adicional de disseminação viral para o SNC. Também não há evidências de que a introdução de sangue infectado pelo HIV no LCR possa exacerbar uma infecção central preexistente, como a meningite.No entanto, recomenda-se a documentação completa de qualquer déficit neurológico preexistente, uma vez que as complicações neurológicas do HIV não são incomuns e que os indivíduos HIV positivos apresentam alto risco de outras doenças sexualmente transmissíveis que afetam o SNC. Os riscos potenciais devem ser discutidos com antecedência e, como sempre, deve-se manter uma técnica asséptica rigorosa para proteger tanto o paciente quanto o anestesista.

22
Q

Principal fator que influencia a extensão do bloqueio peridural lombar:

A

Volume

Fatores inerentes ao anestésico
A dispersão do anestésico e a altura do bloqueio peridural estão relacionadas a uma variedade de fatores, nem todos modificáveis pelo anestesiologista.Ovolume e a massatotal injetada são os fatores mais importantes inerentes ao fármaco. Como princípio geral, deve-se injetar1 a 2 mL por segmentoa ser bloqueado.
Fatores inerentes ao paciente
Hácorrelação mais forte entreidadee a altura do bloqueio nas periduraistorácicas, com um estudo sugerindo que é necessário40% menos volumeem idosos. Acredita-se que isso decorra de (1) diminuição do vazamento de anestésico local pelos forames intervertebrais, (2) diminuição da complacência do espaço peridural ou (3) aumento da sensibilidade dos nervos em idosos. Assim como na raquianestesia, parece que apenas osextremos da alturado paciente influenciam a dispersão do anestésico local no espaço peridural.O peso não está bem correlacionadocom a altura do bloco nas configurações de lombar ou TEA. Menos anestésico local é necessário para produzir a mesma propagação epidural da anestesia em pacientesgrávidas. Além disso, apressão positiva contínua nas vias aéreasaumenta a altura de um bloqueio peridural torácico.
Fatores inerentes à técnica
Onível da punçãoé o fator relacionado ao procedimento mais importante. Naregiãocervical superior, a dispersão do injetado é principalmente caudal, na regiãomédio-torácicaa dispersão é igualmente cefálica e caudal, e na regiãotorácica baixa e lombara dispersão é principalmente cefálica. Aposiçãodo paciente mostrou afetar a propagação das injeções epidurais lombares, com distribuição preferencial e início mais rápido para oladodependente na posição de decúbito lateral. As posições sentada e supina não afetam a altura do bloqueio peridural. No entanto, a posição de inclinação da cabeça para baixo aumenta a disseminação cefálica em pacientes obstétricas. A direção do bisel da agulha e a velocidade de injeção também não parecem influenciar a dispersão de uma injeção em bolus.

23
Q
A

A dose teste contendo15mcg de adrenalina em 3 mL de ALé o melhor método farmacológico paradetectar injeção intravascular.
AL com maior lipossolubilidade apresentam, em teoria, maior potencia e menor latência, mas nenhuma dessas características garante prevenção do cenário atual.
Vale também salientar que em pacientes em uso de beta bloqueador ou já em efeito de anestesia geral, o testeperde sua acurácia.
Depois de testes negativos, o volume desejado de solução anestésica local deve ser administrado em incrementos de 5 mL (esse procedimentodiminui o risco de dordurante a injeção e permite a detecção rápida de reações adversas).

24
Q
A

A anestesia de neuroeixo produz umbloqueio simpático intenso, causando vasodilatação nos vasos de capacitância ediminuindo a pressão vascular, favorecendo umcampo cirúrgico com menos sangramento, principalmente em regiões com uma rica vasculatura capilar, como as mucosas. No entanto, se você instala uma ventilação pulmonar com pressão positiva, o aumento da pressão intratorácica vai dificultar o retorno venoso, e a pressão aumentada no coração direito é transmitida a todo o sistema, aumentando a pressão capilar e perdendo esse benefício específico do bloqueio.Gabarito, letra A.
Esse conceito fisiológico até intuitivo, torna a anestesia de neuroeixo preferida, principalmente para procedimentos ortopédicos ou aqueles com campo operatório com visibilidade restrita, onde é difícil para o cirurgião ter uma boa visão do campo cirúrgico, como é o caso aqui na questão, uma prostatectomia aberta. Além de menos sangramento, a analgesia pós-operatória é mais efetiva, sendo menos dependente de opióides sistêmicos.
Importante:esse benefício (menor sangramento) ainda não foi determinado por um estudo científico de maior impacto como uma meta-análise. Osestudos que verificaram um maior sangramento com anestesia geral em cirurgias ortopédicas foram realizados antes do uso rotineiro do transamin.
O que é cientificamente comprovado em relação abloqueio de neuroeixoversusanestesia geral:
1 - Processo perioperatório– A anestesia neuroaxial foi associada a um aumento de 35 minutos no tempo até a alta da unidade de cirurgia ambulatorial e um aumento de 9 minutos no tempo de indução da anestesia.
2 - Trombose venosa profunda (TVP) –A cirurgia está associada à hipercoagulabilidade pós-operatória e consequente risco de eventos tromboembólicos. Aanestesia neuroaxial está associada a umadiminuição do risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. O mecanismo não está claro e não se sabe se este efeito depende do tipo e extensão da anestesia neuroaxial, duração ou drogas neuroaxiais. A redução do risco de TVP é uma vantagem clínica menor do que historicamente, uma vez quequase todos os pacientes em risco agora são tratados com profilaxia mecânica e farmacológica para TVP.

25
Q
A

É recomendado que ocateter não seja introduzido mais que 3 a 5 cmdentro do espaço peridural para que não haja risco de ele sair do espaço peridural, formar um nó ou entrar em um vaso sanguíneo. O cateter do enunciado se encontraintroduzido a 6cm.
A dose teste contendo15mcg de adrenalina em 3 mL de ALé o melhor método farmacológico paradetectar injeção intravascular. Além disso, podemos lançar mão deinjeções fracionadaspara podermos detectar de forma precoce e com menor concentração injetada a injeção intravascular. O início de ação do bloqueio, a qualidade do bloqueio e a altura do bloqueionão são afetadospela administração de fármaco via epidural em frações de 5 mL.
O acesso paramediano da agulha, opostamente ao acesso na linha mediana, e o uso de uma agulha ou cateter epidural de calibre menornão reduzem o risco de canulaçãode uma veia epidural.
A posiçãode decúbito lateral– em oposto a sentada – durante inserção de agulha e cateter demonstra menor probabilidade de injeção intravascular.

26
Q

A maior parte do anestésico local injetado no espaço peridural se difunde para o(a):

A

corrente sangüínea
Após administração do anestésico no espaço peridural, este pode ser encontrado nos nervos espinhais dentro do espaço peridural, nas raízes dentro do espaço subaracnóideo e na medula espinhal, sendo estes os principais locais de ação do anestésico local. Contudo, a maior parte do anestésico injetado é transferida para a circulação sangüínea, daí a necessidade de se respeitar as doses tóxicas destes fármacos.

27
Q

Principal fator determinante da altura do bloqueio na anestesia peridural:

A

O Miller é categórico:
“Onível de injeçãoé o fator mais importante que influencia na altura do bloqueio epidural relacionado com o procedimento.”
Se injetado em região cervical, o AL tende a distribuição caudal. Injetado em região torácica, a distribuição se dá em ambas direções. Injetado em região lombar, a distribuição é mais acentuada na direção cranial.
Além do nível da injeção, tambéminfluenciam fatores medicamentosos e do paciente.
Ovolumee massa total de AL geram bloqueio de 1 segmento a cada 1-2mL injetados.
Nosidosos, cerca de 40% a menos de volume é necessário para bloqueio de um determinado seguimento em comparação com população adulta jovem.

O nível de injeção é o fator mais importante que influencia na altura do bloqueio epidural relacionado com o procedimento. Na região cervical alta, a propagação do injetado é principalmente caudal, na região torácica média a propagação é igualmente cranial e caudal, e na região torácica baixa a propagação é primariamente cranial. Depois de uma anestesia epidural lombar, a propagação é mais cranial do que caudal. Alguns estudos sugerem queo número total de segmentos bloqueados seja menor na região lombar, em comparação com os níveis torácicos para um dado volume injetado. Há evidências de que a posição do paciente interfira na propagação das injeções epidurais lombares, encontrando-se propagação preferencial e início de ação mais rápido no lado dependente no decúbito lateral. As posições sentada e de decúbito ventral não interferem na altura do bloqueio epidural. No entanto, a posição inclinada com a cabeça mais baixa realmente aumenta a propagação nas pacientes obstétricas. A direção do bisel da agulha e a velocidade de injeção também não parecem influenciar a propagação da injeção em bolus.

28
Q

A dose-teste em bloqueio peridural tem como um dos objetivos:

A

identificar injeção venosa

29
Q

Ocorre maior dificuldade de realização do bloqueio peridural na região entre os espaços:

A

T3 - T6

30
Q

É principal determinante da duração do bloqueio peridural:

A

tipo do anestésico
Ovolumede solução se correlaciona com a extensão da área – dermatomos - a ser coberta pelos efeitos do AL, seja para analgesia ou anestesia. Também aqui teremos influência daidade:nos idosos, a dispersão do AL é maior. Se teoriza que isso ocorra pela presença de um espaço peridural menos complacente, ou seja, que não se dilata após injeção do AL.
Adose– e aconcentração– vão definir o efeito do AL e seu tempo de instalação e duração. Quanto mais concentrada a solução, mais rapidamente ela vai se instalar e maior seu tempo de duração.
Mas o fator principal a definir a duração de um bloqueio, sem sombra de duvida, é otipo do anestésico locala ser utilizado. Entre os anestésicos que estão disponíveis para a utilização na anestesia peridural, aclorprocaínaé a que tem a menor duração, alidocaínae a mepivacaína são de duração intermediária ea bupivacaína, a ropivacaínae a etidocaína são de longa duração. No Brasil, estão disponíveis, para utilização, a lidocaína a 2%, a bupivacaína a 0,25%, 0,5% e 0,75% e a ropivacaína a 0,2%, 0,75% e 1%.

31
Q
A

Sabemos bem que tudo que envolve uso de anticoagulantes e o risco benefício de procedimentos invasivos no perioperatório esta sempre em constante evolução e mudança, a fim de garantir o máximo de segurança ao paciente sem contraindicar procedimentos que beneficio claro.
Com administração subcutânea de Enoxaparina os níveis plasmáticos máximos são atingidos em aproximadamentetrês a quatro horase a meia-vida de eliminacão, com função renal normal, é dequatro a seis horas. Entretanto, mantém atividade antifator Xa considerável (50%) após 10 a 12 horas da administracão.
Vamos lembrar agora das recomendações formais da SBA sobre o tema cobrado:
“3. Em pacientesem tromboprofilaxia pré-operatóriacom HBPM é recomendado bloqueio neuroaxial após10 a 12 horasda última dose de HBPM ;
4. Em pacientes com doses terapêuticas de HBPM, como enoxaparina 1mg.kg-1 a cada12 horas, enoxaparina 1,5mg.kg-1 por dia, dalteparina 120 UI.kg-1 a cada 12 horas, dalteparina 200 UI.kg-1 por dia ou tinzaparina 175 UI.kg-1 por dia, é recomendado intervalo de pelo menos24 horasentre a última dose e o bloqueio neuroaxial, para assegurar hemostasia normal;
5. Em pacientes em esquema profilático de 12 em 12 horas de HBPM profilática (enoxaparina 30mg duas vezes ao dia),dever-se-á omitir uma dose, para possibilitar intervalo de 24 horas antes do bloqueio neuroaxial ou retirada do cateter;”

32
Q

Paciente de 70 kg, 1,70 m, principal determinante da extensão do bloqueio peridural:

A

O bloqueio simpático na anestesia peridural é dependente da altura do bloqueio anestésico e se estende de dois a seis dermátomos acima dos níveis sensitivos. A diminuição na freqüência cardíaca acontece devido ao bloqueio das fibras cardioaceleradoras (T1 a T4). Além disso a freqüência cardíaca diminui devido a queda no retorno venoso ao coração e conseqüente falta de estímulos em receptores localizados no átrio direito e grandes veias. As alterações hemodinâmicas produzidas pela anestesia peridural são dependentes da presença ou não de adrenalina na solução de anestésico local. Observa-se maior diminuição da pressão arterial quando se associa adrenalina ao anestésico local na anestesia peridural em comparação com o uso de anestésico local sem adrenalina. O hematoma peridural pode manifestar-se clinicamente tão logo o efeito da anestesia tenha passado e não somente após 24 horas. Níveis altos de bloqueio (T1), causam 55% de diminuição no fluxo sangüíneo coronariano, acompanhada de redução de 47% na pressão arterial média.

33
Q

DOR AGUDA MAL CONTROLADA
Na maioria dos casos, a dor pós-operatória desaparece em dias ou semanas e pode ser tratada com analgésicos opioides ou não opioides. No entanto, um subconjunto de pacientes desenvolvedor crônica pós-operatória, definida pela International Association for the Study of Pain como dor pós-operatória comduração superior a 2 mesese não explicada por dor preexistente ou trauma contínuo.
A dor crônica afeta mais comumente mulheres, idosos e aqueles com condições psiquiátricas (depressão, ansiedade). Além disso, crianças, pessoas com deficiências cognitivas, aqueles com renda e níveis educacionais mais baixos, pacientes cirúrgicos e pacientes com câncer têm risco aumentado de dor crônica. Apesar disso,o maior preditor de cronificação após uma cirurgia é a dor aguda mal controlada!

A
34
Q
A

As doses necessárias por segmento crescem até a idade de aproximadamente 18 anos (máximo). A partir de então, ocorre uma progressão linear descendente. As doses necessárias aumentam à medida que o espaço peridural se alonga, se alarga e os locais de fixação do AL aumentam em seu interior. Após o término da fase de crescimento, diversos fatores contribuem para a alteração do padrão, acarretando a menor necessidade de AL para alcançar-se o mesmo efeito.

35
Q
A

A possibilidade de ajuste no nível de bloqueio durante o procedimento através da injeção de AL no cateter é uma das – se não a maior – vantagem da técnica peridural combinada ou não. Via de regra, a injeção de 1-2mL de solução de anestésica local em concentrações anestésicas – ropivacaina 0,5-1% porexemplo – garante instalação de bloqueio em +1 dermatomo em cada direção.
É recomendado que ocateter de peridural não seja introduzido mais que 3 a 5 cmdentro do espaço peridural para que não haja risco de ele sair do espaço peridural, formar um nó ou entrar em um vaso sanguíneo. Não existe, no entanto, a recomendação de introduçãosemprecaudal. Esse cateter pode ser mantido no pós-operatório comrepique de dose de ALem bolus ou em BIC para garantir analgesia para o paciente.

36
Q
A

Cefaleianãocontraindica a introdução do cateter.

37
Q
A

Quando utilizada técnica correta, apesar de controversa, a punção combinadanãoapresenta maior incidência que outras técnicas em cenário de pós trabalho de parto.